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Abdome Agudo em crianças - Resumão

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Abdome Agudo em Crianças 
Afecção com manifestações relacionadas ao abdome, cursando com: dor abdominal súbita, distensão abdominal,
náuseas / vômitos, parada de eliminação de flatos e fezes. Urgência terapêutica (Clínica ou Cirúrgica).
AA Obstruitivo
• Dor em cólica;
• Vômitos (biliosos/ fecaloides);
• Parada da eliminação de gases 
e fezes;
• Massa tumoral palpável;
• Distensão abdominal;
• Peristaltismo visível.
• Tipo mais comum em RN e 
lactentes.
AA Perfurativo
• Sinais de irritação 
peritoneal;
• RX com 
pneumoperitônio.
AA Hemorrágico
• Sinais de choque 
periférico;
• História prévia de 
trauma;
• RX com sinais de 
líquido na cavidade 
abdominal.
AA Inflamatório
• Dor abdominal de caráter 
mais progressivo;
• Febre;
• Vômito;
• Parada da eliminação de gases 
e fezes 
• Sinais de irritação peritoneal.
• Tipo mais comum em pré-
escolares e escolares.
Causas:
Hérnia inguinal encarcerada; Invaginação 
intestinal; Estenose hipertrófica de 
piloro; Volvo de intestino médio; Bridas.
Causas:
Apendicite aguda; Peritonite primária; 
Pancreatite aguda; Colecistite aguda.
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C
Apendicite Aguda (AA Inflamatório)
• Abdome agudo cirúrgico mais comum, com pico entre 11 e 12
anos.
• 95% Intraperitoneal;
• 5% Extraperitoneal (retrocólico ou retrocecal) não vai gerar
peritonite (sem DB +), ou seja, gera um quadro diferente, o
que dificulta/ atrasa o diagnóstico.
• Obstrução intraluminal do apêndice cecal (por fecalito,
hiperplasia dos folículos linfóides apendiculares, fibrose
cística, corpo estranho, tumores)  Aumento da pressão
intraluminal  Obstrução linfática e venosa com isquemia
tecidual  Invasão bacteriana e inflamação  Exsudato
inflamatório  Inicialmente dor localizada no ponto de
McBurney  Ruptura/Perfuração (forma abscesso localizado
ou peritonite generalizada), cursando com febre alta /
leucocitose > 14000 / Sinais peritonite.
• Clínica  Perda de apetite; Indigestão; Alterações sutis do
hábito intestinal (diarréia de curta duração e pequena
quantidade); dor visceral inespecífica (região periumbilical)
que migra para a fossa ilíaca direita; náuseas e vômitos leves.
• Peritonite difusa e choque Mais comum em bebês.
• Infecção isolada com formação de abscesso  Mais
provável em crianças mais velhas e adolescentes.
• Maior duração = maior risco perfurar. Fatores de risco: sexo
masculino, extremos de idade e fatores anatômicos (apêndice
retrocecal).
• Exame Físico  Mínimo de movimento; bebês flexionam a
perna D sobre o abdome (posição antálgica); mancam e fletem o
tronco; Sinal de Blumberg / Rovesing / Psoas / Obturador /
Lenander.
• Diagnóstico clínico  Anamnese + Exame físico seriado pelo
mesmo profissional.
• Pode ser solicitado RX de abdome (fecalito, gás no QID).
Importante descartar pneumonia de base direita.
• USG apenas se houver dúvida diagnóstica, podendo revelar:
diâmetro > 7 mm, paredes aumentadas, apendiculito.
• TC é de exceção (mas se for solicitado, deve ser com contraste).
Exames laboratoriais não ajudam muito.
• Diagnóstico diferencial  adenite mesentérica (cursa com
febre alta) e GECA (apresenta diarréia muito volumosa).
• Tratamento Apendicectomia; Antibióticoterpia complementar
(Gentamicina ou Ceftriaxona + Metronidazol); Suporte clínico e
hidratação.
• Classificação após a cirurgia  Fases I e II são simples (edema
e flegmão); Fases III e IV são complicadas (gangrena e
perfuração).
- Evolução de simples para perfurada em 24 a 36 horas de sintoma.
Formação de abscesso em 2 a 3 dias.
• Se for apendicite simples, manter os 2 ATB até 24 horas após a
cirurgia. Se for apendicite complicada, adicionar Ampicilina
(totalizando 3 ATB) por 7-10-14 dias EV.
• Complicações  Infecção de ferida, abscesso intra-abdominal,
brida.
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C
Bridas pós-operatória (AA Obstrutivo)
• Mais comum após laparotomia.
