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Apostila_Ano1_INTEGRADO_4_anos_v100

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CURSO INTEGRADO 
 
1º ANO 
 
 
 
Turmas: 1A ELT / 1B ELT 
 
 
 
 
 APOSTILA DE MEDIDAS 
 
APOSTILA DE MONTAGEM 
 
 APOSTILA DE PAINEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALUNO: _______________________________________________ TURMA: _______ 
Tel. de contato em caso de perda da apostila: _______________ 
 
 
CEFET-RJ: Av. Maracanã, 229 – bloco B / 3º andar Rio de Janeiro - RJ 20271-110 / Brasil 
Telefone: 2566 3153 / 2566 3197 
e-mail: coordelt@gmail.com 
mailto:coordelt@gmail.com
 
 
Equipe de Professores 2018_1 
 
 
 
Adriano Martins Moutinho 
Alberto Jorge Silva de Lima 
André de Souza Mendes 
Aridio Schiappacassa de Paiva 
Carlos Alberto Gouvêa Coelho 
Edgar Monteiro da Silva 
Eduardo Henrique Gregory Pacheco Dantas 
Igor Vital Rodrigues 
José Carlos Andrades 
José Fernandes Pereira 
José Mauro Kocher 
Marcos de Castro Pinto 
Mauro da Silva Alvarez 
Milton Simas Gonçalves Torres 
Paulo César Bittencourt 
Paulo José Monteiro da Cunha 
Péricles Freire dos Santos 
Roberto Augusto Freitas Dias 
Rui Márcio Carneiro Arruda 
Sahid Almeida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenador do Curso: Marcos de Castro Pinto 
Coordenador de Laboratório: Jose Antonio Fontes de Carvalho Ribeiro
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório CURSO INTEGRADO 1º ANO 
 
1 
 
 
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório CURSO INTEGRADO 1º ANO 
 
2 
 
PREFÁCIO 
 
Bem-vindos a mais um ano de desenvolvimento e ensino tecnológico na área de 
eletrônica! 
Esta apostila é o resultado da elaboração de roteiros de práticas desenvolvidas 
pelos professores do curso ao longo dos últimos anos. Seu objetivo é auxiliar nas 
atividades práticas de laboratório do ensino de eletrônica do CTE (Curso Técnico de 
Eletrônica) do CEFET/RJ, complementando o ensino das aulas teóricas. 
O seu bom uso pelo aluno para preparação das atividades práticas, bem como 
para as subsequentes avaliações, consiste em: uma leitura prévia, registro dos 
resultados nos locais indicados (e/ou uso de um caderno), além de anotações 
adicionais que cada um julgar ser necessário. Isso implica um uso essencial da apostila 
durantes as aulas, caso deseje um bom rendimento. 
Contudo, não constitui o único meio de auxílio nas atividades práticas do curso 
nem tão pouco um trilho a ser seguido sem possiblidade de alteração de rumo. Trata-
se de um orientador de atividades. 
Por tratar-se de um instrumento de auxílio nas práticas, a sua constante 
atualização é parte do processo de ensino da eletrônica e toda sugestão ou crítica é 
bem-vinda. 
 
Esta apostila pode ser copiada e usada livremente, resguardado seu direito 
autoral e a propriedade do CEFET/RJ que deve ser sempre mencionada. 
 
 
Aprecie sem moderação! 
 
Equipe de Eletrônica 
 
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório CURSO INTEGRADO 1º ANO 
 
3 
 
Sumário 
AAPPOOSSTTIILLAA DDEE MMEEDDIIDDAASS 55 
11ªª PPRRÁÁTTIICCAA 66 
Resistores Fixos e Variáveis: códigos de leitura de valores 6 
22ªª PPRRÁÁTTIICCAA 1166 
Medidas de resistência elétrica e de tensão com multímetros analógico e digital 16 
33ªª PPRRÁÁTTIICCAA 2211 
Medida de resistência elétrica e comprovação de Lei de Ohm 21 
44ªª PPRRÁÁTTIICCAA 2244 
Circuito série de corrente contínua e LED – Diodo Emissor de Luz 24 
55ªª PPRRÁÁTTIICCAA 2288 
Diodo Semicondutor 28 
66ªª PPRRÁÁTTIICCAA 3311 
Osciloscópio Analógico 31 
77ªª EE 88ªª PPRRÁÁTTIICCAASS 4400 
Retificação com Diodo de Junção e Filtro Capacitivo 40 
AAPPOOSSTTIILLAA DDEE MMOONNTTAAGGEEMM 5522 
11ªª PPRRÁÁTTIICCAA 5533 
Normas e procedimentos básicos , ferramentas e materiais 53 
22ªª PPRRÁÁTTIICCAA 5588 
Montagem de ponteiras de prova 58 
33ªª PPRRÁÁTTIICCAA 6699 
Montagem de Redutor de Potência para ferro de soldar 69 
44ªª PPRRÁÁTTIICCAA 7711 
Montagem de alarme sonoro com o CI NE 555 e microswitch 71 
55ªª PPRRÁÁTTIICCAA 7755 
Montagem de um cabo coaxial 75 
AAPPOOSSTTIILLAA DDEE PPAAIINNEELL 8833 
11ºº PPAAIINNEELL DDEE EESSTTUUDDOO 8844 
Protoboad, Medidas de Resistência e Tensão 84 
22ºº PPAAIINNEELL DDEE EESSTTUUDDOO 9933 
Medida de resistência elétrica e comprovação de Lei de Ohm 93 
33ºº PPAAIINNEELL DDEE EESSTTUUDDOO 9966 
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório CURSO INTEGRADO 1º ANO 
 
4 
 
Pilhas e Baterias 96 
44ºº PPAAIINNEELL DDEE EESSTTUUDDOO 110044 
Uso do Osciloscópio e do Gerador de Sinais 104 
55ºº PPAAIINNEELL DDEE EESSTTUUDDOO 110088 
Componentes Eletrônicos - Capacitores 108 
66ºº PPAAIINNEELL DDEE EESSTTUUDDOO 111155 
Componentes Eletrônicos – 115 
Indutores, Transformadores e Transdutores Eletroacústicos 115 
77ºº PPAAIINNEELL DDEE EESSTTUUDDOO 112244 
Circuitos Elétricos, fios, cabos, proteções e chaveamentos 124 
 
 
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AAPPOOSSTTIILLAA DDEE MMEEDDIIDDAASS 
 
 
 
 
 
 
 
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6 
 
1ª PRÁTICA 
 
Resistores Fixos e Variáveis: códigos de leitura de 
valores 
 
 
OBJETIVOS 
 Identificar os diversos tipos de resistores; 
 Decodificar os resistores fixos, utilizando a codificação correspondente; 
 Medir resistores com o multímetro digital; 
 Justificar as discrepâncias nas medidas realizadas. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 Resistor é um dispositivo cuja finalidade principal é introduzir uma resistência 
elétrica em um circuito eletro-eletrônico. Todo resistor tem como principal característica 
o valor nominal, dada em ohm, cujo símbolo é a letra grega Ω (ômega). De acordo com 
a Associação Brasileira de Normas Técnicas - A.B.N.T - o símbolo do resistor é o que 
segue: 
 
 
 
 
Fig. 1.0 – Resistor Fixo - Simbologia 
 
 
 São fabricados resistores desde alguns décimos de ohms até alguns milhões 
de ohms. Em sua fabricação, os valores nominais dos resistores sofrem desvios 
para mais ou para menos, denominados de tolerância nominal. As tolerâncias mais 
comuns são 5% e 10%. Os resistores com tolerância inferiores a 5% (ex. 1%, 2%), 
são chamados de resistores de precisão. 
 
Quando um resistor é atravessado por uma corrente elétrica, ele se aquece e 
dissipa uma certa quantidade de energia. Esse aquecimento pode danificar o 
resistor, a menos que possa dissipar para o ambiente essa energia térmica. Desse 
modo, o resistor deve ter um tamanho tal que todo o calor gerado seja rapidamente 
transferido ao meio ambiente, ficando o resistor a uma temperatura inferior à de 
destruição. O fabricante do resistor indica, através da potência nominal e de seu 
tamanho, o calor suportado e dissipado por ele, cuja unidade é o watt (símbolo: W). 
 
Para a leitura do valor nominal e da tolerância, utiliza-se uma codificação 
universal. Os resistores axiais que não são de precisão apresentam quatro ou cinco 
faixas coloridas no corpo, seguindo a codificação. A cor da primeira faixa 
corresponde ao primeiro algarismo significativo. A cor da segunda corresponde ao 
segundo algarismo significativo. A cor da terceira faixa corresponde ao multiplicador. 
A cor da quarta corresponde à sua tolerância. Essa última faixa fica mais afastada 
do extremo do componente, enquanto a primeira fica próxima. 
 
 
 
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7 
 
 
 
 
Fig. 1.1 – Aspecto de um resistor Fig.1.2 – Imagens de resistores 
 
O seu tamanho, associado à sua tecnologia de fabricação, corresponde a sua 
potêncianominal. 
 
Os resistores de precisão possuem cinco faixas coloridas em seu corpo, 
sendo que a primeira, a segunda e a terceira faixa correspondem, respectivamente, 
ao primeiro, ao segundo e ao terceiro algarismo significativo; a quarta faixa de cor 
corresponde ao multiplicador e a quinta corresponde à tolerância. Neste caso, a 
tabela também vale, desde que se inclua mais uma faixa (3º dígito). 
 
Tabela 1 - Código de cores para resistores fixos com quatro e cinco faixas: 
 
 
 
Os resistores podem ser classificados de acordo com a variação de sua 
resistência elétrica em: 
 
-Resistores Fixos - o valor de sua resistência não pode ser modificado; 
-Resistores Variáveis e Ajustáveis - o valor de sua resistência pode sofrer 
modificações; 
-Resistores Especiais - o valor de sua resistência varia de acordo com certas 
grandezas físicas. 
 
