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Dependência química

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Alice Sipolatti – 5ºP
Dependência química:
Uso nocivo e abusivo:
Síndrome da dependência:
· Dependência comportamental = atividades de busca pela substância e evidências relacionadas de padrões de uso patológico ganham destaque
· Dependência física = se refere aos efeitos físicos (fisiológicos) de múltiplos episódios de uso de substância.
· Dependência psicológica = caracteriza-se por uma fissura (i.e., um desejo intenso) contínua ou intermitente pela substância para evitar um estado disfórico
Classificação das drogas:
· Depressoras: álcool (atua nos receptores de GABA A e glutamato), sedativos, hipnóticos, solventes, opioides 
· Estimulantes: nicotina (ativa receptores nicotínicos da acetilcolina), cocaína (bloqueia transportadores e impedem a recaptação dos neurotransmissores monoaminérgicos), crack, anfetaminas
· Perturbadoras: maconha (o THC age em dois receptores responsáveis pela regulação fina de GABA e glutamato), anticolinérgicos, alucinógenos
Estágios de mudança:
Ciências básicas da dependência química:
Farmacologia na dependência química:
Droga e dependência:
Há três fatores que levam a dependência:
1. droga
2. individuo
3. sociedade, na qual a droga e o indivíduo se encontram 
Características farmacológicas das drogas de abuso:
Para causar dependência, uma droga deverá ter característica de aliviar uma dor, talvez a da alma, ou produzir um estado de espírito agradável. Seu efeito deve ser rápido, para o indivíduo associar o que sente à droga consumida
Causar euforia ou aliviar a dor:
· Todas as drogas capazes de causar euforia ou aliviar a dor tem uma característica em comum atuam de maneira diferenciada no circuito do prazer ou de recompensa, o que resulta na liberação de dopamina.
· Muitos outros neurotransmissores e modulares o influenciam: opioide, noradrenérgico, serotonérgico, endocanabinoide, glutamato e gaba estão entre os principais
Farmacocinética: rápido início de ação:
· O início da ação tem relação direta com a via pela qual a droga entrou no organismo
· As vias mais comuns são: oral, endovenosa, inalação, e aspiração
· Os mecanismos de entrada no organismo envolvem a passagem da droga pela membranas lipoproteica até atingir o sangue
· As drogas passam dos compartimentos de maior concentração para os de menor. Nessa passagem, as drogas de menor peso molecular e mais lipossolúveis atravessam com mais facilidade
· Também existem mecanismos ativos podem atuar com gasto de energia, transportando contra o gradiente de concentração e moléculas maiores.
· As drogas psicoativas passam pela barreira hematoencefálica(mais complexa camada lipoproteica) e passam por outras barreiras, como a placenta, com grande facilidade.
Primeira característica farmacológica:
· O circuito de recompensa cerebral tem a função de manter a sobrevivência da espécie ( lembrança de onde há alimentos e parcerias sexuais)
· Estímulo amígdala que classifica estímulo como “bom” estimula áreas relacionadas a memória deixa memorizado 
· A droga subverte a função do circuito e o ambiente onde é consumido será gravado e caberá ao dependente junto com seu terapeuta, substituir as memoras da droga por novas memórias. No entanto, é provável que a memória da droga seja permanente 
Segunda característica farmacológica:
· Início do efeito:
· Quanto menos barreira a droga tiver que atravessar para chegar ao cérebro, mais rápido é o seu efeito.
· As vias clássicas que a cocaína pode ser usada, tem-se uma graduação muito típica da interferência da via sobre o potencial aditivo da substância. A cocaína tem efeitos euforizantes extremamente potentes, podendo levar a dependência após o uso por períodos muito curtos.
· Coca mascada absorve lentamente exerce sua função farmacológica de diminuir fadiga e fome
· Cocaína cheirada início do efeito rápido e a diferença do estado droga/não droga é perceptível, levando uma porcentagem considerável de usuários a dependência
· Cocaína ingerida passa pelo fígado, onde tem metabolização parcial para depois ser lançada na circulação sanguínea. Drogas ativas geram metabólitos ativos, mas podem ser inativadas com metabolitos inativos, chegando ao cérebro apenas a quantidade que escapou do fígado e que atravessou a mucosa gástrica, dos vários capilares, da célula hepática e barreira hematoencefálica. Por isso a via oral é demorada
· Via endovenosa: No extremo da velocidade de início da ação estão as vias endovenosa e fumada. Tem efeito mais rápido de todas as vias 
· Fumo: a droga enfrenta as paredes dos alvéolos, que são muito permissivas e irrigadas, facilitando a entrada da droga e chegando ao cérebro. Tem ação quase tão rápida quanto a endovenosa, que leva a enorme capacidade da cocaína na forma de crack causar dependência 
· Duração do efeito:
· Depende da eliminação: fases alfa e beta, ou seja, distribuição e excreção
· Fase alfa(Distribuição): mais importante para benzodiazepínicos, cannabis e álcool. Ao atingir o cérebro ocorre o efeito, e por ser muito irrigado, recebe logo a droga consumida droga sai do cérebro e é distribuída para outros tecidos, dependendo de fatores (ex: libosolubilidade)
· Cannabis: pode ser detecta em tecidos periféricos 24h após seu consumo; já na urina, até 28 dias
· Álcool: por ser hidrossolúvel e a mulher ter mais gordura que o homem, a distribuição na mulher será menor e os níveis séricos maiores.
· Diazepan: ocorre distribuição para gorduras, fazendo parecer que seu efeito sedativo termina rapidamente após uma única administração
· Fase beta (eliminação): a droga deixa o organismo, é metabolizada e excretada. Isso pode demorar quando os metabólitos também são ativos, como no caso do diazepam e do delta -9 -tetraidrocanabinol (THC), princípio ativo da Cannabis
Terceira característica:
Adaptação a longo prazo:
· A maioria das drogas psicoativas atua de acordo com os sistemas de neurotransmissores clássicos, nas sinapses dos neurotransmissores ou em seus receptores
· Cocaína: inibe a recaptação de dopamina e serotonina e noradrenalina
· Os benzodiazepínicos facilitam a ação do GABA, neurotransmissor inibitório, e o etanol atua sobre sistema opioide, sobre receptores de GABA e de glutamato.
· Cannabis: não se porta como as drogas clássicas. Descobriu-se que havia inúmeros receptores para endocanabinoides(CB1, CB2 e outros) espalhados por todo cérebro, sendo mais numerosas do que aqueles dos neurotransmissores tradicionais.
