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18 de abril de 2013
Meios de Solução Trabalhista de Conflitos da Justiça do Trabalho e da MP do Trabalho
Um conflito é a falta de entendimento entre 2 ou mais partes. É o resumo pré-lígio, LIDE. Segundo a CLT, os conflitos das origens aos dissídios. 
Na esfera trabalhista, os conflitos podem ser individuais, quando existe entre o tomador e o prestador de serviço, considerados individualmente, e o coletivo, quando se discute a criação ou a interpretação de normas entre grupos ou categorias.
Temos como meios de resolução de conflitos, os seguintes temas:
1 – Auto tutela:
É a tentativa de resolução por uso da força da coerção. Temos como exemplo a greve, o poder empregatício, as resistências as alterações lesivas do contrato pelo empregador, entre outros;
2 – Auto composição: 
Não há intervenção de terceiros para a solução do conflito, como exemplos, temos a renúncia, a transação (que é diferente da conciliação, e que se dá judicialmente ou nas CCPs*).
OBS.: CCP (Comissão de Conciliação Prévia): é uma comissão formada no sindicato a fim de evitar uma demanda judicial, porém, foi derrubada, pois feria o princípio da liberdade de demandar. 
3 – Hetero composição: 
Ocorre quando um terceiro intervém no conflito, com o poder de decisão, por exemplo, decisão judicial.
4 – Arbitragem
A arbitragem é prevista a nível coletivo no Art. 114¹ da CRFB, mas o nível individual ainda há restrições, haja vista o princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas como regra. A doutrina e a jurisprudência consideram a clausula arbitral no contrato de trabalho como lesiva ao empregado.
¹ Art, 114 § 2º CRFB “Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).”
5 – Comissão de Conciliação Prévia²
São comissões formadas no âmbito de sindicatos ou de empresas. Trata-se de meio extrajudicial de conflitos trabalhistas. O acordo tem natureza de título executivo extrajudicial;
² Art 625 da CLT: 
“Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com representante dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Parágrafo único. As Comissões referidas no caput deste artigo poderão ser constituídas por grupos de empresas ou ter caráter intersindical. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000)”
Quanto à obrigatoriedade:
“Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000)” 
Tal disposição (625-D) não é recepcionado, conforme decisão do STF:
“Quarta-feira, 13 de maio de 2009
Trabalhador pode ingressar na Justiça mesmo sem tentar conciliação prévia
Por maioria de votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta quarta-feira (13) que demandas trabalhistas podem ser submetidas ao Poder Judiciário antes que tenham sido analisadas por uma comissão de conciliação prévia. Para os ministros, esse entendimento preserva o direito universal dos cidadãos de acesso à Justiça.
A decisão é liminar e vale até o julgamento final da matéria, contestada em duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 2139 e 2160) ajuizadas por quatro partidos políticos e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC). Tanto a confederação quanto o PC do B, o PSB, o PT e o PDT argumentaram que a regra da CLT representava um limite à liberdade de escolha da via mais conveniente para submeter eventuais demandas trabalhistas.
Sete ministros deferiram o pedido de liminar feito nas ações para dar interpretação conforme a Constituição Federal ao artigo 625-D da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que obrigava o trabalhador a primeiro procurar a conciliação no caso de a demanda trabalhista ocorrer em local que conte com uma comissão de conciliação, seja na empresa ou no sindicato da categoria. Com isso, o empregado pode escolher entre a conciliação e ingressar com reclamação trabalhista no Judiciário.”
Da Justiça do Trabalho
A Justiça do Trabalho faz parte do poder judiciário brasileiro, nos termos do Art. 92 IV da CRFB³. Com o advento da Constituição de 1988, especialmente com a emenda nº 24/99, a Justiça do Trabalho se estrutura da seguinte forma:
1 – do TST (Tribunal Superior do Trabalho)
O TST (111-A da CF) se compõe de Tribunal pleno, sessão administrativa, sessão especializada em dissídios coletivos (SDC) e sessão especializada em dissídios individuais (SDI) que se subdividem em subseções (I e II).
