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GESTÃO DA QUALIDADE PROFESSORA DRA. ANDRESSA RIBEIRO ▪ As empresas que adotaram práticas de gerenciamento da qualidade experimentaram uma melhoria geral no desempenho corporativo, incluindo melhores relações com os colaboradores, maior produtividade, maior satisfação do cliente, maior participação de mercado e maior lucratividade. ▪ Embora cada empresa desenvolve suas práticas em um ambiente único, com suas próprias oportunidades e problemas, há características comuns em seus Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ). ▪ Esses recursos incluem o foco corporativo em atender às necessidades dos clientes, o empoderamento dos colaboradores para buscar a melhoria contínua do processo, uma cultura corporativa flexível e responsiva, a tomada de decisão baseada em fatos e parcerias com fornecedores. FERRAMENTAS DE CONTROLE DA QUALIDADE ▪ Um dos princípios básicos da qualidade total é o gerenciamento por fatos. Ou seja, é a capacidade de tomar decisões e encontrar soluções rápidas para os problemas na ausência de informações além da intuição, do instinto e da experiência. ▪ O gerenciamento por fatos requer que cada decisão, cada solução para um problema, seja baseada em dados relevantes e análises apropriadas. ▪ A Qualidade é um conceito muito incompreendido. Para muitos, a sua melhoria significa que deve haver mais inspeção. Outros acreditam que as únicas questões importantes de qualidade têm a ver com operações de fabricação. Há uma forte crença de que a qualidade custa tempo e dinheiro. FERRAMENTAS DE CONTROLE DA QUALIDADE Um fator único importante que afeta o desempenho de uma unidade de negócios é a qualidade de seus produtos e serviços em relação aos de seus concorrentes, pois: • As empresas que oferecem produtos e serviços de qualidade geralmente possuem grandes quotas de mercado e são fortes participantes de seus mercados. A conclusão clara é que a qualidade não custa tempo. • A qualidade é positiva e significativamente relacionada a um maior retorno do investimento para quase todos os tipos de produtos e situações de mercado. • A qualidade do produto é um determinante importante da lucratividade do negócio. Produtores de alta qualidade geralmente podem cobrar preços premium por seus produtos. Pois, usando os processos certos, produtos de qualidade podem, de fato, ser fabricados a um custo menor. Ferramentas de controle de qualidade ▪O TQM envolve métodos quantitativos e recursos humanos, ou seja, integra técnicas fundamentais de gerenciamento, esforços de melhoria existentes e ferramentas. É importante entender essa dualidade de ferramentas (métodos quantitativos e de tomada de decisão) e filosofia (questões de pessoas). TQM ▪ As ferramentas da qualidade são importantes instrumentos para operacionalizar a teoria da qualidade. ▪ Elas permitem, de forma simples e direta, que se verifiquem, interpretem e solucionem problemas da qualidade das mais diversas ordens. ▪ Tratam-se de elementos largamente utilizados por empresas de todos os portes e tipos. ▪ As ferramentas da qualidade têm os seguintes objetivos principais: facilitar a visualização e o entendimento dos problemas, sintetizar o conheci- mento e as conclusões, desenvolver a criatividade das pessoas envolvidas, permitir o conhecimento do processo, fornecer elementos para seu monitoramento e permitir sua melhoria. FERRAMENTAS DE QUALIDADE ▪ O princípio de Pareto foi definido pela primeira vez por Joseph M. Juran em 1950. ▪ Ele descobriu que, se os defeitos da qualidade fossem organizados em ordem de frequência de ocorrência, relativamente poucos desses defeitos representavam a maior parte dos defeitos. ▪ O princípio de Pareto, nomeado em homenagem ao economista Vilfredo Pareto, é mais conhecido nos círculos da qualidade como a regra 80/20. ▪ Essa regra é usada de forma variável para sustentar que 80% dos problemas de qualidade em uma organização são causados por 20% dos problemas ou que 80% dos problemas podem ser rastreados até algumas fontes críticas (os 20%). Diagrama de Pareto ▪ Folhas de verificação são formulários usados para coletar dados sistematicamente. Eles dão ao usuário um “lugar para começar” e fornecem uma estrutura para coletar os dados. Eles também ajudam o usuário a organizar os dados para uso posterior ▪ Folha