 
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 Os fabricantes fornecem uma série de informações sobre as propriedades dos 
resistores, que irão determinar o seu emprego. Destacamos abaixo as principais: 
 Valor Nominal - É o valor declarado para o resistor. Expresso em OHMS (); 
 Tolerância - Indica o desvio máximo do valor da resistência do resistor em relação 
ao seu valor nominal. É expressa em porcentagem; 
 Potência Nominal - Em um resistor, toda energia aplicada é transformada em calor. 
Assim, potência nominal indica a potência contínua máxima em Watts que um 
resistor pode dissipar. 
 
A norma IEC63 determina as séries básicas de valores, tomadas como 
referência para os resistores. 
 
Tabela 2 – Valores comerciais de resistores fixos 
 
E 03 E 06 E 12 E 24 
10 10 10 10 
 11 
 12 12 
 13 
 15 15 15 
 16 
 18 18 
 20 
22 22 22 22 
 24 
 27 27 
 30 
 33 33 33 
 36 
 39 39 
 43 
47 47 47 47 
 51 
 56 56 
 62 
 68 68 68 
 75 
 82 82 
 91 
 
 Se observarmos a Série E 12, poderemos deduzir alguns valores típicos, a saber: 
 
 1; 10; 100; 1K; 10K; 100K; 1M; etc... 
 1,2; 12; 120; 1,2K; 12K; 120K; 1,2M; etc... 
 1,5; 15; 150; 1,5K; 15K; 150K; 1,5M; etc... 
 
 
 
 
 
 
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TIPO BÁSICOS DE RESISTORES 
 
1 - Resistores Fixos 
 Podem ser de fio, de carvão, de filme e em montagem em superfície. 
 
1.1 - Resistores de Fio 
 Adequados para o uso em potências elevadas (1/2 W a 200 W) e em 
baixas frequências. São constituídos enrolando-se um fio de liga metálica, de grande 
resistividade, sobre um núcleo, e protegendo-o com um invólucro adequado. O fio 
metálico, constituído de uma liga de níquel-cromo-ferro, é enrolado na forma de espiras 
espaçadas sobre um núcleo. Esse núcleo é um tubo de metal cerâmico sendo a 
porcelana esteatita a mais utilizada. O revestimento protetor é um esmalte vitrificado, 
que se consegue adicionando pó de vidro ao esmalte e aquecendo a mistura a alta 
temperatura. Nos extremos, fazendo contato com o enrolamento, são presos terminais 
de ligação. 
 
Fig.1.3 – Resistor de fio (com vista parcial interna) 
 
1.2 - Resistores de Carvão Aglomerado 
 Utilizados em quase todos os circuitos, são fabricados para valores que vão 
desde ohms a vários megaohms, e com potência de dissipação desde 1/8 W até 3 W. 
 A sua técnica de fabricação consiste em pressionar um finíssimo pó de carbono, 
junto com um material aglomerado. A resistência do elemento é determinada pela 
proporção de carbono para o material aglomerado. 
 
 
Fig.1.4 – Resistor de carvão aglomerado (com vista parcial interna) 
 
1.3 - Resistores de Filme 
 Utilizados em quase todos os circuitos, são fabricados para o uso em altas 
freqüências. Todos os tipos possuem um corpo cilíndrico de cerâmica de alta 
qualidade, sobre o qual é depositado um filme homogêneo, que pode ser: 
 
 A - Carbono puro, depositado pela pirólise de um hidrocarboneto gasoso; 
 B - Níquel depositado pelo processo "electroless" (para valores resistivos 
menores que 10 ohms); 
 C - Níquel-Cromo, depositado por evaporação de ligas metálicas; 
 D - Vítreo-Metálico. Tampas de contato de uma liga metálica especial são 
colocadas sob pressão nas extremidades do corpo do resistor e a elas são soldados 
por fusão. 
 
Para obtenção de toda gama de valores resistivos, é feito um sulco de 
conformação helicoidal de filme em torno do bastão de cerâmica. Finalmente, o resistor 
 
 
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10 
 
é revestido por quatro ou mais camadas de verniz para proteção elétrica, mecânica e 
climática. 
 
(a) (b) 
Fig. 1.5 a e b – Resistor de filme 
 
 
1.4 - Resistores em Montagem em Superfície (SMD) 
 A tecnologia SMD é a técnica de fabricação atual de componentes que permite a 
confecção de circuitos bastante reduzidos se comparados aos usuais (mesmo 
integrados). 
 Podemos encontrá-la nos telefones celulares, em câmeras de vídeo, 
equipamentos médicos, indústria automotiva e outros aparelhos de tamanho reduzido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Resistor SMD - Detalhe b) Armazenamento de venda 
 
Fig. 1.6 a e b – Resistor SMD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 1.7 – Foto de uma placa PCB com resistores e circuitos integrados (CIs) SMD 
 
 
 
 
 
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Os resistores SMD têm 1/3 do tamanho dos resistores convencionais. São 
soldados do lado de baixo da placa, pelo lado das trilhas, ocupando muito menos 
espaço. Por serem extremamente pequenos, não utilizam o código de cores. Seu valor 
é marcado no corpo através de três números, sendo o 3° algarismo correspondente ao 
número de zeros. 
 
 Ex: 102 significa 1.000  = 1 k. 
 
 
 
Códigos para Resistores SMD 
 
Os valores são indicados por três ou quatro dígitos, sendo esta última notação mais 
rara. O último dígito é a quantidade de zeros a acrescentar aos primeiros. Quando o 
valor é menor que 10  há uma letra R no lugar da vírgula. 
 
Alguns resistores de precisão mais novos, com 1% de tolerância, possuem um 
código diferente do habitual. Têm dois dígitos que indicam o valor através de uma 
tabela (a seguir) e uma letra que é a multiplicação: A = x1; B = x10; C = x100; D = 
xl000; E = xl0000; F = x100000; X ou S = x0,1; Y ou R = x0,01. Veja nos quadros a 
seguir o como se identificam os resistores neste caso. 
 
 
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JUMPERS SMD 
 
Os jumpers (ligações diretas - curtos) vêm com a indicação 000. 
 
 
 
 
 
2 - Resistores Variáveis e Ajustáveis 
 
 Apesar de cada vez menos utilizados, os Resistores Variáveis são aqueles que 
permitem uma variação contínua do seu valor, apresentando para isso três terminais. 
Como exemplo, temos os potenciômetros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.1.10 – Imagens de potenciômetros 
 
 
 Resistores Ajustáveis são aqueles que permitem um ajuste eventual de seu 
valor (sendo este uma vez encontrado, não será mais modificado). Como exemplo 
temos o resistor com derivação móvel e os trimpots (trimming potentiometer). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 1.11 – Imagens de Trimpots 
 
Os potenciômetros apresentam uma tira circular de composição de carvão 
depositado (potenciômetro de até 1/2 W) chamada de pista, sobre a qual se move um 
contato móvel do cursor, que é preso ao eixo. Os que apresentam potências superiores 
têm a sua pista constituída defio. 
 
 
 
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Existem vários tipos de potenciômetros; os mais importantes são: 
 
Simples – Possuem uma única pista. 
 
 
 
 
 Fig. 1.12 – Ilustração de um Potenciômetro Simples 
 
 
 
Múltiplos - contam com mais de uma pista, com comando único (tandem) ou não. 
 
 
 
 
 Fig. 1.13 – Ilustração de um Potenciômetro Múltiplo 
 
 
Deslizantes – possuem uma pista reta (em vez de circular). 
 
 
 
 Fig. 1.14 – Ilustração de um Potenciômetro Deslizante 
 
 
Multivoltas – Usados em ajustes de precisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.1.15 – Detalhe interno de um multivoltas Fig. 1.16 – Imagem de um trimpot multivoltas 
 
 
Muitas vezes é utilizado o próprio eixo do potenciômetro para comandar uma 
chave interruptora. Neste caso, são chamados de potenciômetros com chave. 
 Quanto à função-resposta, os potenciômetros podem ser lineares ou não-
lineares. 
Os lineares apresentam uma largura de pista constante. Assim, para uma 
mesma variação em graus do seu cursor, teremos a mesma variação do valor de 
resistência. 
 Nos não-lineares, por não terem largura de pista constante, a variação de 
resistência não é a mesma para certo deslocamento angular. Essa variação de 
 
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resistência pode seguir diversas funções matemáticas, sendo a logarítmica a mais 
comum. São normalmente empregados nos controles de volume de som. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 1.17 – Potenciômetro Linear Fig.1.18 – Potenciômetro Não-linear 
 
 
 Nos resistores com derivação móvel, o valor de sua resistência varia quando a 
derivação é deslocada. Apresentam a mesma construção que o resistor de fio, com a 
particularidade de que o recobrimento de esmalte vitrificado dispõe de uma abertura 
para permitir a união do contato móvel deslizante com o fio. Geralmente é empregado 
como divisor de tensão. Como nos trimpots, os ajustes são semipermanentes. Assim 
sendo, apresentam uma fenda para esse ajuste. Seu valor nominal está entre 100 
ohms e 3,3 megaohms. 
 
 
 
Fig.1.19 – Ilustração de um Resistor de derivação móvel 
 
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas - A.B.N.T - o símbolo do 
resistor variável é o que segue abaixo: 
 
 
 
 
 
 
Fig. 1.20 – Resistor Variável - Simbologia 
 
3 - Resistores Especiais 
 
Os Resistores Especiais têm sua resistência influenciada por fatores externos. 
Nesta categoria incluímos os termistores: o NTC (coeficiente negativo de temperatura), 
aumenta sua resistência quando a temperatura diminui e vice-versa; já o PTC 
(coeficiente de temperatura positiva) varia sua resistência no mesmo sentido da 
temperatura. 
 
