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CURSO INTEGRADO 1º ANO Turmas: 1A ELT / 1B ELT APOSTILA DE MEDIDAS APOSTILA DE MONTAGEM APOSTILA DE PAINEL ALUNO: _______________________________________________ TURMA: _______ Tel. de contato em caso de perda da apostila: _______________ CEFET-RJ: Av. Maracanã, 229 – bloco B / 3º andar Rio de Janeiro - RJ 20271-110 / Brasil Telefone: 2566 3153 / 2566 3197 e-mail: coordelt@gmail.com mailto:coordelt@gmail.com Equipe de Professores 2018_1 Adriano Martins Moutinho Alberto Jorge Silva de Lima André de Souza Mendes Aridio Schiappacassa de Paiva Carlos Alberto Gouvêa Coelho Edgar Monteiro da Silva Eduardo Henrique Gregory Pacheco Dantas Igor Vital Rodrigues José Carlos Andrades José Fernandes Pereira José Mauro Kocher Marcos de Castro Pinto Mauro da Silva Alvarez Milton Simas Gonçalves Torres Paulo César Bittencourt Paulo José Monteiro da Cunha Péricles Freire dos Santos Roberto Augusto Freitas Dias Rui Márcio Carneiro Arruda Sahid Almeida Coordenador do Curso: Marcos de Castro Pinto Coordenador de Laboratório: Jose Antonio Fontes de Carvalho Ribeiro CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório CURSO INTEGRADO 1º ANO 1 CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório CURSO INTEGRADO 1º ANO 2 PREFÁCIO Bem-vindos a mais um ano de desenvolvimento e ensino tecnológico na área de eletrônica! Esta apostila é o resultado da elaboração de roteiros de práticas desenvolvidas pelos professores do curso ao longo dos últimos anos. Seu objetivo é auxiliar nas atividades práticas de laboratório do ensino de eletrônica do CTE (Curso Técnico de Eletrônica) do CEFET/RJ, complementando o ensino das aulas teóricas. O seu bom uso pelo aluno para preparação das atividades práticas, bem como para as subsequentes avaliações, consiste em: uma leitura prévia, registro dos resultados nos locais indicados (e/ou uso de um caderno), além de anotações adicionais que cada um julgar ser necessário. Isso implica um uso essencial da apostila durantes as aulas, caso deseje um bom rendimento. Contudo, não constitui o único meio de auxílio nas atividades práticas do curso nem tão pouco um trilho a ser seguido sem possiblidade de alteração de rumo. Trata- se de um orientador de atividades. Por tratar-se de um instrumento de auxílio nas práticas, a sua constante atualização é parte do processo de ensino da eletrônica e toda sugestão ou crítica é bem-vinda. Esta apostila pode ser copiada e usada livremente, resguardado seu direito autoral e a propriedade do CEFET/RJ que deve ser sempre mencionada. Aprecie sem moderação! Equipe de Eletrônica CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório CURSO INTEGRADO 1º ANO 3 Sumário AAPPOOSSTTIILLAA DDEE MMEEDDIIDDAASS 55 11ªª PPRRÁÁTTIICCAA 66 Resistores Fixos e Variáveis: códigos de leitura de valores 6 22ªª PPRRÁÁTTIICCAA 1166 Medidas de resistência elétrica e de tensão com multímetros analógico e digital 16 33ªª PPRRÁÁTTIICCAA 2211 Medida de resistência elétrica e comprovação de Lei de Ohm 21 44ªª PPRRÁÁTTIICCAA 2244 Circuito série de corrente contínua e LED – Diodo Emissor de Luz 24 55ªª PPRRÁÁTTIICCAA 2288 Diodo Semicondutor 28 66ªª PPRRÁÁTTIICCAA 3311 Osciloscópio Analógico 31 77ªª EE 88ªª PPRRÁÁTTIICCAASS 4400 Retificação com Diodo de Junção e Filtro Capacitivo 40 AAPPOOSSTTIILLAA DDEE MMOONNTTAAGGEEMM 5522 11ªª PPRRÁÁTTIICCAA 5533 Normas e procedimentos básicos , ferramentas e materiais 53 22ªª PPRRÁÁTTIICCAA 5588 Montagem de ponteiras de prova 58 33ªª PPRRÁÁTTIICCAA 6699 Montagem de Redutor de Potência para ferro de soldar 69 44ªª PPRRÁÁTTIICCAA 7711 Montagem de alarme sonoro com o CI NE 555 e microswitch 71 55ªª PPRRÁÁTTIICCAA 7755 Montagem de um cabo coaxial 75 AAPPOOSSTTIILLAA DDEE PPAAIINNEELL 8833 11ºº PPAAIINNEELL DDEE EESSTTUUDDOO 8844 Protoboad, Medidas de Resistência e Tensão 84 22ºº PPAAIINNEELL DDEE EESSTTUUDDOO 9933 Medida de resistência elétrica e comprovação de Lei de Ohm 93 33ºº PPAAIINNEELL DDEE EESSTTUUDDOO 9966 CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório CURSO INTEGRADO 1º ANO 4 Pilhas e Baterias 96 44ºº PPAAIINNEELL DDEE EESSTTUUDDOO 110044 Uso do Osciloscópio e do Gerador de Sinais 104 55ºº PPAAIINNEELL DDEE EESSTTUUDDOO 110088 Componentes Eletrônicos - Capacitores 108 66ºº PPAAIINNEELL DDEE EESSTTUUDDOO 111155 Componentes Eletrônicos – 115 Indutores, Transformadores e Transdutores Eletroacústicos 115 77ºº PPAAIINNEELL DDEE EESSTTUUDDOO 112244 Circuitos Elétricos, fios, cabos, proteções e chaveamentos 124 CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 5 AAPPOOSSTTIILLAA DDEE MMEEDDIIDDAASS CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 6 1ª PRÁTICA Resistores Fixos e Variáveis: códigos de leitura de valores OBJETIVOS Identificar os diversos tipos de resistores; Decodificar os resistores fixos, utilizando a codificação correspondente; Medir resistores com o multímetro digital; Justificar as discrepâncias nas medidas realizadas. INTRODUÇÃO Resistor é um dispositivo cuja finalidade principal é introduzir uma resistência elétrica em um circuito eletro-eletrônico. Todo resistor tem como principal característica o valor nominal, dada em ohm, cujo símbolo é a letra grega Ω (ômega). De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas - A.B.N.T - o símbolo do resistor é o que segue: Fig. 1.0 – Resistor Fixo - Simbologia São fabricados resistores desde alguns décimos de ohms até alguns milhões de ohms. Em sua fabricação, os valores nominais dos resistores sofrem desvios para mais ou para menos, denominados de tolerância nominal. As tolerâncias mais comuns são 5% e 10%. Os resistores com tolerância inferiores a 5% (ex. 1%, 2%), são chamados de resistores de precisão. Quando um resistor é atravessado por uma corrente elétrica, ele se aquece e dissipa uma certa quantidade de energia. Esse aquecimento pode danificar o resistor, a menos que possa dissipar para o ambiente essa energia térmica. Desse modo, o resistor deve ter um tamanho tal que todo o calor gerado seja rapidamente transferido ao meio ambiente, ficando o resistor a uma temperatura inferior à de destruição. O fabricante do resistor indica, através da potência nominal e de seu tamanho, o calor suportado e dissipado por ele, cuja unidade é o watt (símbolo: W). Para a leitura do valor nominal e da tolerância, utiliza-se uma codificação universal. Os resistores axiais que não são de precisão apresentam quatro ou cinco faixas coloridas no corpo, seguindo a codificação. A cor da primeira faixa corresponde ao primeiro algarismo significativo. A cor da segunda corresponde ao segundo algarismo significativo. A cor da terceira faixa corresponde ao multiplicador. A cor da quarta corresponde à sua tolerância. Essa última faixa fica mais afastada do extremo do componente, enquanto a primeira fica próxima. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 7 Fig. 1.1 – Aspecto de um resistor Fig.1.2 – Imagens de resistores O seu tamanho, associado à sua tecnologia de fabricação, corresponde a sua potêncianominal. Os resistores de precisão possuem cinco faixas coloridas em seu corpo, sendo que a primeira, a segunda e a terceira faixa correspondem, respectivamente, ao primeiro, ao segundo e ao terceiro algarismo significativo; a quarta faixa de cor corresponde ao multiplicador e a quinta corresponde à tolerância. Neste caso, a tabela também vale, desde que se inclua mais uma faixa (3º dígito). Tabela 1 - Código de cores para resistores fixos com quatro e cinco faixas: Os resistores podem ser classificados de acordo com a variação de sua resistência elétrica em: -Resistores Fixos - o valor de sua resistência não pode ser modificado; -Resistores Variáveis e Ajustáveis - o valor de sua resistência pode sofrer modificações; -Resistores Especiais - o valor de sua resistência varia de acordo com certas grandezas físicas. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 8 Os fabricantes fornecem uma série de informações sobre as propriedades dos resistores, que irão determinar o seu emprego. Destacamos abaixo as principais: Valor Nominal - É o valor declarado para o resistor. Expresso em OHMS (); Tolerância - Indica o desvio máximo do valor da resistência do resistor em relação ao seu valor nominal. É expressa em porcentagem; Potência Nominal - Em um resistor, toda energia aplicada é transformada em calor. Assim, potência nominal indica a potência contínua máxima em Watts que um resistor pode dissipar. A norma IEC63 determina as séries básicas de valores, tomadas como referência para os resistores. Tabela 2 – Valores comerciais de resistores fixos E 03 E 06 E 12 E 24 10 10 10 10 11 12 12 13 15 15 15 16 18 18 20 22 22 22 22 24 27 27 30 33 33 33 36 39 39 43 47 47 47 47 51 56 56 62 68 68 68 75 82 82 91 Se observarmos a Série E 12, poderemos deduzir alguns valores típicos, a saber: 1; 10; 100; 1K; 10K; 100K; 1M; etc... 1,2; 12; 120; 1,2K; 12K; 120K; 1,2M; etc... 1,5; 15; 150; 1,5K; 15K; 150K; 1,5M; etc... CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 9 TIPO BÁSICOS DE RESISTORES 1 - Resistores Fixos Podem ser de fio, de carvão, de filme e em montagem em superfície. 1.1 - Resistores de Fio Adequados para o uso em potências elevadas (1/2 W a 200 W) e em baixas frequências. São constituídos enrolando-se um fio de liga metálica, de grande resistividade, sobre um núcleo, e protegendo-o com um invólucro adequado. O fio metálico, constituído de uma liga de níquel-cromo-ferro, é enrolado na forma de espiras espaçadas sobre um núcleo. Esse núcleo é um tubo de metal cerâmico sendo a porcelana esteatita a mais utilizada. O revestimento protetor é um esmalte vitrificado, que se consegue adicionando pó de vidro ao esmalte e aquecendo a mistura a alta temperatura. Nos extremos, fazendo contato com o enrolamento, são presos terminais de ligação. Fig.1.3 – Resistor de fio (com vista parcial interna) 1.2 - Resistores de Carvão Aglomerado Utilizados em quase todos os circuitos, são fabricados para valores que vão desde ohms a vários megaohms, e com potência de dissipação desde 1/8 W até 3 W. A sua técnica de fabricação consiste em pressionar um finíssimo pó de carbono, junto com um material aglomerado. A resistência do elemento é determinada pela proporção de carbono para o material aglomerado. Fig.1.4 – Resistor de carvão aglomerado (com vista parcial interna) 1.3 - Resistores de Filme Utilizados em quase todos os circuitos, são fabricados para o uso em altas freqüências. Todos os tipos possuem um corpo cilíndrico de cerâmica de alta qualidade, sobre o qual é depositado um filme homogêneo, que pode ser: A - Carbono puro, depositado pela pirólise de um hidrocarboneto gasoso; B - Níquel depositado pelo processo "electroless" (para valores resistivos menores que 10 ohms); C - Níquel-Cromo, depositado por evaporação de ligas metálicas; D - Vítreo-Metálico. Tampas de contato de uma liga metálica especial são colocadas sob pressão nas extremidades do corpo do resistor e a elas são soldados por fusão. Para obtenção de toda gama de valores resistivos, é feito um sulco de conformação helicoidal de filme em torno do bastão de cerâmica. Finalmente, o resistor CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 10 é revestido por quatro ou mais camadas de verniz para proteção elétrica, mecânica e climática. (a) (b) Fig. 1.5 a e b – Resistor de filme 1.4 - Resistores em Montagem em Superfície (SMD) A tecnologia SMD é a técnica de fabricação atual de componentes que permite a confecção de circuitos bastante reduzidos se comparados aos usuais (mesmo integrados). Podemos encontrá-la nos telefones celulares, em câmeras de vídeo, equipamentos médicos, indústria automotiva e outros aparelhos de tamanho reduzido. a) Resistor SMD - Detalhe b) Armazenamento de venda Fig. 1.6 a e b – Resistor SMD Fig. 1.7 – Foto de uma placa PCB com resistores e circuitos integrados (CIs) SMD CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 11 Os resistores SMD têm 1/3 do tamanho dos resistores convencionais. São soldados do lado de baixo da placa, pelo lado das trilhas, ocupando muito menos espaço. Por serem extremamente pequenos, não utilizam o código de cores. Seu valor é marcado no corpo através de três números, sendo o 3° algarismo correspondente ao número de zeros. Ex: 102 significa 1.000 = 1 k. Códigos para Resistores SMD Os valores são indicados por três ou quatro dígitos, sendo esta última notação mais rara. O último dígito é a quantidade de zeros a acrescentar aos primeiros. Quando o valor é menor que 10 há uma letra R no lugar da vírgula. Alguns resistores de precisão mais novos, com 1% de tolerância, possuem um código diferente do habitual. Têm dois dígitos que indicam o valor através de uma tabela (a seguir) e uma letra que é a multiplicação: A = x1; B = x10; C = x100; D = xl000; E = xl0000; F = x100000; X ou S = x0,1; Y ou R = x0,01. Veja nos quadros a seguir o como se identificam os resistores neste caso. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 12 JUMPERS SMD Os jumpers (ligações diretas - curtos) vêm com a indicação 000. 2 - Resistores Variáveis e Ajustáveis Apesar de cada vez menos utilizados, os Resistores Variáveis são aqueles que permitem uma variação contínua do seu valor, apresentando para isso três terminais. Como exemplo, temos os potenciômetros. Fig.1.10 – Imagens de potenciômetros Resistores Ajustáveis são aqueles que permitem um ajuste eventual de seu valor (sendo este uma vez encontrado, não será mais modificado). Como exemplo temos o resistor com derivação móvel e os trimpots (trimming potentiometer). Fig. 1.11 – Imagens de Trimpots Os potenciômetros apresentam uma tira circular de composição de carvão depositado (potenciômetro de até 1/2 W) chamada de pista, sobre a qual se move um contato móvel do cursor, que é preso ao eixo. Os que apresentam potências superiores têm a sua pista constituída defio. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 13 Existem vários tipos de potenciômetros; os mais importantes são: Simples – Possuem uma única pista. Fig. 1.12 – Ilustração de um Potenciômetro Simples Múltiplos - contam com mais de uma pista, com comando único (tandem) ou não. Fig. 1.13 – Ilustração de um Potenciômetro Múltiplo Deslizantes – possuem uma pista reta (em vez de circular). Fig. 1.14 – Ilustração de um Potenciômetro Deslizante Multivoltas – Usados em ajustes de precisão. Fig.1.15 – Detalhe interno de um multivoltas Fig. 1.16 – Imagem de um trimpot multivoltas Muitas vezes é utilizado o próprio eixo do potenciômetro para comandar uma chave interruptora. Neste caso, são chamados de potenciômetros com chave. Quanto à função-resposta, os potenciômetros podem ser lineares ou não- lineares. Os lineares apresentam uma largura de pista constante. Assim, para uma mesma variação em graus do seu cursor, teremos a mesma variação do valor de resistência. Nos não-lineares, por não terem largura de pista constante, a variação de resistência não é a mesma para certo deslocamento angular. Essa variação de CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 14 resistência pode seguir diversas funções matemáticas, sendo a logarítmica a mais comum. São normalmente empregados nos controles de volume de som. Fig. 1.17 – Potenciômetro Linear Fig.1.18 – Potenciômetro Não-linear Nos resistores com derivação móvel, o valor de sua resistência varia quando a derivação é deslocada. Apresentam a mesma construção que o resistor de fio, com a particularidade de que o recobrimento de esmalte vitrificado dispõe de uma abertura para permitir a união do contato móvel deslizante com o fio. Geralmente é empregado como divisor de tensão. Como nos trimpots, os ajustes são semipermanentes. Assim sendo, apresentam uma fenda para esse ajuste. Seu valor nominal está entre 100 ohms e 3,3 megaohms. Fig.1.19 – Ilustração de um Resistor de derivação móvel De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas - A.B.N.T - o símbolo do resistor variável é o que segue abaixo: Fig. 1.20 – Resistor Variável - Simbologia 3 - Resistores Especiais Os Resistores Especiais têm sua resistência influenciada por fatores externos. Nesta categoria incluímos os termistores: o NTC (coeficiente negativo de temperatura), aumenta sua resistência quando a temperatura diminui e vice-versa; já o PTC (coeficiente de temperatura positiva) varia sua resistência no mesmo sentido da temperatura. Fig. 1.21 – Aspecto, símbolo e leitura do valor de termistores CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 15 Incluímos nesta categoria também o VDR (resistor dependente da tensão) e o LDR (resistor dependente da luz). Fig.1.22 – Aspecto, símbolo e leitura do valor de VDRs Fig. 1.23 – Aspecto e símbolo do LDR PROCEDIMENTO 1. Observe detalhadamente o material fornecido. 