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Anatomia • Região abdominal muito próxima da região pélvica • Inserção dos ovários muito próxima da coluna (abaixo dos rins) • Associado aos ovários tem os cornos uterinos indo em direção pélvica. - Formato de Y (cadelas e gatas). Topografia celomática • Proximidade vesical e ureteres • Aderências na vesícula urinária. • Região de baixo Y = corpo - Sempre se incisa pelo corpo • Intersecção é a cérvix. • Acesso clássico (retroperical) - Variação conforme a espécie: felinos retroumbilical (1 a 2 dedos a baixo do umbigo). • Rebater o omento. • Bexiga completa se pede que faça uma sondagem ou uma compressão no transoperatório porque na hora da ligadura pode apresentar dificuldade - Impede o acesso a região de corpo uterino • Linha mediana – decúbito dorsal • Cornos uterinos em Y Técnicas Cirúrgicas do Sistema Reprodutor Feminino de caninas e felinas • Arteria e Veia ovariana (pedículo ovariano) • Ligamento suspensor do ovário**** - Pode causar fragilidade. - Quando rompe, ele dá um suporte para os vasos. - Facilita a técnica quando se faz sozinho. - Gatas não precisa romper, tracionam fácil. • Corpo uterino - Lateral ao corpo uterino tem a artéria uterina bilateral • Romper o mesométrio (cadelas gordas tem muita gordura acumulada / se rompe com a mão) • Ligamento redondo do útero (se rompe com a mão) Anatomia ovariana e uterina • Corpo uterino curto • Saber localizar: 1. Cornos uterinos 2. Ovário 3. Complexo arteira e veia ov. 4. Ligamento susp. Ovário 5. Corpo uterino 6. Cérvix • Ligamento próprio do ovário - Entre ovário e o corpo uterino - Colocação das pinças ( 3 pinças modificadas) • Ligamento suspensor - Ligado no ovário e na região dorsal da cavidade abdominal - Suspende o ovário na cavidade abdominal • Ligamento redondo - Região do mesométrio - Fazer a ruptura dele para poder fazer a ligadura na região de corpo uterino. Vascularização: • Artéria e veia ovariana • Artéria uterina Ligamentos importantes: • L. suspensor do ovário • L. próprio do ovário • L. redondo • Conjunto de 4 mamas torácicas - 2 craniais e 2 caudais e podem ser numeradas como M1, M2, M3, M4 e M5. • Conjunto de abdominais - Craniais e caudais (2) • Conjunto inguinal • Fator anatômico importante: drenagem linfática da cadeias mamárias. - Isso define o tipo de mastectomia se vai ser unilateral ou bilateral ou regional. • 2 linfonodos principais: - Linfonodo inguinal - Linfonodo axilar (bilateral) • Drenagem maior das 3 primeiras mamas para o linfonodo axilar • Drenagem das ultimas duas mamas drenando para o linfonodo inguinal • Primeiro local que ocorre células neoplásicas são nos linfonodos por isso que são tão importantes. • Todas as mamas possuem interligações linfáticas. Técnica cirúrgica: • Princípios básicos da cirurgia • Não realizar procedimentos contaminados com não contaminados • Proibido fazer OSH e profilaxia dentária Ováriosalpingo-histerectomia eletiva (OSH): • Retirada dos ovários, trompas de falófio e útero. • Feita em animais hígidos (saudáveis) Indicações: • Esterilização eletiva • Prevenção e tratamento de doenças reprodutivas - Castrado entre o primeiro e segundo cio (caninas e felinas) - Evitar piometrites. • Prevenção de neoplasia mamária - Atingem 70% das neoplasias totais que acometem caninos. - A partir do segundo cio fêmeas felinas aumentam a chance em 90% de adquirirem neoplasia maligna. (caninas é um pouco menos) - Gatos machos acima dos 8 meses para que tenham desenvolvido o tamanho da uretra adulta e evitar obstruções. • Prevenção de doenças congênitas (evitar fatores hereditários) - Displasia coxofemoral - Lábio leporino • Anormalidades endócrinas e dermatológicas - Sarna comensal demodécica. • Prevenção de doenças comportamentais - Ovário policístico (esfregam a genitália no chão, copulam em