· Neuroquímica
· a dependência e a vulnerabilidade à recaída após a abstinência são resultado de processos neuroadaptativos no SNC que se opõem às ações agudas reforçadoras das drogas de abuso. Essas alterações levam ao prejuízo dos mecanismos que mediam o reforço positivo e à emergência de estados afetivos diferentes e opostos ao reforço positivo, como ansiedade, disforia e depressão na abstinência
· Há evidências de que há perturbações na transmissão dopaminérgica e serotoninérgica no núcleo accumbens, como substratos potenciais para essas mudanças afetivas
· O aumento do CRF no núcleo central da amigdala é um mecanismo subjacente dos sintomas ansiogêncios, semelhante ao estresse, que ocorrem na abstinência e que são comuns a todas as drogas de abuso
Farmacologia nos critérios diagnósticos:
Critérios do DSM-5: primeiro é tolerância e o segundo a abstinência
Tolerância: primeiro critério diagnóstico de um indivíduo dependente. Definida como a perda do efeito da droga devido a administração repetida ou a necessidade de aumentar a dose para ter o mesmo efeito. Não se desenvolve da mesma forma para todos os efeitos de droga e ocorre por vários mecanismos 
Tolerância inata: Diz respeito as variações individuais na resposta a droga. O indivíduo já nasce com um padrão resistente de respostas aos efeitos da substância
Tolerância adquirida: é adquirida por mecanismos diferentes, que implicam adaptação do organismo à presença da substância. Pode ser farmacocinética, farmacodinâmica ou aprendida.
Abstinência: define dependência física de uma substância. É um fenômeno estritamente farmacológico, podendo se manifestar no indivíduo emcoma, no feto ou no recém-nascido. Isolada, não determina o diagnóstico de dependência isolada. A síndrome de abstinência é um conjunto de sinais e sintomas que é o reverso ao efeito da droga 
Neurobiologia e neuroimagem dos comportamentos relacionados ao uso de substâncias psicoativas:
Neurobiologia do uso de substâncias psicoativas:
o estudo da neurobiologia do abuso de substâncias psicoativas tem como objetivo primário compreender os mecanismos genéticos e epigenéticos, moleculares envolvidos na dependência 
Evidências tem sugerido que a transição do padrão recreacional para um padrão de perda de controle, envolve uma reprogramação de circuitos neuronais que processam a motivação, os comportamentos de recompensa, a memória, condicionamento, a habituação, o funcionamento executivo e o controle inibitório, bem como a reatividade ao estresse
Essa transição é fortemente influenciada por fatores genéticos, de neurodesenvolvimento e ambientais, como também suas respectivas interações, que irão determinar o curso e a gravidade da dependência.
Esses circuitos neuronais compreendem:
1. Sistema de recompensa cerebral, localizado no nucleus accubens
2. A região envolvida com a motivação, no córtex orbitofrontal
3. O circuito responsável pela memória e aprendizagem, localizada na amigdala e no hipocampo
4. Controle e planejamento, localizados no córtex pré-frontal e no giro do cíngulo anterior
Esses 4 circuitos recebem inervação direta dos neurônios dopaminérgicos, mas são também ligadas um ao outro por projeções diretas ou indiretas, principalmente glutamatérgica.
Há outras regiões do cérebro também envolvidas nesses circuitos(ex: tálamo e a ínsula), que uma região pode participar de mais de um circuito (ex: giro do cíngulo controle e motivação) e outros circuitos(ex: emoção e atenção) também são suscetíveis em relação ao uso de substâncias
As substâncias de abuso atuam aumentando o tônus de neurotransmissão monoaminérgica (dopamina, noradrenalina e serotonina), sobretudo por bloqueio da recaptação desses neurotransmissores. Além disso, GABA, peptídeos opioides, acetilcolina, endocanabinoides e glutamato desempenham papel importante no processo inicial de dependência
O sistema de recompensa:
As conexões do sistema de recompensa envolvem a substância negra e a área tegmental ventral, onde os corpos celulares que produzem dopamina estão localizados, que se projetam para o estriado inclui a área do centro de recompensa, o nucleus accumbens, que faz parte do sistema límbico.
O sistema dopaminérgico é o principal alvo molecular na investigação por alterações neurobiológicas associadas ao uso de substâncias, principalmente por desempenhar um papel central no sistema de recompensa cerebral
O uso repetido das substâncias ativa os mesmos sistemas cerebrais de motivação, que costumam ser ativados em comportamentos essenciais relacionados a alimentação, sexualidade e fuga de situações ameaçadoras sensibilização de estímulo (com a exposição repetida, a associação fica cada mais forte, desencadeando uma maior resposta comportamental e neuroquímica)
A estimulação do sistema de recompensa produz sensação de bem-estar e euforia, aumentado desejo de repetir as sensações. As alterações no sistema dopaminérgico podem causar alterações ocasionais ou permanentes no sistema de recompensa após uso de qualquer quantidade de substância de abuso. Essas alterações estão relacionadas ao comportamento impulsivo, que resulta em uma busca repetida de sensações prazerosas de maior intensidade
Outros neurotransmissores relacionados ao uso de substâncias:
Serotonina:
· Envolvido na mediação de mecanismos neurobiológicos relacionados à motivação e à resposta ao abuso de substâncias
· As substâncias de abuso interagem com a transmissão serotoninérgica no cérebro de diferentes maneiras. Exposição ao álcool (aguda ou crônica) altera vários aspectos das funções sinápticas do sistema serotonérgico
Glutamato:
· Os neurônios estriatais, que recebem inervações dopaminérgicas são também inervados por vias glutamatérgicas provenientes do córtex pré- frontal, do hipocampo e da amígdala. Devido ao papel da amígdala e do hipocampo na aprendizagem e na memória, é provável que as vias glutamatérgicas ligadas a essas estruturas também influenciem o comportamento de autoadministração de substâncias de abuso
GABA:
· É o principal neurotransmissor inibitório do SNC, mediando as ações inibidoras dos interneurônios locais no cérebro, podendo mediar a inibição pré-sináptica dentro da medula espinhal
· Atua também dentro do córtex cerebral e entre o núcleo caudado e a substância negra 
· Neurônios GABAérgicos modulam o sistema dopaminérgico e os efeitos recompensadores da cocaína. Além disso, a exposição crônica a cocaína pode afetar o funcionamento do sistema GABA. Indivíduos dependentes de cocaína tem aumento de receptores GABA-A.
