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EducacaoInclusiva_Pereira_2021 pdf

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE EDUCAÇÃO 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÃNCIA 
CURSO DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA 
 
 
 
 
 
CÉLIA PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O ENFRENTAMENTO AO CAPACITISMO: 
O RESPEITO À DIFERENÇA NA ESCOLA E NA SOCIEDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL 
2021
 
 
CÉLIA PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O ENFRENTAMENTO AO CAPACITISMO: 
O RESPEITO À DIFERENÇA NA ESCOLA E NA SOCIEDADE 
 
 
 
 
Artigo apresentado ao Curso de 
Pedagogia como requisito parcial para 
obtenção do grau de Licenciada em 
Pedagogia. 
 
Orientadora: Profa. Dra. Gabriela Bon 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL 
2021 
 
 
 
 
 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Moacyr de Góes - CE 
 
 Pereira, Célia. 
 Educação inclusiva e o enfrentamento ao capacitismo: o 
respeito à diferença na escola e na sociedade / Célia Pereira. - 
Natal: UFRN, 2021. 
 27 f. 
 
 Artigo Cientifico (Graduação) - Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte. Centro de Educação, Secretaria de Educação a 
Distância, Curso de Pedagogia a Distância. Licenciatura em 
Pedagogia. 
 Orientador: Dra. Gabriela Bon. 
 
 
 1. Educação Inclusiva - TCC. 2. Capacitismo - TCC. 3. 
Anticapacitismo - TCC. I. Bon, Gabriela. II. Título. 
 
RN/UF/BSIQ CDU 376 
 
 
 
 
 
 
Elaborado por FERNANDO CARDOSO DA SILVA - CRB-759/15 
 
 
 
CÉLIA PEREIRA 
 
 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O ENFRENTAMENTO AO CAPACITISMO: 
O RESPEITO À DIFERENÇA NA ESCOLA E NA SOCIEDADE 
 
Artigo apresentado ao Curso de 
Pedagogia como requisito parcial para 
obtenção do grau de Licenciada em 
Pedagogia. 
 
 
Aprovada em: 15/09/2021 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
______________________________________ 
Profa. Dra. Gabriela Bon 
Orientadora 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
 
 
______________________________________ 
Prof. Dr. Alan Ricardo Costa 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
 
 
______________________________________ 
Profa. Dra. Adriana Aparecida de Souza 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho à minha irmã 
Cláudia Pereira (in memorian) que foi 
minha inspiração para realização desse 
projeto. Aos meus familiares, em especial, 
à minha sobrinha Adma Enmilly que foi 
minha maior motivação para pesquisar 
sobre a Educação Inclusiva. Aos 
professores e colaboradores desse curso. 
E dedico, principalmente, a Deus, por ter 
sempre me conduzido por caminhos 
corretos, me fazendo entender que tudo é 
possível quando acreditamos e que os 
princípios são eternos. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Minha gratidão a Deus pela vida e proteção. O que seria de nós sem a fé 
que temos Nele? 
À minha irmã Cláudia Pereira (in memoriam), que é minha grande inspiração 
e espelho, onde tenho como objetivo dar continuidade ao grande legado que deixou. 
Agradeço à minha irmã Cleide Pereira por acreditar e me incentivar na busca e 
concretização desse novo sonho, que se iniciou através delas e passou a ser 
“Nosso”. 
À minha mãe, à minha filha, aos meus irmãos e ao meu esposo, os quais 
entenderam minhas ausências e, com muito carinho e apoio, não mediram esforços 
para que eu chegasse a esta etapa da minha vida. 
À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por me auxiliar na busca 
por conhecimentos acadêmicos. Em especial, a todos os professores e funcionários 
desta instituição. 
Aos professores e tutores, por seu apoio, dedicação, auxílio, compreensão e 
por servirem de inspiração na busca por conhecimentos e conceitos os quais nos 
levaram à execução e à conclusão deste projeto. 
Aos alunos que pude acompanhar durante os estágios e que muito me 
motivaram a buscar competências e habilidades no desenvolvimento de práticas 
pedagógicas na perspectiva inclusiva. 
Aos amigos e colegas, em especial, Maria Rosa (Secretária de Educação do 
Município de Cruzeta), José Tadeu (Diretor da EMAAM e EEJJM), Josinete Medeiros 
(Diretora da CMEI ) e às professoras (Cleide Pereira, Eneide Jeane e Ivone de Lima), 
que me acompanharam e me orientaram durante os estágios, me dando incentivo e 
apoio constantes. 
Para não correr o risco da injustiça, agradeço de antemão a todos que de 
alguma forma passaram pela minha vida e contribuíram para a construção de quem 
sou hoje e pela concretização desse sonho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você só será um educador, quando não escolher quem quer 
educar, O Bom educador transforma a vida de todo aquele que 
passa por sua vida. 
Anita Brito 
 
 
RESUMO 
A Educação Inclusiva no Brasil ganhou importante destaque a partir da década de 
90, quando foi instituída a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1996, 
em que era reivindicado na forma de lei o direito da inclusão de pessoas com 
deficiência dentro do âmbito escolar. Desde então, diversos autores como Poker, 
Fernandes e Colantonio (2016), Gesser, Mello e Block (2020), Mendes (2006), 
dentre outros, teorizam sobre a Educação Especial em uma perspectiva inclusiva, e 
também acerca de como o capacitismo afeta no reforço de estereótipos de exclusão 
social de pessoas com deficiência. Dito isso, o objetivo deste trabalho, e indo ao 
encontro às teorizações dos autores mencionados, é compreender as implicações 
do capacitismo enquanto um sistema opressor, e, além disso, averiguar se os 
professores da Educação Básica têm conhecimento sobre os perigos que permeiam 
a perpetuação do capacitismo. Para alcançar tal objetivo, foi realizado um estudo 
bibliográfico seguido da aplicação de um questionário para três professores da rede 
básica de ensino. A pesquisa se deu como resultado da prática de estágio dos 
autores, a escolha das professoras, deu-se devido às mesmas serem as 
supervisoras dos autores durante os referidos estágios, e os questionamentos 
norteiam essa discussão. Como resultado, podemos perceber a falta de 
compreensão e entendimento acerca do que seria o capacitismo por parte dos 
professores, além de atitudes que reforçam esse sistema, demonstrando a 
importância de ater olhos aos perigos do capacitismo e a necessidade urgente de 
uma educação pautada no anticapacitismo. 
Palavras-chave: capacitismo; anticapacitismo; Educação Inclusiva. 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 8 
Educação Inclusiva: uma realidade possível? ...................................................... 9 
Entendendo o Capacitismo e suas implicações .................................................. 12 
2 METODOLOGIA E ANÁLISE ............................................................................. 17 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 23 
4 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 25 
 