almofadas/bonecos). - Síndrome dos ovários remanescentes faz com que continue tendo esse tipo de comportamento. • Exames pré-cirúrgicos • Recomendações pré-cirurgicas (pacientes até 7 anos) - Hemograma completo (plaq + PPT) → Plaquetas para ver se tem capacidade de coagulação no transoperatório e evitar hemorragias. Animais com plaquetas baixas não devem participar até que tenham o número normal de plaquetas. Trombocitopenia: indicativo de diversas enfermidades → Proteína Plasmática Total: Albumina é a mais importante e carreia vários fármacos Graus de parasitoses (aumento de eosinófilo – liberam histamina) e (baixa de PPT) = risco de problemas anestésicos, complicações como edemas pulmonares. - Bioquímicos: mínimo creat e alt (avaliação hepática e função renal). → Animais acima de 7 anos solicitar Ureia e creatinina, ALT e FA. Também se quiser pode solicitar colesterol, triglicerídeos (check up). - US: abdominal total (hospitalar) - Ecocardiograma → Pacientes acima de 10 anos. • Jejum hídrico de 8 horas e alimentar de pelo menos 12 horas. • Importante realizar a tricotomia ampla desde o xifoide. Pré-operatório • Decúbito dorsal • Pessoal da anestésio faz todo suporte do animal a mesa, com entubação e todo equipado. • Acesso retroumbilical em felinos • Antissepasia cirúrgica feita com clorexidine (em felinos) - Evitar o uso de iodo. Acesso cirúrgico (mediano) • Celiotomia retro - umbilical (iniciando um pouco a baixo do umbigo, pela localização anatômica) - Gatas incisão 2cm caudal a cicatriz umbilical • Acesso retroumbilical para iniciar passando pelo umbigo caudalmente e se necessário amplia para a região pré-retroumbilical. - Cadelas incisão desde o umbigo até a região púbica (variação muito grande, conforme a profundidade do tórax ao abdomem. • Acesso a cavidade abdominal Celiotomia mediana • Acesso pré-retroumbilical deve ser sempre secundário - Sempre priorizar acessos menores porque facilita a cicatrização. • Localizar a linha alba e com uma pinça de Allis, se faz o pinçamento da musculatura e tracionar a musculatura fazendo uma incisão em estocada bem na linha alba e daí adentra a cavidade abdominal. • Essa tração mais cranial evita que ocorra perfurações na cavidade abdominal. Ligamento falciforme • Hernia umbilical: quando a região do anel herniário não é completamente fechada. - Ligamento falciforme pode ficar enclausurado lá dentro dessa região de hérnia, bem como regiões maiores que podem fazer o enclausuramento de vísceras. - No transoperatório pode ser feito o fechamento dessa hérnia. → Anel herniário é um orifício natural, se simplesmente só suturar ele não vai ficar porque tem os bordos já, bem definidos. Quando fazer a incisão retro-umbilicar irei incisar sobre a região umbilical se não houver viscerar (caso haja é preciso contornar o umbigo) divulsionar o tecido, liberando/ deixando somente o anel herniário. Feito isso com a lâmina de bisturi e debridar o bordo de toda circunferência de todo anel herniário e na hora de fazer o fechamento é simplesmente suturar porque os bordos já foram removidos e dai cicatriza. (com bordo não cicatriza) • Adentrando a cavidade, com a mão ou com ganchos iremos fazer a captura do corpo uterino. - Com a mão bem na região lateral do abdomem indo em direção a região dorsal, localizando com o dedo o corno uterino, tracionando-o externamente. • Após a localização do corno uterino, se vai mais para a região mais cranial que tem o ovário e suspendendo o ovário na cavidade, tem o ligamento suspensor do ovário. - Posso romper ou não esse ligamento. - Lembrando que nessa região de mesovário se tem a artéria ovariana e veia ovariana, se romper cuidado com essa região, poispode ter ruptura dos vasos. • A ruptura do vaso pode ser feita com uma tesoura de metzembaum delicadamente e terá o mesovário livre. - Procurar uma região