· Tais mudanças nas respostas do GABA podem estar associadas a diminuição dos níveis de GABA no cérebro em adictos de cocaína. Ambos os receptores, GABA-A e GABA-B, são também possíveis alvos para o tratamento medicamentoso da dependência de cocaína
Canabinóides endógenos:
· O SNC também possui os canabinóides endógenos cujas moléculas são semelhantes à molécula de THC (∆9- tetra-hidrocanabinol), todos derivados do ácido aracdônico. Estudos com animais têm demonstrado que o THC e a anandamida aumentam a concentração de dopamina no estriado e no sistema mesolímbico. O THC aumenta a concentração de dopamina nas vias nigroestriatais, por meio da inibição da recaptação de dopamina pelo transportador dopaminérgico e da facilitação da liberação de dopamina
Sistema opioide:
· Inclui também áreas como o nucelo arqueado, amigdala, locus ceruleus e a área cinzenta eriaqueductal dorsal.
· Os receptores opioides são importantes na regulação normal da sensação da dor e do processamento emocional. Sua modulação é feita pelos neurotransmissores opioides endógenos, como as endorfinas e as encefalinas
Achados de neuroimagem e uso de substâncias psicoativas:
Como e onde as substâncias agem no cérebro:
Como:
Podem causar alterações neuroestruturais, como diminuição no volume, redução na porcentagem cinzenta, alargamento do espaço pericortical e dos ventrículos laterais, diminuição do tamanho dos neurônios e necrose ou atrofia cerebral
Pode produzir efeitos deletérios no metabolismo e na reorganização de circuitos sinápticos como consequencia dos processos de tolerância e abstinência
Podem provocar alterações bioquímicas no sistema dopaminérgico, serotonérgico e noradrenérgicos
Podem induzir alterações na vascularização cerebral (vasoconstrição, hemorragia subaracnóidea e isquemia cerebral)
Onde:
As áreas frontais têm sido as mais consistentemente descritas como as mais afetadas pelo uso de substancias, em especial o córtex pré-frontal. Ele estabelece conexões com todas as áreas corticais; com os gânglios da base e o cerebelo (envolvidos em vários aspectos do controle motor e dos movimentos); com o núcleo talâmico dorsomedial (principal estação de integração neural com o tálamo); com o hipocampo (relacionado às funções de memória); com a amígdala (relacionada às emoções); com o hipotálamo (responsável pelo controle das funções homeostáticas vitais); e com o tronco encefálico (responsável pela ativação e estimulação)
O córtex pré-frontal é divido em 3 regiões principais:
· Área ventromedial: planejamento de ações e o raciocínio e com a tomada de decisões e o ajuste social do comportamento. Lesões nessa área ocasionam aumento da impulsividade e desinibição, agressividade e promiscuidade
· Região dorsolateral: memoria operacional, a atenção seletiva, a formação de conceitos e a flexibilidade cognitiva. Lesões levam a déficits no controle, na regulação e na integração de atividades cognitivas. →
· Região do cíngulo anterior: processamento emocional e na afetividade. Lesões nessa área afetam o comportamento social e emocional
Síndrome de dependência: exposição compulsiva à substância e o desejo intenso de usá-la apesar das consequências desse comportamentoem curto ou longo prazo
Diagnostico:
CID-10:
O diagnóstico requer que um dano deva ter sido causado à saúde física e mental do usuário. Padrões nocivos de uso são frequentemente criticados por outras pessoas e estão associados a consequências sociais diversas de vários tipos. O fato de um padrão de uso ou uma substância em particular não ser aprovado por outra pessoa, pela cultura ou por ter levado a consequências socialmente negativas, tais como prisão ou brigas conjugais, não é por si mesmo evidência de uso nocivo. O uso nocivo não deve ser diagnosticado se a síndrome de dependência, um transtorno psicótico ou outra forma específica de transtorno relacionado ao uso de drogas e álcool está presente
O diagnóstico de dependência deve ser feito se 3 ou + dos seguintes sintomas forem apresentados, em algum momento, durante o ano anterior:
a) Forte desejo ou sentimento de compulsão para ingerir a substância
b) Dificuldade de controlar o comportamento de ingestão da substância em termos de início, término ou níveis de uso
c) Um estado de abstinência fisiológica quando o uso da substância cessou ou oi reduzido, conforme evidenciado por: síndrome característica para a substância/; ou o uso da mesma substância( ou de uma substância estreitamente relacionada), com a intenção de aliviar ou evitar sintomas de abstinência
d) Evidência de tolerância, tal como serem necessárias doses maiores da substância psicoativa para ter feitos originalmente produzido por doses menores
e) Negligência progressiva de prazeres ou interesses alternativos em razão do uso de substância psicoativa, um quantidade de tempo maior, necessária para ter ou ingerir a substância ou recupera-se de seus efeitos
f) Persistir no uso da substância apesar de claras evidências de consequências abertamente nocivas, tais como danos para o fígado por ingestão excessiva de álcool, estados de humor depressivos, em consequência de uso pesado de substância, ou prejuízo do funcionamento cognitivo, relacionado à droga; devem ser feitos esforços para determinar se o usuário realmente, estava consciente ou poderíamos esperar que estivesse da natureza a extensão dos danos
F significa transtorno mentais e de comportamento; o F1 indica subgrupos de transtorno decorrente de uso de substância; 3º caractere classes da substância; 4º caractere(primeiro número depois do ponto) transtorno decorrente do uso daquela substância; 5º caractere complicações associadas aquele diagnostico ou curso da doença, ou subtipo do transtorno
DSM-V:
Os transtornos relacionados a substâncias abrangem 10 classes distintas de drogas: álcool; cafeína; Cannabis; alucinógenos (com categorias distintas para fenciclidina [ou arilciclo-hexilaminas de ação similar] e outros alucinógenos); inalantes; opioides; sedativos, hipnóticos e ansiolíticos; estimulantes (substâncias tipo anfetamina, cocaína e outros estimulantes); tabaco; e outras substâncias (ou substâncias desconhecidas)
Os transtornos relacionados a substância são divididos em dois grupos:
· Transtornos mentais por uso de substância
· São descritas as características referentes a dependência ou abuso.