2. Classifique, em tipo e aplicação, os resistores fornecidos. RESISTOR TIPO APLICAÇÃO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 3. Decodifique os resistores usando o seu código. 1ª Cor 2ª Cor 3ª Cor 4ª Cor 5ª Cor Valor Nominal Tolerância Potência Nominal R1 R2 R3 R4 R5 CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 16 2ª PRÁTICA Medidas de resistência elétrica e de tensão com multímetros analógico e digital OBJETIVOS Medir resistores com o multímetro analógico e com o multímetro digital; Medir tensões contínuas com o multímetro analógico e com o multímetro digital. INTRODUÇÃO O multímetro é um aparelho eletrônico que possibilita medidas de tensão alternada (VAC ou V~), tensão contínua (VDC ou V), resistência (R ou ), corrente contínua (ADC ou A) e, em alguns casos, corrente alternada (AAC ou A~). MULTÍMETRO ANALÓGICO Temos, abaixo, o painel frontal do e, em seguida, a descrição de seus controles. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 17 DESCRIÇÃO DOS CONTROLES DO MULTÍMETRO ANALÓGICO 1. Escala de resistência (); 2. Escala de tensão e corrente DC; 3. Escala de tensão AC; 4. Escala de ganho de transistor (hFE); 5. Escala de decibéis (dB); 6. Escala para verificação das condições da bateria; 7. Parafuso de ajuste do "ZERO"; 8. Terminal para encaixe do transistor; 9. Botão de ajuste de "ZERO ". 10.Terminal para medidas de resistência, tensão AC/DC, corrente DC (exceto para corrente de 10 A e tensão de 1000 V DC). Conecte a ponta de prova vermelha neste terminal ("VA"); 11. Chave Seletora de Funções; 12. Terminal "COM". Conecte a ponta de prova preta; 13. Terminal para medir corrente de 10 A DC. Conecte a ponta de vermelha neste terminal; MATERIAL UTILIZADO Resistores: R1 = 33 k ; R2 = 82 k; R3 = 270 k; R4 = 560 k; R5 = 2,2 M Multímetro Analógico; Multímetro Digital; Pilhas e Fonte de Alimentação DC Ajustável. PROCEDIMENTO 1 A) Inicialmente, utilizaremos o multímetro analógico como medidor de resistência elétrica (função ohmímetro). Para esta utilização, seguiremos os procedimentos abaixo: 1. Identifique os resistores utilizando o código de cores; 2. Conecte as pontas de prova nos terminais "COM" e "VA" do multímetro; 3. Selecione a chave seletora de funções para a escala de resistência apropriada, de acordo com o valor do resistor a ser medido. Note que a chave multiplica (X1, X100, X1 k) os valores marcados na escala de Ohms; 4. Encoste uma ponta de prova na outra e ajuste o botão "ajuste de Zero " até que o ponteiro indique, na escala de resistência, valor igual a ZERO; 5. Apanhe uma resistência e conecte as pontas de prova em seus terminais; 6. Leia o valor indicado na escala de resistência; e 7. Multiplique o valor encontrado pela escala escolhida. O valor encontrado equivale ao valor da resistência oferecida pelo resistor escolhido. Anote na tabela apresentada na última página. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 18 Observações 1) Se não for possível o ajuste de "ZERO" nas escalas de resistência, a bateria do multímetro está fraca e deve ser trocada. 2) Para medir resistência, o componente (resistor) tem de estar desligado de qualquer circuito. Se ele estiver soldado em um circuito, será necessário desenergizar o circuito e dessoldar um de seus terminais. 3) Não se deve tocar ambas as pontas de prova com os dedos ao fazer as medidas, pois a resistência do corpo humano pode alterar o resultado. B) Agora utilizaremos o multímetro analógico como medidor de tensão elétrica (função voltímetro). Para esta utilização, seguiremos os procedimentos abaixo: 1. Identifique o valor nominal de tensão das pilhas; 2. Conecte as pontas de prova nos terminais "COM" e "VA" do multímetro; 3. Selecione a chave seletora de funções para a escala de tensão contínua apropriada, de acordo com o valor da tensão a ser medida. Note que a posição da chaveindica o maior valor de tensão da escala; 4. Encontre, no mostrador, a escala correspondente à posição da chave; ela termina com o mesmo valor da chave ou com um múltiplo ou submúltiplo dele; 5. Apanhe uma pilha e encoste as pontas de prova em seus terminais, observando a polaridade (vermelho no positivo e preto no negativo; não inverta!); 6. Leia o valor indicado na escala de tensão; e 7. Faça a conversão do valor lido na escala graduada, de acordo com a relação entre o máximo dessa escala e a posição da chave seletora. Anote na tabela apresentada na última página. Repita para outra(s) pilha(s) e para a fonte de tensão (saída DC). ! Dica : Para converter o valor lido na escala graduada multiplique-o pela relação entre o valor de fim de escala e o valor no qual se encontra a chave. Por exemplo, se você colocar a chave em 100 V e o final da escala for 10 V, terá de multiplicar a leitura feita nessa escala por 10. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 19 MULTÍMETRO DIGITAL Descrição dos controles do multímetro digital. 1. Mostrador - onde o valor (magnitude) da grandeza é lido. 2. Chave rotativa - seleciona a grandeza que se quer medir e o fundo de escala (alcance). 3. Terminal de entrada de "10 A" - usado junto com o “COM”, somente para o alcance de 10 A, sendo ligada nele a ponta de prova positiva (vermelha). 4. Terminal de entrada "COM" - nele é ligada a ponta de prova preta, para qualquer medição; se a grandeza medida for contínua, esta ponteira é ligada ao negativo ( - ). 5. Terminal de entrada "V A" - nele é ligada a ponta de prova vermelha, para qualquer medição; se a grandeza medida for contínua, esta ponteira é ligada ao positivo ( + ). 6. Interruptor de alimentação - liga e desliga o aparelho; deve ser sempre desligado quando se termina o uso, para evitar o esgotamento da bateria interna. 7. Tampa da bateria - permite o acesso ao compartimento da bateria interna, para sua troca. 8. Parafuso da caixa - permite o acesso ao interior do instrumento, para manutenção. PROCEDIMENTO 2 A) Nesta etapa utilizaremos o multímetro digital como medidor de resistência elétrica (função ohmímetro). Para esta utilização, seguiremos os procedimentos abaixo: 1. Identifique os resistores utilizando o código de cores. 2. Conecte as pontas de prova nos terminais "COM" e "VA" do multímetro; 3. Selecione a chave seletora de funções para a escala de resistência apropriada, de acordo com o valor do resistor a ser medido. Note que a chave indica o maior valor que pode ser medido naquela escala; 4. Apanhe uma resistência e conecte as pontas de prova em seus terminais; 5. Leia o valor indicado diretamente no mostrador. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 20 O valor encontrado equivale ao valor da resistência oferecida pelo resistor escolhido. Anote na tabela apresentada na última página. B) Agora utilizaremos o multímetro digital como medidor de tensão elétrica (função voltímetro). Para esta utilização, seguiremos os procedimentos abaixo: 1. Identifique o valor nominal de tensão das pilhas. 2. Conecte as pontas de prova nos terminais "COM" e "VA" do multímetro; 3. Selecione a chave seletora de funções para a escala de tensão contínua apropriada, de acordo com o valor da tensão a ser medida. Note que a posição da chave indica o maior valor de tensão da escala; 4. Apanhe uma pilha e conecte as pontas de prova em seus terminais, observando a polaridade (vermelho no positivo e preto no negativo; se inverter, aparecerá um sinal de menos no mostrador); 5. Leia o valor indicado diretamente no mostrador. Anote na tabela apresentada na última página. Repita para outra(s) pilha(s) e para a fonte de tensão DC. Observações 1) O aparecimento do número 1 no canto esquerdo do mostrador do multímetro digital indica que o valor a ser medido é maior que o limite da escala escolhida; aumente a escala, até fazer uma leitura diferente. Isto vale para resistência, tensão e corrente. Em alguns multímetros, essa indicação aparece com as letras OL, abreviatura de overload (sobrecarga, em inglês). 