avascular do mesovário que nem lá no mesentério “abrir uma janelinha” com uma pinça Halsted numa região que não tem vaso. • Fazer a “janelinha” e pinçar abaixo desse ovário Técnica das 3 pinças • Mais comum fazer em felinas • Cadelas é mais difícil pois geralmente tem gordura acumulada • O pedículo ovariano recebe cranialmente 3 pinças hemostáticas, sendo que a mais cranial deve ser curva. • Secção do pedículo ovariano com a tesoura de Metzenbaum entre a pinça intermediária e a mais próxima do ovário (pinça caudal). • Como fazer: - Localizar o ovário e o corno uterino, rompi o ligamento suspensor do ovário e vou colocar 3 pinças abaixo do ovário, sem pinçar o ovário (se pinçar o ovário fica resquícios de tecido). - Pegar a lâmina de bisturi ou tesoura de Metzembaum e vou incisar entre a primeira e a segunda pinça e vou deixar sobre o campo descansando para que eu siga a técnica. - Fiquei somente com o couto (vasos) e 2 pinças. - Pegar o fio de nylon ou absorvível ou monofilamentar ou multifilamentar sintético passar por trás das pinças e por de baixo da ultima pinça, fazer nó de cirurgião (duplo) e vou apertar, na hora que for apertar deve-se pedir para que o auxiliar retire aquela pinça lá de baixo. → Se não fizer exames pré- operatórios no paciente, principalmente em pacientes de ong, é preferível que se utilize fio de nylon pela baixa reação, baixo custo e menor risco de complicação → Animais que se sabe a procedência e status sanitário (hígido), pode usar um fio de poliglactina que vai ser absorvido com o tempo e não se tem tantas aderências . - Quando sair o tecido vai estar macerado. Quando apertar o nó, o fio corre para o lugar que estava a pinça. - Posteriormente é feito mais 3 a 5 nós em cima desse nó de cirurgião - Feito isso se pega a ponta do fio e passa para um lado e para o outro e faz a mesma coisa, nó de cirurgião, mais 2 ou 3 nós em cima e se corta rente ao nó. - Feito isso se tem somente 1 pinça e a ligadura. É nesse momento que se abre a pinça para ver se tem algum tipo de sangramento, se não tiver “tchau cavidade” e já adentra a cavidade. Técnica das 3 pinças modificada • Mais utilizada na rotina • Pinça-se o pedículo ovariano cranialmente ao ovário com 2 pinças hemostáticas e a terceira pinça é colocada sobre o ligamento próprio do ovário (entre o ovário e o corno uterino). • Realiza-se a secção com a tesoura de Metzenbaum entre a pinça média e o ovário. • Como fazer: - O que muda de uma técnica para outra é a primeira pinça - Como não se tem espaço em baixo para colocar as 3 pinças, eu vou colocar 2 pinças abaixo do ovário e 1 na região do ligamento próprio do ovário (entre ovário e útero) - Feito isso eu vou pegar a tesoura de Metzembaum ou o bisturi e vou incisar entre a primeira e a segunda pinça entre só que abaixo do ovário. - Iatrogênia que mais ocorre porque sai um fragmento do ovário junto e acontece a síndrome do ovário remanescente, principalmente em cadelas obesas. - Feito isso, deixa essa parte na mesa, esperando para que eu possa fazer o outro lado - Repetir o procedimento ( 2 pinças lá em baixo, passar o fio abaixo da última pinça, fazendo a volta por todo o tecido, vou fazer o nó de cirurgião e pedir para que o auxiliar abra a pinça e o fio corre para aquele sulco e fazer mais 3 a 5 nós em cima). - Feito isso faz a passagem de um fio para um lado, passagem do fio para o outro e fazer a ligadura lá em baixo. - Ficar com 1 pinça e a ligadura (abrir a pinça para verificar se há hemorragias) - Sem sangramento está feito o pedículo artéria e veia ovarianas ligados. (inspecionar se não há sangramentos antes de fechar a cavidade). Repetição: • Ligadura frouxa com fio absorvível abaixo da pinça mais cranial e, a medida que o nó vai sendo dado, a pinça é removida para que a ligadura seja aplicada no sulco deixado pela mesma. • Libera-se