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Eventos que ocasionam danos físicos, emocionais, morais ou espirituais tipos de violência: 1- Violência extrafamiliar: Subdivida em: • Violência institucional • Violência social • Violência urbana • Macroviolência • Formas especificas: bullying e violência virtual, cultos ritualísticos 2- Violência doméstica ou intrafamiliar: Subdivida em: • Violência física • Violência sexual • Violência psicológica • Negligencia • Formas especificas: síndrome de Munchausen por procuração, violência química, intoxicações e envenenamentos, violência virtual e filicídio 3- Autoagressão, atividades de risco, provocar lesões em si mesmo, suicídio VIOLÊNCIA FÍSICA Uso da força física de forma intencional com o objetivo de ferir, danificar ou destruir a vítima, deixando marcas ou não VIOLÊNCIA SEXUAL Uso da criança ou adolescente para gratificação sexual VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA Toda forma de discriminação, desrespeito, rejeição, depreciação, cobrança ou punição exagerada e utilização da criança para atender as necessidades psicológicas dos adultos VIOLÊNCIA POR NEGLIGÊNCIA Atos de omissão crônica em prover as necessidades básicas para o desenvolvimento da criança, como higiene, nutrição, saúde, educação, proteção e afeto. Apresenta-se em vários níveis de gravidade Abandono: grau máximo SÍNDROME DE MUNCHAUSEN POR PROCURAÇÃO O paciente é trazido para cuidados médicos, mas os sinais e sintomas apresentados são inventados ou provocados pelos seus responsáveis Extremamente rara, mas muitas crianças podem vir a óbito VIOLÊNCIA QUÍMICA Imposição de substâncias psicoativas com o intuito de conter, controlar, inibir, dominar, subjugar, menosprezar ou culpar a vítima FILICÍDIO Morte de uma ou mais crianças pelos pais, independentemente da idade Acidente ou violência? − Criança submetida a trauma: trata-se de um trauma acidental ou intencional (violência física)? − A suspeita de abuso físico se baseia na anamnese, exame físico e exames laboratoriais Violencia contra a crianca ~ QUANDO SUSPEITAR: Anamnese e estado geral: • Incomum haver testemunhas • Agressões dificilmente admitem suas ações • Vítimas frequentemente pré-verbais ou muito machucadas/assustadas para revelar o abuso • Lesões inespecíficas • Incompatibilidade entre os dados da história e os achados clínicos • Omissão total ou parcial da história do trauma • Pais que mudam a história cada vez • Histórias diferentes quando os adultos são questionados separadamente • Demora na procura de recursos médicos • Crianças maiores com medo de relatar o que aconteceu • Comportamento agressivo por parte da criança, ela pode criar o hábito de se encolher e proteger principalmente o rosto • Comportamento apático, sonolento e triste • Aspecto desnutrido Ao exame físico: • Lesão em crianças que ainda não deambulam (lesões na boca, fraturas, lesões intracranianas e abdominais...) • Lesões em múltiplos órgãos • Múltiplas lesões em diferentes estágios de cicatrização • Marcas de objetos • Lesões em locais não usuais (tronco, orelhas, face, pescoço ou parte superior dos braços) • Lesões inexplicadas • Evidencia de negligencia • Lesões de pele: sugerem trauma intencional (hematomas, escoriações e queimaduras) • Queimaduras: se atentar quando são de extremidades e simétricas, e em regiões de extensão sugerindo esboço de defesa • Olhos: edemas e hematomas • Orelhas: traumas repetitivos, “orelha em lata” • Boca: dentes com amolecimento e lesões na cavidade oral (comuns) • Fraturas: traumas intencionais são mais distais e com características de “arrancamento” • SNC: síndrome do bebê sacudido SÍNDROME DO BEBÊ SACUDIDO: − Hemorragia intracraniana, realizar exame de fundo de olho => hemorragias retinianas − Menos de 20% tem evolução favorável, 1/3 morre rapidamente − Sobreviventes: sequelas neurológicas (lesões encefálicas: atraso DNPM, convulsões, lesões da medula espinal // lesões oculares: hemorragias oculares e cegueira) papel do médico: níveis de gravidade e conduta: • Tipo e intensidade da agressão • Situação geral da vítima • Perfil do agressor • Contexto familiar 1- LEVE Violência leve e sem risco de revitimização (acontecer novamente) • Vítima em BEG, não necessita de tratamento ambulatorial ou hospitalar • Agressor sem antecedentes de violência e aceita rever sua postura • A família possui condições de proteger a criança Conduta: • Orientação sobre as consequências da violência • Retorno à moradia com responsáveis legais • Notificação ao Conselho Tutelar e ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) • Avaliação dos responsáveis e outros filhos • Solicitar avaliação domiciliar e situação escolar ao serviço social, agentes de saúde ou Conselho Tutelar • Encaminhamentos necessários para a vítima e agressor (psicoterapêuticos, sociais e proteção legal) • Reavaliação em tempo breve, resultados dos encaminhamentos 2- GRAVE Casos graves ou com risco de revitimização • Vitima em REG, sintomas físicos e psíquicos, necessita de atendimento ambulatorial • Agressor com antecedentes de violência • Família omissa ou que resiste ao acompanhamento, incapaz de proteger a vítima Conduta: • Priorizar atendimento • Internação: + tempo para avaliar o quadro e afastamento do agressor • Avaliação geral da vitimia • Levantamento de ocorrências anteriores • Levantamento de histórico familiar de violência • Avaliação da possibilidade de tratamento do agressor • Avaliação das consequencias da violência para a vitima • Avaliação da família NOTIFICAÇÃO: • Conselho Tutelar, Ministério Público ou Vara da Infância e Juventude • Notificação ao SINAN • Encaminhamentos: saúde, social e proteção (ECA) 3- GRAVÍSSIMO Violência gravíssima e risco de morte • Vitima em MEG, com sequelas graves pela violência crônica • Agressor com transtorno de comportamento • Necessita de atendimento hospitalar ou acompanhamento psicológico • Família conivente ou agressora, incapaz de proteger a vítima Conduta: • Atendimento imediato: internação hospitalar • Afastamento do agressor • Notificar e solicitar a presença do Conselho Tutelar, notificar Vara da infância e Juventude e Ministério Público • Encaminhar a delegacia: ocorrência policial (BO) • Solicitação do exame pericial IML • Notificação ao SINAN VIOLÊNCIA SEXUAL - CONDUTA Sinais: Coleta do material para provas forenses (médico de urgência ou perito IML) Questões policiais e judiciais devem ser abordadas após o atendimento das necessidades medicas emergenciais (EF, procedimentos médicos indicados e a conduta para o caso) LINHA DE CUIDADO À CRIANÇA Acolhimento => atendimento => notificação => seguimento na rede de cuidado e proteção NOTIFICAÇÃO • Preencher a ficha de notificação • Encaminhar a ficha ao Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes • (Viva), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) • Comunicar o caso ao Conselho Tutelar, da forma mais ágil possível • Anexar cópia da ficha ao prontuário/boletim do paciente • Acionar o Ministério Público quando necessário, especialmente no caso de interrupção de gravidez em decorrência de violência sexual DENÚNCIA ANÔNIMA: • Disque 100 (Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes) Pesquisa de espermatozoide/sêmen/DNA: Cavidade oral, pele, subungueal (abaixo da unha), secreção vaginal, anal e períneo
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