2) Se você não sabe o valor da tensão (ou corrente) que vai medir, comece da maior escala e não da menor. Para resistência, isso não importa. TABELAS Resistência Valor Real Valor Nominal Multímetro Analógico Multímetro Digital R1 = R2 = R3 = R4 = R5 = Tensão Valor Real Valor Nominal Multímetro Analógico Multímetro Digital Pilha 1 = Pilha 2 = Fonte = CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 21 3ª PRÁTICA Medida de resistência elétrica e comprovação de Lei de Ohm OBJETIVOS Medir o valor dos resistores fornecidos; Montar o circuito proposto; Ajustar a fonte de tensão; Medir a tensão elétrica e a corrente elétrica no circuito; Comparar os valores medidos com os calculados pela Lei de Ohm INTRODUÇÃO A Lei de Ohm estabelece que a corrente elétrica, ao percorrer um resistor, desenvolve sobre ele uma queda de tensão E, que é diretamente proporcional ao valor do resistor: E = I x R I E R Os fios (condutores) que interligam os componentes do circuito são considerados, na maioria das vezes, como tendo resistência nula (igual a zero ohm). Assim, o valor da tensão presente nos terminais da fonte (E) é o mesmo da tensão presente nos terminais do resistor. Tendo o valor de duas das grandezas indicadas, você pode obter o valor da terceira. Portanto, além da equação já fornecida para a Lei de Ohm, também temos: I = E e R = E R I E R I No circuito ao lado, E é uma fonte de tensão, R é um resistor e I é corrente elétrica que circula no circuito fechado. O circuito é dito fechado quando a fonte e a carga (no caso, o resistor) estão interligadas. Um recurso para memorizar as relações da Lei de Ohm é o triângulo ao lado. Se você cobrir com o dedo a grandeza que quer calcular, aparece a relação entre as demais. Cubra E, e temos R x I; cubra I, e temos E/R; cubra R, e temos E/I. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 22 MATERIAL UTILIZADO 1 resistor de 4,7 k 1 resistor de 15 k 1 resistor de 33 k 1 resistor de 47 k Protoboard Fonte de Alimentação DC Ajustável Multímetro PROCEDIMENTOS 1. Meça o valor de cada resistor e anote. Isso é importante para o cálculo correto das grandezas no circuito. Valor nominal (lido) Valor real (medido) 4,7 k 15 k 33 k 47 k 2. Ajuste a fonte de tensão em 12 volts. Para isso, coloque o multímetro digital na função VDC, fundo de escala em 20 V, em paralelo à fonte de tensão, ou seja, ligue a ponteira preta ao terminal de massa (preto) da fonte e a ponteira vermelha ao terminal +V (vermelho) da fonte. Confira a polaridade do instrumento e se o potenciômetro da fonte está na posição mínima (todo para a esquerda). Ligue a fonte e gire o potenciômetro até ler no medidor o valor da tensão desejada. 3. Monte o circuito, com um resistor de cada vez. E R CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 23 4. Aplique a tensão elétrica, ajustada, entre os extremos do resistor, conforme indicado no circuito. 5. Meça a tensão elétricasobre o resistor e anote no quadro adiante. E R 6. Meça a intensidade da corrente elétrica no circuito, da seguinte maneira. a) Ligue a ponta de prova vermelha do multímetro no terminal mA e a preta em COM; b) Na chave seletora, coloque na escala de 20 mA; c) Desligue o terminal positivo da fonte do resistor; d) Ligue o multímetro entre a fonte e o resistor e meça o valor da corrente, anotando no quadro adiante. Se necessário, diminua a escala, para uma leitura mais precisa. E R 7. Repita os itens 1 a 6 para cada um dos resistores. 8. Complete a tabela, calculando o valor da intensidade da corrente, em cada caso, usando para isso o valor real dos resistores. Compare os valores calculados e os medidos. Resistores Tensão medida Intensidade da corrente medida Intensidade da corrente calculada R1 = R2 = R3 = R4 = CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 24 4ª PRÁTICA Circuito série de corrente contínua e LED – Diodo Emissor de Luz OBJETIVOS Montar os circuitos propostos; Calcular as grandezas elétricas no circuito; Ajustar a fonte de tensão; Medir a resistência equivalente; Medir as correntes elétricas e tensões elétricas nos diversos pontos dos circuitos; Comprovar as características de um circuito misto de corrente contínua; Identificar o efeito do circuito aberto e do curto-circuito na associação mista; Polarizar e acender um LED. 1ª Parte: CIRCUITO MISTO DE CORRENTE CONTÍNUA INTRODUÇÃO Um circuito misto é aquele que pode ser analisado como a reunião de circuitos série e paralelo, daí ser também chamado de circuito série-paralelo. Assim, a cada parte do circuito identificada como uma dessas duas associações (série ou paralelo) devem ser aplicadas suas respectivas propriedades, já vistas na matéria de Eletricidade. Exemplo: R1 E R2 R3 Os resistores R2 e R3 formam uma associação em paralelo. A resistência equivalente dessa associação forma uma série com R1. Logo, a Req do circuito é R1 + (R2 // R3). APLICAÇÕES Os equipamentos eletrônicos possuem, em seus circuitos, diversos resistores, que formam circuitos dos diversos tipos: série, paralelo e misto. Para realizar medições nesses circuitos é necessário identificar o tipo de associação, para entender o funcionamento do aparelho e verificar se as medidas indicam funcionamento correto. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 25 MATERIAL UTILIZADO 1 resistor de 1 k 1 resistor de 15 k 1 resistor de 33 k 1 resistor de 47 k 1 resistor de 68 k Multímetro Protoboard Fonte de Alimentação DC Ajustável PROCEDIMENTOS 1. Monte o circuito abaixo, com R1 = 1 k, R2 = 15 k, R3 = 33 k, R4 = 47 k e R5 = 68 k. R2 R1 A B C E R3 R4 R5 D 2. Sem aplicar a fonte E, calcule e meça a Req entre os terminais A e D. Req = _______ (calculada) Req = _______ (medida) 3. Ajuste a fonte de tensão para 10 V e aplique entre os pontos A e D do circuito, conforme indica o esquema. 4. Calcule e meça as tensões, completando o quadro abaixo. V AB V BC V CD VTOTAL Valor Calculado Valor Medido 5. Calcule e meça as correntes, completando o quadro abaixo. IR IR2 IR3 IR4 IR5 ITOTAL Valor Calculado Valor Medido 6. Retire o resistor R5 e meça ITOTAL, VTOTAL e VCD. O que significa a retirada desse resistor? ITOTAL = ________ VTOTAL = ________ VCD = ________ 7. Retire o resistor R2, coloque um fio em seu lugar e meça ITOTAL, VTOTAL e VBC. O que significa a substituição desse resistor pelo fio? ITOTAL = ________ VTOTAL = ________ VBC = ________ 8. Se o resistor R1 for retirado, o que ocorre no circuito? CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 26 2ª Parte: LED – DIODO EMISSOR DE LUZ (Light Emitting Diode) INTRODUÇÃO LED é a sigla para Light Emitting Diode, em inglês, que significa Diodo Emissor de Luz. Os diodos são componentes eletrônicos fabricados com materiais semicondutores. Escolhendo o material adequado, é possível determinar a cor da luz emitida pelo LED quando ele é ligado a uma fonte de energia. Abaixo, vemos o símbolo do LED e seu aspecto físico, com a identificação dos terminais. A (anodo) K (catodo) Símbolo Aspecto e terminais Note que o terminal do catodo é mais curto e, visto por baixo, há um corte no corpo do LED ao seu lado. Não inverta os terminais, pois isso pode levar à queima do componente. A ligação do LED tem de ser feita sempre através de um resistor, para evitar sua queima, a uma fonte de tensão contínua de baixo valor. O terminal chamado anodo vai ao positivo da fonte, através do resistor, e o terminal chamado catodo vai ao negativo da fonte. R ILED EFONTE ELED O resistor R pode ser calculado facilmente pelo circuito série. Ele será dado pela equação 1: R = EFONTE - ELED 1 na qual ELED = 2 V, ILED = 10 a 20 mA ILED MATERIAL UTILIZADO Resistores calculados Multímetro Protoboard Fonte de Alimentação DC Ajustável CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 27 PROCEDIMENTOS 1. Utilizando a equação 1, vista na página anterior, calcule o resistor a ser colocado em série com o LED, nas seguintes situações: a. EFONTE = 7 V, ILED = 10 mA R1 = ________ b. EFONTE = 12 V, ILED = 5 mA R2 = ________ 2. Monte o circuito, com um dos resistores calculados de cada vez, e meça as grandezas indicadas. ILED ELED ER R1 = ________ EFONTE = 7 V R2 = ________ EFONTE = 12 V 3. Qual é a cor da luz emitida por esse LED? ________________ 4. Qual resistor e tensão da fonte fizeram o LED acender com maior brilho? Por que? __________________________________________________ __________________________________________________________ 5. Substitua o LED por outro, de outra cor, e repita as medidas. ILED ELED ER R1 = ________ EFONTE = 7 V R2 = ________ EFONTE = 12 V 6. Qual é a cor da luz emitida por esse outro LED? ________________ CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 28 5ª PRÁTICA Diodo Semicondutor OBJETIVOS Testar um diodo, usando o multímetro. Traçar a curva característica do diodo, a partir dos resultados de medidas. Analisar o funcionamento do diodo