 
8 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Neste trabalho, pretendemos abordar a inclusão dentro do ambiente escolar, 
por meio da exploração das implicações do capacitismo na escola e das formas 
como ele afeta o desenvolvimento de uma educação diversa, com respeito às 
diferenças e longe de amarras sociais de opressão em detrimento de uma 
deficiência. Após várias pesquisas bibliográficas, podemos dizer que a noção mais 
comum de Educação Inclusiva é a de que basta se inserir a pessoa com deficiência 
em um determinado espaço físico, sem que sejam tomadas outras providências. 
Porém a Educação Inclusiva é aquela que engloba o respeito proporcionando a 
todos uma educação íntegra e consistente, dando início desde as entradas das 
escolas atéo processo de ensino e aprendizagem, onde todos se sintam iguais, 
fazendo com que o estudante com deficiência tenha o sentimento de pertencimento 
naquele ambiente e/ou espaço. Para isso, buscaremos refletir como o espaço da 
escola acaba por contribuir com o capacitismo, seja por sua infraestrutura ou 
reprodução de discursos em atitudes cotidianas, estabelecendo, portanto, uma 
necessária atenção não somente ao papel do professor e gestor escolar, mais dos 
funcionários e toda sociedade em geral. 
O capacitismo tem ganhado bastante atenção por educadores e 
pesquisadores da Educação por ser um tipo de sistema de opressão que interfere 
diretamente na prática pedagógica adotada por professores e gestores escolares, às 
vezes, até, de forma involuntária. Daí a importância do presente estudo, por 
desenvolver argumentações e perspectivas sobre o capacitismo dentro do espaço 
escolar em busca da promoção de uma Educação realmente Inclusiva, que respeite 
às diferenças e promova, de fato, uma educação para todas as pessoas. 
As problematizações desse trabalho acerca da Inclusão das Pessoas com 
deficiência em ambientes escolares, surgiram por meio dos estágios realizados em 
três diferentes momentos. O primeiro estágio foi um estágio curricular do Curso de 
Pedagogia a Distância da UFRN, ocorreu no segundo semestre de 2019, durante o 
5° período do curso, no mês de outubro, de forma presencial. Seu objetivo foi 
observar a organização e a Gestão dos processos educativos em uma escola de 
Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino de Jovens e Adultos (EJA), que atende 
alunos do 6° ao 9° ano. O segundo estágio curricular, também parte do mesmo 
9 
 
 
curso de licenciatura, ocorreu no primeiro semestre de 2021, durante o 7° período, 
no mês de março, de forma remota. Em uma escola de Ensino Fundamental, que 
atende alunos do 1° ao 5° ano, o objetivo deste segundo estágio foi observar e 
auxiliar a professora em sua prática pedagógica em uma turma do 4° ano do ensino 
fundamental, composta por 26 alunos com idades entre 9 e 10 anos para adquirir 
conhecimentos práticos necessários à futura carreira docente. Já o terceiro estágio, 
ainda parte integrante do mesmo curso de licenciatura, ocorreu no segundo 
semestre de 2021, durante o 8° período, no mês de julho, também de forma remota. 
Em uma escola do Ensino Infantil, o objetivo deste último estágio foi observar e 
auxiliar a professora em sua prática pedagógica, desta vez em uma turma do 5° 
nível, para compreender como se dava o trabalho com crianças de 5 anos. Cabe 
destacar que todos os estágios citados foram realizados no município de Cruzeta, no 
estado do Rio Grande do Norte. 
Durante os referidos estágios, foi possível perceber que ocorria algum tipo 
de discriminação em relação aos estudantes com deficiência, mesmo que de forma 
discreta e involuntária. No entanto, durante os estágios, o conceito de capacitismo 
não era trabalhado na prática dos educadores e tampouco teoricamente na 
universidade. Durante as discussões de orientação e pesquisa para a concretização 
deste Trabalho de Conclusão de Curso, tomamos conhecimento deste novo conceito 
que impulsionou a necessidade de aprofundar nossas reflexões acerca do 
capacitismo na escola. Para tanto, foi construído um questionário a ser aplicado aos 
professores da Educação Básica das referidas escolas onde ocorreram os estágios, 
com o objetivo de perceber a compreensão e domínio dos docentes acerca do 
capacitismo. Além disso, também desejávamos perceber como se dava a prática 
pedagógica destes profissionais em relação ao respeito às diferenças no ambiente 
escolar, bem como ao reforço dos estereótipos capacitistas. 
Educação Inclusiva: uma realidade possível? 
Em primeiro lugar, precisamos entender o que é considerado Educação 
Inclusiva no Brasil. A Educação Inclusiva nem sempre foi uma realidade em nosso 
país. Partindo de um âmbito mundial, apenas na década de 1970 é que este cenário 
atual começou a se delinear. Segundo Mendes: 
houve uma mudança, e as escolas comuns passaram a aceitar 
crianças ou adolescentes deficientes em classes comuns, ou, pelo 
10 
 