· A característica essencial de um transtorno por uso de substâncias consiste na presença de um agrupamento de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos indicando o uso contínuo pelo indivíduo apesar de problemas significativos relacionados à substância
· Critério A: baixo controle, deterioração social, uso arriscado e critérios farmacológicos
· Baixo controle sobre o uso (critérios 1-4): O indivíduo pode consumir a substância em quantidades maiores ou ao longo de um período maior de tempo do que pretendido originalmente (Critério 1). O indivíduo pode expressar um desejo persistente de reduzir ou regular o uso da substância e pode relatar vários esforços malsucedidos para diminuir ou descontinuar o uso (Critério 2). O indivíduo pode gastar muito tempo para obter a substância, usá-la ou recuperar-se de seus efeitos (Critério 3). A fissura (Critério 4) se manifesta por meio de um desejo ou necessidade intensos de usar a droga que podem ocorrer a qualquer momento, mas com maior probabilidade quando em um ambiente onde a droga foi obtida ou usada anteriormente
· Prejuízos psicossociais e sociais evidentes (critérios 5-7): O uso recorrente de substâncias pode resultar no fracasso em cumprir as principais obrigações no trabalho, na escola ou no lar (Critério 5). O indivíduo pode continuar o uso da substância apesar de apresentar problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados por seus efeitos (Critério 6). Atividades importantes de natureza social, profissional ou recreativa podem ser abandonadas ou reduzidas devido ao uso da substância (Critério 7)
· Uso arriscado da substância (critérios 8 e 9): Pode tomar a forma de uso recorrente da substância em situações que envolvem risco à integridade física (Critério 8). O indivíduo pode continuar o uso apesar de estar ciente de apresentar um problema físico ou psicológico persistente ou recorrente que provavelmente foi causado ou exacerbado pela substância (Critério 9)
· Fenômenos farmacológicos (critérios 10 e 11): A tolerância (critério 10) se verifica pela necessidade de doses acentuadamente maiores da substância para obter o efeito desejado. Já a abstinência (critério 11) pode ocorrer quando a concentração da droga no organismo diminui, e o indivíduo passa a apresentar sintomas como tremores, ansiedade, sudorese, insônia ou sonolência, a depender do tipo de substância utilizada. Após desenvolver sintomas de abstinência, o indivíduo tende a consumir a substância para aliviá-los. Não é necessária a presença de fenômenos farmacológicos para confirmar o diagnóstico, no entanto, uma história prévia de abstinência pode estar associada a um curso clínico mais grave
· Especificadores:
· Grau leve = presença de 2 ou 3 sintomas
· Moderado = 4 ou 5 sintomas
· Grave = 6 ou + sintomas
· Transtornos mentais induzidos por substância
· intoxicação; abstinência; delírio por abstinência; delirium por abstinência; demência; transtorno amnésico; transtorno psicótico; transtorno do humor; transtorno de ansiedade; disfunções sexuais; transtorno do sono
· Os transtornos induzidos ocorrem devido aos efeitos fisiológicos da substância no sistema nervoso. Tais quadros geralmente são reversíveis, podendo durar horas ou dias, mas não ultrapassam, de modo geral, um mês sem o uso da substância São caracterizados pela intoxicação e abstinência, além de vários quadros psicopatológicos como psicoses, quadros de humor (mania ou depressão), quadros ansiosos, delirium e transtorno neurocognitivo
· As alterações mais comuns decorrentes da intoxicação envolvem perturbações de percepção, vigília, atenção, pensamento, julgamento, comportamento psicomotor e comportamento interpessoal
· CRITÉRIO A: Sua característica fundamental é o desenvolvimento de uma síndrome reversível específica de determinada substância que ocorreu devido a sua recente ingestão
· CRITÉRIO B: As mudanças comportamentais ou psicológicas clinicamente significativas associadas à intoxicação (p. ex., beligerância, labilidade do humor, julgamento prejudicado) são atribuíveis aos efeitos fisiológicos da substância sobre o sistema nervoso central e desenvolvem-se durante ou logo após o uso da substância
· CRITÉRIO D: Os sintomas não são atribuíveis a outra condição médica nem são mais bem explicados por outro transtorno mental
Álcool:
O alcoolismo, compreendido cientificamente como síndrome de dependência de álcool(SDA), é um grave problema de saúde pública, sendo um dos transtornos mentais mais prevalentes na sociedade.
É uma patologia de caráter crônico, passível de muitas recaídas e responsável por inúmeros prejuízos clínicos, sociais, trabalhistas, familiares e econômicos e é com frequência associado a situações de violência(sexual, doméstica, suicídio, assalto, homicídio), acidentes de trânsito e traumas
Pode ser usado um questionário: CAGE ou RAPS4 (identificar abuso ou dependência de álcool)
CAGE:
1. Vocêjá tentou diminuir ou cortar (Cut down) a bebida? 
2. Já ficou incomodado ou irritado (Annoyed) quando outras pessoas criticaram seu hábito de beber? 
3. Já se sentiu mal ou culpado (Guilty) pelo fato de beber? 
4. Já precisou beber pela manhã para se acalmar ou se livrar de uma ressaca (Eye-opener)?
RAPS4:
1. Você já se sentiu culpado após beber (Remorse)?
2. Não consegue lembrar coisas que disse ou fez após beber (Amnesia)?
3. Não conseguiu fazer o que era normalmente esperado após beber (Perform)?
4. Bebeu pela manhã (Starter)?
Unidades de álcool:
Cada unidade equivale a 10 g de álcool puro
Multiplica-se a quantidade de bebida por sua concentração alcoólica
Beber de baixo risco e beber em bingue:
Beber de baixo risco:
· não existe consumo de álcool inseto de riscos
Beber em bingue: 
· palavra significa bebedeira ou farra. Usado para expressar padrão de beber no qual a quantidade é e 5 doses para homens e 4 doses para mulher, em uma só ocasião
· Os efeitos de beber em binge pode ser influenciador por fatores: peso (quanto maior, menos é a concentração sanguínea de álcool); idade (quanto mais precoce o início do consumo, maior serão os danos cerebrais); velocidade de consumo (quanto mais rápido, maior o tempo de metabolização e eliminação do conteúdo alcoólico ingerido); presença de alimento no estomago (diminui a chance de rapida intoxicação alcoólica); número de doses consumidas (quanto maior, maior a tendencia de intoxicação)
Dependência versus problema:
Psicopatologia de beber (que é a dependência propriamente dita, com todos os sinais e sintomas) e os problemas que decorrem do uso ou da dependência de álcool (absenteísmo por “ressaca”, dirigir intoxicado, brigas domésticas)
Quadro clínico e manejo:
Intoxicação alcoólica aguda:
Condição crônica transitória por ingestão de bebidas alcoólicas acima do nível tolerado pelo indivíduo, que produz alterações psíquicas e físicas suficientes para interferir em seu funcionamento normal. Seus estágios variam de embriaguez leve a anestesia, coma, depressão respiratória e mais raramente, morte.
As alterações comportamentais são: exposição moral, comportamento sexual de risco, agressividade, labilidade de humor, diminuição do julgamento crítico, funcionamento social e ocupacional prejudicados
Há também aumento da suscetibilidade a acidentes de trânsito, violência, ideação sucida e tentativa de suicídio
A intoxicação pode provocar alterações no afeto (excitação, alegria, irritabilidade), na fala (fala pastosa ou arrastada), no comportamento (impulsividade, agressividade, diminuição do desempenho motor e ataxia) e no pensamento (pensamento lento, redução da capacidade de raciocínio e juízo crítico), além de hálito etílico, conjuntivas hiperemiadas e marcha ébria.