a pinça intermediária e inspeciona- se o pedículo quanto a sangramentos. • Exterioriza-se o corpo do útero e localiza-se a cérvix. • Onde saber onde pinçar? Localizar a cérvix e nessa região colocar 3 pinças - Cadelas e gatas multíparas, o útero vai estar espessado • Colocar uma pinça p cada lado - Lembrar que tem região de artéria lateralmente ao corpo do útero. - Com o espessamento do útero, acaba afetando a hemostasia (não sendo plenamente eficiente), por isso que se coloca a outra pinça no lado contrário - Pinça sempre acima da cérvix • Incisar entre a primeira e a segunda pinça. • Ligar com fio absorvível as artérias e veias uterinas - Pode ser utilizado nylon • O corpo do útero é ligado através de uma transfixação com fio absorvível • Ligadura em massa pode ser feita, mas não é suficiente para estancar o sangue na artéria. - Feito a ligadura se faz a transfixação. • A transfixação é feita com a agulha que atravessa o corpo do útero, passa o fio por baixo da pinça e fecha no lado (para ligar a artéria), passa o fio para o outro lado e fecha e ai faz mais de 3 a 5 nós em cima. • Verificar se há sangramentos, se não houver pode trazer o omento e omentalizar essa região das ligaduras. Inspeção do coto uterino • corpo uterino com espessamento: suturas invaginantes - Cushing - Lembert - Schimieden - fio absorvível . - Omentalização Celiorrafia • Musculatura: ancoramento nas fáscias: padrão continuo simples ou sultan isolado (Animais muito agitados ou acima de 15kg) • Subcutâneo: zig-zag ou continua simples interrompida (animais pequenos e que não pulam) - Próxima camada depois da musculatura e deve ser reduzido para evitar seromas com fio absorvível. • Pele: isolado simples, sultan, Wolf (aposição), variada gama de pontos em pele com fios inabsorvíveis como o nylon. Vídeocirurgia • Minimamente invasiva • Menos dolorosa • Menos contaminante • Menos dor • Melhor cicatrização • Multiportais • 3 portais • Insuflação da cavidade com co2 para visualizar a cavidade abdominal. • Acesso cirúrgico pelo flanco • Decúbito lateral esquerdo (preferencia porque o rim direito é mais cranial e tem um acesso melhor ao ovário) ou direito (esquerdo é preferido) • Palpar a ultima costela e mais ou menos uns 3 dedos abaixo da ultima costela (referencia a região da tuberosidade isquiática) e o acesso é feito na região medial. • Feito o acesso é feita a incisão em subcutâneo e musculatura • A principal desvantagem é que nessa musculatura tem artérias passando (artéria abdominal caudal, muito próxima dessa região e devemos ter cuidado para incisar a musculatura e n atingir a artéria). • Ligaduras contra-laterais necessitam de tração - A dificuldade é fazer o acesso contra-lateral do ovário - Essa tração pode fazer a ruptura dos vasos • Exposição e palpação da cérvix pode ser difícil • Não consigo expor a cérvix então a ligadura vai ficar um pouco com coto uterino. - Região que pode ter as piometrites de coto uterino. • Animais obesos teremos dificuldade de fazer as ligaduras em ambos os acessos (flanco ou mediana). Recomendações PO Uso de: • Repouso • Limpeza diária da ferida cirúrgica - Somente com solução fisiológica (não é uma ferida contaminada) • Colar Elizabetano / roupa • Drogas: - Antiinflamatório (aine) → Meloxicam Animais desidratados = IRA Jpen (animais desidratados) = pode causar IRA - Opióides MPA, trans e pós por pelo menos 3-5 dias - Retirada pontos em 7 –10 dias • Se necessário: - Antibióticos (quando o procedimentofor contaminado ou quando foi feito em bloco contaminado) - Fluidoterapia - Antieméticos Associar ao serenia (potencializa o opióide). Complicações cirúrgicas • Sangramento intra-abdominal e vaginal • Ligadura uretral/hidronefrose • Ovários remanescentes • Complicações tardias em coto (piometrite) • Incontinência urinária em cadelas idosas - Relaxamento dos esfíncterer • Lambeduras e a não utilização das malhas • Uso de abraçadeiras plásticas - Complicações como a formação de granu.lomas, seromas e peritonite pelos usos das braçadeiras de nylon - As ligaduras devem ser feitas com fios de nylon. Ovariectomia - ooforectomia • Ovario + Ectomia: retirada cirúrgica dos ovários - Fica corpo uterino e cornos • Feito antes do primeiro cio. Indicações: • Remoção de tumores ovarianos • Involução de placenta • Não é retirado o útero • DISCUSSÃO LITERATURA? Risco de tumores uterinos • Técnica menos invasiva • Não precisa ser feita a ligadura de grandes vasos • Sucesso na redução hormonal Ováriosalpingo-histerectomia terapêutica Indicações: • Neoplasias ovarianas e uterinas • Torções uterinas • Alterações endometriais • Infecções Torção uterina em felino Tumores ovarianos Hiperplasia cística Fisiopatogenia • Curso com a cérvix aberta que vai ter o corrimento vaginal e o curso com a cérvic fechada piometrite fechada (mais grave, não tem sinais clínicos indicativos, precisa de hemograma e US para fechar diagnóstico mas muitas vezes o animal já chega em choque). • Tratamento Cirúrgico – OSH Terapêutica • Técnica das 3 pinças ou das 3 pinças modificadas • Mesma técnica de antes • Recomendação: pinças uma para cada lado • Espessamento uterino - Fazer uma sutura de lembert ou de cushing exposta para que lúmen do útero n entre em contato com a cavidade. • Cuidado na descompressão de cavidade • Monitoramento de paciente crítico pós – cirurgia • Nesse paciente por ter contaminação se usa antibioticoterapia antes e depois da cirurgia. • Nessas condições é importante fazer uma monitoração com hemoragrama pois tem mto sangue retido dentro desse útero. Cesariana Etiologia: • Inércia uterina primária contratilidade do miométrio e dilatação cervix incompleta - ocitocina, Ca e etc (aumentar a contratilidade, desde que o filhote tenha um diâmetro compatível com o canal da fêmea). • Inércia uterina secundária interrupção do trabalho de parto já iniciado e consequente falha na expulsão da ninhada completa - Obstrução por feto- Fadiga musc- não responde a ocitocina • Fatores fetais desproporção de tamanho materno/fetal e problemas de posição ou atitude fetal Técnica cirúrgica: • Tricotomia ampla na região abdominal da fêmea • Decúbito dorsal • Antissepsia prévia • Acesso cirúrgico linha mediana - Acesso pre-retroumbilical ou retoumbilical se for necessária • Quando for incisar a parede abdominal deve ser feito com cuidado porque o útero precisa ser tracionado para cima porque ele fica bem abaixo da parede abdominal. - Incisão em estocada para baixo tem grande chance de perfurar o utero • A incisão deve ser suficientemente longa para evitar laceração durante a extração dos fetos. • Isolamento com compressas • Incisão no corpo uterino • Ordenhamento dos filhotes • Romper a membrana amniótica em torno do focinho do neonato com os dedos ou com tesoura • Pinçar duplamente o cordão umbilical pelo menos a 3 cm distal da parede abdominal do feto • Passar assepticamente o neonato para um assistente • Fazer um lado do corno de cada vez • Remover a placenta do interior do útero tracionando-a delicadamente após a remoção de cada um dos neonatos Suturas duas camadas: • Padrão continuo simples • Sutura invaginante (Lembert) • Secreção vaginal inodora deve ser esperada por alguns dias ou semanas. • Serosanguinolenta Hiperplasia e prolapso vaginal Etiologia • Resultado do aumento edematoso do tecido vaginal • Distúrbio hereditário • Raças braquiocefálicas mais predispostas • Mais frequente em cadelas inteiras e de grande porte • Inicia no proestro e diminui no diestro • Recidiva geralmente em cada estro • Consequência da hiperplasia vaginal severa • Raramente associado a distocia, tenesmo e à separação forçada durante acasalamento Sinais clínicos • Apresenta-se como uma massa em forma de “rosquinha” • Edema Hiperplasia vaginal • Doença suave ⇒ edema confina-se às dobras do assoalho vaginal ventral (edema – doença suave) Prolapso vaginal • Doença grave ⇒ progressão para prolapso vaginal (envolve toda circunferência da parede vaginal) Sinais clínicos • Disúria • Lambedura excessiva da vulva • Hiperemia, edema e queratinização da mucosa • Uretra não exterioriza (Pode obstruir) • Diagnóstico diferencial de TVT (tumor venéreo transmissível) Diagnóstico Histórico: • Aparência e origem do tecido em protrusão • Biópsia vaginal (diferenciais) • Citologia vaginal (estágio do ciclo estral Diagnóstico diferencial • Prolapso uterino (através do uso de US) • TVT Tratamento Cirúrgico • Paciente anestesiado • Limpeza do tecido com solução fisiológica gelada • Redução do edema (gelo protegido) • Gel hidrossolúvel • Redução do tecido evertido • Sondagem uretral • Redução do tecido • Suturas vulvares (captonadas) • Remoção de tecido desvitalizado • OSH Pós-operatório • Analgésicos e anti-inflamatórios - Redução dos edemas e se necessário se faz a utilização de compressas frias. • Colar Elisabetano • Antibióticos de amplo espectro (cefazolina, cefoxitina, amoxicilina, ampicilina, enrofloxacina) • Remover suturas vulvares após 8 a 10 dias Mastectomia: • É a retirada cirúrgica de 1 ou mais mamas. • Normalmente associada a neoplasias mamárias Patogenia • Podem ser benignos (não fazem metástases) ou malignos e podem estar presentes simultaneamente Cães Benignos • Tumores mistos • Adenomas complexos • Fibroadenomas • Papilomas ductais Malignos (70% dos tumores nas caninas são malignos) / indicação cirurgica e precoce – exceto o carcinoma mamário-inflamatóri0) • Sarcomas • Carcinomas • Carcinoma mamário inflamatório - Alto grau de metástase - Não tem indicação cirurgica - Grande chance de recidivas - Indicação de tratamento clinico - Expressam cox-2 ciclooxigenases (se usa aine cox 2 seletivo) → utilização de um tempo maior: Carprofeno Firocoxibe - E principalmente o controle de dor - Gatas ciamesas mais acometidas Gatos Benignos • Hiperplasia fibroepitelial - Administração no geral de progestágenos Malignos (90% dos tumores nas felinas são malignos) • Carcinomas Tumores mamários no geral • A maioria dos tumores são hormônio- dependentes. • Caninas - A castração feita antes do 1º cio tem a chance de ter neoplasia mamária maligna ou benigna tem em torno de 0,5%. - Segundo cio nas caninas aumentam em torno de 0,5 a 8%. - Terceiro cio tem aumento de 26% (quando atinge a maturidade sexual não é mas a castração preventiva). - A partir de 24 meses já foi exposta aos hormônios e não ocorre mais a prevenção. • Felinas - Antes do 1º cio em torno de 9% é a chance de aumentar - Após o 2º cio em torno de 24% - Após o 3º cio em torno de 89% • Consequências de castrar - Incontinência urinária Sinais Clínicos • Os nódulos podem apresentar-se: pequenos, móveis, solitários, múltiplos, lobulares, firmes fixos na parede e ulcerados • Pode ser crescimento lento ou rápido • BAF - Cito aspirado por agulha fina - Podeespalhar/adentrar os vasos e fazer/incentivar metástase a distância • Biopsia excisional (preconiza-se) - Retira o tumor e encaminha para análise das células - Tratamento com quimioterapia Diagnóstico • Palpação • Radiografias 3 projeções - LL D - LL E (mais próximo do chassi do pulmão, mais fácil de ver a formação de nóduLos nos lobos pulmonares) - VD • Locais de acometimento dos tumores - Linfonodos regionais - Tecido pulmonar → Pleura - Fígado - Baço • Ultrassonografia • Avaliação citológica (contraditória) • Biópsia incisional: Histopatológico de cada mama = diagnóstico definitivo • Estadiamento clínico (TNM) dos tumores mamários em cães • Diagnóstico clínico Tratamento: Cirúrgico • Permite um diagnóstico histológico • Melhora