 
menos, em classes especiais. Essa filosofia foi amplamente difundida 
ao longo da década de 1980 no panorama mundial (MENDES, 2006, 
p. 390). 
Cabe destacar que, como afirma a autora, este panorama se manteve ao 
longo da década seguinte. A mudança de pensamento, e uma consequente tentativa 
de enfrentamento da segregação de pessoas com deficiência, só veio a ter 
visibilidade significativa com a Declaração de Salamanca. Este documento foi o 
resultado da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: 
acesso e qualidade, que aconteceu na cidade de Salamanca, na Espanha em 1994. 
Apesar de ser um documento já bastante antigo ele foi um marco e hoje ainda é 
considerada “como o mais importante marco mundial na difusão da filosofia da 
Educação Inclusiva”. A partir de então, ganham terreno as teorias e práticas 
inclusivas em muitos países, inclusive no Brasil (MENDES, 2006, p. 395). Assim, 
podemos destacar que o contexto nacional e mundial levou muitas décadas 
pensando e discutindo o assunto. Ainda segundo a mesma autora: 
No contexto mundial, o princípio da inclusão passa então a ser 
defendido como uma proposta da aplicação prática ao campo da 
educação de um movimento mundial, denominado inclusão social, 
que implicaria a construção de um processo bilateral no qual as 
pessoas excluídas e a sociedade buscam, em parceria, efetivar a 
equiparação de oportunidades para todos, construindo uma 
sociedade democrática na qual todos conquistariam sua cidadania, 
na qual a diversidade seria respeitada e haveria aceitação e 
reconhecimento político das diferenças (MENDES, 2006, p. 395). 
A partir desta ideia de respeito à diversidade e de legitimação da diversidade 
como parte do exercício da cidadania, todo cidadão passa a ter um direito real à 
educação, pois pode exigir ter a mesma oportunidade, incluindo-se os cidadãos que 
possuem alguma deficiência. Além disso, passa a ser dever do Estado respeitar as 
habilidades, necessidades e interesses que se modificam de pessoa por pessoa. 
Assim, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDB), Lei nº 9.394, em 1996, a Educação Especial ganhou visibilidade no suporte e 
atendimento aos educandos com deficiência, bem como especificou quais seriam 
estes direitos dentro do sistema de ensino. Dentre os direitos garantidos em Lei por 
esse grupo social, podemos destacar o artigo 59 que diz que deverão ser 
assegurados: 
11 
 
 
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização 
específicos, para atender às suas necessidades; 
II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o 
nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de 
suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o 
programa escolar para os superdotados; 
III – professores com especialização adequada em nível médio ou 
superior, para atendimento especializado, bem como professores do 
ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas 
classes comuns; 
IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva 
integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas 
para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho 
competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem 
como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas 
áreas artística, intelectual ou psicomotora; 
V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais 
suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. 
(BRASIL, 1996, p. 19) 
Apesar dos muitos direitos assegurados já em 1996 pela LDB, destacamos 
que foi apenas no decorrer dos anos 2000 que foi implantada uma política 
denominada como “Educação Inclusiva” em nosso país. Esta mudança na 
terminologia foi muito significativa,pois denota também uma alteração nos princípios 
norteadores das políticas públicas nacionais. Nesse sentido, podemos dizer que os 
documentos anteriores traziam o conceito de Educação Especial, a qual estava 
centrada na ideia de que se deveria ter escolas em separado para as pessoas com 
deficiência e, nos documentos seguintes, esta ideia era substituída pelo conceito de 
Educação Inclusiva que temos hoje. Desde então, houve o que chamamos de 
democratização do ensino onde os alunos com deficiência passaram a frequentar as 
salas regulares de ensino. Segundo Alonso: 
A Educação inclusiva compreende a Educação especial dentro da 
escola regular e transforma a escola em um espaço para todos. Ela 
favorece a diversidade na medida em que considera que todos os 
alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de 
sua vida escolar (ALONSO, 2013, online). 
A autora nos afirma ainda que: 
Até o início do século 21, o sistema educacional brasileiro abrigava 
dois tipos de serviços: a escola regular e a escola especial - ou o 
aluno frequentava uma, ou a outra. Na última década, nosso sistema 
escolar modificou-se com a proposta inclusiva e um único tipo de 
escola foi adotado: a regular, que acolhe todos os alunos, apresenta 
meios e recursos adequados e oferece apoio àqueles que encontram 
barreiras para a aprendizagem (ALONSO, 2013, online). 
12 
 
 
Podemos dizer que atualmente a Educação Especial é um direito 
institucionalizado dentro das salas comuns de ensino, que pode ser estendido à 
atendimentos especializados de acordo com as necessidades dos alunos. Essa 
associação entre Educação Inclusiva e Educação Especial dentro da legislação 
brasileira nos faz notar a preocupação da inclusão e integração das pessoas com 
deficiência dentro do ambiente escolar. 
Dito isso, falar de Educação Inclusiva é estar constantemente voltando 
olhares para o capacitismo, seus ideais, problemáticas, e daí a necessidade de 
estarmos sempre atentos e preocupados com a sua perpetuação social, por ser um 
sistema de opressão que reforça um estereótipo de inferiorização e marginalização 
de um determinado grupo social. 
Entendendo o Capacitismo e suas implicações 
Para entendermos o que significa capacitismo e quais são as suas 
implicações na Educação, em primeiro lugar, precisamos dizer que ele consiste em 
duvidar constantemente da capacidade da pessoa com deficiência de fazer qualquer 
coisa, ou ainda de exercer um papel ativo e autônomo na sociedade. Nesse sentido, 
é como se estivéssemos constantemente negando à pessoa com deficiência a 
possibilidade de ser protagonista da sua própria história de vida. Esta negação, 
costuma ocorrer ao longo de toda a sua vida e se manifesta através de atos 
discriminatórios cotidianos que inferiorizam a pessoa sem ao menos indagar quais 
são as suas reais condições e negam totalmente suas potencialidades. Tendo em 
vista que a pessoa com deficiência pode ser o que ela quiser, e que todo cidadão 
deve ter voz em um sistema democrático, este tipo de discriminação é uma forma de 
silenciamento, o qual transfere para outra pessoa o direito do cidadão por considerá-
lo totalmente incapaz. Sabemos que diante de tantos preconceitos as pessoas com 
deficiência acabam não tendo as mesmas oportunidades que as pessoas 
consideradas “normais”. Isso se aplica não somente à Educação escolar, pois 
também pode ser visto no cotidiano de empresas, restaurantes, entre tantos outros 
lugares que subjugam a capacidade da pessoa com deficiência no dia a dia. 
Segundo Vendramin, o “Capacitismo é a leitura que se faz a respeito de 
pessoas com deficiência, assumindo que a condição corporal destas é algo que, 
naturalmente, as define como menos capazes” (VENDRAMIN, 2019, p.17). A mesma 
autora ainda nos traduz a visão de Campbell, o qual ressalta que o capacitismo já é 
13 
 