Fig. 1.21 – Aspecto, símbolo e leitura do valor de termistores 
 
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 Incluímos nesta categoria também o VDR (resistor dependente da tensão) e o 
LDR (resistor dependente da luz). 
 
 
Fig.1.22 – Aspecto, símbolo e leitura do valor de VDRs 
 
 
 
 
Fig. 1.23 – Aspecto e símbolo do LDR 
 
 
PROCEDIMENTO 
 
1. Observe detalhadamente o material fornecido. 
 
2. Classifique, em tipo e aplicação, os resistores fornecidos. 
 
RESISTOR TIPO APLICAÇÃO 
01 
02 
03 
04 
05 
06 
07 
08 
09 
10 
 
 
3. Decodifique os resistores usando o seu código. 
 
 1ª Cor 2ª Cor 3ª Cor 4ª Cor 5ª Cor Valor 
Nominal 
Tolerância Potência 
Nominal 
R1 
R2 
R3 
R4 
R5 
 
 
 
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16 
 
2ª PRÁTICA 
 
Medidas de resistência elétrica e de tensão com 
multímetros analógico e digital 
 
 
OBJETIVOS 
 Medir resistores com o multímetro analógico e com o multímetro digital; 
 Medir tensões contínuas com o multímetro analógico e com o multímetro digital. 
 
INTRODUÇÃO 
O multímetro é um aparelho eletrônico que possibilita medidas de tensão 
alternada (VAC ou V~), tensão contínua (VDC ou V), resistência (R ou ), corrente 
contínua (ADC ou A) e, em alguns casos, corrente alternada (AAC ou A~). 
 
 
MULTÍMETRO ANALÓGICO 
 
Temos, abaixo, o painel frontal do e, em seguida, a descrição de seus controles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DESCRIÇÃO DOS CONTROLES DO MULTÍMETRO ANALÓGICO 
 
1. Escala de resistência (); 
2. Escala de tensão e corrente DC; 
3. Escala de tensão AC; 
4. Escala de ganho de transistor (hFE); 
5. Escala de decibéis (dB); 
6. Escala para verificação das condições da bateria; 
7. Parafuso de ajuste do "ZERO"; 
8. Terminal para encaixe do transistor; 
9. Botão de ajuste de "ZERO ". 
10.Terminal para medidas de resistência, tensão AC/DC, corrente DC (exceto para 
corrente de 10 A e tensão de 1000 V DC). Conecte a ponta de prova vermelha neste 
terminal ("VA"); 
11. Chave Seletora de Funções; 
12. Terminal "COM". Conecte a ponta de prova preta; 
13. Terminal para medir corrente de 10 A DC. Conecte a ponta de vermelha neste 
terminal; 
 
 
 
MATERIAL UTILIZADO 
Resistores: R1 = 33 k ; R2 = 82 k; R3 = 270 k; R4 = 560 k; R5 = 2,2 M 
Multímetro Analógico; Multímetro Digital; Pilhas e Fonte de Alimentação DC Ajustável. 
 
PROCEDIMENTO 1 
A) Inicialmente, utilizaremos o multímetro analógico como medidor de resistência 
elétrica (função ohmímetro). Para esta utilização, seguiremos os procedimentos 
abaixo: 
1. Identifique os resistores utilizando o código de cores; 
 
2. Conecte as pontas de prova nos terminais "COM" e "VA" do multímetro; 
 
3. Selecione a chave seletora de funções para a escala de resistência apropriada, 
de acordo com o valor do resistor a ser medido. Note que a chave multiplica (X1, 
X100, X1 k) os valores marcados na escala de Ohms; 
 
4. Encoste uma ponta de prova na outra e ajuste o botão "ajuste de Zero " até que 
o ponteiro indique, na escala de resistência, valor igual a ZERO; 
 
5. Apanhe uma resistência e conecte as pontas de prova em seus terminais; 
 
6. Leia o valor indicado na escala de resistência; e 
 
7. Multiplique o valor encontrado pela escala escolhida. 
 
 O valor encontrado equivale ao valor da resistência oferecida pelo resistor 
escolhido. Anote na tabela apresentada na última página. 
 
 
 
 
 
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18 
 
Observações 
 
1) Se não for possível o ajuste de "ZERO" nas escalas de resistência, a bateria do 
multímetro está fraca e deve ser trocada. 
 
2) Para medir resistência, o componente (resistor) tem de estar desligado de qualquer 
circuito. Se ele estiver soldado em um circuito, será necessário desenergizar o 
circuito e dessoldar um de seus terminais. 
 
3) Não se deve tocar ambas as pontas de prova com os dedos ao fazer as medidas, 
pois a resistência do corpo humano pode alterar o resultado. 
 
B) Agora utilizaremos o multímetro analógico como medidor de tensão elétrica (função 
voltímetro). Para esta utilização, seguiremos os procedimentos abaixo: 
1. Identifique o valor nominal de tensão das pilhas; 
 
2. Conecte as pontas de prova nos terminais "COM" e "VA" do multímetro; 
 
3. Selecione a chave seletora de funções para a escala de tensão contínua 
apropriada, de acordo com o valor da tensão a ser medida. Note que a posição da 
chaveindica o maior valor de tensão da escala; 
 
4. Encontre, no mostrador, a escala correspondente à posição da chave; ela termina 
com o mesmo valor da chave ou com um múltiplo ou submúltiplo dele; 
 
5. Apanhe uma pilha e encoste as pontas de prova em seus terminais, observando 
a polaridade (vermelho no positivo e preto no negativo; não inverta!); 
 
6. Leia o valor indicado na escala de tensão; e 
 
7. Faça a conversão do valor lido na escala graduada, de acordo com a relação 
entre o máximo dessa escala e a posição da chave seletora. 
 
Anote na tabela apresentada na última página. Repita para outra(s) pilha(s) e 
para a fonte de tensão (saída DC). 
 
! Dica : 
Para converter o valor lido na escala graduada multiplique-o pela relação entre o 
valor de fim de escala e o valor no qual se encontra a chave. Por exemplo, se você 
colocar a chave em 100 V e o final da escala for 10 V, terá de multiplicar a leitura feita 
nessa escala por 10. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MULTÍMETRO DIGITAL 
 
 
Descrição dos controles do multímetro digital. 
 
1. Mostrador - onde o valor (magnitude) da grandeza é lido. 
2. Chave rotativa - seleciona a grandeza que se quer medir e o fundo de escala 
(alcance). 
3. Terminal de entrada de "10 A" - usado junto com o “COM”, somente para o 
alcance de 10 A, sendo ligada nele a ponta de prova positiva (vermelha). 
4. Terminal de entrada "COM" - nele é ligada a ponta de prova preta, para 
qualquer medição; se a grandeza medida for contínua, esta ponteira é ligada ao 
negativo ( - ). 
5. Terminal de entrada "V  A" - nele é ligada a ponta de prova vermelha, para 
qualquer medição; se a grandeza medida for contínua, esta ponteira é ligada ao 
positivo ( + ). 
6. Interruptor de alimentação - liga e desliga o aparelho; deve ser sempre 
desligado quando se termina o uso, para evitar o esgotamento da bateria interna. 
7. Tampa da bateria - permite o acesso ao compartimento da bateria interna, para 
sua troca. 
8. Parafuso da caixa - permite o acesso ao interior do instrumento, para 
manutenção. 
 
PROCEDIMENTO 2 
 
A) Nesta etapa utilizaremos o multímetro digital como medidor de resistência elétrica 
(função ohmímetro). Para esta utilização, seguiremos os procedimentos abaixo: 
 
1. Identifique os resistores utilizando o código de cores. 
2. Conecte as pontas de prova nos terminais "COM" e "VA" do multímetro; 
3. Selecione a chave seletora de funções para a escala de resistência apropriada, 
de acordo com o valor do resistor a ser medido. Note que a chave indica o maior 
valor que pode ser medido naquela escala; 
4. Apanhe uma resistência e conecte as pontas de prova em seus terminais; 
5. Leia o valor indicado diretamente no mostrador. 
 
 
 
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20 
 
 O valor encontrado equivale ao valor da resistência oferecida pelo resistor 
escolhido. Anote na tabela apresentada na última página. 
 
B) Agora utilizaremos o multímetro digital como medidor de tensão elétrica (função 
voltímetro). Para esta utilização, seguiremos os procedimentos abaixo: 
 
1. Identifique o valor nominal de tensão das pilhas. 
2. Conecte as pontas de prova nos terminais "COM" e "VA" do multímetro; 
3. Selecione a chave seletora de funções para a escala de tensão contínua 
apropriada, de acordo com o valor da tensão a ser medida. Note que a posição 
da chave indica o maior valor de tensão da escala; 
4. Apanhe uma pilha e conecte as pontas de prova em seus terminais, observando 
a polaridade (vermelho no positivo e preto no negativo; se inverter, aparecerá 
um sinal de menos no mostrador); 
5. Leia o valor indicado diretamente no mostrador. 
 
Anote na tabela apresentada na última página. Repita para outra(s) pilha(s) e para a 
fonte de tensão DC. 
 
Observações 
1) O aparecimento do número 1 no canto esquerdo do mostrador do multímetro digital 
indica que o valor a ser medido é maior que o limite da escala escolhida; aumente a 
escala, até fazer uma leitura diferente. Isto vale para resistência, tensão e corrente. 
Em alguns multímetros, essa indicação aparece com as letras OL, abreviatura de 
overload (sobrecarga, em inglês). 
 
2) Se você não sabe o valor da tensão (ou corrente) que vai medir, comece da maior 
escala e não da menor. Para resistência, isso não importa. 
 