de verificação pode assumir qualquer forma. As únicas regras são que a coleta de dados deve ser equivalente a inserir uma marca de seleção e que os dados exibidos devem ser facilmente traduzidos em informações úteis. ▪ Existem muitos tipos de folhas de verificação que podem ser e estão sendo usadas. Alguns tipos podem ser de: • Localização de defeitos • Verificação de registro Folha de verificação Folha de verificação ▪ Os histogramas são usados para traçar a frequência da ocorrência ▪ Oliveira (2016, p. 66) destaca as seguintes etapas para a construção do histograma: 1. coletar os dados e ordená-los sequencialmente; 2. escolher o número de classes e determinar o tamanho da classe; 3. determinar os valores extremos para cada classe; 4. contar e registrar o número de elementos em cada classe; 5. construir o diagrama de barras Histograma Histograma ▪ Um gráfico de controle é uma forma do tipo “sinal de trânsito’ cuja operação é baseada em evidências de pequenas amostras colhidas aleatoriamente durante um processo. Uma “luz verde” é fornecida quando o processo deve ser executado. • Os gráficos de controle usados com mais frequência são gráficos de execução simples, nos quais os dados são plotados em um gráfico com relação ao tempo ou número da amostra. • Existem diferentes tipos de controle gráficos para variáveis e dados de atributos. Um, baseado em médias, é chamado de gráfico da barra (X ̅). O segundo tipo de gráfico de controle de variáveis é baseado nas medidas individuais e é chamado de gráfico X. É acompanhado por um de alcance móvel (MR). Gráfico de controle Gráfico de controle ▪ A estratificação envolve averiguar a causa de um problema agrupando dados em categorias. ▪ Os grupos podem incluir dados relativos ao ambiente, às pessoas envolvidas, à (s) máquina (s) usada (s) no processo, materiais e assim por diante. ▪ Agrupar dados por elemento ou característica comuns facilita a compreensão dos dados e a obtenção de insights deles. Estratificação ▪ O diagrama de causa e efeito foi elaborado por Kaoru Ishikawa em 1943, no momento em que ele explicava a alguns engenheiros da Kawasaki Steel Works como muitos fatores podem ser resolvidos e relacionados. ▪ Esse diagrama é geralmente utilizado onde há apenas um problema e as possíveis causas são de natureza hierárquica. ▪ Um diagrama de Ishikawa mostra as causas de um evento e é frequentemente usado para a fabricação e no desenvolvimento de produtos para descrever as diferentes etapas de um processo, demonstrar onde podem surgir problemas de controle de qualidade e determinar quais recursos são necessários em momentos específicos. Diagrama de causa e efeito ▪ O diagrama de dispersão é usado para determinar a correlação (relacionamento) entre duas características (variáveis). Suponha que você tenha uma ideia de que existe uma relação entre o consumo de combustível de automóveis e a taxa de velocidade na qual as pessoas dirigem. ▪ Para provar ou refutar tal suposição, você pode registrar dados em um diagrama de dispersão que possui milhas por galão (mpg) no eixo y e milhas por hora (mph) no eixo x; mpg e mph são as duas características. Diagrama de dispersão ▪ Os diagramas de dispersão são úteis para testar a correlação entre fatores do processo e características do produto que sai do processo. Alguns padrões de relacionamento entre duas variáveis mostrados são: ▪ (a) relação positiva: a elevação de uma variável leva a elevação de outra; ▪ (b) relação negativa: a elevação de uma variável leva à redução da outra variável; ▪ (c) relação ausente: a variação de uma variável não leva a umavariação sistemática da outra variável. Diagrama de dispersão Círculos de controle da qualidade (CCQ) Brainstorming 5W1H Benchmarking Poka-yoke Ferramentas de suporte do controle de qualidade Um Círculo de Controle de Qualidade (CCQ) é um pequeno grupo de colaboradores (de 5 a 10), da mesma área de trabalho que se reúne voluntariamente e regularmente para identificar, investigar, analisar e resolver juntos os problemas relacionados ao trabalho, a fim de contribuir para a melhoria da empresa. Círculos de controle de qualidade Os benefícios dos CCQs podem ser vários, podemos destacar os seguintes: • Os problemas crônicos de organizações que realmente criam obstáculos no trabalho são resolvidos pelos colaboradores da