 
algo que está dentro de nós sem que tenhamos consciência dele e que “deflagra 
uma dificuldade social em interrogar-se pela diferença, e resulta em perceber 
pessoas com deficiência como seres menos humanos (CAMPBELL, 2008, citado por 
VENDRAMIN, 2019, p.17). Ou seja, o capacitismo é uma forma de discriminação na 
qual pessoas com deficiência são taxadas como incapazes de exercer determinada 
ação, subestimando suas capacidades e negando suas potencialidades a partir de 
uma visão generalista de sua condição. 
Nem sempre percebemos quando praticamos o capacitismo, e geralmente o 
fazemos de forma não intencional. Muitas vezes não pretendemos causar 
desconforto ou constranger a pessoa com deficiência. Porém, a inferiorização ocorre, 
mesmo quando não temos consciência dela. Para Vendramim, o capacistismo pode 
ser algo imperceptível: 
Muitas vezes o capacitismo está presente em situações sutis e 
subliminares, acionado pela repetição de um senso comum que 
imediatamente liga a imagem da pessoa com deficiência a alguma 
das variações dos estigmas construídos socialmente, aos quais se 
está habituado e, por isso, tendem a não serem percebidos e 
questionados. Porém, quando o capacitismo é óbvio e visível, ele 
declara uma outra coisa, ele mostra o quanto esse preconceito ainda 
é naturalizado como se fosse aceitável ou inevitável. A recorrência 
dessas experiências é frequente, em variados graus, na vida de 
diferentes pessoas com deficiência. (VENDRAMIN, 2019, p.18). 
A naturalização da discriminação não a transforma em algo aceitável. Por 
mais que o preconceito seja recorrente e esteja por todas as partes, é importante 
ressaltar que qualquer diferenciação baseada na condição de uma pessoa 
continuará sendo algo equivocado e pode, dependendo da situação, configurar-se 
como crime. Segundo a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, 
discriminação por motivo de deficiência é: 
Qualquer diferenciação, exclusão ou restrição baseada em 
deficiência, com o propósito ou efeito de impedir ou impossibilitar o 
reconhecimento, o desfrute ou o exercício, em igualdade de oportuni-
dades com as demais pessoas, de todos os direitos humanos e 
liberdades fundamentais nos âmbitos político, econômico, social, 
cultural, civil ou qualquer outro. Abrange todas as formas de discrimi-
nação, inclusive a recusa de adaptação razoável (BRASIL, 2009, 
online). 
O preconceito é um problema sociocultural e que, geralmente, é 
determinado por padrões de comportamento tolerados por grande parte da 
14 
 
 
sociedade. Quando o padrão de normalidade corporal pactuado em determinado 
grupo é quebrado por qualquer condição, muitas pessoas reagem de forma 
preconceituosa buscando inferiorizar as qualidades da pessoa que não faz parte do 
grupo considerado normal. Ressaltamos, porém, que o padrão de normalidade não 
se aplica à maioria das pessoas, e, quando se trata daquelas com deficiência, surge 
um preconceito ainda maior. Muitas vezes, este pode ocorrer por falta de 
conhecimento ou por nunca ter tido contato próximo com alguém com deficiência. 
A prática do capacitismo ocorre de diferentes formas: ao dificultar o acesso 
ao meio físico e a criação de barreiras, para que exerçam atividades 
independentemente; além da imposição de limites socioemocionais, quando essas 
pessoas são tratadas como coitadinhos, doentes, incapazes, dependentes, quando 
lhe são tirados o direito de exprimir suas necessidades, desejos e emoções. Ainda 
tem a forma pela qual a pessoa é tratada como super-herói. Aquele que vai ser 
usado como exemplo de superação por uma sociedade que ao invés de impor uma 
série de obstáculos romantizam a exclusão através do modelo de superação de 
barreiras físicas ou atitudinais através da meritocracia. Segundo Dias, ao traduzir as 
ideias de Clogston: 
As pessoas com deficiência não são estimuladas, e muitas vezes são 
francamente desanimadas, de expor acerca de suas deficiências. A 
ideia é que o mundo do trabalho espera dela que "superarem" sua 
deficiência em um mundo "normal" o que tem sido duramente 
criticadono campo de estudos sobre deficiência (CLOGSTON, 1994, 
citado por DIAS, 2013, online). 
A autora ainda segue dizendo que: 
A idéia de superação, tenta criar um especialismo, para motivar as 
pessoas com deficiência a se imaginarem como super-heróis para os 
outros seguirem. Some-se a isso a dívida imediatamente construída: 
obriga-se a todas as PcDs a serem profundamente gratas com as 
imensa oportunidades dadas a elas por seus patrões, empregos e 
cotas, alienando-as da noção de que elas tem direito ao trabalho a 
autonomia (DIAS, 2013, online). 
Lamentavelmente, muitos profissionais da educação não têm a devida 
orientação e/ou conhecimento e acabam praticando o capacitismo. Na maioria das 
vezes esses desconhecem esse termo e acreditam que a Educação Inclusiva 
consiste apenas na inserção de pessoas com deficiência no espaço escolar, 
ignorando que a mesma tem o dever de reconhecer e respeitar as diversidades e 
15 
 