semicondutor. INTRODUÇÃO O diodo é um componente não-linear, pois a tensão sobre seus terminais não é proporcional à corrente que circula por ele. A passagem da corrente depende da polarização. Diodos como o retificador e o de sinal são utilizados com polarização direta. Já o diodo zener trabalha polarizado inversamente, na região de ruptura. O símbolo do diodo está representado a seguir, com a indicação de seus terminais: Anodo (A) e Catodo (K). A K O aspecto do diodo semicondutor mais utilizado nas aplicações de baixapotência é cilíndrico, como se vê abaixo, com uma marca na extremidade correspondente ao catodo. A K Observe as duas situações de polarização de um diodo. No esquema à esquerda, o diodo recebe tensão positiva em seu anodo e conduz, permitindo a passagem da corrente elétrica, o que é indicado pelo amperímetro, cujo ponteiro se desloca para a direita. Já no esquema à direita, o diodo recebe tensão positiva em seu catodo e não conduz, não havendo passagem da corrente elétrica, o que é indicado pelo amperímetro, cujo ponteiro permanece à esquerda (fica no „zero‟). Amperímetro Amperímetro E E R R Polarização direta Polarização inversa CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 29 MATERIAL UTILIZADO 1 diodo semicondutor (1N4001 a 1N4007) 1 resistor de 2,2 K Protoboard Fonte de alimentação DC ajustável PROCEDIMENTO 1. Inicialmente, teste o diodo, usando o multímetro digital. Para isso: 1. Selecione a função Teste de Diodo, representada pelo símbolo do componente: [ ]. 2. Ligue a ponta de prova vermelha ao terminal V e a preta ao terminal COM. 3. Coloque a ponta vermelha no anodo e a preta no catodo. O display deve indicar um valor entre .450 e .800, que corresponde à tensão de polarização direta do diodo. Se a indicação for o número 1 à esquerda do display (que indica sobrescala e, em alguns multímetros, pode ser OC, abreviatura de Open Circuit), o diodo está aberto (defeituoso). 4. Coloque a ponta vermelha no catodo e a preta no anodo. O display deve apresentar o número 1 à esquerda do display (que indica sobrescala e, em alguns multímetros, pode ser OC, abreviatura de Open Circuit), pois nessa condição (polarização inversa) não há corrente. Se a indicação for zero ou algo diferente do que está indicado acima, o diodo está em curto (defeituoso). 5. Agora, você vai realizar medidas de tensão e corrente no diodo, como objetivo de traçar sua curva característica tensão x corrente. Monte o circuito, utilizando um diodo da série 1N4001 a 1N4007. 6. Utilizando a fonte de alimentação ajustável, aplique na entrada os valores de Vi, constantes na tabela seguinte. Para cada valor de Vi meça o valor correspondente de tensão no diodo (Vo) e corrente através do diodo (Id), preenchendo a tabela. Em seguida, determine o estado do diodo: ON = conduzindo e OFF = cortado. OBS.: Meça a tensão e a correspondente corrente no diodo, sempre aos pares. Nunca meça todas as tensões e, depois, todas as correntes; isso é um erro grave de medida, pois os valores não estarão diretamente relacionados, já que a fonte não será ajustada exatamente na mesma tensão. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 30 Vi (V) Id (mA) Vo (V) Estado do diodo ( ON/OFF) 10 8 6 4 2 1 0,5 0 -0,5 -1 -2 -4 -6 -8 -10 OBS.: Para obter o valor de zero volt não utilize a fonte; desligue-a do circuito e faça um curto-circuito entre os dois terminais de entrada usando um fio (jumper). Não se esqueça de retirar o curto para fazer as demais medidas! 7. Trace a curva característica de tensão x corrente do diodo, usando o gráfico abaixo. Para isso, marque os valores de tensão no diodo no eixo horizontal e os de corrente no vertical, respeitando a polaridade. Depois, uma os pontos. Se dispuser de papel milimetrado, use-o. I (mA) V (V) 8. Localize, no gráfico, a região de polarização direta e a região de polarização inversa. Identifique a tensão de joelho (aquela em que o diodo começa a conduzir) e dê o seu valor. A partir do gráfico, descreva o funcionamento do diodo. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 31 6ª PRÁTICA Osciloscópio Analógico OBJETIVOS Ajustar os controles básicos (liga-desliga, brilho, foco e posição de feixe). Selecionar uma escala vertical e uma base de tempo coerentes com o sinal a ser visualizado. Estabilizar a forma de onda na tela. Medir amplitudes e intervalos de tempo no sinal. Medir defasagem entre dois sinais. . INTRODUÇÃO A principal função do Osciloscópio é mostrar formas de onda de tensão, sendo também possível a medida de amplitude e tempo no sinal. Além disso, permite medir a relação de fase (e de freqüência) entre dois sinais, observar curvas de resposta e até imagens de TV. Serão descritos a seguir os controles, as funções e a operação básica de um osciloscópio analógico de dois canais (duplo-traço), cuja compreensão permitirá a operação de modelos mais sofisticados, sem grande dificuldade, uma vez que os recursos encontrados neste aparelho analisado certamente existirão nos modelos mais complexos, com acréscimo de outros. Algumas das características descritas são específicas deste modelo. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 32 Controles e funções do osciloscópio Ajustes básicos POWER – chave liga-desliga. INTENSITY – controle da intensidade do brilho do traço. Deixe o traço com o mínimo brilho necessário para uma boa visualização, pois isso melhora a definição da imagem e preserva o equipamento. FOCUS – ajuste de foco do traço. Deixe o traço o mais fino possível. TRACE ROTATION – controle do alinhamento horizontal do traço. Faça este ajuste se o traço não estiver perfeitamente horizontal, isto é, alinhado com a grade impressa na tela. Como é um ajuste eventual, necessita de uma chave de fenda. PROBE ADJUST – fornece uma onda quadrada de 0,5 Vpp, 1 kHz, que serve para ajustar a resposta de freqüência da ponta de prova específica do osciloscópio (ponta compensada). Se dispuser de uma, ligue a ponta de prova nesse terminal, coloque a chave seletora que fica na ponta de prova na posição X10 e ajuste o parafuso que existe no conector da ponta (usando uma chave plástica ou de outro material isolante) até que a forma da onda seja perfeitamente quadrada. Seção vertical CH1 e CH2 – são os conectores (tipo BNC) de entrada dos canais 1 e 2 do osciloscópio. Neles são ligadas as pontas de prova. Também podem funcionar como entradas X e Y para varredura externa horizontal e vertical (ex.: nas figuras de Lissajous). Suas características elétricas são: 1 M e 30 pF. Suportam uma tensão de até 400 V de pico. Acoplamento (AC/DC, GND) – seleção do acoplamento do sinal aplicado a cada canal. GND – coloca a entrada à massa para o alinhamento do traço. Nessa posição, as pontas de prova não ficam em curto, mas nenhum sinal aparece na tela; DC – a entrada do amplificador vertical fica com acoplamento direto (sem capacitor), permitindo ver o nível médio do sinal (tensões contínuas - DC); AC – é colocado um capacitor em série com a entrada para barrar o nível médio do sinal (DC), se houver. POSITION – ajusta a posição vertical do traço, de modo a facilitar a visualização ou a leitura de valores no sinal. VOLTS/DIV – chave seletora de ganho vertical com atenuador compensado, calibrado em volts por divisão. Cada divisão da tela na direção vertical vale o que está indicado nessa chave seletora (somente se a ponta de prova estiver em X1, o ajuste variável no modo cal e a Ampliação – X5 MAG – estiver desativada). CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANOMEDIDAS 33 VARIABLE – controle que se encontra no centro da chave seletora de ganho vertical, usado para ajuste variável do ganho. Ao iniciar o uso do osciloscópio, deve- se verificar se esse controle se encontra na posição calibrada (CAL POSITION), girando-o totalmente para a direita (sentido horário), até sentir o clique. Seu uso fora da posição calibrada não permite fazer uma leitura de tensão no sinal, mas pode ser útil para melhor visualização da forma de onda ou comparação de aspecto com outra onda. X 5 MAG – aumenta em cinco vezes o ganho vertical, em cada canal (magnified = amplificado), o que exige que se divida por cinco a leitura da escala vertical. Permite observar sinais de pequena amplitude. Em alguns aparelhos, este recurso limita a resposta de freqüência nas escalas menores. CH2 INVERT – inverte a fase do canal 2, sendo