a qualidade de vida • Pode ser curativa • Mamas abdominais e inguinais são mais acometidas • Baseia-se na drenagem linfática das glândulas ⇒ remoção de tecido que tenha veias e linfáticos em comum • Linfonodo sentinela ⇒ primeiro linfonodo a drenar a região do tumor • Preconiza-se mastectomia unilateral Remoção do Linfonodo Sentinela • Administração de azul de metileno (não usar em gatos) ou azul patente na M1 ou peritumoral • Até 15kg, 1ml (2%) • Faz o infiltrado para poder incisar e mandar para biopsia • Drenagem Linfática Cães Tipos de mastectomia: • Nodulectomia: remoção apenas do tumor • Mastectomia simples: remoção apenas da glândula afetada • Mastectomia regional: remoção de mais de uma glândula e tecidos afetados - Conforme a drenagem linfática • Mastectomia unilateral: remoção de todas as glândulas do lado afetado • Mastectomia bilateral: remoção de todas as mamas. Pode ser simultâneo ou em estágios Mastectomia Regional • Decúbito dorsal • Incise em cunha a pele em torno das glândulas. • Remoção do SC até região de fáscia abdominal externa. • Identifique os vasos e o tecido mamário confluente entre as glândulas e antes de secciona-los, ligue-os com fio absorvível mono ou multifilamentoso 3-0 ou 2-0. - Regional na região inguinal fazer a ligadura da artéria epigástrica superficial caudal e cranial. • Divulsão do tecido com tesoura romba e cortante. • Aproximação do subcutâneo - Fio nylon (pontos de ancoragem na aproximação) • Redução de espaço morto: - Fio absorvível 2-0, monofilamentar (ou multi), pontos isolados (sultan, PIS) ou dreno de sucção contínua. • Pele: - Isolado simples - Nylon (fio inabsorvível) 2-0 ou 3-0 (Não fazer pontos contínuos, para n ter desceincia) Mastectomia Unilateral Total • Preconizar a unilateral • Fazer a castração/fechar a linha alba para depois fazer o processo de mastectomia. • Identificar a neoplasia • Retirar com margem de segurança de 3 cm • Incisar elipticamente a pele próximo a mama, pinçar pequenos vasos/fazer a ligadura deles e os tecidos subcutâneos, eleve a cadeia mamária entre as glândulas e a fáscia abdominal externa. • Divulsionar com a tesoura de Metz • Identifique os vasos/arteria epigástricos superficiais caudais na bifurcação dos vasos pudendos externos. Após realize ligadura dupla e continuar a divulsão desse tecido e secção desses vasos. • Deixar somente a fáscia muscular exposta • Ligar a artéria epigástrica cranial e divulsionar. • Libere toda a cadeia mamária. • Lavar a região com solução fisiológica • Fazer os pontos de ancoragem para facilitar a aproximação dos bordos e evitar necrose - Pontos isolados Redução do espaço morto e pele Redução do espaço morto: • Fio absorvível mono ou multifilamentar - 3-0 ou 2-0 • Pontos isolados (sultan ou simples). Pele: • Fio inabsorvível 3-0 ou 2-0 ◦ Isolado simples Mastectomia Bilateral Canina • Reconstrução cutânea - Flaps cutâneos para recobrir • Incisão em Y - Maior facilidade para aproximar • Skin Stretchers - Implantes - Colocação de um dreno importante para drenar o sangue para evitar o sangue acumular no sc Terapia pós-operatória • Restrição movimentação • Uso de roupa cirúrgica • Analgesia: AINEs/ opiódes - Tramadol para reduzir a dor em casa e Metadona no pós operatório associado a dipirona para potencializar • Antibioticoterapia • Limpeza da ferida com NaCl • Remoção dos pontos em 10 dias a 15 dias • RX torácico e US abdominal em 30 dias/ 90 dias • Biopsia do tumor Complicações pós-cirúrgicas • Recidiva da Neoplasia Hemorragia • Seroma • Infecção • Necrose Isquêmica • Deiscência de Sutura • Edema Prognóstico • Influenciado : dimensões, presença de úlceras, modo de crescimento e grau, técnica cirúrgica • Tumores menores de 3 cm o prognóstico é melhor • Grau de malignidade • Presença de metástase • Sarcoma e carcinoma inflamatório = prognóstico ruim