 
principalmente, proporcionar a todos uma educação democrática em que não seja 
enxergada a deficiência em si, como se esta fosse um rótulo, que desumanamente, 
anula os potenciais e os torna incapacitados, lhes negando o direito de exercer a 
cidadania, uma vez que o mesmo é enxergado pela sua deficiência e não por sua 
condição humana. Por ser algo já tão internalizado e, de certa forma, aceito pela 
maioria das pessoas, o capacitismo é invisibilizado. Além disso, ele gera uma 
resistência de aceitação de qualquer tipo de diferença, como se só houvesse uma 
forma correta de ser e que as pessoas fora do padrão ideal devessem ser tratadas 
sempre com condescendência por serem supostamente imperfeitas. Segundo Dias: 
Esta resistência ao outro resulta numa consideração da vida 
ontologicamente periférica como uma forma distintas menos humano 
produzindo uma desvalorização acentuada das pessoas com 
deficiência. Pode-se até conceder-lhe os direitos da piedade, mas 
nunca equipará-los à normalidade (DIAS, 2013, online). 
Nas relações familiares também pode ocorrer o capacitismo, que se 
manifesta muitas vezes de forma implícita, quando os familiares de maneira 
protecionista consideram como incapazes as pessoas com deficiência, 
desenvolvendo falas e ações que frustram o desenvolvimento de sua autonomia e 
desrespeitam seus desejos e emoções, por muitas vezes lhe tirando o direito de 
responder sobre seus desejos e anseios, como se não tivesse vontade própria, sem 
voz e nem vez para resolver determinadas situações da sua vida. 
É nesse contexto que pode surgir uma escola excludente e segregacionista, 
que ao invés de estimular os potenciais e criar meios de equidade entre todos, aplica 
um tratamento preconceituoso de desigualdade, por meio do qual a pessoa com 
deficiência é tratada com inferioridade e muitas vezes é julgada como incapaz ou 
anormal. São os “diferentes”, que ficam em ambiente isolado, acentuando a 
discriminação, a distância e desigualdade de direitos. Por isso é importante que 
mesmo com dificuldades e necessidades diferenciadas dentro da escola ou qualquer 
ambiente, a pessoa com deficiência tenha apoio, condições de desenvolvimento 
iguais a partir de suporte específico, porém ficando claro a todos que não está 
perdendo seu poder de autonomia. Por isso é urgente a necessidade de incorporar 
na formação de todos os profissionais da comunidade escolar o conceito de 
Educação Anticapacitista, que segundo Lima, Ferreira e Lopes é "a valorização das 
habilidades e potencialidades, daquilo que se pode criar ao se apropriar da cultura e 
16 
 
 
do currículo que permite cada um ser o que é" (LIMA; FERREIRA; LOPES, 2020, p. 
182). Ainda, de acordo com os mesmos autores, no que tange aos marcos legais: 
(...) as leis atuais asseguram a possibilidade de mudança, rompendo 
com as barreiras pragmáticas que obstaculizam novas performances 
institucionais que absorvam o corpo incomparável e a liberdade de 
experienciar uma vida passível de ser vivida (LIMA; FERREIRA; 
LOPES, 2020, p. 182). 
Segundo os autores, podemos dizer que os avanços jurídicos atuais nos 
permitem lutar contra o capacitismo e que uma escola anticapacitista não só é 
possível, como também é o que preconiza nossa legislação. Em sentido inverso, 
pensar na inclusão sem dar voz e visibilidade àqueles que sofrem as implicações do 
capacitismo é reforçar o conhecimento rudimentar daqueles que veem na deficiência 
um problema a ser superado ou algo a ser consertado. Logo, é importante ressaltar, 
segundo Ávila, que: 
Incorporar o capacitismo aos estudos interseccionais significa 
reconhecer a deficiência como um componente constitutivo 
primordial das lutas antirracistas, decoloniais, feministas (...) – sem 
falar nas lutas contra opressões ainda menos nomeadas [...].(ÁVILA, 
2014, p. 134). 
Ainda sobre o capacitismo, Gesser, Böck e Lopes (2020) nos dizem que o 
preconceito aumenta as vulnerabilidades a causa seria que: 
(...) os diferentes contextos sociais têm sido organizados com base 
em normas capacitistas que, ao estabelecerem determinados 
padrões relacionados aos corpos, tornam determinadas vidas 
ininteligíveis, contribuindo para a produção de uma condição de 
precariedade da vida e produzindo relações ancoradas em 
concepções caritativas/assistencialistas e/ou patologizantes dos 
corpos (GESSER; BÖCK; LOPES, 2020, online) 
Após a leitura da obra “Estudos da deficiência: anticapacitismo e 
emancipação” (GESSER; BÖCK; LOPES, 2020, online) e da assistência dos vídeos 
“Deficiência Visual e Capacitismo”, de Camila Araújo Alves (ALVES, 2019, online); 
“O futuro anti-capacitista: curar preconceitos e celebrar diversidades”, de Lau Patron 
(PATRON, 2020, online); e “Capacitismo”, de Tauani Vieira (VIEIRA, 2020, online), 
podemos dizer que o capacitismo possui uma relação com o sexismo e com o 
racismo. Embora estes outros preconceitos estejam dirigidos a outros grupos, a 
base de comportamento inferiorizante é a mesma. Nessa direção, Camila Araújo, no 
17 
 