TABELAS 
Resistência Valor Real 
Valor Nominal Multímetro Analógico Multímetro Digital 
R1 = 
 
R2 = 
 
R3 = 
 
R4 = 
 
R5 = 
 
 
Tensão Valor Real 
Valor Nominal Multímetro Analógico Multímetro Digital 
Pilha 1 = 
Pilha 2 = 
Fonte = 
 
 
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3ª PRÁTICA 
 
Medida de resistência elétrica e comprovação de Lei 
de Ohm 
 
 
OBJETIVOS 
 Medir o valor dos resistores fornecidos; 
 Montar o circuito proposto; 
 Ajustar a fonte de tensão; 
 Medir a tensão elétrica e a corrente elétrica no circuito; 
 Comparar os valores medidos com os calculados pela Lei de Ohm 
 
INTRODUÇÃO 
A Lei de Ohm estabelece que a corrente elétrica, ao percorrer um resistor, 
desenvolve sobre ele uma queda de tensão E, que é diretamente proporcional ao 
valor do resistor: 
 E = I x R 
 I 
 
 
 
 
 E R 
 
 
 
 
 
 
Os fios (condutores) que interligam os componentes do circuito são 
considerados, na maioria das vezes, como tendo resistência nula (igual a zero ohm). 
Assim, o valor da tensão presente nos terminais da fonte (E) é o mesmo da tensão 
presente nos terminais do resistor. 
 
Tendo o valor de duas das grandezas indicadas, você pode obter o valor da 
terceira. Portanto, além da equação já fornecida para a Lei de Ohm, também temos: 
 
 I = E e R = E 
 R I 
 
 
 
 E 
 
 
 R I 
 
No circuito ao lado, E é uma fonte de 
tensão, R é um resistor e I é 
corrente elétrica que circula no 
circuito fechado. 
O circuito é dito fechado quando a 
fonte e a carga (no caso, o resistor) 
estão interligadas. 
Um recurso para memorizar as relações da Lei de 
Ohm é o triângulo ao lado. Se você cobrir com o dedo a 
grandeza que quer calcular, aparece a relação entre as 
demais. 
Cubra E, e temos R x I; cubra I, e temos E/R; cubra R, e 
temos E/I. 
 
 
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MATERIAL UTILIZADO 
 1 resistor de 4,7 k 
 1 resistor de 15 k 
 1 resistor de 33 k 
 1 resistor de 47 k 
 Protoboard 
 Fonte de Alimentação DC Ajustável 
 Multímetro 
 
PROCEDIMENTOS 
1. Meça o valor de cada resistor e anote. Isso é importante para o cálculo 
correto das grandezas no circuito. 
 
Valor nominal (lido) Valor real (medido) 
4,7 k 
15 k 
33 k 
47 k 
 
2. Ajuste a fonte de tensão em 12 volts. Para isso, coloque o multímetro digital 
na função VDC, fundo de escala em 20 V, em paralelo à fonte de tensão, ou 
seja, ligue a ponteira preta ao terminal de massa (preto) da fonte e a ponteira 
vermelha ao terminal +V (vermelho) da fonte. 
Confira a polaridade do instrumento e se o potenciômetro da fonte está na 
posição mínima (todo para a esquerda). 
Ligue a fonte e gire o potenciômetro até ler no medidor o valor da tensão 
desejada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Monte o circuito, com um resistor de cada vez. 
 
 
 
 E R 
 
 
 
 
 
 
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23 
 
4. Aplique a tensão elétrica, ajustada, entre os extremos do resistor, conforme 
indicado no circuito. 
 
5. Meça a tensão elétricasobre o resistor e anote no quadro adiante. 
 
 
 
 
 E R 
 
 
 
6. Meça a intensidade da corrente elétrica no circuito, da seguinte maneira. 
a) Ligue a ponta de prova vermelha do multímetro no terminal mA e a preta 
em COM; 
b) Na chave seletora, coloque na escala de 20 mA; 
c) Desligue o terminal positivo da fonte do resistor; 
d) Ligue o multímetro entre a fonte e o resistor e meça o valor da corrente, 
anotando no quadro adiante. Se necessário, diminua a escala, para uma 
leitura mais precisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 E R 
 
 
 
 
7. Repita os itens 1 a 6 para cada um dos resistores. 
 
8. Complete a tabela, calculando o valor da intensidade da corrente, em cada 
caso, usando para isso o valor real dos resistores. Compare os valores 
calculados e os medidos. 
 
Resistores Tensão medida 
Intensidade da 
corrente medida 
Intensidade da 
corrente calculada 
R1 = 
R2 = 
R3 = 
R4 = 
 
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4ª PRÁTICA 
 
Circuito série de corrente contínua e LED – Diodo 
Emissor de Luz 
 
 
OBJETIVOS 
 Montar os circuitos propostos; 
 Calcular as grandezas elétricas no circuito; 
 Ajustar a fonte de tensão; 
 Medir a resistência equivalente; 
 Medir as correntes elétricas e tensões elétricas nos diversos pontos dos 
circuitos; 
 Comprovar as características de um circuito misto de corrente contínua; 
 Identificar o efeito do circuito aberto e do curto-circuito na associação mista; 
 Polarizar e acender um LED. 
 
1ª Parte: CIRCUITO MISTO DE CORRENTE CONTÍNUA 
INTRODUÇÃO 
 Um circuito misto é aquele que pode ser analisado como a reunião de 
circuitos série e paralelo, daí ser também chamado de circuito série-paralelo. Assim, 
a cada parte do circuito identificada como uma dessas duas associações (série ou 
paralelo) devem ser aplicadas suas respectivas propriedades, já vistas na matéria de 
Eletricidade. 
 
Exemplo: 
 
 R1 
 
 E R2 R3 
 
 
 
 Os resistores R2 e R3 formam uma associação em paralelo. A resistência 
equivalente dessa associação forma uma série com R1. Logo, a Req do circuito é R1 
+ (R2 // R3). 
 
 
APLICAÇÕES 
 Os equipamentos eletrônicos possuem, em seus circuitos, diversos resistores, 
que formam circuitos dos diversos tipos: série, paralelo e misto. Para realizar 
medições nesses circuitos é necessário identificar o tipo de associação, para 
entender o funcionamento do aparelho e verificar se as medidas indicam 
funcionamento correto. 
 
 
 
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25 
 
MATERIAL UTILIZADO 
 1 resistor de 1 k  1 resistor de 15 k 
 1 resistor de 33 k  1 resistor de 47 k 
 1 resistor de 68 k 
 Multímetro  Protoboard 
 Fonte de Alimentação DC Ajustável 
 
PROCEDIMENTOS 
1. Monte o circuito abaixo, com R1 = 1 k, R2 = 15 k, R3 = 33 k, R4 = 47 k e 
R5 = 68 k. 
 R2 
 R1 
 A B C 
 
 
 E R3 R4 R5 
 
 D 
 
 
2. Sem aplicar a fonte E, calcule e meça a Req entre os terminais A e D. 
 Req = _______ (calculada) Req = _______ (medida) 
 
3. Ajuste a fonte de tensão para 10 V e aplique entre os pontos A e D do 
circuito, conforme indica o esquema. 
 
4. Calcule e meça as tensões, completando o quadro abaixo. 
 V AB V BC V CD VTOTAL 
Valor Calculado 
Valor Medido 
 
5. Calcule e meça as correntes, completando o quadro abaixo. 
 IR IR2 IR3 IR4 IR5 ITOTAL 
Valor Calculado 
Valor Medido 
 
6. Retire o resistor R5 e meça ITOTAL, VTOTAL e VCD. O que significa a retirada 
desse resistor? 
 ITOTAL = ________ VTOTAL = ________ VCD = ________ 
 
7. Retire o resistor R2, coloque um fio em seu lugar e meça ITOTAL, VTOTAL e VBC. 
O que significa a substituição desse resistor pelo fio? 
 ITOTAL = ________ VTOTAL = ________ VBC = ________ 
 
8. Se o resistor R1 for retirado, o que ocorre no circuito? 
 
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26 
 
2ª Parte: LED – DIODO EMISSOR DE LUZ (Light Emitting Diode) 
 
INTRODUÇÃO 
LED é a sigla para Light Emitting Diode, em inglês, que significa Diodo Emissor de 
Luz. Os diodos são componentes eletrônicos fabricados com materiais semicondutores. 
Escolhendo o material adequado, é possível determinar a cor da luz emitida pelo LED 
quando ele é ligado a uma fonte de energia. 
Abaixo, vemos o símbolo do LED e seu aspecto físico, com a identificação dos 
terminais. 
 
 A (anodo) 
 
 
 
 K (catodo) 
 Símbolo Aspecto e terminais 
 
 
Note que o terminal do catodo é mais curto e, visto por baixo, há um corte no corpo 
do LED ao seu lado. Não inverta os terminais, pois isso pode levar à queima do 
componente. 
 
A ligação do LED tem de ser feita sempre através de um resistor, para evitar sua 
queima, a uma fonte de tensão contínua de baixo valor. O terminal chamado anodo vai 
ao positivo da fonte, através do resistor, e o terminal chamado catodo vai ao negativo 
da fonte. 
 