Manejo:
· é autolimitada, então apenas assegurar a interrupção da ingesta de álcool, paciente em decúbito lateral(evitar broncoaspiração e vômitos), proporcionar ambiente seguro e livre de estímulos.
· Em casos de ação psicomotora e heteroagressividade, deve-se usar a equipe de contenção
· exame físico deve ser feito o quanto antes, a fim de detectar sinais e sintomas de complicações clínicas agudas (crises hipertensivas, traumatismos craniencefálicos, sangramentos, hipoglicemia) ou complicações clínicas relacionadas à cronicidade da patologia (hepatomegalias e desnutrição)
· aferição de pressão arterial, de glicemia capilar e temperatura axilar, ausculta cardíaca e pulmonar, inspeção de integridade cutânea e exame neurológico sumário
· exames laboratoriais são necessários, sendo hemograma, exames de função hepática, função renal e eletrólitos
· Exames complementares (radiografia de tórax, ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada de crânio)
· Para todos os pacientes está indicado o uso de tiamina 300 mg intramuscular (IM) como profilaxia da síndrome de Wernicke-Korsakoff, sempre 30 minutos antes da aplicação de glicose hipertônica endovenosa, se for indicada
· a instalação de soro fisiológico e glicose hipertônica endovenosa é conduta utilizada somente se o paciente estiver desidratado e hipoglicêmico
· evitar medicações que possam ter efeito cruzado com o álcool (benzodiazepínicos e histamínicos (prometazina))
· em casos de agitação psicomotora e heteroagressividade, dar preferência aos antipsicóticos de alta potência, como haloperidol 5 mg IM, com intervalos de 30 minutos entre uma dose e outra, até a sedação
Intoxicação patológica:
É uma intoxicação alcoólica seguida de uma reação de extrema agressividade, violência e fúria, sem motivo específico, não apresentada normalmente pelo indivíduo
Outras características importantes são:
1. amnésia dos eventos que ocorreram durante o estado de intoxicação;
2. longo período de sono após o episódio de agressividade
3. perda do controle dos impulsos
Como sinais e sintomas, pode haver rebaixamento do nível de consciência até atingir estágios nos quais haja perda da orientação e da crítica
Manejo: também costuma ser autolimitado. Mas pode ser usado medicações para diminuir episódios de agitação psicomotora(ex: haldol, 5mg IM)
Uso nocivo do álcool:
O uso nocivo de álcool pode ser diagnosticado como um padrão de beber disfuncional ou mal -adaptativo capaz de interferir na vida do indivíduo, provocando:
1. problemas interpessoais
2. problemas legais
3. problemas psicológicos;
4. problemas clínicos associados ao padrão de consumo, em um período igual ou superior a um ano, mas que, no entanto, não satisfaçam critérios para dependência de álcool
Manejo:
· Esforços para atenuação nesse tipo de bebedor deve sempre ser incentivado
· A abordagem psicossocial mais indicada para esse tipo de quadro é a intervenção breve. Também poe usar abordagens farmacológicas
Síndrome por abstinência de álcool:
SAA é caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas que surgem nas primeiras 6 horas após a diminuição ou a interrupção do uso do álcool, sendo o tempo e a intensidade desse uso diretamente proporcionais a gravidade da sua apresentação.
Tem curso flutuante e autolimitado, com pico de duração de 24 a 48 horas após início dos sintomas, podendo durar e 5 a 7 dias 
Quadro clínico: relacionado aumento da atividade autonômica, podendo incluir tremores de extremidades e da língua, ansiedade, sudorese, taquicardia, aumento da pressão arterial, insônia, alteração do humor, cefaleia, vômitos, náuseas, inquietação, aumento da sensibilidade ao som e caibras musculares
Internação x tratamento ambulatorial:
· Ambulatorial, internação domiciliar, hospital-dia e internação em regime fechado
· O local de tratamento depende da gravidade dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente, dos insucessos em tratamentos anteriores, da presença de uma rede de apoio e avaliação das condições clinicas do paciente(desidratação, história de TCE, sintomas neurológicos, complicações clinicas(HAS) grave, insuficiência renal, sangramento digestivo), delirium tremens(DT), convulses e sintomas psicóticos serão tratados em hospital. 
· A desintoxicação ambulatorial tem algumas vantagens se comprada ao tratamento em hospitais, como redução e 1/3 dos custos e aumento do número de pessoas que buscam tratamento, possibilitando aos pacientes continuar exercendo suas atividades laborais e/ou domésticas
Manejo: 
· Nível leve/moderado: tratamento ambulatorial
1. leve agitação psicomotora, tremores finos de extremidades, sudorese discreta, cefaleia, náuseas sem vômitos e sensopercepção inalterada
2. orientação no tempo e no espaço; contato e juízo crítico da realidade preservados; ansiedade leve, sem episódios de auto ou heteroagressividade
3. paciente com rede social continente
4. ausência de complicações e/ou comorbidades clínicas e/ou psiquiátricas graves no exame geral
· Nível grave: indicado tratamento em hospital geral
1. agitação psicomotora intensa, com tremores generalizados, sudorese profusa, cefaleia, náuseas com vômitos, sensibilidade visual intensa e quadros similares a crises convulsivas ou história de crises convulsivas pregressas
2. desorientação no tempo e no espaço, contato ejuízo crítico da realidade comprometidos, ansiedade intensa; história de violência auto e heteroagressiva, com alteração do pensamento, podendo apresentar conteúdo delirante e alucinações auditivas, táteis ou visuais (microzoopsias)
3. rede social de apoio inexistente ou ambiente facilitador ao uso de bebidas alcoólicas
4. complicações e/ou comorbidades clínicas e/ou psiquiátricas graves (p. ex., depressão grave com risco de suicídio)
Tratamento: são os benzodiazepínicos. Os benzodiazepínicos podem ser ministrados por via oral ou parenteral.
Delirium tremens:
Forma mais grave e complicada da abstinência de álcool; potencialmente fatal que se desenvolve em geral 1 a 4 dias após instalação da SAA. A mortalidade dos pacientes com DT é de 5 a 25%.
É uma psicose orgânica que pode ser reversível em 2 a 10 dias
Características
· Estado de confusão mental agudo, com rebaixamento no nível da consciência, desorientação temporal e espacial, estreitamento do campo vivencial e desatenção
· Comportamento pode ficar desorganizado pode ocorrer agitação intensa, a fala pode ser ininteligível, com presença de agressividade verbal e física e humor disfórico
· pode ter alucinações táteis e visuais
· hiperatividade autonômica, como taquicardia, diaforese, febre, ansiedade, insônia e hipertensão
Manejo: tratada em ambiente hospitalar com Diazepam, 10 a 20 mg VO de hora em hora. o melhor tratamento é a prevenção. Pode ser usado benzodiazepínicos. Psicoterapia de apoio. Deve ser tratado em hospital geral.
