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Modelo Prático - impugnação de Justiça Gratuita

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ... VARA CÍVEL 
DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ... – TRF1. 
 
 
PROCESSO Nº ... 
 
 
 
 
 
 
RÉU, já qualificado nos autos em epígrafe, através de seus advogados, vem, com 
o devido respeito à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 100 do CPC 
apresentar: IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA, pelos fatos e 
fundamentos a seguir expostos: 
 
 
I – SÍNTESE DOS FATOS 
 
Trata-se de Ação de exibição de documento, que transitou em julgado para as 
partes em 30/05/2022. Conforme certidão presente em id... 
 
No aludido processo, o Requerente sagrou-se vencedor em relação a Requerida 
Caixa Econômica Federal (CEF), porém foi sucumbente em relação ao Réu..., uma vez 
reconhecida sua ilegitimidade passiva nos termos do artigo 485, VI do CPC. 
Ademais, na sentença, houve a condenação em honorários de sucumbência ao 
Autor: Trecho da sentença que estipula os honorários de sucumbência... 
 
No entanto, tal verba de natureza alimentícia foi suspensa pois ao Autor foi 
concedido o benefício da assistência judiciária gratuita. Entretanto, como é sabido, o 
benefício não é de natureza imutável, sendo possível – nos moldes do artigo 100 do CPC 
– ser impugnado de forma superveniente por simples petição apresentada nos próprios 
 
autos. Desse modo, devido ao estado confortável do Autor, o benefício não deve 
prosperar. Senão vejamos. 
 
II – DA DESNECESSIDADE DO BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
 
O artigo 98 do CPC estipula que a pessoa natural ou jurídica, com insuficiência 
de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem 
direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. Sendo que, já no §2 do referido artigo, 
resta claro: ´´A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário 
pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua 
sucumbência´´. E o §3 prescreve que, vencido o beneficiário, somente poderá ser 
executada a verba (no prazo de 05 anos do trânsito em julgado), se o credor demonstrar 
que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão. 
No caso em tela, o Requerente pediu o benefício em sua inicial alegando 
´´encontrar-se em difícil situação financeira´´, acostando certidão de hipossuficiência. 
Sendo a presunção que recai sob tal pedido é "juris tantum", que consiste na presunção 
relativa. Bem como, consoante o §2 do artigo 99 do CPC, o magistrado poderá indeferir 
o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais 
para a concessão. 
 
EMENTA do TJDF a respeito: 
1. O atual Código de Processo Civil trouxe nova disciplina com relação ao tema da 
gratuidade de justiça através dos artigos 98 a 102, com a revogação expressa pelo artigo 
1.072, inciso III, do referido de diploma adjetivo dos artigos 2º, 3º, 4º, 6º, 7º, 11, 12 e 17 
da Lei no 1.060, de 5 de fevereiro de 1950. 2. A mera alegação de insuficiência de 
recursos traduz presunção relativa acerca da real necessidade dos benefícios da 
gratuidade de justiça, que pode ser ilida pelo juiz se existirem elementos nos autos 
que confrontem o suposto estado de hipossuficiência para arcar com os custos 
próprios de uma ação judicial. 3. Tanto a garantia constitucional do artigo 5º, 
LXXIV, da Carta Magna, como as disposições regulamentadores do artigo 98 e 
seguintes do Código de Processo Civil, reclamam estrito balizamento do caso 
concreto para verificar a subsunção da parte ao pretendido benefício da gratuidade 
de justiça, em sintonia com a regra do ônus da prova estático. 4. O magistrado pode 
solicitar a comprovação pela parte requerente, a fim de perquirir-se acerca de suas reais 
condições econômico-financeiras, para deferimento da proteção constitucional da 
assistência jurídica integral e gratuita." (grifamos) 
 
Acórdão 1326428, 07288817620208070000, Relator: MARIA DE LOURDES ABREU, 
Terceira Turma Cível, data de julgamento: 10/3/2021, publicado no DJE: 26/3/2021, 
unânime. 
Assim, na presente Ação de exibição de documentos – o Requerente afirmou que: 
.... Ou seja, buscou comprar uma casa em condomínio de classe média alta. O Imóvel foi 
avaliado em R$ ... (valor por extenso) em 30/03/2017. O que já é um indício de poder 
aquisitivo notável. 
Imagem do valor do imóvel 
O Autor também indicou, na qualificação da inicial, o seu ofício - ..., logo também 
podemos observar que não se encontra desocupado / sem renda. Ademais, ainda na inicial, 
o Requerente expressa que é Réu numa ação de imissão na posse ... (número do processo) 
juntando a inicial da ação e anexando também um Boletim de Ocorrência. 
Analisemos primeiramente o B.O carreado aos autos: 
IMAGEM 
Na narrativa da ocorrência, feita pelo próprio Requente... 
Ora Excelência, muito provável que o sitio seja de propriedade do Requerente, 
pelo tempo que esse reside no lugar. Aliado ao fato que, apenas uma pessoa com a vida / 
condição financeira estável pode permanecer tanto tempo assim longe de casa mantendo 
2 imóveis, e translado do campo para cidade. 
Também ao darmos uma pesquisada nas redes sociais do Autor, podemos perceber 
que ele se intitula como proprietário de empresa: 
IMAGEM 
Analisando agora a inicial da ação de imissão na posse movida em face do 
Requerente (e juntada aos autos): 
IMAGEM 
 
 
Na peça, da narração dos fatos, verifica-se que a ex-residência do Requerido era 
guarnecida com móveis planejados blindex. Até mesmo um lustre de R$ ... (Valor por 
extenso). Inclusive fez o Requerido proposta para o Arrematante ficar com todos os 
objetos da casa pelo valor de R$... (Valor por extenso). 
Mais uma vez Excelência, evidenciado nos autos o alto padrão de vida do 
Requerente. Tornando assim o requerimento assistência judiciária gratuita inconcebível. 
Sem contar, o valor ´´módico´´ da demanda e da condenação sofrida. Custas que nem de 
longe devem ser capazes de abalar a paz financeira do Requerente. 
III – DOS PEDIDOS 
Portanto, requer-se a Vossa Excelência a extinção do benefício da gratuidade da 
justiça do Requerente, nos moldes dos artigos 99 e 100 do CPC, pelo fato do Autor poder 
arcar com as custas de sua litigância, com a respectiva condenação em despesas 
processuais e honorários advocatícios sucumbências no valor já fixado de R$ ... (valor 
por extenso) – valor esse a ser pago nos termos do artigo 523 do CPC (prazo de 15 dias). 
Bem como, transcorrido o aludido prazo sem o adimplemento que seja expedia certidão 
pela secretaria do juízo, nos termos do artigo 517 do CPC – para que seja levada a protesto 
e que seja incluído o nome do Executado em cadastro de inadimplentes (artigo 782, §3 
do CPC). Efetuado o pagamento parcial, requer-se multa sobre o valor restante, como 
previsto no §2 do art. 523 CPC e na súmula 517 do STJ. Requer-se ainda, caso não seja 
feito pagamento algum: que seja determinada a penhora via sistema SISBAJUD, se 
infrutífera ou insuficiente a medida anterior, que seja determinada a penhora de veículos 
em nome do Executado por meio do sistema RENAJUD; se ainda não saldado o débito 
que deixei determinado o procedimento da penhora presente no artigo 831 e seguintes do 
CPC. 
Termos em que, 
Pede deferimento 
 
Cidade-UF, 13 de junho de 2022. 
 
 Advogado1... Advogado2... 
OAB/UF ... OAB/UF ...

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