 R 
 
 ILED 
 EFONTE ELED 
 
 
 
 
O resistor R pode ser calculado facilmente pelo circuito série. Ele será dado pela 
equação 1: 
 
R = EFONTE - ELED 1 na qual ELED = 2 V, ILED = 10 a 20 mA 
 ILED 
 
 
MATERIAL UTILIZADO 
 Resistores calculados 
 Multímetro  Protoboard 
 Fonte de Alimentação DC Ajustável 
 
 
 
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27 
 
PROCEDIMENTOS 
1. Utilizando a equação 1, vista na página anterior, calcule o resistor a ser 
colocado em série com o LED, nas seguintes situações: 
 
a. EFONTE = 7 V, ILED = 10 mA R1 = ________ 
b. EFONTE = 12 V, ILED = 5 mA R2 = ________ 
 
 
2. Monte o circuito, com um dos resistores calculados de cada vez, e meça 
as grandezas indicadas. 
 
 ILED ELED ER 
R1 = ________ 
 
EFONTE = 7 V 
 
 
R2 = ________ 
 
EFONTE = 12 V 
 
 
 
 
3. Qual é a cor da luz emitida por esse LED? ________________ 
 
 
4. Qual resistor e tensão da fonte fizeram o LED acender com maior brilho? 
Por que? __________________________________________________ 
__________________________________________________________ 
 
 
5. Substitua o LED por outro, de outra cor, e repita as medidas. 
 
 ILED ELED ER 
R1 = ________ 
 
EFONTE = 7 V 
 
 
R2 = ________ 
 
EFONTE = 12 V 
 
 
 
 
6. Qual é a cor da luz emitida por esse outro LED? ________________ 
 
 
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28 
 
5ª PRÁTICA 
 
Diodo Semicondutor 
 
 
OBJETIVOS 
 Testar um diodo, usando o multímetro. 
 Traçar a curva característica do diodo, a partir dos resultados de medidas. 
 Analisar o funcionamento do diodo semicondutor. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O diodo é um componente não-linear, pois a tensão sobre seus terminais não 
é proporcional à corrente que circula por ele. A passagem da corrente depende da 
polarização. Diodos como o retificador e o de sinal são utilizados com polarização 
direta. Já o diodo zener trabalha polarizado inversamente, na região de ruptura. 
O símbolo do diodo está representado a seguir, com a indicação de seus terminais: 
Anodo (A) e Catodo (K). 
 
 A K 
 
 
 O aspecto do diodo semicondutor mais utilizado nas aplicações de baixapotência é cilíndrico, como se vê abaixo, com uma marca na extremidade 
correspondente ao catodo. 
 
 A K 
 
 
 Observe as duas situações de polarização de um diodo. No esquema à 
esquerda, o diodo recebe tensão positiva em seu anodo e conduz, permitindo a 
passagem da corrente elétrica, o que é indicado pelo amperímetro, cujo ponteiro se 
desloca para a direita. Já no esquema à direita, o diodo recebe tensão positiva em 
seu catodo e não conduz, não havendo passagem da corrente elétrica, o que é 
indicado pelo amperímetro, cujo ponteiro permanece à esquerda (fica no „zero‟). 
 
 
 
 
 Amperímetro Amperímetro 
 E E 
 
 R R 
 
 
 
 Polarização direta Polarização inversa 
 
 
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MATERIAL UTILIZADO 
 
 1 diodo semicondutor (1N4001 a 1N4007) 
 1 resistor de 2,2 K 
 Protoboard 
 Fonte de alimentação DC ajustável 
 
 
PROCEDIMENTO 
 
1. Inicialmente, teste o diodo, usando o multímetro digital. Para isso: 
 
1. Selecione a função Teste de Diodo, representada pelo símbolo do componente: 
 [ ]. 
2. Ligue a ponta de prova vermelha ao terminal V e a preta ao terminal COM. 
 
3. Coloque a ponta vermelha no anodo e a preta no catodo. O display deve 
indicar um valor entre .450 e .800, que corresponde à tensão de polarização 
direta do diodo. Se a indicação for o número 1 à esquerda do display (que 
indica sobrescala e, em alguns multímetros, pode ser OC, abreviatura de 
Open Circuit), o diodo está aberto (defeituoso). 
 
4. Coloque a ponta vermelha no catodo e a preta no anodo. O display deve 
apresentar o número 1 à esquerda do display (que indica sobrescala e, em 
alguns multímetros, pode ser OC, abreviatura de Open Circuit), pois nessa 
condição (polarização inversa) não há corrente. Se a indicação for zero ou 
algo diferente do que está indicado acima, o diodo está em curto (defeituoso). 
 
5. Agora, você vai realizar medidas de tensão e corrente no diodo, como objetivo 
de traçar sua curva característica tensão x corrente. Monte o circuito, 
utilizando um diodo da série 1N4001 a 1N4007. 
 
 
 
6. Utilizando a fonte de alimentação ajustável, aplique na entrada os valores de 
Vi, constantes na tabela seguinte. Para cada valor de Vi meça o valor 
correspondente de tensão no diodo (Vo) e corrente através do diodo (Id), 
preenchendo a tabela. Em seguida, determine o estado do diodo: ON = 
conduzindo e OFF = cortado. 
 
OBS.: Meça a tensão e a correspondente corrente no diodo, sempre aos pares. 
Nunca meça todas as tensões e, depois, todas as correntes; isso é um erro 
grave de medida, pois os valores não estarão diretamente relacionados, já 
que a fonte não será ajustada exatamente na mesma tensão. 
 
 
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30 
 
Vi (V) Id (mA) Vo (V) Estado do diodo ( ON/OFF) 
10 
8 
6 
4 
2 
1 
0,5 
0 
-0,5 
-1 
-2 
-4 
-6 
-8 
-10 
 
OBS.: Para obter o valor de zero volt não utilize a fonte; desligue-a do circuito e faça 
um curto-circuito entre os dois terminais de entrada usando um fio (jumper). 
Não se esqueça de retirar o curto para fazer as demais medidas! 
 
7. Trace a curva característica de tensão x corrente do diodo, usando o gráfico 
abaixo. Para isso, marque os valores de tensão no diodo no eixo horizontal e 
os de corrente no vertical, respeitando a polaridade. Depois, uma os pontos. 
Se dispuser de papel milimetrado, use-o. 
 
 I (mA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
V (V) 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. Localize, no gráfico, a região de polarização direta e a região de polarização 
inversa. Identifique a tensão de joelho (aquela em que o diodo começa a 
conduzir) e dê o seu valor. A partir do gráfico, descreva o funcionamento do 
diodo. 
 
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31 
 
6ª PRÁTICA 
 
Osciloscópio Analógico 
 
 
OBJETIVOS 
 Ajustar os controles básicos (liga-desliga, brilho, foco e posição de feixe). 
 Selecionar uma escala vertical e uma base de tempo coerentes com o sinal a ser 
visualizado. 
 Estabilizar a forma de onda na tela. 
 Medir amplitudes e intervalos de tempo no sinal. 
 Medir defasagem entre dois sinais. 
. 
 
INTRODUÇÃO 
 A principal função do Osciloscópio é mostrar formas de onda de tensão, sendo 
também possível a medida de amplitude e tempo no sinal. Além disso, permite medir a 
relação de fase (e de freqüência) entre dois sinais, observar curvas de resposta e até 
imagens de TV. 
 
Serão descritos a seguir os controles, as funções e a operação básica de um 
osciloscópio analógico de dois canais (duplo-traço), cuja compreensão permitirá a 
operação de modelos mais sofisticados, sem grande dificuldade, uma vez que os 
recursos encontrados neste aparelho analisado certamente existirão nos modelos mais 
complexos, com acréscimo de outros. Algumas das características descritas são 
específicas deste modelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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32 
 
Controles e funções do osciloscópio 
 
Ajustes básicos 
POWER – chave liga-desliga. 
 
INTENSITY – controle da intensidade do brilho do traço. Deixe o traço com o mínimo 
brilho necessário para uma boa visualização, pois isso melhora a definição da 
imagem e preserva o equipamento. 
 
FOCUS – ajuste de foco do traço. Deixe o traço o mais fino possível. 
 
TRACE ROTATION – controle do alinhamento horizontal do traço. Faça este ajuste 
se o traço não estiver perfeitamente horizontal, isto é, alinhado com a grade 
impressa na tela. Como é um ajuste eventual, necessita de uma chave de fenda. 
 
PROBE ADJUST – fornece uma onda quadrada de 0,5 Vpp, 1 kHz, que serve para 
ajustar a resposta de freqüência da ponta de prova específica do osciloscópio (ponta 
compensada). Se dispuser de uma, ligue a ponta de prova nesse terminal, coloque a 
chave seletora que fica na ponta de prova na posição X10 e ajuste o parafuso que 
existe no conector da ponta (usando uma chave plástica ou de outro material 
isolante) até que a forma da onda seja perfeitamente quadrada. 
 
 
Seção vertical 
CH1 e CH2 – são os conectores (tipo BNC) de entrada dos canais 1 e 2 do 
osciloscópio. Neles são ligadas as pontas de prova. Também podem funcionar como 
entradas X e Y para varredura externa horizontal e vertical (ex.: nas figuras de 
Lissajous). Suas características elétricas são: 1 M e 30 pF. Suportam uma tensão 
de até 400 V de pico. 
 
Acoplamento (AC/DC, GND) – seleção do acoplamento do sinal aplicado a cada 
canal. 
GND – coloca a entrada à massa para o alinhamento do traço. Nessa posição, as 
pontas de prova não ficam em curto, mas nenhum sinal aparece na tela; 
DC – a entrada do amplificador vertical fica com acoplamento direto (sem capacitor), 
permitindo ver o nível médio do sinal (tensões contínuas - DC); 
AC – é colocado um capacitor em série com a entrada para barrar o nível médio do 
sinal (DC), se houver. 
 
POSITION – ajusta a posição vertical do traço, de modo a facilitar a visualização ou 
a leitura de valores no sinal. 
 
VOLTS/DIV – chave seletora de ganho vertical com atenuador compensado, 
calibrado em volts por divisão. Cada divisão da tela na direção vertical vale o que 
está indicado nessa chave seletora (somente se a ponta de prova estiver em X1, o 
ajuste variável no modo cal e a Ampliação – X5 MAG – estiver desativada). 
 
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANOMEDIDAS 
33 
 
 
VARIABLE – controle que se encontra no centro da chave seletora de ganho 
vertical, usado para ajuste variável do ganho. Ao iniciar o uso do osciloscópio, deve-
se verificar se esse controle se encontra na posição calibrada (CAL POSITION), 
girando-o totalmente para a direita (sentido horário), até sentir o clique. Seu uso fora 
da posição calibrada não permite fazer uma leitura de tensão no sinal, mas pode ser 
útil para melhor visualização da forma de onda ou comparação de aspecto com outra 
onda. 
 
