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Universidade Católica de Moçambique Instituto de Ensino à Distância O professor e a Ética Profissional Laticia Tome Azevedo Riela - Código de Estudante: 708195381 Curso: Gestão Ambiental Disciplina: Ética Profissional Ano de frequência: 4º ano Nampula, Maio de 2022 2 Universidade Católica de Moçambique Instituto de Ensino à Distância O professor e a Ética profissional Laticia Tome Azevedo Riela - Código de Estudante: 708195381 Curso: Gestão Ambiental Disciplina: Ética Profissional Ano de frequência: 4º ano Docente: Nordino Pedro Nampula, Maio de 2022 3 Categorias Indicadores Padrões Classificação Pontuação máxima Nota do tutor subtotal Estrutura Aspectos organizacionais Capa 0.5 Índice 0.5 Introdução 0.5 Discussão 0.5 Conclusão 0.5 Bibliografia 0.5 Conteúdo Introdução Contextualização (introdução clara do problema) 1.0 Descrição dos objectivos 1.0 Metodologia adequada ao objecto do trabalho 2.0 Analise e discussão Articulação e domínio do discurso académico (expressão escrita cuidada, coerência/ coesão textual) 2.0 Revisão bibliográfica nacional e internacionais relevantes na área de estudo 2.0 Exploração dos dados 2.0 Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0 Aspectos gerais Formação Paginação, tipo e tamanho de letra, paragrafo, espaçamento entre linhas. 1.0 Referências Bibliográficas Normas APA 6ª edição em citações e bibliografia Rigor e coerência das citações/referencias bibliográficas 4.0 4 Indice Introdução .................................................................................................................................. 5 O professor e a ética profissional .............................................................................................. 6 Conclusão ................................................................................................................................ 10 Referências bibliográficas ....................................................................................................... 11 5 Introdução O presente trabalho, tem como tema: O professor e a ética profissional, a profissionalização aumenta quando, na profissão, a implementação de regras preestabelecidas cede lugar a estratégias orientadas por objetivos e por uma ética. Ao longo do texto o leitor vai se inteirar com alguns itens que detalham o tema em questão. O trabalho está organizado da seguinte forma: Introdução, desenvolvimento, conclusão e finalmente vêm as referências bibliográficas, que fizeram com que fosse eficaz para o efeito. 6 O professor e a ética profissional Nos últimos anos, tem aumentado impressionantemente o volume de publicações sobre ética em todos os setores do conhecimento, seja na política, no direito, na indústria, na justiça , na ciência, na área bio-médica, na área ambiental, nas comunicações. Paralelamente a uma grande produção no campo da ciência, da arte e da filosofia, surgem também movimentos populares e associativos reivindicando ética em todos os setores da vida pública, social e no comportamento pessoal. Esses fatos revelam, para Montoro (1997), tanto no campo da produção intelectual como do comportamento social, um incontestável retorno às exigências de ética. Neste contexto, é interessante observar que nos inúmeros trabalhos sobre formação de professores, o comportamento ético do professor raramente é objeto de discussão. Além disso, os professores não possuem, como muitos outros profissionais, um código de ética que regulamente suas atividades. Talvez isso ocorra, a nosso ver, pela expectativa de que o mestre, pela própria natureza de sua profissão, seja não somente consciente do aspecto moral de sua atuação como ainda seja o transmissor dessa própria moralidade na educação de seus alunos (Vasconcellos, 2000, p.2). A ausência de um código de ética que regulamente a ação docente demonstra a necessidade de discutir essa questão. Mesmo na ausência desse código específico, o estudo de outros códigos profissionais podem servir de modelo e inspiração para uma reflexão a respeito. Ser um profissional possui um significado especial. Jimenez (1997) distingue ofício de profissão, porque enquanto o primeiro se encarrega de funções de execução dentro de um contexto predeterminado, a profissão implica o desenvolvimento de capacidades e habilidades complexas e a assimilação profunda das conquistas e metodologias de alguma área humana, através de alguma aprendizagem prolongada. Ao profissional correspondem funções mais complexas de diagnóstico, planejamento, direção, decisão, as quais supõem uma dose muito maior de responsabilidade (Jimenez, 1997, p.50). A profissão possui um papel moral maior que os ofícios, como ressalta Jimenez (1997). Do profissional pode dizer-se: 7 Movimenta-se num plano onde são poucas as pessoas qualificadas para julgar suas ações e por isso mesmo realiza funções menos suscetíveis de controle externo ou de supervisão direta. Frequentemente ocupa postos de responsabilidade, o que significa um depósito de confiança da sociedade em sua pessoa. Daí a necessidade de uma formação moral para conscientizá-lo de suas responsabilidades e da dimensão humana e social de seu trabalho. Em sua função, muitas vezes tem de tomar decisões e empreender ações que não envolvem somente sua competência técnica, mas valores e opções de vida que afetam outras pessoas. Em razão disso, deve possuir um senso moral bem desenvolvido para atuar de maneira sensata e com justiça em relação a todos os interesses afetados por suas decisões. Muitas