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Acidente Vascular Encefálico PONTOS DE DISCUSSÃO SÚMARIO O que é o AVE Como ocorre, tipos e fases Incidência e prevalência no Brasil e no mundo Principais disfunções Avaliação pós AVE Profissionais envolvidos Caso Clínico AVE O acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como acidente vascular encefálico (AVE), é definido como uma perda repentina da função neurológica causada por uma interrupção do fluxo sanguíneo para o encéfalo que ultrapasse 24 horas, podendo ainda, levar à morte. É importante diferenciarmos um AVE de um AIT: acidente isquêmico transitório, é semelhante ao acidente vascular cerebral, porém os sintomas não ultrapassam 24 horas. PRINCIPAIS SINTOMAS DE UM AVE: TIPOS DE AVE Ruptura de vaso intracraniano extravasameto de sangue para o parênquima cerebral Ocorrências Tipo mais raro: 15% dos casos Histórico de hipertensão arterial Hemorrágico: Ilustração: Artemida-psy / Shutterstock.com TIPOS DE AVE Síndrome neurológica de início súbito Causado pela insuficiência de fluxo sanguíneo Falta de oxigênio no cérebro Aterotrombótico x cardioembólico Fatores de risco Tipo mais comum: 85% dos casos Isquêmico Ilustração: Artemida-psy / Shutterstock.com FASES DO AVE Estágio flácido Estágio de recuperação Estágio espástico 3 estágios de recuperação pós AVE: INCIDÊNCIA NO BRASIL E NO MUNDO Prevalência em adultos e idosos; Incidência maior após os 65 anos, dobrando a cada década após os 55 anos de idade; Homens são mais acometidos; No Brasil afeta principalmente mulheres idosas; É a segunda maior causa de morte no mundo; No Brasil é a primeira causa de morte e incapacidade; Responsável por um número considerável de internações. CIF As lesões no córtex cerebral, decorrentes do AVE, ocasionam um comprometimento das conexões corticais com a medula espinhal, tronco encefálico e cerebelo. Estes indivíduos podem apresentar hemiparesia que caracteriza-se perda parcial de força no hemicorpo contralateral ao da lesão cerebral. Também pode ocorrer enfraquecimento muscular e flacidez (seja pela denervação, pela redução da atividade física ou pelo desuso, resultando em atrofia muscular), dificuldade na fala, alterações visuais, incontinência urinária e fecal, perda de memória e depressão. CIF Em função das limitações motoras comuns nesta população, dificulta-se a realização de exercícios aeróbicos. O comprometimento na habilidade para responder às demandas físicas da vida diária tem efeitos prejudiciais na mobilidade e resistência a fadiga, repercutindo em limitações funcionais. A diminuição na aptidão física resulta em uma limitação na capacidade de manter a velocidade da marcha de maneira eficaz e confortável, levando um aumento no gasto energético da marcha e a pobre resistência aeróbica nos pacientes com AVE. CIF Portanto, todos os comprometimentos e consequências do AVE em conjunto, limitam a funcionalidade no andar do hemiplégico durante os diferentes estágios da recuperação neurológica e funcional. AVALIAÇÃO PÓS-AVE A maioria dos sobreviventes de AVE pode apresentar, dentre outras sequelas, algum déficit sensorial e motor. Com o propósito de avaliar o impacto desse déficit é importante fazer uma anamnese e utilizar instrumentos objetivos. A avaliação será direcionada de acordo com a queixa principal do paciente. AVALIAÇÃO PÓS-AVE Histórico Déficits de estrutura e função Limitação de atividade Restrição de Participação AVALIAÇÃO PÓS-AVE Queixa principal Goniometro Lemocot Dinamômetro Estesiômetro Qualidade de vida A paciente apresenta limitação em atividades. Principalmente ao andar pois necessita de apoio e apresenta também dificuldades em subir e descer degraus sem apoio. AVALIAÇÃO PÓS-AVE A função sensorial tem relação com a função motora. Os déficits sensoriais interferem no desempenho de atividades e na reabilitação e indivíduos sem alterações sensoriais apresentam melhor recuperação motora. AVALIAÇÃO PÓS-AVE O conhecimento dos déficits sensoriais ajuda na escolha de estratégias de reabilitação. A sensibilidade está relacionada com mobilidade e independência em atividades de vida diária. PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS Disfagia: evitar as pneumonias aspirativas, a desnutrição dos pacientes