a sua principal aplicação a subtração do canal 1 pelo canal 2 com a chave MODE em ADD. MODE – seleciona o modo de exibição dos sinais aplicados às entradas verticais. CH1 – seleciona somente o canal 1; CH2 – seleciona somente o canal 2; CHOP – chopper (chaveador, chaveado). Mostra o sinal do canal 1 e o sinal do canal 2, simultaneamente na tela, sendo o traço chaveado rapidamente entre um e outro. Esse modo só é usado em baixa velocidade de varredura (ms), senão os sinais aparecem recortados pelo pulso de chaveamento; ALT – alternate (alternador, alternado). O sinal do canal 1 e o do canal 2 são mostrados alternadamente, a cada varredura. Esse modo só é usado em alta velocidade de varredura (s), senão os sinais aparecem piscando; ADD – (soma). Mostra a soma do sinal do canal 1 com o do canal 2, ou sua subtração, se o canal 2 estiver invertido. Seção horizontal POSITION – ajusta a posição vertical do traço, de modo a facilitar a visualização ou a leitura de valores no sinal. TIME/DIV – chave seletora da base de tempo, calibrada em s, ms e s por divisão horizontal. Cada divisão da tela na direção horizontal vale o que está indicado nessa chave seletora (somente se o ajuste variável estiver no modo cal e a Ampliação – X5 MAG – estiver desativada). A posição x-y ativa o modo x-y de varredura externa, no qual o sinal aplicado à entrada CH1 aciona o traço horizontalmente e o sinal aplicado à entrada CH2 aciona o traço verticalmente, permitindo comparação de fase entre ambos (figuras de Lissajous). CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 34 X 5 MAG – aumenta em 5 vezes a extensão do traço, reduzindo em 5 vezes o tempo por divisão, o que exige que se divida por 5 a leitura da base de tempo. Permite observar sinais curta duração. TIME VARIABLE – ajuste variável do tempo por divisão horizontal. Esse controle se encontra no centro da chave de base de tempo. Ao iniciar o uso do osciloscópio, deve-se verificar se esse controle se encontra na posição calibrada (CAL POSITION), girando-o totalmente para a direita (sentido horário), até sentir o clique. Seu uso fora da posição calibrada não permite fazer uma leitura de tempo no sinal, mas pode ser útil para melhor visualização da forma de onda ou comparação de aspecto com outra onda. Seção de sincronismo (trigger) LEVEL – nível de trigger. Ajusta a tensão de disparo da varredura, estabilizando a imagem na tela. SWEEP MODE NORM – nesse modo só existe varredura se ela estiver sincronizada. Na falta de sincronismo, o sinal da tela apaga (fica esperando o pulso de trigger). Essa condição permite que o traço apague quando não houver sinal aplicado, preservando a tela. AUTO – nesse modo, mesmo sem sinal, ou com sinal, mas sem sincronismo, ocorre a varredura. O traço aparece sempre. LOCK – apertando simultaneamente NORM e AUTO, o osciloscópio ajusta o nível de trigger para o valor adequado à manutenção do sincronismo. SINGLE – mostra uma única varredura, toda vez que o botão RESET é acionado. SLOPE – serve para escolher a polaridade do sinal que irá sincronizar a varredura (borda de subida ou borda de descida). TRIGGER SOURCE – seleciona a fonte do sinal de trigger. CH1 – captura o sincronismo no sinal do canal 1; CH2 – captura o sincronismo no sinal do canal 2; ALT – sincroniza a varredura pelo canal 1 ou pelo canal 2, no instante em que cada um está sendo varrido no modo alternado. Seleciona-se apertando, simultaneamente, CH1 e CH2; LINE – captura o sincronismo no sinal da rede elétrica (60 Hz); EXT – captura o sincronismo em um sinal externo aplicado ao conector EXT INPUT. COUPLING – seleciona forma de acoplamento do sinal de sincronismo ao circuito de trigger. AC – acoplamento através de um capacitor; barra o nível médio do sinal de trigger, sendo útil para sinais alternados de pequena amplitude superpostos a um nível DC elevado. DC – acoplamento direto; leva em consideração o nível médio do sinal de trigger. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 35 TV – seleciona os pulsos de sincronismo de um sinal de vídeo para o trigger; dependendo da base de tempo, podem ser os pulsos verticais ou os horizontais. NORM – seleciona as transições do sinal (positivas ou negativas, dependendo da opção SLOPE) para fazer o sincronismo. EXT INPUT – entrada para sinal de sincronismo externo. Esse sinal deve ter, no máximo, 400 Vpp, e sua freqüência ser um múltiplo ou submúltiplo da freqüência do sinal que está sendo visualizado. Ponta de prova A ponta de prova específica para o osciloscópio possui uma chave seletora x1 – x10. Além disso, possui um ajuste para compensar a capacitância de entrada do osciloscópio, daí ser também denominada Ponta Compensada. x1 - nesta posição, chamada de DIRETA, a ponta de prova não produz atenuação. A resistência vista pelo circuito sob teste é de 1 M com capacitância total de 250 pF (capacitância de entrada de aproximadamente 30 pF mais a capacitância do cabo); x10 - nesta posição, chamada de ATENUADA, o sinal de entrada do osciloscópio é atenuado de 10 vezes. Assim, escala de tensão é alterada, devendo-se fazer o cálculo para obter a leitura correta de amplitude na forma de onda (a indicação da chave seletora tem de ser multiplicada por 10). A resistência vista pelo circuito sob teste é de 10 M com capacitância total de 25 pF, aproximadamente. Com o ajuste de compensação, é possível minimizar a capacitância total para esse valor, aumentando a resposta de freqüência do osciloscópio. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 36 PROCEDIMENTOS 1. Ligue o osciloscópio, localizando o traço e ajustando o brilho e o foco. 2. Conecte o osciloscópio (CH1) ao gerador de sinais (Output 50 ) e ajuste para senóíde com freqüência de 1 kHz. 3. Selecione a escala vertical e a base de tempo adequadas para observação do sinal. 4. Ajuste o trigger, para uma perfeita estabilização. 5. Ajuste a posição, para permitir o posicionamento mais conveniente da onda na tela. 6. Esboce a imagem, na reprodução de tela a seguir. 7. Meça a amplitude do sinal, em volts de pico e pico-a-pico. VP = ________ VPP = ________ 8. Meça o período do sinal. Anote. T = ________ 9. Reajuste o gerador para fornecer 1 VP e meça o sinal também com o multímetro (escala de tensão alternada), que fornece valor eficaz. Compare os resultados e justifique a diferença entre os valores encontrados. VP = ________ VEF = ________ Justificativa: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 10. Reajuste a freqüência para 10 kHz e torne a medir o período. Anote:T = ________ Escala vertical: _____ V/div Escala horizontal: _____ ms/div CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 37 11. Aplique à entrada 2 (CH2) o sinal proveniente do terminal PROBE ADJUST, mantendo o sinal senoidal em CH1, com 500 Hz. Ajuste o osciloscópio para a correta visualização de ambos. Esboce a imagem, na reprodução de tela abaixo. Escala vertical: _____ V/div Escala horizontal: _____ ms/div 12. Meça o período dos sinais. Anote: T1 = ________ T2 = ________ 13. Selecione a função X-Y na chave da Base de Tempo do osciloscópio. Ligue as entradas de ambos os canais (1 e 2) ao gerador, aplicando 1500 Hz. Aperte a tecla GND do canal 1 e ajuste o ganho do canal 2 (chave V/div e o ajuste fino no centro dela), bem como o controle de posição, de modo a obter um traço com seis divisões. Retire o canal 1 de GND, ponha o canal 2 em GND e repita os ajustes para o canal 1. Retire ambos de GND. 14. Monte o circuito abaixo e aplique o sinal de 1500 Hz à entrada. R = 4,7 k Entrada C = 22 nF Saída CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 38 15. Acople o sinal aplicado ao circuito à entrada CH1 (X) do osciloscópio e o sinal de saída do circuito à entrada CH2 (Y). Na tela deverá aparecer uma elipse. Centralize-a. OBS: Caso a forma de onda seja uma reta, ajuste a freqüência aplicada até obter a elipse. Anote os valores indicados abaixo e calcule o ângulo de fase entre os sinais, pela fórmula. a b = ângulo de fase = arco seno (b/a) = ___________ A distância entre o centro da elipse e a projeção, sobre o eixo vertical, do ponto em que tangencia uma linha horizontal (a linha tracejada indica esse ponto). B distância entre o centro da elipse e o ponto em que corta o eixo vertical, no centro da tela. 16. Torne a montar o circuito, agora na forma a seguir, e meça a defasagem entre os sinais de entrada e saída, usando outro método, descrito no próximo item. C = 22 nF Entrada R = 4,7 k Saída CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 39 17. No modo Dual (duplo traço) aplique o sinal de entrada de 1500 Hz ao canal 1 (CH1) do osciloscópio e o sinal de saída ao canal 2 (CH1) usando o canal 1 (CH 1) como Trigger source, de modo que apareçam duas senóides na tela horizontalmente separadas, como ilustra a figura a seguir: Obs.: Caso as ondas não apareçam separadas em 1500 HZ, ajuste a freqüência aplicada para o mesmo valor que foi usado no item 15. 