• Apresentação: Precoce ou Tardias (após décadas).
• Clínica  Dor abdominal em cólica; Anorexia; Vômitos
biliosos e tardiamente fecaloides; Obstipação (parada da
eliminação de gases e fezes).
• Diagnóstico Anamnese + Exame físico.
- RX simples = Sinais de gravidade: Espessamento da parede
intestinal, Líquido livre peritoneal, Extensa pneumatose.
• Tratamento quando sem sinais de isquemia  Jejum;
descompressão enteral; ressuscitação agressiva com fluido;
correção de anormalidades eletrolíticas; Exame abdominal
seriado.
• Tratamento quando com sinais de isquemia  Cirúrgico se
houver peritonite, piora clínica, acidose lática e exames de
imagens preocupantes.
Divertículo de Meckel (AA Inflamatório ou
Obstrutivo)
• Falha na involução ducto onfalomesentérico.
• Anomalia congênita mais comum do trato GI.
• Divertículo verdadeiro (possui todas as camadas daquele
órgão): Borda antimesentérica, ¾ desligados da parede
abdominal, Maioria a 100 cm da válvula ileocecal,
Comprimento médio de 2 a 3 cm, Mucosa heterotópica.
• Clínica  Maioria assintomático; sangramento episódico
indolor;
- quando inflamatório simula a apendicite;
- quando obstrutivo pode gerar intussuscepção,
bandas/remanescentes vitelínicos, hérnia de Littre
encarcerada.
• Diagnóstico  RX de abdome agudo, cintilografia, TC,
cápsula endoscópica.
• Tratamento  Cirúrgico com ressecção de pequeno
segmento ileal com divertículo pela possibilidade de ter
mucosa heterotópica.
Invaginação Intestinal / Intussuscepção (AA
Obstrutivo)
• Mais incidente no sexo masculino entre 3 meses e 3 anos.
• Causa frequente de obstrução intestinal aguda em bebês.
• Variação sazonal por infecções virais (respiratória, GI ou
ambas).
• Associação com vacina rotavírus.
• Progressão da invaginação com a peristalse  Compressão
venosa  Lesão de mucosa (fezes em geleia de morango) 
Obstrução / Perfuração / Sepse.
• Tipos  Geral (permanente ou transitória); Específico
(idiopático, com ponto desencadeador ou pós cirúrgico);
Anatômico (85% íleo-cólica).
• Clínica Dor abdominal (cólica / súbita / severa), Massa
abdominal, Sangramento retal (geleia), Febre/
taquicardia/ hipotensão.
• Diagnóstico  Anamnese + Exame Físico + USG (massa
de 3 a 5 cm com sinal do alvo), RX de abdome agudo.
• Tratamento  Ressuscitação fluida, descompressão com
SNG, ATB, Redução radiológica (hidrostática ou
pneumática).
• Complicação  Perfuração intestinal, infecção de ferida,
obstrução intestinal, recidiva (20%).
Obstrução por Linfoma
• 2/3 dos linfomas não Hodgkin são abdominais  60% no
intestino delgado (Placas de Peyer do íleoterminal).
• Predomínio no sexo masculino e em pré-escolares.
• Clínica Suboclusão intestinal e Massa palpável.
• Diagnóstico USG (sugere) e Cirurgia (confirma).
• Conduta Biópsia e Quimioterapia (cura).
Complicações Cirúrgicas da Ascaridíase
• Obstrução intestinal por novelo de Áscaris intraluminar ou
volvo intestinal.
• Ascaridíase hepatobiliopancreática.
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C
• Clínica  História de infestação por áscaris; Quadro de
obstrução / sub oclusão intestinal.
- Na Ascaridíase hepatobiliopancreática  Vômitos com
áscaris, Febre, Icterícia, Peritonite com bloqueio em HCD
(Colecistite aguda por Ascaris e Abscessos hepáticos por
áscaris).
• Diagnóstico  Anamnese + Exame Físico + RX de abdome
agudo + USG.
• Tratamento:
- Suboclusão  Jejum, SNG aberta, óleo mineral pela sonda,
Piperazina, Enteroclismas.
- Oclusão completa/ Volvo  Cirurgia, Remoção manual dos
brotos de áscaris, Ressecção intestinal caso necessário
(evitar).
- Na Ascaridíase hepatobiliopancreática dieta, óleo mineral,
piperazina, ATB e CPRE (remoção dos áscaris).
- Na Colecistite aguda  cirurgia.
- Nos abcessos hepáticos  punção guiada por USG/TC ou
cirurgia.

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