e manter de forma segura a alimentação por via oral. Paralisia facial: minimizar os efeitos da paralisia/paresia da musculatura orofacial, nas funções de mímica, fala e mastigação, além da melhora do aspecto social e emocional do paciente. Fonoaudiólogos: Avaliação e reabilitação de todos os aspectos relacionados à linguagem, cálculos, nas alterações de fala, de voz, de deglutição, nos aspectos cognitivos. PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS Afasia: visa à reconstrução da linguagem, a utilização de estratégias compensatórias, a reorganização das habilidades comunicativas presentes, a facilitação da socialização e a reinserção ocupacional do paciente. Disartria: melhorar a inteligibilidade de fala e garantir bom desempenho comunicativo ao paciente, seja com o uso de recursos verbais ou não verbais, orais, gestuais e/ou gráficos. PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS Estimula que a vítima de AVC procure participar das suas atividades normalmente, mesmo que com algumas limitações. Junto a isso, orienta familiares e cuidadores para que estimulem a participação do indivíduo e favoreçam a sua autonomia. Terapeuta ocupacional: A TO é capaz de ajudar o paciente na reabilitação das funções que foram prejudicadas devido ao AVC, permitindo que, aos poucos, seja possível executar as atividades ocupacionais. PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS Neuropsicologia: realiza procedimentos de Avaliação e Reabilitação. A avaliação cognitiva do paciente pode auxiliar na escolha do tratamento e da conduta, pois pode determinar as capacidades e limitações do paciente em enfrentar e lidar com o AVC e avaliar sua elegibilidade e potencial para reabilitação. Psicólogo: O psicólogo auxilia a equipe de saúde a discriminar as manifestações emocionais e comportamentais apresentadas pelo paciente, propõe estratégias que auxiliem no enfrentamento das dificuldades emocionais de origem orgânica e trata as reações de origem psicológica. PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS Assistente Social O assistente Social, é responsável por auxiliar o cidadão na manutenção de seu bem-estar físico, psicológico e social. Esse profissional, é encarregado de analisar, coordenar e executar projetos para que os direitos sociais sejam acessíveis a toda população. Na área da Saúde: Identificação do grau de vulnerabilidade dos pacientes; Acompanhamento e estímulo para adesão ao tratamento; Levantamento das demandas e discussões com outros membros da equipe. PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS Nutricionista Os nutricionistas, são profissionais responsáveis por promover assistência nutricional aos indivíduos, seja de maneira individual ou coletiva, além de atuarem em programas que visam a educação nutricional. Pós AVE Acompanhamento nutricional logo após a alta hospitalar; Melhores resultados no tratamento fisioterapêutico; Educação em saúde; PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS Fisioterapeuta Neurofuncional Os fisioterapeutas neurofuncionais, são profissionais que atuam nas disfunções causadas por lesões no sistema nervoso, incluindo aquelas causadas pelo AVC. O fisioterapeuta irá avaliar, realizar diagnóstico fisioterapêutico e traçar um plano de tratamento adequado para cada paciente. PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS Objetivos da Fisioterapia Ganho de força muscular; Recuperar funções perdidas em decorrência do AVC; Melhoria na qualidade e quantidade de movimentos; Retorno às atividades de vida diária; Retorno a vida social; Melhora na aptidão física; Melhora da qualidade de vida. CASO CLÍNICO Paciente: R. C. P. S. BIdade: 49 Profissão: Auxil iar de servicos gerais (porém está afastada)Ocupação: Dona de casa Escolaridade: Ensino Fundamental Incompleto Filhos: 5 f i lhos Estado Civil : Casada CASO CLÍNICOPaciente do sexo feminino, 49 anos, encaminhada ao serviço de fisioterapia pela neurologia devido ao quadro de acidente cerebral encefálico isquêmico há 10 meses. A paciente apresenta como consequência da sua condição de saúde deficiência de força muscular no membro inferior (flexores de quadril, extensores de quadril, flexores plantares e dorsiflexores) e no membro superior (flexores e extensores