X 5 MAG – aumenta em cinco vezes o ganho vertical, em cada canal (magnified = 
amplificado), o que exige que se divida por cinco a leitura da escala vertical. Permite 
observar sinais de pequena amplitude. Em alguns aparelhos, este recurso limita a 
resposta de freqüência nas escalas menores. 
 
CH2 INVERT – inverte a fase do canal 2, sendo a sua principal aplicação a 
subtração do canal 1 pelo canal 2 com a chave MODE em ADD. 
 
MODE – seleciona o modo de exibição dos sinais aplicados às entradas verticais. 
CH1 – seleciona somente o canal 1; 
CH2 – seleciona somente o canal 2; 
CHOP – chopper (chaveador, chaveado). Mostra o sinal do canal 1 e o sinal do 
canal 2, simultaneamente na tela, sendo o traço chaveado rapidamente 
entre um e outro. Esse modo só é usado em baixa velocidade de 
varredura (ms), senão os sinais aparecem recortados pelo pulso de 
chaveamento; 
ALT – alternate (alternador, alternado). O sinal do canal 1 e o do canal 2 são 
mostrados alternadamente, a cada varredura. Esse modo só é usado em 
alta velocidade de varredura (s), senão os sinais aparecem piscando; 
ADD – (soma). Mostra a soma do sinal do canal 1 com o do canal 2, ou sua 
subtração, se o canal 2 estiver invertido. 
 
Seção horizontal 
 
POSITION – ajusta a posição vertical do traço, de modo a facilitar a visualização ou 
a leitura de valores no sinal. 
 
TIME/DIV – chave seletora da base de tempo, calibrada em s, ms e s por divisão 
horizontal. Cada divisão da tela na direção horizontal vale o que está indicado nessa 
chave seletora (somente se o ajuste variável estiver no modo cal e a Ampliação – X5 
MAG – estiver desativada). A posição x-y ativa o modo x-y de varredura externa, no 
qual o sinal aplicado à entrada CH1 aciona o traço horizontalmente e o sinal 
aplicado à entrada CH2 aciona o traço verticalmente, permitindo comparação de 
fase entre ambos (figuras de Lissajous). 
 
 
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 
34 
 
X 5 MAG – aumenta em 5 vezes a extensão do traço, reduzindo em 5 vezes o tempo 
por divisão, o que exige que se divida por 5 a leitura da base de tempo. Permite 
observar sinais curta duração. 
 
TIME VARIABLE – ajuste variável do tempo por divisão horizontal. Esse controle se 
encontra no centro da chave de base de tempo. Ao iniciar o uso do osciloscópio, 
deve-se verificar se esse controle se encontra na posição calibrada (CAL 
POSITION), girando-o totalmente para a direita (sentido horário), até sentir o clique. 
Seu uso fora da posição calibrada não permite fazer uma leitura de tempo no sinal, 
mas pode ser útil para melhor visualização da forma de onda ou comparação de 
aspecto com outra onda. 
Seção de sincronismo (trigger) 
 
LEVEL – nível de trigger. Ajusta a tensão de disparo da varredura, estabilizando a 
imagem na tela. 
 
SWEEP MODE 
 NORM – nesse modo só existe varredura se ela estiver sincronizada. Na falta de 
sincronismo, o sinal da tela apaga (fica esperando o pulso de trigger). 
Essa condição permite que o traço apague quando não houver sinal 
aplicado, preservando a tela. 
AUTO – nesse modo, mesmo sem sinal, ou com sinal, mas sem sincronismo, ocorre 
a varredura. O traço aparece sempre. 
LOCK – apertando simultaneamente NORM e AUTO, o osciloscópio ajusta o nível 
de trigger para o valor adequado à manutenção do sincronismo. 
SINGLE – mostra uma única varredura, toda vez que o botão RESET é acionado. 
SLOPE – serve para escolher a polaridade do sinal que irá sincronizar a varredura 
(borda de subida ou borda de descida). 
 
TRIGGER SOURCE – seleciona a fonte do sinal de trigger. 
CH1 – captura o sincronismo no sinal do canal 1; 
CH2 – captura o sincronismo no sinal do canal 2; 
ALT – sincroniza a varredura pelo canal 1 ou pelo canal 2, no instante em que cada 
um está sendo varrido no modo alternado. Seleciona-se apertando, 
simultaneamente, CH1 e CH2; 
LINE – captura o sincronismo no sinal da rede elétrica (60 Hz); 
EXT – captura o sincronismo em um sinal externo aplicado ao conector EXT INPUT. 
 
COUPLING – seleciona forma de acoplamento do sinal de sincronismo ao circuito de 
trigger. 
AC – acoplamento através de um capacitor; barra o nível médio do sinal de trigger, 
sendo útil para sinais alternados de pequena amplitude superpostos a um nível 
DC elevado. 
DC – acoplamento direto; leva em consideração o nível médio do sinal de trigger. 
 
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35 
 
TV – seleciona os pulsos de sincronismo de um sinal de vídeo para o trigger; 
dependendo da base de tempo, podem ser os pulsos verticais ou os 
horizontais. 
NORM – seleciona as transições do sinal (positivas ou negativas, dependendo da 
opção SLOPE) para fazer o sincronismo. 
 
EXT INPUT – entrada para sinal de sincronismo externo. Esse sinal deve ter, no 
máximo, 400 Vpp, e sua freqüência ser um múltiplo ou submúltiplo 
da freqüência do sinal que está sendo visualizado. 
 
 
Ponta de prova 
A ponta de prova específica para o osciloscópio possui uma chave seletora x1 – x10. 
Além disso, possui um ajuste para compensar a capacitância de entrada do 
osciloscópio, daí ser também denominada Ponta Compensada. 
 
x1 - nesta posição, chamada de DIRETA, a ponta de prova não produz atenuação. A 
resistência vista pelo circuito sob teste é de 1 M com capacitância total de 250 
pF (capacitância de entrada de aproximadamente 30 pF mais a capacitância do 
cabo); 
 
x10 - nesta posição, chamada de ATENUADA, o sinal de entrada do osciloscópio é 
atenuado de 10 vezes. Assim, escala de tensão é alterada, devendo-se fazer 
o cálculo para obter a leitura correta de amplitude na forma de onda (a 
indicação da chave seletora tem de ser multiplicada por 10). A resistência 
vista pelo circuito sob teste é de 10 M com capacitância total de 25 pF, 
aproximadamente. Com o ajuste de compensação, é possível minimizar a 
capacitância total para esse valor, aumentando a resposta de freqüência do 
osciloscópio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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36 
 
PROCEDIMENTOS 
 
1. Ligue o osciloscópio, localizando o traço e ajustando o brilho e o foco. 
 
2. Conecte o osciloscópio (CH1) ao gerador de sinais (Output 50 ) e ajuste 
para senóíde com freqüência de 1 kHz. 
 
3. Selecione a escala vertical e a base de tempo adequadas para observação do 
sinal. 
 
4. Ajuste o trigger, para uma perfeita estabilização. 
 
5. Ajuste a posição, para permitir o posicionamento mais conveniente da onda 
na tela. 
 
6. Esboce a imagem, na reprodução de tela a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. Meça a amplitude do sinal, em volts de pico e pico-a-pico. 
 
 VP = ________ VPP = ________ 
 
 
8. Meça o período do sinal. Anote. T = ________ 
 
9. Reajuste o gerador para fornecer 1 VP e meça o sinal também com o 
multímetro (escala de tensão alternada), que fornece valor eficaz. Compare 
os resultados e justifique a diferença entre os valores encontrados. 
 
 VP = ________ VEF = ________ 
 
Justificativa: 
______________________________________________________________ 
______________________________________________________________ 
 
 
10. Reajuste a freqüência para 10 kHz e torne a medir o período. Anote:T = ________ 
Escala vertical: _____ V/div 
 
Escala horizontal: _____ ms/div 
 
 
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37 
 
11. Aplique à entrada 2 (CH2) o sinal proveniente do terminal PROBE ADJUST, 
mantendo o sinal senoidal em CH1, com 500 Hz. Ajuste o osciloscópio para a 
correta visualização de ambos. Esboce a imagem, na reprodução de tela 
abaixo. 
 
 
 
 
 Escala vertical: _____ V/div 
 
 Escala horizontal: _____ ms/div 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12. Meça o período dos sinais. Anote: 
 
T1 = ________ T2 = ________ 
 
 
13. Selecione a função X-Y na chave da Base de Tempo do osciloscópio. Ligue 
as entradas de ambos os canais (1 e 2) ao gerador, aplicando 1500 Hz. 
Aperte a tecla GND do canal 1 e ajuste o ganho do canal 2 (chave V/div e o 
ajuste fino no centro dela), bem como o controle de posição, de modo a obter 
um traço com seis divisões. Retire o canal 1 de GND, ponha o canal 2 em 
GND e repita os ajustes para o canal 1. Retire ambos de GND. 
 
 
14. Monte o circuito abaixo e aplique o sinal de 1500 Hz à entrada. 
 
 R = 4,7 k 
 
 
 Entrada C = 22 nF Saída 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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38 
 
 
15. Acople o sinal aplicado ao circuito à entrada CH1 (X) do osciloscópio e o sinal 
de saída do circuito à entrada CH2 (Y). Na tela deverá aparecer uma elipse. 
Centralize-a. 
 
OBS: Caso a forma de onda seja uma reta, ajuste a freqüência aplicada 
até obter a elipse. Anote os valores indicados abaixo e calcule o ângulo de 
fase entre os sinais, pela fórmula. 
 