Transtorno por uso de álcool:
O transtorno por uso de álcool é definido por um agrupamento de sintomas comportamentais e físicos, os quais podem incluir: abstinência, tolerância e fissura
· Abstinência = sintomas de abstinência que se desenvolvem 4 a 12 horas após a redução do consumo ▪
· Fissura = desejo intenso de beber, o qual torna difícil o paciente pensar em outra coisa e frequentemente resulta no início do consumo
Indivíduos com dependência e abuso de álcool demonstram prejuízo no funcionamento social ou ocupacional devido ao uso da substância
Especificar se: em ambiente protegido: Este especificador adicional é usado se o indivíduo se encontra em um ambiente no qual o acesso a álcool é restrito. Exemplos: prisão rigorosamente vigiadas e livres de substâncias, comunidades terapêuticas ou unidades hospitalares fechadas
Tipos de dependência por álcool:
· Tipo A = início tardio, poucos fatores de risco na infância, dependência relativamente leve, poucos problemas relacionados ao álcool e pouca psicopatologia
· Tipo B = muitos fatores de risco na infância, dependência grave, início precoce de problemas relacionados ao álcool, muita psicopatologia, história familiar de abuso de álcool, abuso frequente de várias substâncias, longa história de tratamento para o uso de álcool e várias situações de vida estressantes graves.
CONSEQUÊNCIAS : Problemas de conduta, depressão, ansiedade e insônia estão relacionados com o consumo intenso. Efeitos gastrointestinais: gastrite, úlceras estomacais ou duodenais, cirrose hepática e/ou pancreatite. Neuropatia periférica: fraqueza muscular, parestesias e diminuição da sensibilidade periférica. Aumento nas chances de suicídio. Condução de veículos e operar máquinas fica prejudicado. Baixa produtividade no trabalho. Um efeito devastador sobre o SNC é o transtorno amnésico persistente induzido por álcool (Síndrome de Wernick-Korsakoff), que é raro. A capacidade de codificar novas memórias fica gravemente prejudicada
PREVALÊNCIA: é mais comum em homens adultos do que em mulheres. É mais alta entre pessoas de 18 a 29 anos. A prevalência é mais abaixa a partir dos 65 anos. A idade de inicio de um transtorno por uso de álcool se desenvolve até o fim das faixas dos 30 anos
CURSO: curso variável, caracterizando por períodos de remissão e recaídas.
FATORES DE RISCO: inclui: atitudes culturais em relação ao consumo e à intoxicação, a disponibilidade de álcool (incluindo o preço), experiências pessoais adquiridas com álcool e níveis de estresse; o transtorno apresenta um padrão familiar, sendo explicado por influências genéticas em 40 a 60% dos casos. A taxa dessa condição é 3 a 4 vezes maior em parentes próximos de pessoas com transtorno por uso de álcool
MARCADORES DIAGNÓSTICOS:
· Medição da concentração de álcool no sangue 
· GGT ( > 35 unidades)
· CDT (> 20 unidades): identifica indivíduos que consomem mais de 8 doses por dia • VCM – volume corpuscular médio (fica alto)
· Testes de função hepática: revela danos hepático
SINAIS E SINTOMAS: dispepsia, náusea e edema podem acompanhar gastrite, e hepatomegalia, varizes esofágicas e hemorroidas; tremor, instabilidade na marcha, insônia e disfunção erétil. Nas mulheres, irregularidades menstruais e durante a gestação, aborto espontâneo e síndrome alcoólica fetal
Nicotina:
O tabagismo é considerado uma pandemia, sendo a maior causa de morte evitável no mundo
Tabagismo: consumo de qualquer produto derivado do tabaco
O cigarro industrializado é a forma de consumo prevalente em nossa sociedade, mas o tabaco pode ser usado e várias formas de apresentação: inalado (cigarro, charuto, cigarro de palha), aspirado(rapé), mascado(fumo-de-rolo).
Em todos os casos há absorção de substâncias como alcatrão, nicotina e monóxido de carbono, aumentando as taxas de morbimortalidade
Dependência de nicotina:
O CID-10 traz a dependência de nicotina
A presença de 3 ou mais características no último ano configura dependência:
1. forte desejo de consumir a substância ou senso de compulsão para tal 
2. dificuldade em controlar o comportamento de consumir a substância em termos de seu início, término ou níveis de consumo
3. estado de abstinência fisiológico quando o uso da substância cessou ou foi reduzido, como evidenciado por: síndrome de abstinência característica para a substância ou uso da mesma substância (ou de outra intimamente relacionada) com a intenção de aliviar ou evitar sintomas de abstinência
4. tolerância, ou seja, aumento crescente das doses da substância psicoativa é requerido para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas para matar ou incapacitar usuários não tolerantes 
5. abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso de substância psicoativa, aumento da quantidade de tempo necessário para obter ou tomar a substância ou para se recuperar de seus efeitos
6. persistência do uso da substância, apesar da evidência clara de consequências manifestamente nocivas
Diagnostico e avaliação do fumante:
Avaliação inicial apenas com o fumante
· história do tabagismo = como e quando começou a fumar, quais produtos derivados do tabaco consome regularmente e como são seus hábitos em relação a fumar
· tentativas anteriores de deixar de fumar
· comorbidades clínicas
· comorbidades psiquiátricas
· apoiadores sociais
· grau de motivação = verificar o estágio de motivação que ele está (quadro abaixo)
· dependência = teste de Fagerstrom (soma > 5 pontos = dependência
Exames complementares:
Radiografia de tórax, espirometria antes e depois de broncodilatador, eletrocardiograma, hemograma completo, bioquímica sérica e urinária. Medidas do monóxido de carbono expirado e da cotinina (urinária, sérica ou salivar) são úteis na avaliação e no seguimento do fumante, devendo ser utilizadas quando disponíveis
Tratamento:
Terapia psicossocial = terapia comportamental. Auxilia no planejamento e na prática de habilidades de enfrentamento para situações associadas com o tabagismo. Controle de estímulos (retirar do ambiente tudo que faça a pessoa pensar em fumar). Terapia aversiva (faz o tabagista fumar até sentir náuseas)
Tratamento farmacológico = recomenda-se para todo fumante acima de 18 anos com consumo superior a 10 cigarros/dia
· Medicamentos nicotínicos: é a terapia de reposição de nicotina (TRN) tem como objetivo diminuir os sintomas de abstinência e da intensidade da fissura. Usa-se de 8 a 12 semanas. A terapia deve ser introduzida assim que o paciente parar de fumar. Existem seis formas de TRN: adesivos transdérmicos, goma,pastilha, inalador, spray e comprimidos sublinguais
· Não nicotínicos = Bupropiona; clonidina
Estratégias não farmacológicas = aconselhamento individual, em grupo, telefônico
Mudança de hábito = o paciente deve identificar os principais hábitos relacionados a fumar e discutir mudanças em sua rotina