vezes define ou contribui de forma relevante para definir o sentido humano e os efeitos sociais dos processos e projetos nos quais participa. Sua cota de responsabilidade é grande, uma vez que seus critérios e decisões podem pesar na determinação do rumo seguido pelos acontecimentos. É o depositário, o guardião, o intérprete do corpo de saber que constitui sua profissão, visto que administram o maior poder que a humanidade possui: o poder do conhecimento. A Ética nas profissões, para Mota (1984), pode ser enfocada levando-se em conta dois planos de atuação: A e B. O plano A refere-se à competência e habilidade profissional. O profissional competente possui o conjunto de conhecimentos teórico-práticos indispensáveis para o exercício de determinada profissão. A habilidade profissional é a arte de aplicar bem e com facilidade esses conhecimentos. O plano B refere-se ao conjunto de valores que devem embasar o exercício de toda a atividade profissional, levando o profissional a um posicionamento ético: responsabilidade, justiça, verdade, solidariedade. 8 O plano A (conhecimentos técnico-científicos) está associado ao plano B (valores éticos), pois a formação técnico-científica, sem a formação ética, pode levar o profissional ao tecnicismo (Mota, 1984, p.4). Algumas profissões alicerçam seus procedimentos na técnica e na ciência, com pouca interferência valorativa no processo de trabalho. Outras profissões, como é o caso da dos professores, possuem um saber que só pode ser compreendido relacionado às condições de seu trabalho, além de dependerem de condições valorativas e históricas. Seus resultados são sempre produtos de interações sociais, não havendo nunca segurança absoluta quanto a estes (Cunha, 1999, p.4). O professor possui um compromisso moral inerente a qualquer profissão e tambémlida com questões que dizem respeito à especificidade de seu campo de atuação. Pela natureza de sua atividade, tem de tomar atitudes durante as situações de ensino e aprendizagem que sempre implicam conseqüências éticas, tais como: decisões, escolhas, influências, controles de comportamento. Essas atitudes poderão ter por fundamento alguns valores éticos fundamentais e serem enriquecidas com algumas qualidades pessoais do profissional. Segundo Mota (1984), alguns valores éticos são básicos em toda profissão. A responsabilidade social e legal, a democracia, a discrição, a verdade, a justiça e a solidariedade garantem uma participação efetiva do profissional para uma convivência social mais humana. Outros valores enriquecem a atuação do profissional: Os valores da comunicação permitem o diálogo que é considerado a chave do poder de comunicação entre os seres humanos. Na docência, não é preciso muito esforço para perceber o papel fundamental que deve ter o diálogo para possibilitar um clima de compreensão e respeito pelos pontos de vista dos alunos. A Ética profissional pode ser ainda abordada do ponto de vista das relações específicas inerentes às próprias profissões. Para Jimenez (1997) refere-se à relação do profissional com o usuário, entendendo este como o que recebe direta e imediatamente os serviços ofertados pelo profissional. Muitas vezes essa relação implica um equilíbrio de poder, pois o usuário pode aparecer como um necessitado, um carente e desprovido daquilo que o profissional proporciona, sendo ainda impotente para tomar decisões eficazes sobre o serviço recebido. O profissional, ao contrário, apresenta-se revestido de poder, porque todo aquele que proporciona um serviço possui algum poder sobre quem necessita dessa prestação. 9 Ao transpormos essas considerações para o plano profissional do professor, podemos identificar o aluno como um usuário, pois de uma certa maneira, o aluno é aquele que direta e imediatamente recebe os serviços prestados por um professor. Da mesma forma que o usuário, o aluno também se encontra numa relação desigual de forças, uma vez que se encontra carente daquilo que o professor pode proporcionar. Um desempenho inoperante, além de ser uma cruel condenação para todo aquele que possui um mínimo de respeito por si mesmo, prejudica os interesses legítimos dos usuários (Jimenez, 1997, p.6). Quando o professor é negligente ou incompetente, tanto a sua dignidade pessoal é afetada como o aluno é prejudicado em seus interesses legítimos. 10 Conclusão Após o termino do trabalho pude concluir, que o orofessor, mesmo não tendo um código de Ética específico, pode se valer de princípios universais da Ética, adaptando-os à especificidade de sua profissão. A preocupação que envolve a constituição de um código de ética profissional tem maior valor pelo seu significado do que pela suas prescrições. Além do mais, por mais específico, circunstancial, temporal e local que um código possa parecer, sempre deverá estar fundado nos princípios básicos universais da Ética. Buscar uma atuação ética, tanto no plano pessoal como no profissional, é caminhar rumo a uma realidade melhor do que a atual, numa busca contínua de melhoria da condição humana. 11 Referências bibliográficas JIMENEZ, C. M. (1997). Trabalho e convivência: um ensaio de ética profissional. Londrina: Ed. UEL. MOTTA, N. de S. (1984). Ética e vida profissional. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural. VASCONCELLOS, M. M. M. (2000). Avaliação da aprendizagem no Ensino Superior e suas implicações éticas. Londrina: UEL. MONTORO, A. F. (1997). Retorno à ética na virada do século.São Paulo: LTr. BARBOSA, A. (2017). Setima edição das normas apa. Beira, Moçambique: UCM.