organização, cujo conhecimento e experiência, de outra forma, não são totalmente utilizados. • Com uma força de trabalho tão capaz, qualquer organização pode facilmente realizar tarefas desse as mais difíceis e desafiadoras para manter e elevar seu crescimento e lucro. • À medida que os colaboradores ganham experiência, realizam projetos mais desafiadores, no devido tempo, realizam projetos de redução de custos, manuseio de materiais, melhoria da qualidade, prevenção de desperdícios, melhoria do cronograma de entrega, melhoria do atendimento ao cliente, melhoria dos métodos de inspeção e teste, prevenção de acidentes e etc. Círculos de controe de qualidade ▪ Com o brainstorming os participantes são incentivados a compartilhar quaisquer ideias que venham à mente (claro que seja útil par resolver algum problema). ▪ Todas as ideias são consideradas válidas. ▪ Os participantes não têm permissão para fazer comentários de julgamento ou avaliar as sugestões feitas. Normalmente, um membro do grupo é solicitado a servir como facilitador. Todas as ideias sugeridas são registradas, de preferência em um quadro de anotações ou outro meio que permita aos membros do grupo revisá-las continuamente. Brainstorming • O brainstorming pode ser um meio eficaz para coletar contribuição e feedback dos colaboradores, principalmente se os gerentes entenderem os pontos fracos associados a eles e como eles podem ser superados. • Os gerentes interessados em solicitar a colaboração dos colaboradores por meio do brainstorming devem estar familiarizados com os conceitos de pensamento e mudança de grupo. Esses dois conceitos podem minar a eficácia do brainstorming e de outras técnicas de grupo. Brainstorming • O benchmarking, mede as operações, produtos e serviços de uma organização em relação aos de seus concorrentes de maneira implacável. • É um meio pelo qual metas, prioridades e operações que levarão a vantagens competitivas podem ser estabelecidas. • O benchmarking é um processo de comparação (melhores práticas) entre as características de desempenho de organizações, muitas vezes concorrentes, dessa forma, permitindo que cada participante melhore seu próprio desempenho no mercado. Benchmarking O benchmarking envolve várias etapas simples, ou seja: I. O primeiro estabelece o que, da perspectiva do cliente, faz a diferença entre um fornecedor de um produto ou serviço. Por exemplo, por que um é considerado adequado e outro excelente. II. O segundo passo é estabelecer padrões de acordo com as melhores práticas encontradas. Em outras palavras, considerar as melhores práticas como a ‘referência’ para o desempenho da organização. III. O terceiro passo é determinar de que maneira a organização de benchmark atinge esses Benchmarking Ao usar o 5W1H para a solução de problemas, deve-se abordar cada um dos W e H terá uma melhor compreensão do problema, ou seja: Qual (What) é a questão que está sendo discutida. Exemplo: O que é considerado? Onde (Where) está uma pergunta sobre onde o incidente está sendo discutido. Exemplo: onde é o mais caro? Quando (When) são as informações sobre o momento do incidente. Por que (Why) é uma questão de encontrar a causa do evento. Exemplo: Por que ocorre um aumento nos gastos? Quem (Who) é uma pergunta para explicar o autor ou quem está envolvido no incidente? Exemplo: quem aprova as despesas? Como (How) é uma explicação da ocorrência. Exemplo: como isso pôde acontecer? 5W1H • Poka-Yoke um termo japonês originado por Shiego Shingo (um dos gurus orientais da qualidade) na década de 1960, que significa “à prova de erros”. • É uma ferramenta de controle da qualidade altamente eficaz, e reconhece que cometer erros faz parte do ser humano. • O poka-yoke remove ou reduz bastante as oportunidades de cometer erros. • Eles podem fazer com que um processo funcione sem problemas, reduzir as taxas de defeitos, diminuir o tempo de entrega e até melhorar a qualidade de vida. POKA-YOKE Segundo Oliveira (2014, p. 62) o poka-yoke é um sistema e pode ser classificado da seguinte forma: Método do controle: para a linha ou a máquina de forma que a ação corretiva seja imediatamente implementada. Método da advertência: detecta a anormalidade e sinaliza a ocorrência por meio de sinais sonoros e/ou luminosos para atrair a atenção dos responsáveis. Método do contato: detecta a