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GO - Prenhez ectópica

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Ana Laura Octávio – TXXII 
 
PRENHEZ ECTÓPICA – ECTOCIESE 
 
INTRODULÇÃO 
 
- Conceito: quando o ovo se implanta fora do útero (tuba uterina, ovários e abdome). 95% das 
ectocieses são tubárias. 
- Incidência: 
▪ 1,5 a 2% das gestações. 
▪ Mais frequente nas mulheres que já 
conceberam previamente. 
▪ Causa mais comum de 
decesso/abortamento das gestantes. 
OBS.: Problema de saúde pública nos 
EUA – incidência ascendente, alta 
mortalidade materna (9% de todos os 
óbitos gestacionais). 
 
 
ETIOPATOGENIA 
 
- Tudo que dificulte, mecanicamente, ou alongue o trânsito do ovo para a cavidade uterina pode ser 
causa de prenhez ectópica. 
▪ Doença inflamatória pélvica (DIP): 
Endossalpingite – fusão das pregas tubárias, saculações, divertículos. 
Perissalpingite (processo inflamatório pélvico inespecífico) – torções, acotovelamentos e 
fixações tubárias. 
▪ Endometriose. 
▪ Operações anteriores. 
▪ Malformações tubárias. 
▪ Hipertransmigrações. 
▪ DIU (1/10). 
 
PATOLOGIA 
 
Primitiva – quando a nidificação se faz e prossegue em único local do aparelho genital. 
Secundária – quando o ovo, após se implantar em um local, dele se desprende e continua o 
desenvolvimento em outro local. 
 
PRENHEZ TUBÁRIA 
 
- Corresponde a mais de 95% das gestações ectópicas. 
- O ovo fertilizado pode se locar em qualquer posição da trompa: 
▪ Ampola (80%). 
▪ Istmo (10%). 
Ana Laura Octávio – TXXII 
 
▪ Intersticial ou cornual (1 a 2%) – desenvolvimento na parede uterina ou entre o óstio tubário 
e a porção proximal do segmento ístmico. 
▪ Fimbrias (raro). 
 
 
 
Abortamento e rotura tubária: 
- Depende do local do sítio de implantação. 
- Abortamento: comum na prenhez tubária ampular. 
- Rotura comum na prenhez ístmica. 
 
Prenhez intraligamentar: 
- Quando a rotura ocorre na posição da trompa não coberta pelo peritônio e o saco gestacional se 
desenvolve entre os folhetos do ligamento largo. 
 
Prenhez intersticial: 
- Implantação dentro do segmento tubário que penetra a parede uterina. 
- A rotura ocorre com sangramento massivo e muitos casos são fatais. 
 
Prenhez heterotópica: 
- Quando coexiste com gestação intrauterina (“normal”). 
- Muito rara (1/30000 gestações). 
- Com as técnicas de FIV (fertilização in vitro) e indução da ovulação (1/7000 e 1/900, 
respectivamente). 
 
PRINCIPAIS ACIDENTES DA PRENHEZ TUBÁRIA 
- Hematoma intratubário. 
- Rotura tubária intra-abdominal. 
- Rotura tubária intraligamentar. 
- Hematocele. 
- Abortamento tubário intra-abdominal. 
 
 
 
 
 
 
Ana Laura Octávio – TXXII 
 
PRENHEZ ABDOMINAL 
 
- 1,5% das ectocieses. 
- Risco de morte materna 7,7 vezes superior ao da prenhez tubária e 90 vezes mais elevado do que 
na gestação uterina. 
- O ovo pode se implantar em qualquer ponto do abdome e nos diferentes órgãos que o peritônio 
visceral reveste. 
- A sobrevida fetal é exceção e, quando nasce vivo, é frequentemente malformado. 
 
PRENHEZ OVARIANA 
 
- 0,15% das ectópicas. 
- Ocorrências possíveis: 
▪ Rotura com reabsorção ovular (evolução mais frequente). 
▪ Rotura evoluindo para um tipo secundário (abdominal). 
 
PRENHEZ CERVICAL 
 
- 0,15% das ectópicas. 
- Incidência vem se elevando com a fertilização in vitro. 
- A duração da gravide depende do local de implantação no colo: 
▪ Quando mais elevada, maior a capacidade de crescer e causar hemorragia. 
▪ Sangramento indolor, presente em 90% dos casos. 
▪ 1/3 apresenta hemorragia massiva (colo se distende muito). 
- USG: 
▪ Útero vazio (mesmo com hCG elevado). 
▪ Gestação enchendo o canal cervical. 
 
TRATAMENTO 
- Metotrexato (MTX) sistêmico: anti-metabólico que absorve células de crescimento rápido (absorve 
as células do feto). 
- Gestação de mais de 6 semanas requerem a indução do óbito fetal com KCl. 
- Eficaz em 80%. 
- Seguimento com USG-TV e dosagem de hCG. 
 
 
TRÍADE SINTOMÁTICA TÍPICA 
 
- Sangramento, dor abdominal e amenorreia. 
- 1/3 sem sinais clínicos. 
- 10% assintomáticas. 
 