 
 
 a 
 b 
 
 
 
 
 
 
 
 
 = ângulo de fase = arco seno (b/a)  = ___________ 
 
A  distância entre o centro da elipse e a projeção, sobre o eixo vertical, do ponto em que 
tangencia uma linha horizontal (a linha tracejada indica esse ponto). 
 
B  distância entre o centro da elipse e o ponto em que corta o eixo vertical, no centro da 
tela. 
 
16. Torne a montar o circuito, agora na forma a seguir, e meça a defasagem entre 
os sinais de entrada e saída, usando outro método, descrito no próximo item. 
 
 C = 22 nF 
 
 
 Entrada R = 4,7 k Saída 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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39 
 
17. No modo Dual (duplo traço) aplique o sinal de entrada de 1500 Hz ao canal 1 
(CH1) do osciloscópio e o sinal de saída ao canal 2 (CH1) usando o canal 1 (CH 
1) como Trigger source, de modo que apareçam duas senóides na tela 
horizontalmente separadas, como ilustra a figura a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: Caso as ondas não apareçam separadas em 1500 HZ, ajuste a 
freqüência aplicada para o mesmo valor que foi usado no item 15. 
 
18. Meça duração de um ciclo da senóide em divisões horizontais e, depois, a 
distância, também em divisões horizontais, entre o pico de uma senóide e o 
correspondente da outra. Faça, então, o seguinte cálculo: 
 
Período da senóide  360° 
Distância entre picos  defasagem () 
 
Logo, Defasagem () = Distância entre picos x 360° 
 Período da senóide 
 
Medidas: 
Período da senóide = ______ divisões Distância entre picos = ______ divisões 
 
Defasagem () = ____________ 
 
Obs. 1: Para saber se a saída está atrasada ou adiantada em relação à entrada, 
identifique o sinal de entrada na tela e veja se o pico positivo da saída vem logo 
antes (adiantado) ou logo depois (atrasado). Para assegurar a medida correta é 
importante sincronizar o osciloscópio pelo canal 1 (sinal de entrada do circuito), 
como dito anteriormente. 
 
Obs. 2: Este método, ao contrário do anterior, se aplica também a outras formas 
de onda além da senóide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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40 
 
7ª E 8ª PRÁTICAS 
 
Retificação com Diodo de Junção e Filtro Capacitivo 
 
 
OBJETIVOS 
 Estudar os circuitos retificadores com diodo de junção, nas configurações de meia 
onda, onda completa e ponte, através da montagem, da observação das formas 
de onda e da medição de grandezas elétricas. 
 Analisar a ação do filtro capacitivo, pelos mesmos métodos. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A retificação consiste em transformar um sinal alternado em contínuo, entendendo o 
contínuo como aquele em que a polaridade nunca se inverte, mas cujos valores 
podem variar. 
 
 A retificação em meia-onda elimina um dos semiciclos do sinal alternado, 
deixando somente os positivos ou somente os negativos, enquanto a retificação em 
onda completa e a retificação em ponte invertem a polaridade de um dos semiciclos, 
fazendo com que a corrente circule pela carga sempre em um único sentido, 
qualquer que seja o semiciclo de entrada. 
 
 
 
 
 Retificador de 
 Meia-Onda 
 
 
 
 
 
 Retificador de 
 Onda Completa 
 
 
 
 A tensão alternada fornecida ao retificador pode ser diretamente obtida da 
rede elétrica ou através de um transformador de potencial. O transformador é 
especificado em termos de tensão eficaz. Assim, um transformador de 12 volts 
produz uma senóide com aproximadamente 17 volts de pico, que se torna uma onda 
pulsativa com um valor de pico um pouco menor, dependendo do tipo de retificador. 
Nos tipos de meia onda e onda completa, a redução é de 0,6 a 1 V (queda em um 
diodo), enquanto na ponte retificadora essa redução é de 1,2 a 2 V, correspondendo 
à queda em dois diodos. 
 
 
 
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41 
 
 E (V) 
 
Valor de pico EMAX 
Valor Eficaz EEF 
 
 0 t (ms) 
 
 
Valor de pico -EMAX 
 
 
 Sem filtragem, a tensão média na carga é calculada multiplicando o valor de 
pico por 0,318, na retificação em meia onda, e por 0,636, na retificação em onda 
completa. 
 E (V) 
 
Valor de pico EMAX 
 
Valor médio EMED 
 0 t (ms) 
Valor médio na retificação em meia-onda 
 
 E (V) 
 
Valor de pico EMAX 
Valor médio EMED 
 
 0 t (ms) 
Valor médio na retificação em onda completa 
 
 
 A tensão retificada apresenta-se na forma pulsativa, isto é, variando como 
uma semi-senóide (apenas em um sentido), pois se origina na tensão alternada da 
rede elétrica. Para a quase totalidade dos equipamentos, essa pulsação é imprópria, 
interferindo em seu funcionamento. Assim, uma nova etapa tem de ser 
acrescentada, que é a filtragem. 
 
 
 
 
 
 Filtro 
 
 
 
 
 Filtro 
 
 
EEF = √2 EMAX = 0,707 EMAX 
 2 
 
EMAX = √2 EEF = 1,414 EEF 
EMED = EMAX = 0,318 EMAX 
 π 
 
EMED = 2 EMAX = 0,636 EMAX 
 π 
 
 
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42 
 
 O filtro capacitivo utiliza um capacitor em paralelo com a carga, que se 
carrega até os picos do sinal retificado e fornece energia entre um pico e outro. 
Quanto maior a capacitância e menor a corrente de carga, mais estável ficará a 
tensão,reduzindo a ondulação. 
 
 
Atenção: Com filtragem perfeita (quando a ondulação é desprezível), a tensão 
média na carga é o próprio valor de pico após o retificador,. Se não puder ser 
desprezada, a tensão de ondulação (Er, em volts) é dada por Er = ILmed / f x C, onde 
ILmed é a corrente média na carga, em ampères, f é a freqüência da ondulação (60 Hz 
para meia onda e 120 Hz para onda completa) e C é a capacitância de filtro, em 
farads. A tensão média será, então, aproximadamente, o valor de pico menos a 
metade da tensão de ondulação. 
 
 E (V) E (V) 
 EMED = EMAX EMAX Tensão 
 EMED de 
 EMIN ondulação 
 
 0 t (ms) 0 t (ms) 
 
Tensão contínua constante (filtragem perfeita) Tensão contínua com ondulação 
 
 
APLICAÇÃO 
 
O principal emprego da retificação é fornecer a alimentação de energia a 
equipamentos eletrônicos, a partir rede elétrica, pois tais equipamentos necessitam 
de tensão contínua, mas a rede elétrica deve ser alternada, para facilitar a 
transmissão e distribuição de energia. 
A tensão contínua, obtida de um retificador, varia entre zero e o pico, positivo ou 
negativo, conforme a polaridade escolhida. Isso é inaceitável para um equipamento 
eletrônico, pois acarretaria variações indesejáveis e, nos instantes em que chegasse 
a zero, simplesmente o equipamento não funcionaria. Então, o filtro também é 
indispensável. 
A retificação está presente tanto nas fontes de alimentação lineares (convencionais), 
como nas chaveadas. A diferença mais sensível entre esses dois tipos de fontes é 
que as lineares geralmente empregam um transformador de força, para baixar a 
tensão diretamente da rede elétrica, que é grande e pesado, enquanto que nas 
chaveadas os transformadores são pequenos e leves, por trabalharem em alta 
freqüência, que é obtida após a retificação direta da rede elétrica. 
 
 
 
Diagrama em blocos de uma fonte de alimentação linear (convencional) 
 
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43 
 
 
Diagrama em blocos de uma fonte de alimentação chaveada 
 
 
MATERIAL 
 
 Multímetro Digital 
 Osciloscópio 
 Fonte de Alimentação com saída AC ou transformador 
 Protoboard 
 4 diodos 1N4002 (até 1N4007) 
 Capacitor eletrolítico entre 470 F e 1000 F, isolação mínima de 35 V 
 Resistores de (aproximadamente) 680  e 1500  
 
 
PROCEDIMENTO 
 
1. Com o multímetro digital, estando a chave seletora no posicionamento 
adequado, faça o teste nos diodos fornecidos, identificando catodo e anodo, 
bem como sua condição para uso (em curto, aberto, em fuga ou em perfeito 
estado). Se houver algum diodo defeituoso, substitua-o, testando o novo, 
também. 
 
2. Monte o circuito Retificador em meia-onda, no proto-board, conforme o 
esquema abaixo, empregando o maior valor de resistor de carga. Utilize o 
transformador interno da fonte de alimentação da bancada, retirando a tensão 
alternada entre um dos bornes de AC (lado esquerdo do painel, com os 
símbolos e ) e a massa (borne localizado entre os bornes DC, com o 
símbolo ). Caso não haja fonte com saída AC, será fornecido um 
transformador. 
 
 
Circuito do retificador em meia-onda 
 
 
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 
44 
 
 
 
 
Fonte de alimentação com saída AC 
 
 
3. Observe, simultaneamente, as formas de onda no secundário do 
transformador (antes do diodo) e no resistor de carga, Use acoplamento DC 
no osciloscópio e faça o sincronismo com a rede elétrica (trigger line). Esboce 
as formas de onda nos eixos a seguir, em coincidência no tempo (tal como 
aparecem no osciloscópio), indicando seus valores máximo e mínimo de 
tensão (picos) e período (tempo) de um ciclo. 
 
 
Tensão no secundário 
 (antes do diodo) 
 
 t
 
 
 
 
 
 Tensão na carga 
 (depois do diodo) 
 
 
 t 
 
 
 
 
4. Meça a tensão eficaz (AC) antes do diodo e a contínua ou média (DC) sobre o 
resistor de carga, com o multímetro. Compare os resultados com os 
esperados pelas equações apresentadas na Introdução Teórica. Substitua RL 
pelo resistor de menor valor e torne a medir a tensão na carga. 
 