de ombro e cotovelo), principalmente. Além disso, a paciente apresenta uma leve incoordenação motora no membro superior, diminuição de destreza e uma certa dificuldade para realizar alcance e manipulação, apesar da melhora. Entretanto, a paciente no ambiente fora da terapia não tem o costume de usar o lado parético. Apresenta também déficit de equilíbrio estático e dinâmico e não possui sensibilidade térmica do lado parético. A paciente apresenta limitação em atividades como a marcha sem auxílio externo (alguém para apoio ou andador), subir e descer degraus sem apoio e lentidão e dificuldade de ultrapassar obstáculos. Fisioterapia: Irá atuar na reabilitação do paciente buscando melhora de força muscular dos membros inferiores e superiores. No membro superior também será trabalhado destreza e coordenação motora. Para as disfunções de déficit de equilíbrio estático e dinâmico existe na literatura alguns treinos como terapia no espelho, realidade virtual e treino de caminhada para melhora do caso. CASO CLÍNICO Médico: Acompanhamento e regulação da medicação Psicólogo: Dar suporte a esse paciente e principalmente buscar entender as causas que levam a ela não usar o lado parético no ambiente externo a terapia. Trabalhar também com o familiar que está auxiliando o usuário Terapeuta Ocupacional: Trazer a dinâmica das atividades de vida diária, trabalhando junto com a psicologia para estimular e trazer estratégias para que a paciente possa voltar a utilizar o lado afetado Nutricionista: Regular e equilibrar a alimentação, principalmente se for um paciente obeso ou mesmo com colesterol, pressão alterados, Fonoaudiólogo: Atuar na fala e mastigação que podem estar comprometidas Educação em saúde: todos os profissionais, onde possam alertar não só o paciente, mas também a família do que pode agravar ou levar o caso e ate mesmo os cuidado e ação que devem ser tomadas CASO CLÍNICO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A Fonoaudiologia e o Acidente Vascular Cerebral. Prosense – Fisioterapia Neurológica Intensiva, 2020. Disponível em: <https://prosense.com.br/a- fonoaudiologia-e-o-acidente-vascular-cerebral/>. Acesso em: 27 de jan. 2022. CAIADO, Elen Cristine C. A relação da Fonoaudiologia com o AVC (Acidente Vascular Cerebral). Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/fonoaudiologia/a-relacao-fonoaudiologia-com-avc- acidente-vascular-.htm>. Acesso em: 27 de jan. 2022. Como a Terapia Ocupacional pode ajudar no tratamento após um AVC?. Funcionalitá – Cuidado Interdisciplinar, 2020. Disponível em: <https://www.funcionalita.com.br/como-a-terapia-ocupacional-pode-ajudar-no- tratamento-de-avc>. Acesso em: 27 de jan. 2022. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NASCIMENTO, Fabiane Saraiva do. Neuropsci – Qual é o impacto psicológico do paciente após ter sofrido um AVC?. Gazeta do Triângulo, 2017. Disponível em: <https://gazetadotriangulo.com.br/neuropsi/neuropsi-qual-e-o-impacto-psicologico- do-paciente-apos-ter-sofrido-um-avc-2/>. Acesso em: 27 de jan. 2022. JARDON, Carolina. Assistentes sociais têm papel fundamental nas unidades de saúde. Agência Brasília. 2021. Disponível em: < https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2021/05/15/assistentes-sociais-tem-papel- fundamental-nas-unidades-de-saude/ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CECATO, João. A importância do acompanhamento nutricional pós AVC. Instituto Biosete. 2020. Disponível em:< http://www.biosete.com.br/site/2020/07/17/a-importancia-do-acompanhamento-nutricional- pos-avc. Acesso em 28 de Janeiro de 2022 PROSENSE. Entenda a importância da Fisioterapia Neurofuncional pós- AVC. Belo Horizonte, 2017. Disponível em:< https://prosense.com.br/o-recomeco-entenda-a-importancia-da-fisioterapia-neurofuncional- pos-avc/ . Acesso em:< 29 de Janeiro de 2022>. SOBRINO, Daniela. Acidente Vascular encefálico. ABRAFIN. Disponível em:< https://abrafin.org.br › AVEPDF http://www.biosete.com.br/site/2020/07/17/a-importancia-do-acompanhamento-nutricional-pos-avc/ https://prosense.com.br/o-recomeco-entenda-a-importancia-da-fisioterapia-neurofuncional-pos-avc/ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SOUZA, Jennifer et all. 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