 
vídeo “Deficiência Visual e Capacitismo”, faz um paralelo entre diferentes tipos de 
discriminação e nos diz que: 
O capacitismo está para a deficiência como o racismo, está para as 
pessoas negras, como a homofobia está para as pessoas 
homossexuais, como a transfobia está para as pessoas trans, como 
o machismo opera na discursões de gêneros. O capacitismo é o 
termo usado para nomear a violência sofrida cotidianamente por ser 
uma pessoa deficiente. Uma violência que é acionada toda vez que 
se avalia um determinado funcionamento corporal pela sua 
capacidade ou incapacidade (ALVES, 2019, online [Transcrição de 
vídeo nossa]) 
Nesse sentido, Gesser, Böck e Lopes (2020, online) afirmam que muitas 
populações por não se enquadrarem em “ideais corponormativos” instituídos 
socialmente, “deficientizam” corpos que se diferenciam do que se convencionou 
como ideal de corpo humano, reforçando, portanto, o capacitismo. Então, podemos 
inferir que o anticapacitismo deve ser uma prática coletiva, em que no seio da família 
deve ser iniciada, assim como na educação escolar, de maneira que haja um 
atendimento acolhedor, justo e ético que repercuta na sociedade, a partir de seus 
alunos como multiplicadores desse conhecimento que rompe com essa prática 
opressora e naturalizada. 
2 METODOLOGIA E ANÁLISE 
Nesta seção, buscaremos resumir as etapas metodológicas que 
percorremos a fim de obter material para análise nesta pesquisa qualitativa. Cabe 
lembrar que nossa investigação se iniciou a partir da observação da práxis nos 
estágios anteriormente mencionados e que, somente a partir da necessidade de 
escrita deste texto, tomaram forma e as inquietações prévias foram organizadas de 
forma a dar visibilidade e coerência às questões da pesquisa. 
Desta forma, iniciaremos com nossas considerações pessoais sobre as 
escolas observadas durante os estágios mencionados. O que mais se destacou em 
um primeiro momento foram as estruturas físicas dos prédios escolares,que não 
possuíam banheiros adaptados, comunicação alternativa, rampas, placas em Braille 
ou outras estruturas que permitiriam o acesso com autonomia de pessoas com 
deficiência. Outro fator de destaque é a ausência de profissionais capacitados para 
atender as necessidades dos alunos com deficiência. Esta carência pode ser ainda 
18 
 
 
mais significativa que a falta de estrutura física, pois sabemos que as barreiras 
atitudinais e metodológicas interferem diretamente no processo de ensino 
aprendizagem, o que faz com que esse grupo de alunos seja incessantemente 
lembrado que ele é na verdade esquecido pelo planejamento escolar. 
Nas instituições de ensino nas quais tivemos contato, através das 
experiências de estágio, pudemos observar barreiras atitudinais, por parte de alguns 
professores. Presenciamos, inclusive práticas capacitistas que ignoravam os déficits 
de aprendizagem de alguns alunos e prestigiavam aquele aluno que se destacava 
por suas capacidades. Nota-se que a convivência em sala de aula com os alunos 
não deficientes e professores, empáticos ou preconceituosos, pode dificultar ou não, 
a trajetória inclusiva do educando com deficiência, fazendo oscilar, portanto, a 
autoestima dele. 
Assim, com vistas a buscar entender melhor alguns dos déficits na formação 
acadêmica que se tornam visíveis na prática pedagógica de docentes no ensino 
regular relacionados ao ensino de alunos com deficiência, realizamos uma pesquisa 
com professores de ensino fundamental I e da educação infantil. 
Para este estudo, foram questionadas, através do google forms três 
professoras (participantes da pesquisa) aqui citadas como professoras A, B e C, 
sendo duas formadas em pedagogia. A professora A atua na educação infantil; a 
professora B, no ensino fundamental, ambas das redes municipais de ensino. Já a 
professora C, que é Geógrafa, atua no ensino Fundamental II e Médio da rede 
estadual de ensino. Todas as escolas pesquisadas estão localizadas no município 
de Cruzeta, no Rio Grande do Norte. 
A escolha das participantes da pesquisa ocorreu por meio da vivência no 
estágio supervisionado do curso de Pedagogia EaD, nas referidas escolas em que 
as professoras atuam e nas quais já havíamos percebido anteriormente a 
necessidade de se aprofundar os conhecimentos sobre o capacitismo e sobre a 
Educação Inclusiva. Todas participaram de forma espontânea e forneceram suas 
contribuições a partir de suas práticas docentes. As respostas levaram à novas 
inquietações para que se buscasse um maior aprofundamento para a constituição do 
presente estudo. 
O questionário (instrumento de coleta de dados do estudo) foi feito por meio 
do Google Forms e as respostas foram coletadas no mês agosto de 2020, conforme 
a imagem abaixo: 
19 
 
 
Figura 1: imagem do questionário no Google Forms elaborado para esta pesquisa 
 
O questionário foi composto por 11 perguntas que foram enviadas às 
professoras supervisoras de nossos 3 estágios. As perguntas formuladas tiveram o 
intuito de identificar as dificuldades e necessidades das escolas pesquisadas, no 
intuito de estimular e criar experiências, contribuindo para construção de 
conhecimentos sobre o capacitismo. 
A seguir, listamos as perguntas feitas às professoras: 
 
1. Em que ano você concluiu o curso de pedagogia? 
2. Em sua formação acadêmica teve acesso a disciplina de educação 
inclusiva? 
3. Você tem dificuldade de trabalhar com alunos com deficiência? 
4. Já fez algum curso de aperfeiçoamento/especialização na área de 
Educação Inclusiva/Especial? 
5. Você sabe o que é capacitismo/ou já ouviu falar? 
6. Em uma palavra resuma o que lembra quando falamos de 
“DEFICIÊNCIA”. 
7. Você faz adaptações de atividade para alunos com deficiência? 
8. A escola dispõe de um professor de AEE? 
20 
 
 
9. O que é preciso levar em conta no planejamento das atividades para os 
estudantes com deficiência? 
10. O que você sugere para que as escolas/professores/ equipe 
pedagógica/família não reforce a deficiência em detrimento da pessoa 
com deficiência? 
11. O que você pensa sobre a inclusão de pessoas com deficiência em 
escolas de ensino regular? 
 