 
DIAGNÓSTICO 
- Clínico, laboratorial, USG, laparoscopia e laparotomia. 
 
Ana Laura Octávio – TXXII 
 
QUADRO CLÍNICO 
 
- Formas clínicas: subaguda, aguda e prenhez abdominal. 
 
SUBAGUDA 
- Mais comum (70%). 
- Ovo localizado na ampola. 
- Saco gestacional distende a porção ampular da tuba uterina e separa parcialmente do trofoblasto 
e da placenta. Há perdas sanguíneas intermitentes que atravessam o óstio e alcançam a cavidade 
abdominal (abortamento tubário). 
- O abortamento tubário pode ser total (eliminação do ovo) ou parcial (mais comum – hemorragia 
intraperitoneal persistente devido ao trofoblasto invadir a camada muscular da tuba). 
- Outros sinais de irritação peritoneal: náuseas e vômitos, estado subfebril, distensão abdominal, 
leucocitose moderada e abdome doloroso a palpação). 
- Quando compatível com discreta hemorragia interna, apresenta: lipotimia, taquisfigmia moderada 
(pulso fino e fraco), mucosas descoradas e PA normal ou baixa. 
- Toque vaginal: 
▪ Revela ocupação do FSP – fundo de saco posterior - (sangue coletado). 
▪ Dor a pressão do FSP (grito de Douglas). 
▪ Desconforto a mobilização do colo. 
- Diagnóstico diferencial: ameaça de abortamento típico, prenhez normal, rotura de cisto lúteo ou 
folicular, torção de tumor de ovário, salpingite ou patologia extra-vaginal (apendicite, cálculo renal). 
- Diagnóstico: 
▪ β-hCG (1500Mui/ml) – saco gestacional visível ao USG. 
▪ Ausência de SG intrauterino e título de β-hCG > 1500 são altamente preditivos de gravidez 
tubária. 
▪ USG: 
 
 
AGUDA 
- Ovo, em geral, no istmo, a rotura ocorre com intensa hemorragia intraperitoneal. 
- Representa 30% das gravidezes ectópicas. 
- Dor violenta em punhalada na fossa ilíaca ou hipogástrio. 
- Ao se deitar, o sangue pode ascender ao diafragma, irritar o nervo frênico e determinar a dor 
escapular. 
Ana Laura Octávio – TXXII 
 
- Estado de choque: palidez, sudoreses, extremidades frias, pulso fino, rápido e hipotensão. 
- Sensação de peso no reto e na bexiga (hematocele de Douglas). 
 
PRENHEZ ABDOMINAL 
- A rotura ou o abortamento tubário usualmente antecede a gravidez abdominal. 
- História sugestiva (náuseas, vômitos, flatulência, constipação, diarreia e dor abdominal). 
- Feto pode ser palpável em posição anormal. 
- USG: 
▪ Identificação do útero e do feto (isolados um do outro). 
▪ Inconclusivo em metade dos casos. 
- Ressonância magnética: 
▪ Utilizada para confirmar após suspeita na USG. 
 
TRATAMENTO 
 
PRENHEZ TUBÁRIA 
- Cirúrgico: 
▪ Videolaparoscopia. 
▪ Laparotomia – conservador (salpingostomia: conservação da trompa) ou radical 
(salpingectomia: retirada total da trompa). 
- Clínico: 
▪ Metotrexato (MTX). 
▪ Alternativa a cirurgia em até ¼ das mulheres com PT integra. 
▪ Critérios: 
- Mulheres clinicamente estáveis. 
- B-hCG < 5000 mUI/ml. 
- Cooperação para monitorização pós-tratamento. 
- Ausência de BCF ao USG. 
- Expectante: 
▪ Reservado a grupo seleto de pacientes (10 a 15%). 
▪ Quadro estável. 
▪ B-hCG inicial < 1000 a 1500 mUI/ml. 
▪ Êxito em 85%. 
▪ USG seriado. 
Dosagem de B-hCG duas vezes por semana até sua negativação (< 15 mUI/ml). 
 
PRENHEZ ABDOMINAL 
- Laparotomia compulsória. 
- Adiar a intervenção até afastado os riscos de grande prematuridade. 
- Critérios para tratamento conservador: 
▪ Feto vivo e gravidez avançada. 
▪ Ausência de malformações e de sofrimento fetal. 
Ana Laura Octávio – TXXII 
 
▪ Locação da placenta no abdome inferior, longe do fígado e do baço. 
▪ Saco amniótico integro. 
▪ Hospitalização e anuência da paciente. 
- Placenta: desinseri-la ou abandoná-la. 
 
 
 
PROGNÓSTICO 
 
- Fertilidade subsequente idêntica: tratamento conservador ou radical. 
- Não há diferença significativa na permeabilidade da trompa homolateral em casos de MTX sistêmico 
ou salpingostomia por VLC. 
- Prenhez abdominal: 
▪ Mortabilidade perinatal – 85 a 95%. 
▪Mortalidade materna – 5 a 20%. 
▪ 1/3 a ¼ dos fetos, cuja viabilidade é possível, são malformados.

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