anormalidade na forma ou dimensão por meio de dispositivos que se mantém em contato com o produto (gabaritos, leitores óticos etc.). Método do conjunto: utilizado em operações executadas em uma sequência de movimentos ou passos preestabelecidos, garantindo que nenhum dos passos seja negligenciado. Método das etapas: evita que o operador realize por engano uma etapa que não faz parte da operação. Isso é conseguido por meio da execução dos processos por meio de movimentos padronizados. POKA-YOKE ▪ A origem do Controle Estatístico de Processo (CEP) remonta a 1931 e no livro (The Economic Control of Quality of Manufactured Product) de Walter Shewhart, um estatístico da Bell Laboratories, foi o primeiro a reconhecer que os próprios processos industriais podiam produzir dados que, por meio do uso de métodos estatísticos, podiam sinalizar que o processo estava sob controle ou sendo afetado por causas especiais. ▪ Os gráficos de controle usados hoje são baseados no trabalho de Shewhart. Esses gráficos de controle (Figura 13) são o ‘coração do’ CEP. ▪ O CEP é uma peça de toda a imagem e a gênese da qualidade total. CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO A responsabilidade pela qualidade em qualquer processo de transformação deve estar com os operadores desse processo. Para cumprir essa responsabilidade, no entanto, as pessoas devem receber as ferramentas necessárias para: saber se o processo é capaz de atender aos requisitos; se o processo está atendendo aos requisitos a qualquer momento; fazer o ajuste correto no processo ou em suas entradas quando ele não estiver atendendo aos requisitos. CONTROLE DO PROCESSO ESTATÍSTICO CONTROLE DO PROCESSO ESTATÍSTICO • O CEP não é apenas um “kit de ferramentas” é uma estratégia para reduzir a variabilidade, a causa da maioria dos problemas de qualidade: variação de produtos, tempos de entrega, formas de fazer coisas, materiais, atitudes das pessoas, equipamentos e seu uso, em práticas de manutenção, em tudo. • O controle do processo é essencial e o CEP constitui uma parte vital da estratégia de Total Quality Management (TQM). • Qualquer que seja o processo que esteja sendo operado, ele deve ser confiável e consistente. O CEP pode ser usado para atingir esse objetivo. CONTROLE DO PROCESSO ESTATÍSTICO Melhoria contínua A melhoria contínua é um elemento essencial da qualidade total. Na maioria dos casos, seria mais preciso falar sobre melhoria contínua em termos de processos do que em produtos e serviços. Geralmente, é a melhoria dos processos que produz produtos e serviços aprimorados. CONTROLE DO PROCESSO ESTATÍSTICO Previsibilidade de processos Poucas coisas no mundo da manufatura são piores do que um processo não confiável. A gerência de fabricação gasta metade do tempo assumindo compromissose a outra metade cumprindo-os. Se os compromissos forem assumidos com base em processos imprevisíveis, cumpri-los será um problema. CONTROLE DO PROCESSO ESTATÍSTICO Eliminação de desperdícios Somente nos últimos anos, muitos fabricantes perceberam que o desperdício de produção custa dinheiro. As sucatas ainda estão muito presentes em muitas fábricas. Isso representa desperdício. Peças que são sucateadas porque não se encaixam corretamente ou estão manchadas representam desperdício. Para impedir que produtos defeituosos cheguem aos clientes, é gasto mais em inspeção e reinspeção. Isso também é desperdício. Todas essas situações são o resultado de algum processo que não produz o que era esperado. CONTROLE DO PROCESSO ESTATÍSTICO Inspeção de produtos É prática normal inspecionar os produtos enquanto eles estão sendo fabricados (inspeção em processo) e como produtos acabados (inspeção final). A inspeção requer o emprego de engenheiros e técnicos altamente qualificados, equipamentos que podem ser muito caros, espaço na fábrica e tempo. Se fosse possível reduzir a quantidade de inspeção necessária, mantendo ou mesmo melhorando a qualidade dos produtos, poder-se-ia economizar dinheiro e aumentar a competitividade. CONTROLE DO PROCESSO ESTATÍSTICO PRÓXIMOS PASSOS Faça o questionário avaliativo da unidade 2 Estude a unidade 3 e traga as dúvidas para próxima web! Faça o desafio colaborativo OBRIGADA Professora Andressa Ribeiro arqueirozconsult@gmail.com @prof.ead.andressa Professora Executora mailto:arqueirozconsult@gmail.com