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Pneumonia no idoso

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Medicina 6º semestre 
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Extramapas – caso 4 
Estudar o quadro de pneumonia no idoso 
Quadro clínico típico é atípico! 
• Confusão mental (DELIRIUM) 
• Distúrbios do humor 
• Incontinência 
• Inapetência 
• Emagrecimento 
• Declínio funcional (AVD) 
• Síncope 
• Quedas 
• Falha da integração dos sistemas orgânicos 
• Diminuição da reserva funcional 
 
Sintomas menos frequentes 
• Tosse 
• Dispneia 
• Febre 
• Aumento da temperatura basal em 1,5oC 
• Calafrios 
• Dor pleurítica 
• SINAL IMPORTANTE: TAQUIPNEIA!!! FR > 25 irpm (S: 90% E: 95%) 
 
Delirium 
 
• Indivíduos com ou sem demência 
• Sinal de gravidade 
• Rx de tórax antes da TC de crânio 
• Exacerbação da doença de base: 
o DPOC 
o Diabetes 
o ICC 
 
Exame físico 
 
• Crepitações 
• Menos frequente 
• Taquicardia 
• Taquipneia 
Obs.: O exame físico raramente mostra sinais de consolidação pulmonar 
(redução do murmúrio vesicular e do frêmito toracovocal e a presença de 
estertores crepitantes finos). 
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Exames a serem solicitados para completar a investigação do quadro respiratório e opções de ATB 
mais adequados nesse caso 
Exames complementares 
A maioria dos pacientes com pneumonia apresenta apenas diagnóstico 
clínico. A avaliação diagnóstica inicial inclui uma radiografia do tórax e um 
hemograma. 
• Hemograma: 
o 30% não tem leucocitose 
o Sem desvio à esquerda 
o Leucopenia 
 
• Radiografia de tórax: 
o Normal em 10%, principalmente em desidratados 
o Confirmar o diagnóstico 
o Extensão da doença 
o Complicações: derrame pleural 
o Doença pulmonar prévia 
 
• Ultrassonografia de tórax: 
o Boa sensibilidade e especificidade para consolidações pulmonares 
o Complicações: derrame pleural 
 
• Tomografia computadorizada de tórax: 
o Casos suspeitos com radiografia normal 
o Diagnósticos diferenciais 
o Doenças pulmonares prévias 
 
• Exames gerais: 
o Alterações de enzimas hepáticas: Hepatite transinfecciosa 
o Hiponatremia: SIADH (Legionella pneumophila) 
o Proteína C Reativa (PCR): Alta sensibilidade 
o Procalcitonina (PCT): Uso para infecções bacterianas grave, mais 
específica que o PCR 
 
• Gram/Cultura da secreção pulmonar: 
o Obtenção mais difícil em idosos 
o Coletar antes da antibioticoterapia 
o PAC grave 
o Broncoscopia com lavado broncoalveolar: método invasivo, considerar 
caso a caso 
 
• Sepse: 
o Hemoculturas 
o Gasometria arterial 
 
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Tratamento - PAC e sem necessidade de internação 
Está indicada amoxicilina-ácido 
clavulânico, ou cefurxima axetil; 
ou ceftriaxona. 
Considerando que a idade 
avançada é um fator de risco 
para Legionella pneumophila, 
sempre é aconselhável 
acrescentar um macrolídio 
(eritromicina, claritromicina, 
azitromicina). 
Quinolonas e, mais 
especificamente, as de boa 
penetração no trato respiratório, 
como levofloxacino, 
moxifloxacino e gatifloxacino: são 
ideais para o tratamento da pneumonia nos pacientes fragilizados ou casos 
graves na população idosa. 
Nos severamente doentes: internação e cefalosporinas de terceira geração 
ceftriaxona, ou cefotaxima associadas à eritromicina ou a outro macrolídio (nas 
dosagens já expostas). 
 
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Saber reconhecer um quadro de sepse (critérios diagnósticos) 
qSOFA é considerado positivo quando dois ou mais desses três critérios 
estiverem presentes. 
Ao ser aplicado em um paciente com suspeita de infecção ou infecção 
confirmada, um qSOFA positivo indica a necessidade de prosseguir a 
investigação para sepse, com avaliação da presença de disfunção orgânica 
através do cálculo do SOFA. 
No entanto, pelo próprio consenso, mesmo em casos de qSOFA negativo, se 
ainda assim existir uma forte suspeita para disfunção orgânica associada 
(sepse), deve-se prosseguir a investigação (avaliação do SOFA). 
 
 
Sepse 3.0: presença de infecção suspeita ou confirmada associada com 
elevação aguda no escore SOFA de 2 pontos ou mais (assume-se escore 0 em 
pacientes sem disfunção orgânica preexistente conhecida). 
 
 
Obs.: Choque séptico é sepse com necessidade de terapia vasopressora e 
presença de níveis elevados de lactato (> 2 mmol/L ou > 18 mg/dL), apesar da 
ressuscitação volêmica adequada. É o tipo mais comum de choque distributivo 
e tem mortalidade estimada em 40 a 50%.

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