Motivação = trabalhar junto ao paciente os motivos para deixar de fumar e assim permanecer. A cada nova fissura ele deve decidir se permanece sem fumar ou não. Deve haver uma motivação inicial e ir destacando os demais ganhos para a construção de novos motivadores
Métodos de cessação do fumo:
· Abrupto = é a chamada parada “de estalo”, na qual o fumante deve escolher uma data e cessar totalmente o consumo de cigarros de um momento para outro
· Gradual
· Redução = o fumante deve passar a fumar menos cigarros a cada dia/semana, até o dia em que não fumará mais
· Adiamento = o fumante deve adiar a hora em que começa a fumar o primeiro cigarro do dia, até o dia em que não fumará mais
Transtorno por uso de tabaco:
Especificar a gravidade atual:
· Leve: Presença de 2 ou 3 sintomas
· Moderada: Presença de 4 ou 5 sintomas
· Grave: Presença de 6 ou mais sintoma
A tolerância ao tabaco é exemplificada pelo desaparecimento da náusea e da tontura após o consumo repetido e com um efeito mais intenso do tabaco na primeira utilização do dia. A interrupção do uso de tabaco pode produzir uma síndrome de abstinência bem definida. A grande maioria relata fissura pela substância quando deixam de fumar por várias horas
CARACTERÍSTICAS: Fumar nos primeiros 30 minutos após o despertar, fumar diariamente, fumar mais cigarros por dia e acordar à noite para fumar são características que estão associadas ao transtorno por uso de tabaco. Ocorrências ambientais podem despertar fissura e abstinência. O desenvolvimento de dependência de tabaco é rápido, provavelmente porque a nicotina ativa o sistema dopaminérgico da área tegmentar ventral, o mesmo sistema afetado por cocaína e anfetamina
Etiologia: soas com algum transtorno psiquiátrico tem maior chance de iniciar o fumo. Indivíduos de baixa renda e baixo nível educacional estão mais propensos a iniciar o uso de tabaco e têm menos probabilidade de interrompê-lo. Fatores genéticos contribuem para o início do uso de tabaco, para a continuidade do uso e para o desenvolvimento do transtorno por uso de tabaco
Abstinência do tabaco:
Características: os sintomas da abstinência se devem a privação da nicotina. 
· Fissura por tabaco
· Tensão
· Irritabilidade
· Redução da FC
· Redução da PA
· Aumento do apetite
· Ganho de peso
· Redução do desempenho motor 
· Aumento da tensão muscular
· Constipação
· Tosse
· Tontura
· sonhos/pesadelos
· náusea
· dor de garganta
· fissura por consumir alimentos doces ou açucarados
Prevalência: 50% dos usuários de tabaco que abandonaram o hábito durante dois dias ou mais apresentam sintomas que satisfazem os critérios para abstinência de tabaco. Os sinais e sintomas referidos com mais frequência são ansiedade, irritabilidade e dificuldade de concentração. Os sintomas menos referidos são depressão e insônia
A abstinência de tabaco normalmente se inicia no prazo de 24 horas após a interrupção ou redução do uso, chega a um pico 2 a 3 dias após a abstinência e dura 2 a 3 semanas
Maconha:
No final do século XIX e no início do XX, estratos da maconha foram comercializados por grandes laboratórios farmacêuticos, com múltiplas indicações, entre elas como sedativo, hipnótico, analgésico, anti- inflamatório, estimulante do apetite e outros. A Cannabis é a droga ilegal mais utilizada no mundo
Farmacologia:
A Cannabis sativa tem suas folhas do terço superior e principalmente suas flores, das plantas femininas, recobertas por pelos secretores, com uma estrutura terpeno e fenol, que são os fitocanabinoides/ canabinoides. 
A principal estrutura dos canabinoides o ∆9tetrahidrocanabinol (∆9 -THC), é responsável pelos efeitos psicoativos da planta. Hoje em dia são conhecidos 80 canabinoides
O canabidiol(CBD), que forma 40% do extrato da maconha, tem vários efeitos opostos ao ∆9 -THC, como efeito ansiolítico e antipsicótico
Os receptores mais conhecidos são o CB1 e CB2, de acordo com sua ordem de descoberta. O CB1 distribui-se amplamente no encéfalo, localizando-se no terminal pré-sináptico, sendo responsável pelos principais efeitos psicoativos do canabinoides. O CB2 é responsável pela medicação de efeitos periféricos, com ênfase em sua expressão no sistema imune.
· ∆9-THC → agonista parcial do receptor CB1
· CBD → antagonista CB1/CB2 e: bloqueio da recaptação de anandamida, agonista 5HT1A, diminuição da captação de adenosina, estímulo de receptores vaniloides e ação antioxidante
Os principais sistemas neurais regulados pelos endocanabinoides são o GABAérgico (inibitório) e o glutamatérgico (excitatório). Nesses dois sistemas, o acoplamento com o receptor CB1 inibe a liberação dos neurotransmissores.
Quadro clínico:
Uso agudo: Vários fatores envolvem os efeitos agudos da maconha, o primeiro é a parte predominante da planta que compõe e a amostra. Outros fatores que também influenciam os efeitos agudos, se destacam: o ambiente em que a maconha está sendo utilizada, o estado emocional no momento do uso, a personalidade do usuário e as condições genéticas e de cultivo da planta, responsáveis pela concentração relativa dos diferentes canabinoides(CBD e ∆9-THC)
Uso em situações sociais: produz efeitos subjetivos, como:
· Relaxamento
· Leve euforia
· Intensificação de experiencias sensoriais(ouvir música ou ver imagens)
· Alterações na percepção( sobretudo na avaliação do tempo, acha que passa mais lento)
· Taquicardia
· Aumento da PA sentado, seguido por queda quando levando
· Enrubescimento das conjuntivas 
Uso crônico: 
· Efeitos sobre o SNC: a maconha fumada libera componentes semelhantes ao tabaco. Os efeitos de fumar crônico são bem conhecidos e incluem alterações inflamatórias no trato respiratório, como bronquite crônica, dispneia e produção e catarro infectado
· Efeitos sobre cognição: foram detectados alterações na memória, atenção, funções executivas e controle involuntário de respostas
· Efeito sobre ansiedade e humor: prevalência maior de transtornos de ansiedade. O uso crônico da maconha pode produzir uma alteração no sistema endocanabinoide, desregulando-o e gerando uma ansiedade persistente
· Associação com psicose: a elevação de ∆9 -THC produzem sintomas psicóticos transitórios, , com sintomas positivos (delírios, afrouxamento nas associações do pensamento e ilusões) e negativos (retraimento emocional) 
Diagnostico de abuso e dependência:
Uma série de evidências neurobiológicas indica que a maconha afeta os sistemas de recompensa cerebral, desse modo se assemelhando a outras drogas de abuso. O desenvolvimento de tolerância a vários efeitos da maconha, que incluem cardiovasculares e psicológicos, tem sido demonstrado
O lento desaparecimento do ∆9 -THC do organismo, após a interrupção do uso, pode atenuar os sintomas de abstinência, contribuindo para dificultar sua identificação.