18. Meça duração de um ciclo da senóide em divisões horizontais e, depois, a distância, também em divisões horizontais, entre o pico de uma senóide e o correspondente da outra. Faça, então, o seguinte cálculo: Período da senóide 360° Distância entre picos defasagem () Logo, Defasagem () = Distância entre picos x 360° Período da senóide Medidas: Período da senóide = ______ divisões Distância entre picos = ______ divisões Defasagem () = ____________ Obs. 1: Para saber se a saída está atrasada ou adiantada em relação à entrada, identifique o sinal de entrada na tela e veja se o pico positivo da saída vem logo antes (adiantado) ou logo depois (atrasado). Para assegurar a medida correta é importante sincronizar o osciloscópio pelo canal 1 (sinal de entrada do circuito), como dito anteriormente. Obs. 2: Este método, ao contrário do anterior, se aplica também a outras formas de onda além da senóide. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 40 7ª E 8ª PRÁTICAS Retificação com Diodo de Junção e Filtro Capacitivo OBJETIVOS Estudar os circuitos retificadores com diodo de junção, nas configurações de meia onda, onda completa e ponte, através da montagem, da observação das formas de onda e da medição de grandezas elétricas. Analisar a ação do filtro capacitivo, pelos mesmos métodos. INTRODUÇÃO A retificação consiste em transformar um sinal alternado em contínuo, entendendo o contínuo como aquele em que a polaridade nunca se inverte, mas cujos valores podem variar. A retificação em meia-onda elimina um dos semiciclos do sinal alternado, deixando somente os positivos ou somente os negativos, enquanto a retificação em onda completa e a retificação em ponte invertem a polaridade de um dos semiciclos, fazendo com que a corrente circule pela carga sempre em um único sentido, qualquer que seja o semiciclo de entrada. Retificador de Meia-Onda Retificador de Onda Completa A tensão alternada fornecida ao retificador pode ser diretamente obtida da rede elétrica ou através de um transformador de potencial. O transformador é especificado em termos de tensão eficaz. Assim, um transformador de 12 volts produz uma senóide com aproximadamente 17 volts de pico, que se torna uma onda pulsativa com um valor de pico um pouco menor, dependendo do tipo de retificador. Nos tipos de meia onda e onda completa, a redução é de 0,6 a 1 V (queda em um diodo), enquanto na ponte retificadora essa redução é de 1,2 a 2 V, correspondendo à queda em dois diodos. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 41 E (V) Valor de pico EMAX Valor Eficaz EEF 0 t (ms) Valor de pico -EMAX Sem filtragem, a tensão média na carga é calculada multiplicando o valor de pico por 0,318, na retificação em meia onda, e por 0,636, na retificação em onda completa. E (V) Valor de pico EMAX Valor médio EMED 0 t (ms) Valor médio na retificação em meia-onda E (V) Valor de pico EMAX Valor médio EMED 0 t (ms) Valor médio na retificação em onda completa A tensão retificada apresenta-se na forma pulsativa, isto é, variando como uma semi-senóide (apenas em um sentido), pois se origina na tensão alternada da rede elétrica. Para a quase totalidade dos equipamentos, essa pulsação é imprópria, interferindo em seu funcionamento. Assim, uma nova etapa tem de ser acrescentada, que é a filtragem. Filtro Filtro EEF = √2 EMAX = 0,707 EMAX 2 EMAX = √2 EEF = 1,414 EEF EMED = EMAX = 0,318 EMAX π EMED = 2 EMAX = 0,636 EMAX π CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 42 O filtro capacitivo utiliza um capacitor em paralelo com a carga, que se carrega até os picos do sinal retificado e fornece energia entre um pico e outro. Quanto maior a capacitância e menor a corrente de carga, mais estável ficará a tensão,reduzindo a ondulação. Atenção: Com filtragem perfeita (quando a ondulação é desprezível), a tensão média na carga é o próprio valor de pico após o retificador,. Se não puder ser desprezada, a tensão de ondulação (Er, em volts) é dada por Er = ILmed / f x C, onde ILmed é a corrente média na carga, em ampères, f é a freqüência da ondulação (60 Hz para meia onda e 120 Hz para onda completa) e C é a capacitância de filtro, em farads. A tensão média será, então, aproximadamente, o valor de pico menos a metade da tensão de ondulação. E (V) E (V) EMED = EMAX EMAX Tensão EMED de EMIN ondulação 0 t (ms) 0 t (ms) Tensão contínua constante (filtragem perfeita) Tensão contínua com ondulação APLICAÇÃO O principal emprego da retificação é fornecer a alimentação de energia a equipamentos eletrônicos, a partir rede elétrica, pois tais equipamentos necessitam de tensão contínua, mas a rede elétrica deve ser alternada, para facilitar a transmissão e distribuição de energia. A tensão contínua, obtida de um retificador, varia entre zero e o pico, positivo ou negativo, conforme a polaridade escolhida. Isso é inaceitável para um equipamento eletrônico, pois acarretaria variações indesejáveis e, nos instantes em que chegasse a zero, simplesmente o equipamento não funcionaria. Então, o filtro também é indispensável. A retificação está presente tanto nas fontes de alimentação lineares (convencionais), como nas chaveadas. A diferença mais sensível entre esses dois tipos de fontes é que as lineares geralmente empregam um transformador de força, para baixar a tensão diretamente da rede elétrica, que é grande e pesado, enquanto que nas chaveadas os transformadores são pequenos e leves, por trabalharem em alta freqüência, que é obtida após a retificação direta da rede elétrica. Diagrama em blocos de uma fonte de alimentação linear (convencional) CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 43 Diagrama em blocos de uma fonte de alimentação chaveada MATERIAL Multímetro Digital Osciloscópio Fonte de Alimentação com saída AC ou transformador Protoboard 4 diodos 1N4002 (até 1N4007) Capacitor eletrolítico entre 470 F e 1000 F, isolação mínima de 35 V Resistores de (aproximadamente) 680 e 1500 PROCEDIMENTO 1. Com o multímetro digital, estando a chave seletora no posicionamento adequado, faça o teste nos diodos fornecidos, identificando catodo e anodo, bem como sua condição para uso (em curto, aberto, em fuga ou em perfeito estado). Se houver algum diodo defeituoso, substitua-o, testando o novo, também. 2. Monte o circuito Retificador em meia-onda, no proto-board, conforme o esquema abaixo, empregando o maior valor de resistor de carga. Utilize o transformador interno da fonte de alimentação da bancada, retirando a tensão alternada entre um dos bornes de AC (lado esquerdo do painel, com os símbolos e ) e a massa (borne localizado entre os bornes DC, com o símbolo ). Caso não haja fonte com saída AC, será fornecido um transformador. Circuito do retificador em meia-onda CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 44 Fonte de alimentação com saída AC 3. Observe, simultaneamente, as formas de onda no secundário do transformador (antes do diodo) e no resistor de carga, Use acoplamento DC no osciloscópio e faça o sincronismo com a rede elétrica (trigger line). Esboce as formas de onda nos eixos a seguir, em coincidência no tempo (tal como aparecem no osciloscópio), indicando seus valores máximo e mínimo de tensão (picos) e período (tempo) de um ciclo. Tensão no secundário (antes do diodo) t Tensão na carga (depois do diodo) t 4. Meça a tensão eficaz (AC) antes do diodo e a contínua ou média (DC) sobre o resistor de carga, com o multímetro. Compare os resultados com os esperados pelas equações apresentadas na Introdução Teórica. Substitua RL pelo resistor de menor valor e torne a medir a tensão na carga. Grandeza Valor com RL = ____ Valor com RL = ____ Tensão de pico no secundário Tensão eficaz no secundário Tensão de pico na carga Tensão média na carga CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 45 5. Desligue a fonte, acrescente o capacitor de filtro (observe a polaridade dele) em paralelo com RL (inicialmente o maior valor de resistência), religue a fonte e repita os itens 3 e 4. Circuito do retificador em meia-onda com filtro capacitivo Tensão no secundário (antes do diodo) t Tensão na carga (depois do diodo) t Grandeza Valor (com RL = _____) Valor (com RL = _____) Tensão de pico no secundário Tensão eficaz no secundário Tensão de pico na carga Tensão média na carga 6. Agora você irá observar a forma de onda da tensão de ondulação (sobre a carga), simultaneamente com a forma de onda no secundário do transformador (antes do diodo). Para isso, use acoplamento AC no osciloscópio e aumente o ganho do canal que está ligado à carga, até visualizar a ondulação. Esboce sua forma e meça seu valor pico-a-pico, este para os dois valores de RL. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 46 Tensão no secundário (antes do diodo) t Tensão de ondulação na carga (depois do diodo) t Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL menor: __________ Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL maior: __________ 7. Monte o circuito Retificador em Onda Completa, no proto-board, conforme o esquema abaixo, empregando o maior resistor. Utilize o transformador interno da fonte de alimentação da bancada, retirando a tensão alternada nos dois bornes de AC (extremos) e na massa (tomada central). Os bornes com os símbolos e são ligados aos diodos e a massa da fonte (borne com o símbolo ) é ligada à massa do circuito. Caso não haja fonte com saída AC, será fornecido um transformador. Importante: verifique cuidadosamente a ligação dos diodos, pois a inversão de um deles provoca um curto-circuito no transformador! Circuito do retificador em onda completa 8. Observe, simultaneamente, as formas de onda no secundário do transformador (antes de cada diodo), em relação à massa, e no resistor de carga, esboçando-as a seguir, com seus valores de pico. Use acoplamento DC no osciloscópio e faça o sincronismo com a rede elétrica (trigger line). Compare primeiro as ondas do secundário e, depois, cada uma com a saída. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 47 Tensão no secundário 1 (antes do diodo D1) tTensão no secundário 2 (antes do diodo D2) t Tensão na carga (depois dos diodos) t 9. Meça a tensão eficaz (AC) antes dos diodos (em relação à massa) e a contínua ou média (DC) sobre o resistor de carga, com o multímetro. Compare os resultados com os esperados pelas equações apresentadas na Introdução Teórica. Grandeza Valor Tensão de pico no secundário Tensão eficaz no secundário Tensão de pico na carga Tensão média na carga 10. Acrescente o capacitor de filtro (observe a polaridade dele), em paralelo com RL, e repita os itens 8 e 9, agora para os dois valores de RL. Basta observar a forma de onda em um dos extremos do secundário, em relação à massa. Circuito do retificador em onda completa com filtro capacitivo CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 48 Tensão no secundário (antes do diodo D1 ou D2) t Tensão na carga (depois dos diodos) t Grandeza Valor (com RL = _____) Valor (com RL = _____) Tensão de pico no secundário Tensão eficaz no secundário Tensão de pico na carga Tensão média na carga 11. Agora você irá observar a forma de onda da tensão de ondulação (sobre a carga), simultaneamente com a forma de onda no secundário do transformador (antes dos diodos). Para isso, use acoplamento AC no osciloscópio e aumente o ganho do canal que está ligado à carga, até visualizar a ondulação. Esboce sua forma e meça seu valor pico-a-pico, para os dois valores de RL. Tensão no secundário (antes do diodo D1 ou D2) t Tensão de ondulação na carga (depois dos diodos) t Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL menor: __________ Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL maior: __________ CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 49 12. Monte o circuito Retificador em Ponte, no protoboard, conforme o esquema abaixo, com o resistor de maior valor. Utilize o transformador interno da fonte de alimentação da bancada, retirando a tensão alternada entre um dos dois bornes de AC (extremos) e a massa da fonte (tomada central), ou use um transformador fornecido. Importante: a massa da fonte NÃO é a mesma do circuito. Ligue a fonte (transformador) somente aos diodos (um borne entre D1 e D4 e o outro entre D2 e D3). Observe cuidadosamente a ligação dos diodos. A inversão de um ou mais deles provocará um curto-circuito no transformador! Circuito do retificador em ponte 13. Observe, separadamente, a forma de onda no secundário do transformador (entre os terminais de ligação aos diodos) e a forma de onda no resistor de carga (agora em relação à massa), esboçando-as abaixo, com seus valores de pico, Use acoplamento DC no osciloscópio e faça o sincronismo com a rede elétrica (trigger line). Importante: neste circuito não se pode observar, ao mesmo tempo, entrada e saída, pois não há terminal comum entre ambas e o osciloscópio as colocaria em curto circuito, através da sua massa. Tensão no secundário Tensão na carga t t CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 50 14. Meça a tensão eficaz (AC) antes dos diodos (entre os terminais de ligação) e a contínua ou média (DC) sobre o resistor de carga (em relação à massa), com o multímetro. Compare os resultados com os esperados pelas equações apresentadas na Introdução Teórica. Grandeza Valor Tensão de pico no secundário Tensão eficaz no secundário Tensão de pico na carga Tensão média na carga 15. Acrescente o capacitor de filtro (observe a polaridade dele), em paralelo com RL, e repita os itens 13 e 14. Circuito do retificador em ponte com filtro capacitivo 16. Agora você irá observar a forma de onda da tensão de ondulação (sobre a carga), e a forma de onda no secundário do transformador (antes dos diodos), separadamente. Para isso, use acoplamento AC no osciloscópio e aumente o ganho do canal que está ligado à carga, até visualizar a ondulação. Esboce sua forma e meça seu valor pico-a-pico, para os dois valores de RL. Tensão no secundário t Tensão de ondulação na carga t CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 51 Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL menor: __________ Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL maior: __________ 17. Preencha o quadro-resumo a seguir e compare os resultados. Retificador Sem filtro Com filtro Meia-Onda Tensão eficaz no secundário = _______ Tensão média na carga 1 = _________ Tensão média na carga 2 = _________ Tensão eficaz no secundário = _______ Tensão média na carga 1 = _________ Tensão média na carga 2 = _________ Onda Completa Tensão eficaz no secundário = _______ Tensão média na carga 1 = _________ Tensão eficaz no secundário = _______ Tensão média na carga 1 = _________ Tensão média na carga 2 = _________ Ponte Tensão eficaz no secundário = _______ Tensão média na carga 1 = _________ Tensão eficaz no secundário = _______ Tensão média na carga 1 = _________ Tensão média na carga 2 = _________ Legenda: “Tensão média na carga 1” é aquela medida com o maior valor de RL e “Tensão média na carga 2” é aquela medida com o menor valor de RL. CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM 52 AAPPOOSSTTIILLAA DDEE MMOONNTTAAGGEEMM CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM 53 1ª PRÁTICA Normas e procedimentos básicos , ferramentas e materiais OBJETIVOS Atuar adequadamente no setor de Montagem e no Laboratório de Eletrônica como um todo, preservando a saúde e garantindo a segurança própria e dos demais. Adquirir as ferramentas e materiais necessários para as práticas de montagem. NORMAS E PROCEDIMENTOS BÁSICOS Conduta do aluno 1. Para ter acesso ao Laboratório de Eletrônica e nele permanecer, o usuário tem de trajar o uniforme da escola ou indumentária compatível com as atividades a serem desenvolvidas, sendo vedado o uso de shorts, bermudas, sandálias e chinelos. 2. Nos setores de Montagem e de Circuito Impresso é obrigatório o uso de equipamento de proteção individual, incluindo o jaleco. 3. Para ter acesso aos setores de Montagem e de Circuito Impresso e participar das atividades, o aluno tem de portar as ferramentas e os materiais especificados. 4. É vedado o fumo e o consumo de alimentos e bebidas
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