Grandeza Valor com RL = ____ Valor com RL = ____ 
Tensão de pico no secundário 
Tensão eficaz no secundário 
Tensão de pico na carga 
Tensão média na carga 
 
 
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45 
 
 
5. Desligue a fonte, acrescente o capacitor de filtro (observe a polaridade dele) 
em paralelo com RL (inicialmente o maior valor de resistência), religue a fonte 
e repita os itens 3 e 4. 
 
 
 
Circuito do retificador em meia-onda com filtro capacitivo 
 
 
 
Tensão no secundário 
 (antes do diodo) 
 
 t
 
 
 
 
 Tensão na carga 
 (depois do diodo) 
 
 
 t 
 
 
 
Grandeza 
Valor 
(com RL = _____) 
Valor 
(com RL = _____) 
Tensão de pico no secundário 
Tensão eficaz no secundário 
Tensão de pico na carga 
Tensão média na carga 
 
 
 
6. Agora você irá observar a forma de onda da tensão de ondulação (sobre a 
carga), simultaneamente com a forma de onda no secundário do 
transformador (antes do diodo). Para isso, use acoplamento AC no 
osciloscópio e aumente o ganho do canal que está ligado à carga, até 
visualizar a ondulação. Esboce sua forma e meça seu valor pico-a-pico, este 
para os dois valores de RL. 
 
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 
46 
 
 
Tensão no secundário 
 (antes do diodo) 
 
 t
 
 
 
 
Tensão de ondulação na carga 
(depois do diodo) 
 
 
 t 
 
 
 
Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL menor: __________ 
 
Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL maior: __________ 
 
 
7. Monte o circuito Retificador em Onda Completa, no proto-board, conforme o 
esquema abaixo, empregando o maior resistor. Utilize o transformador interno 
da fonte de alimentação da bancada, retirando a tensão alternada nos dois 
bornes de AC (extremos) e na massa (tomada central). Os bornes com os 
símbolos e são ligados aos diodos e a massa da fonte (borne com o 
símbolo ) é ligada à massa do circuito. Caso não haja fonte com saída AC, 
será fornecido um transformador. 
 
 Importante: verifique cuidadosamente a ligação dos diodos, pois a inversão de 
um deles provoca um curto-circuito no transformador! 
 
 
Circuito do retificador em onda completa 
 
8. Observe, simultaneamente, as formas de onda no secundário do 
transformador (antes de cada diodo), em relação à massa, e no resistor de 
carga, esboçando-as a seguir, com seus valores de pico. Use acoplamento 
DC no osciloscópio e faça o sincronismo com a rede elétrica (trigger line). 
Compare primeiro as ondas do secundário e, depois, cada uma com a saída. 
 
 
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 
47 
 
Tensão no secundário 1 
 (antes do diodo D1) 
 
 tTensão no secundário 2 
 (antes do diodo D2) 
 t
 
 
 
 
 
 Tensão na carga 
 (depois dos diodos) 
 
 
 t 
 
 
9. Meça a tensão eficaz (AC) antes dos diodos (em relação à massa) e a 
contínua ou média (DC) sobre o resistor de carga, com o multímetro. 
Compare os resultados com os esperados pelas equações apresentadas na 
Introdução Teórica. 
 
Grandeza Valor 
Tensão de pico no secundário 
Tensão eficaz no secundário 
Tensão de pico na carga 
Tensão média na carga 
 
 
10. Acrescente o capacitor de filtro (observe a polaridade dele), em paralelo com 
RL, e repita os itens 8 e 9, agora para os dois valores de RL. Basta observar a 
forma de onda em um dos extremos do secundário, em relação à massa. 
 
Circuito do retificador em onda completa com filtro capacitivo 
 
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 
48 
 
 Tensão no secundário 
(antes do diodo D1 ou D2) 
 
 t
 
 
 
 
 
 Tensão na carga 
 (depois dos diodos) 
 
 
 t 
 
 
 
Grandeza 
Valor 
(com RL = _____) 
Valor 
(com RL = _____) 
Tensão de pico no secundário 
Tensão eficaz no secundário 
Tensão de pico na carga 
Tensão média na carga 
 
 
11. Agora você irá observar a forma de onda da tensão de ondulação (sobre a 
carga), simultaneamente com a forma de onda no secundário do 
transformador (antes dos diodos). Para isso, use acoplamento AC no 
osciloscópio e aumente o ganho do canal que está ligado à carga, até 
visualizar a ondulação. Esboce sua forma e meça seu valor pico-a-pico, para 
os dois valores de RL. 
 
 
 Tensão no secundário 
 (antes do diodo D1 ou D2) 
 
 t
 
 
 
Tensão de ondulação na carga 
 (depois dos diodos) 
 
 
 t 
 
Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL menor: __________ 
 
Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL maior: __________ 
 
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 
49 
 
12. Monte o circuito Retificador em Ponte, no protoboard, conforme o esquema 
abaixo, com o resistor de maior valor. Utilize o transformador interno da fonte 
de alimentação da bancada, retirando a tensão alternada entre um dos dois 
bornes de AC (extremos) e a massa da fonte (tomada central), ou use um 
transformador fornecido. 
 
Importante: a massa da fonte NÃO é a mesma do circuito. Ligue a fonte 
(transformador) somente aos diodos (um borne entre D1 e D4 e o 
outro entre D2 e D3). 
 
Observe cuidadosamente a ligação dos diodos. A inversão de um ou mais 
deles provocará um curto-circuito no transformador! 
 
 
 
Circuito do retificador em ponte 
 
 
13. Observe, separadamente, a forma de onda no secundário do transformador 
(entre os terminais de ligação aos diodos) e a forma de onda no resistor de 
carga (agora em relação à massa), esboçando-as abaixo, com seus valores 
de pico, Use acoplamento DC no osciloscópio e faça o sincronismo com a 
rede elétrica (trigger line). 
 
Importante: neste circuito não se pode observar, ao mesmo tempo, entrada e saída, 
pois não há terminal comum entre ambas e o osciloscópio as colocaria 
em curto circuito, através da sua massa. 
 
 
 Tensão no secundário Tensão na carga 
 
 
 
 
 
 
 t t 
 
 
 
 
 
 
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 
50 
 
14. Meça a tensão eficaz (AC) antes dos diodos (entre os terminais de ligação) e 
a contínua ou média (DC) sobre o resistor de carga (em relação à massa), 
com o multímetro. Compare os resultados com os esperados pelas equações 
apresentadas na Introdução Teórica. 
 
Grandeza Valor 
Tensão de pico no secundário 
Tensão eficaz no secundário 
Tensão de pico na carga 
Tensão média na carga 
 
 
15. Acrescente o capacitor de filtro (observe a polaridade dele), em paralelo com 
RL, e repita os itens 13 e 14. 
 
Circuito do retificador em ponte com filtro capacitivo 
 
16. Agora você irá observar a forma de onda da tensão de ondulação (sobre a 
carga), e a forma de onda no secundário do transformador (antes dos diodos), 
separadamente. Para isso, use acoplamento AC no osciloscópio e aumente 
o ganho do canal que está ligado à carga, até visualizar a ondulação. Esboce 
sua forma e meça seu valor pico-a-pico, para os dois valores de RL. 
 
 Tensão no secundário 
 
 
 t
 
 
 
 
Tensão de ondulação na carga 
 
 
 
 t 
 
 
 
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS 
51 
 
Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL menor: __________ 
 
Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL maior: __________ 
 
 
 
17. Preencha o quadro-resumo a seguir e compare os resultados. 
 
 
Retificador Sem filtro Com filtro 
 
Meia-Onda 
 
Tensão eficaz no secundário = _______ 
Tensão média na carga 1 = _________ 
Tensão média na carga 2 = _________ 
Tensão eficaz no secundário = _______ 
Tensão média na carga 1 = _________ 
Tensão média na carga 2 = _________ 
Onda 
Completa 
Tensão eficaz no secundário = _______ 
Tensão média na carga 1 = _________ 
 
Tensão eficaz no secundário = _______ 
Tensão média na carga 1 = _________ 
Tensão média na carga 2 = _________ 
 
Ponte 
 
Tensão eficaz no secundário = _______ 
Tensão média na carga 1 = _________ 
Tensão eficaz no secundário = _______ 
Tensão média na carga 1 = _________ 
Tensão média na carga 2 = _________ 
 
 
Legenda: “Tensão média na carga 1” é aquela medida com o maior valor de RL e 
 “Tensão média na carga 2” é aquela medida com o menor valor de RL. 
 
 
 
 
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM 
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AAPPOOSSTTIILLAA DDEE MMOONNTTAAGGEEMM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM 
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1ª PRÁTICA 
 
Normas e procedimentos básicos , ferramentas e 
materiais 
 
 
OBJETIVOS 
 Atuar adequadamente no setor de Montagem e no Laboratório de Eletrônica como 
um todo, preservando a saúde e garantindo a segurança própria e dos demais. 
 Adquirir as ferramentas e materiais necessários para as práticas de montagem. 
 
 
NORMAS E PROCEDIMENTOS BÁSICOS 
Conduta do aluno 
1. Para ter acesso ao Laboratório de Eletrônica e nele permanecer, o usuário tem de 
trajar o uniforme da escola ou indumentária compatível com as atividades a serem 
desenvolvidas, sendo vedado o uso de shorts, bermudas, sandálias e chinelos. 
2. Nos setores de Montagem e de Circuito Impresso é obrigatório o uso de 
equipamento de proteção individual, incluindo o jaleco. 
3. Para ter acesso aos setores de Montagem e de Circuito Impresso e participar das 
atividades, o aluno tem de portar as ferramentas e os materiais especificados. 
4. É vedado o fumo e o consumo de alimentos e bebidas

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