A partir das respostas das professoras, vamos descrever as dificuldades e 
barreiras observadas em relação à acessibilidade em geral e, em especial, ao 
capacitismo. Também tentaremos fazer comentários que incluam a relação do 
capacitismo e a legislação que ampara o acesso de pessoas com deficiência na 
educação brasileira. Ainda nesse contexto, buscaremos ressaltar os desafios 
encontrados, tendo em vista que o processo de inclusão de estudantes com 
deficiência apresenta barreiras significativas. 
Respondendo às quatro primeiras perguntas: Em que ano você concluiu o 
curso de pedagogia?, Em sua formação acadêmica teve acesso a disciplina de 
Educação Inclusiva?, Você tem dificuldade de trabalhar com alunos com deficiência?, 
Já fez algum curso de aperfeiçoamento/especialização na área de Educação 
Inclusiva/Especial?, obtivemos, respectivamente, as seguintes respostas: ano de 
2005, 2006 e 2011, e todas as professoras pontuaram, na resposta da pergunta 
posterior, que, durante a formação acadêmica, a disciplina de Educação Inclusiva 
esteve presente na constituição curricular do curso. Além disso, todas as 
professoras disseram ter dificuldade para trabalhar com alunos com algum tipo de 
deficiência, embora 2 das 3 professoras já tenha feito algum tipo de curso de 
especialização na área da Educação Inclusiva. Nesse sentido, destacamos que é 
importante a formação continuada, tendo em vista, que para profissão de docente, 
se faz necessária uma constante atualização nessa área. Somente assim, essas 
dificuldades em trabalhar com alunos com deficiência podem ser reduzidas cada vez 
mais, tendo em vista que os professores são parte importante da luta pela 
construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, lutando contra o preconceito da 
sociedade para que as pessoas não sejam julgadas e taxadas por suas deficiências, 
mas pelo que elas realmente são. 
21 
 
 
Ao serem abordadas com a questão 5: Você sabe o que é capacitismo/ou já 
ouviu falar? e ao refletir a questão 6: Em uma palavra resuma o que lembra quando 
falamos de “DEFICIÊNCIA". Percebemos em suas respostas que: sobre o 
capacitismo, todas as professoras informaram não conhecer, ou nunca terem ouvido 
falar sobre o termo. Apesar de ser uma estimativa bastante preocupante, ainda mais 
quando na questão seguinte, as respostas das professoras foram: "limitação", 
"incapacidade" e "desafios", todas as respostas trouxeram inseguranças acerca das 
pessoas com deficiência, ou seja, uma possível ideia capacitista sobre essas 
pessoas. 
Essa associação entre pessoas com deficiência e adjetivos como "limitação", 
"desafios" ou "incapacidade", mostra como o capacitismo "é o elemento constituinte 
de todos os elementos que obstaculizam a participação desse grupo social, à 
medida que situa as pessoas com deficiência como hierarquicamente menos 
capazes”, e isso acaba por colaborar “com a manutenção de espaços que não 
acolhem a diversidade humana" (PAIVA; SILVEIRA; LUZ, 2020, p. 103). Isso nos 
remonta ao fato de que, mesmo tendo a disciplina de Educação Especial e 
Educação Inclusiva no currículo dos cursos, a mentalidade social e capacitista 
acerca da pessoa com deficiência ainda permanece. Diante do exposto, nota-se que 
é urgente um novo olhar sobre a pessoa com deficiência, uma vez que a maioria das 
pessoas consegue visualizar a deficiência como problema e não percebem que ali 
está um ser humano que independente de sua condição, também possui talentos a 
serem explorados e capacidades a serem desenvolvidas. 
Ressaltamos ainda que apesar dos estudos sobre o capacitismo serem 
recentes, é de suma importância que os professores procurem sempre participar de 
capacitações e formações, tendo em vista que esse tipo de comportamento podegerar grandes problemas nos alunos com deficiência, como frustações, atraso em 
seus desenvolvimentos e dificuldades em suas capacidades de autonomia. 
Quando questionadas sobre as questões 7, 8 e 9, respectivamente, Você faz 
adaptações de atividade para alunos com deficiência?, A escola dispõe de um 
professor de AEE?, O que é preciso levar em conta no planejamento das atividades 
para os estudantes com deficiência? As professoras responderam que adaptam 
determinadas atividades em virtude das dificuldades de estudantes com deficiência. 
Sobre a presença de professores que trabalham com o atendimento educacional 
especializado, temos como resposta, que não há esse profissional em apenas uma 
22 
 
 
das escolas, e em relação a última pergunta, responderam "empatia", "conhecer a 
criança e depois as especificidades da necessidade educacional dela", e "as 
necessidades de cada aluno". Percebemos que as docentes se preocupam em 
ensinar e acolher, de maneira satisfatória e inclusiva, aos seus alunos quando se 
preocupam em atendê-los conforme suas necessidades e particularidades. 
Ao responderem à questão 10 O que você sugere para que as escolas / 
professores / equipe pedagógica / família não reforcem a deficiência em detrimento 
da pessoa com deficiência? As respostas obtidas foram: sempre incluir a pessoa 
com deficiência nas atividades desenvolvidas adaptando de modo que ela se sinta 
igual aos demais, formação continuada em serviço com a temática inclusão, e 
procurar conhecer, entender e se aprofundar na causa/necessidade, como forma de 
buscar possibilidades e condições para atender de forma justa e igualitária as 
necessidades de cada um. Logo, ao analisar essas respostas podemos concluir que 
as professoras mesmo não conhecendo o capacitismo, tem a pretensão de romper 
com discursos preconceituosos, excludentes e taxativos. Entendemos que, com os 
discursos das referidas professoras, enxergamos um importante passo contra o 
capacitismo, pois reconhecem a necessidade de mudanças de atitudes na busca por 
uma adequação na sua prática pedagógica, de maneira que impulsione uma 
educação anticapacitista; observamos também, que existe a carência da oferta de 
cursos de formação continuada que contribuam para sua docência. 
Por fim, quando questionadas sobre a inclusão de pessoas com deficiência 
em escolas de ensino regular (questão 11), as professoras pesquisadas se 
mostraram acessíveis: acho importante e necessário, um direito legal, delas em 
frequentar o ensino regular em espaços escolares e é de fundamental importância, 
porém, a maioria das escolas ainda estão muito longe de oferecer um ensino que 
atenda às especificidades dos alunos com deficiência. Com base nas respostas, 
compreendemos o quanto nós, enquanto sociedade, precisamos internalizar que a 
pessoa com deficiência tem os mesmos direitos que qualquer cidadão, logo é 
imprescindível um atendimento integral, considerando suas especificidades, 
garantindo um tratamento digno e com equanimidade. 
Como vimos na análise do questionário, o desconhecimento sobre o tema 
capacitismo foi diagnosticado, nos revelando o quanto é fundamental a busca 
contínua por formação continuada e capacitações que contribuam para uma 
Educação Inclusiva, reflexiva e libertadora. Para isso, os governos não podem ser 
23 
 