“Art. 111-A - O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Acrescentado pela EC-000.045-2004)
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;
obs.dji.grau.1: Art. 94, Poder Judiciário - CF
II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.”
2 – Dos Tribunais Regionais do Trabalho
Os TRTs (art. 115 da CF) são compostos de turmas, que por sua vez, são compostas por 5 desembargadores. O artigo 115 informa ainda:
Art. 115 - Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo. (Alterado pela EC-000.024-1999) (Alterado pela EC-000.045-2004)
I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;
obs.dji.grau.1: Art. 94, Poder Judiciário - CF
II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento, alternadamente.
3 – Dos Juízes do Trabalho (varas)
O Juiz do Trabalho, para ingressar na carreira, deverá obedecer aos preceitos do Art. 93 I da CF.
O TST editou a resolução administrativa nº 1.046/05, e alterou a resolução administrativa nº 977/02 a qual regulamenta o ingresso na magistratura trabalhista, a comprovação de três anos de prática jurídica, que deve se dar na data de nomeação.
Ministério Público do Trabalho
Faz parte do Ministério Público da União ao lado do MPF (Ministério Público Federal) e do MPM (Ministério Público Militar) Tem como competência constitucional o art. 127 da CF, acrescido dos direitos individuais ou homogêneos.
Interesses meta-individuais:
Interesses difusos: no CDC, no seu art. 81 paragrafo único ins. I os direitos transindividuais são de natureza indivisível e tem como características a indeterminação de sujeitos. Temos como exemplo o derrame de óleo no mar por um navio, ou a devastação de floresta; a indivisibilidade do objeto, que é quando o mesmo direito pertence a todos, temos como exemplo o meio ambiente do trabalho. Temos como exemplo na seara trabalhista a greve em atividades essenciais, nesses casos, o MPT pode propor uma ação afim de que aquele sindicato ou aquela categoria respeitem as normas da lei de leve, para que a coletividade não seja privada de tais atividades.
Obs.: greves tem que ser notificadas às empresas pelo sindicato, com prazo de 48 horas, salvo serviços essenciais de 72 horas anteriores.
A contratação sem serviço público também é acompanhada pelo MPT a fim deevitar que a coletividade não tenha acesso a cargos não preenchidos. Discriminação em contratações e demissões, não é somente o trabalhador discriminado naquela situação que é prejudicado, mas sim a coletividade pois tal discriminação poderá se repetir.
Obs.: Intervenção Obrigatória Art. 736 CLT: “Art. 736. O Ministério Público do Trabalho é constituído por agentes diretos do Poder Executivo, tendo por função zelar pela exata observância da Constituição Federal, das leis e demais atos emanados dos poderes públicos, na esfera de suas atribuições.”
Interesses coletivos: ocorrem quando há ofensa à liberdade sindical ou dispensa arbitrária de dirigentes sindicais, dispensa de trabalhadores durante a greve como forma de retratação da mesma.
Interesses individuais homogêneos: são interesses de origem comum, porém divisíveis, em que cada titular são perfeitamente identificados, sendo que cada um dos beneficiados poderá individualmente buscar o cumprimento da sentença e a devida reparação. O MPT neste caso age como substituto processual, temos como exemplos o não pagamento de verbas rescisórias do empregado, o não pagamento de adicional de salubridade, a não concessão de intervalos, a redução salarial sem prévio acordo ou convecção coletiva, entre outros.
A ação proposta pelo MPT se justifica muitas das vezes no tocante aos interesses individuais homogêneos, pelo fato de que poucos trabalhadores ingressam com Reclamações Trabalhistas no curso do contrato de trabalho em busca de seus direitos, com receito de perderem o emprego após a tramitação da referida reclamação.
Obs.: No processo trabalhista designada AU (Audiência Uma) a contestação deve ser entregue (Protocolada antes da audiência). Se não for apresentada terá que se fazer contestação oral.

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