 
indiferentes, é preciso investir em políticas públicas e na sua efetivação, 
incentivando a qualificação dos profissionais de educação para que estes junto as 
famílias e sociedade compartilhem essa responsabilidade de inclusão escolar e 
social, além de enfrentamento ao capacitismo. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Embora muitos avanços tenham ocorrido no campo da educação inclusiva, 
sobretudo quanto a seus ideais de integração social de pessoas com algum tipo de 
deficiência e práticas pedagógicas que levem em consideração as pessoas com 
deficiência, o presente trabalho mostrou que é necessário alertar sobre os riscos que 
o capacitismo apresenta enquanto um sistema de opressão que reforça estigmas e 
estereótipos. 
Pudemos observar que existem diferentes concepções sobre deficiência, e 
que existe ainda uma visão marginalizada de uma pessoa com deficiência, nos 
levando a compreender que o capacitismo é um preconceito social. Percebemos 
ainda, que os discursos e falas ainda se fazem distantes das práticas pedagógicas, 
pois, ao mesmo tempo, as professoras que participaram desta pesquisa reconhecem 
os direitos do aluno portador de deficiência, assim como, as necessidades de 
adaptar as metodologias de modo que o acesso à educação ocorra de modo 
democrático, mas isso não se reflete totalmente em suas práticas. Outro fator 
importante é a falta ambientes totalmente acessíveis, de atividades que atendam às 
múltiplas deficiências, a falta de empatia por parte de muitos educadores que 
justificam a sua prática capacitista pelo negligencialismo dos governantes em não 
oferecer cursos de capacitações aos docentes. 
Podemos perceber que o capacitismo é apresentado como uma 
discriminação para uma pessoa com deficiência, por isso, as práticas capacitistas 
devem ser repensadas, principalmente quando essas práticas se encontram no 
ambiente escolar. 
Concluímos, portanto, que lutar em favor de uma educação inclusiva, é estar 
alinhado com o respeito à cidadania e aos direitos das pessoas com deficiência. Que 
precisamos acabar com o estigma de que ter uma deficiência é sinônimo de 
incapacidade e que deficiência é uma condição específica, para além da lesão do 
corpo. Percebemos ainda que esta luta consiste muito mais no enfrentamento das 
24 
 
 
barreiras socioculturais e historicamente construídas, do que na eliminação das 
barreiras arquitetônicas. Além disso, os questionários também reforçaram a 
necessidade da execução de direitos previstos em lei: a formação continuada, 
enquanto direito social, não esteve tão presente quanto gostaríamos nas respostas 
das professoras que responderam a pesquisa, demonstrando, com isso, uma 
possível falha do sistema educacional, uma vez que, momentos de formação, 
poderiam ser utilizadas para a explanação teórica sobre o capacitismo. Desta forma, 
podemos dizer que a maioria das escolas ainda estão longe de oferecer um ensino 
que atenda às especificidades dos alunos com deficiência, porém nós, enquanto 
sociedade, precisamos agir constantemente para a garantia desse direito social. 
Consideramos que na escola inclusiva deve-se ter uma equipe especializada 
e preparada, e somente professores e gestores capacitados. É importante que toda 
equipe domine ou tenha conhecimento sobre a prática do capacitismo. Faz-se 
necessários espaços adaptados e preparados à disposição de todos os alunos da 
escola, que também se integram ao corpo docente, que dividam dos mesmos 
procedimentos didáticos que se fazem necessários. Dessa forma, a escola só tem a 
ganhar, sendo vista como uma escola de maior qualidade e inclusão. 
Para além disso, o capacitismo e seus pressupostos vão em uma onda 
contrária a tudo que é perpassado e relacionado à uma educação realmente 
inclusiva, a começar pelo desconhecimento sobre o que significa “capacitismo”, 
também por parte de número significativo dos profissionais da educação. É 
imprescindível que os discursos anticapacitistas ultrapassem os muros das escolas, 
tendo em vista que o capacitismo na maioria das vezes se origina no âmbito familiar, 
ganhando força na educação escolar. Por isso a necessidade de incorporar, dentro 
do corpo acadêmico, uma educação anticapacitista, para que esta chegue, através 
dos alunos, até as famílias. 
Por fim, acreditamos, que é necessário que a escola tenha medidas e 
práticas realmente inclusivas; que se baseie em políticas públicas que barrem o 
capacitismo na sala de aula, para que possamos ter futuramente uma educação 
anticapacitista. Só assim teremos uma educação desvinculada dos ideais 
excludentes que ainda persistem emnosso sistema. 
25 
 
 
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jul./2021. 
	SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÃO 
	Educação Inclusiva: uma realidade possív
	Entendendo o Capacitismo e suas implicaç
	2 METODOLOGIA E ANÁLISE 
	3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
	4 REFERÊNCIAS

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