Em geral, os sintomas de abstinência iniciam 24 horas após o último uso e atingem o pico em 2 a 3 dias
Tratamento:
Intoxicação aguda: tratamento farmacológico dos efeitos agudos fisiológicos. Usado ribomanato, antagonista do receptor CB1
Efeitos agudos psiquiátricos: halopreidol e olanzapina. Uso de antipsicóticos 
Abstinência e dependência:
· Não farmacológico: e entrevista motivacional (EM), terapia cognitivo -comportamental (TCC) e manejo de contingências (MC)
· Farmacológico: dronabinolpreparação sintética do principal componente psicoativo da maconha, Δ9THC, demonstraram ser promissoras, agonista de CB1. Lítio. É possível dizer que ainda não existem medicações eficazes para transtorno relacionado ao uso de maconha.
Transtorno por uso de cannabis:
Indivíduos com transtorno por uso de Cannabis podem usá-la o dia inteiro ao longo de um período de meses ou anos e, portanto, podem passar muitas horas por dia sob sua influência. Outros podem usá-la com menos frequência, mas seu consumocausa problemas recorrentes relacionados à família, à escola, ao trabalho ou a outras atividades importantes. Indivíduos que usam Cannabis regularmente costumam relatar que a consomem para lidar com o humor, sono, dor ou outros problemas fisiológicos e psicológicos, e as pessoas diagnosticadas com transtorno por uso de Cannabis frequentemente apresentam outros transtornos mentais concomitantes
Cocaína e crack:
Extraída da planta Erythroxylon coca, nativa da América Andina. É a droga ilícita que mais motiva o usuário a buscar tratamento, ainda que não seja a mais consumida
Além da mortalidade e redução da expectativa de vida, há um grande impacto social do crack e da cocaína → maior taxa de hospitalização; subemprego e desemprego; violência, vitimização e gastos com o sistema carcerário.
A utilização produz uma euforia de grande magnitude e de curta duração, seguida de intensa fissura e desejo de repetir a dose
Ao longo do tempo, muitas pessoas preferiram a forma inalatória ao invés da injetável, pelo crescente risco associado ao HIV
Crack:
Nova forma de apresentação e administração da cocaína, uma vez que sua forma básica, obtida por uma base, como sulfato de amônio ou bicarbonato de sódio, à pasta -base ou à cocaína na forma de cloridrato (pó em seu estado final de refinamento), faculta seu uso por via fumada
Muitos dependentes passam a noite ou mesmos dias seguidos consumindo a droga até a completa exaustão, sem dormir e sem comer minimamente. Isso implica em uma grande vulnerabilidade de doenças clínicas, desnutrição e pela necessidade de manutenção da autoadministração comportamento impulsivos, violentos e promiscuidade para obter droga ou dinheiro para droga
Aspectos farmacológicos:
A cocaína é um éster da família dos tropanos de alcaloides naturais. 
Tem múltiplas ações periféricas e centrais:
· potente anestésico local, com propriedades vasoconstritoras 
· estimulante do SNC
· bloqueio da recaptção de dopamina no sistema mesolímbico-mesocortical, o sistema de recompensa causa quadro de euforia e desejo por novas experiencias
· bloqueia recaptção de serotonina e noradrenalina
A cocaína pode ser utilizada por qualquer via de administração, com rápida e eficaz absorção pelas mucosas oral e nasal e pela via pulmonar
Quadro clínico:
Componente comum do quadro clínico do usuário de crack e cocaína é o uso de outras drogas, com intuito de minimizar a abstinência ou atenuar os efeitos indesejáveis do consumo(álcool, bezodiazepnicos e maconha). Esse uso causa mais risco de overdose
Efeitos agudos:
· euforia, autoconfiança elevada, aumento do senso de energia e da cognição, vigília, estado de alerta sensorial, redução do apetite, ansiedade e suspeição – podendo atingir a intensidade e sintomas persecutórios e paranoides
· e sintomas da descarga simpática generaliza, como aumento do trabalho cardíaco(frequencia e contração) e da temperatura corporal, sudorese, tremores, hipoventilação, midríase, cefaleia e espasmos musculares, principalmente da língua e da mandíbula
Efeitos crônicos:
· uso crônico leva a diminuição da dopamina na sinapse, em decorrência do aumento da metabolização dela e do envio de estímulos de liberação menos intensos pelo organismo
· redução do limiar de convulsibilidade as expensas da sensibilização neuronal
· tolerância, persecutoriedade durante o consumo (“noia”), depressão de reborte após uso) e fissura
· ansiedade irritabilidade, impulsividade, fissura, letargia e sintomas depressivos
Tratamento e reabilitação:
Desintoxicação = na síndrome de abstinência não tem perturbações fisiológicas, por isso não requer que o paciente procure um hospital. Deve-se limitar o acesso à cocaína. É preciso trabalhar em cima de reforços negativos (mostrar para pessoa o quanto o uso é prejudicial em suas relações). Fazer a terapia de prevenção a recaídas
Abstinência de estimulantes:
Depois da intoxicação por estimulantes, ocorre um colapso (“caída”, “repé” ou crash), com sintomas de ansiedade, tremor, humor disfórico, letargia, fadiga, pesadelos (acompanhados por sono REM de rebote), cefaleia, suor excessivo, cãibras musculares, cólicas e fome insaciável. Os sintomas de abstinência geralmente atingem o ápice em 2 a 4 dias e se resolvem em uma semana. O sintoma mais grave é a depressão, que pode ser particularmente grave após o uso prolongado de doses elevadas de estimulantes, podendo estar associada a ideação ou comportamento suicidas. Um indivíduo no estado de abstinência pode sentir fissura forte e intensa por cocaína, especialmente porque seu uso pode eliminar os sintomas desagradáveis de abstinência. Pessoas que experimentam abstinência de cocaína costumam tentar se automedicar com álcool, sedativos, hipnóticos ou agentes ansiolíticos, como diazepam.
É descrita como trifásica:
1. crash :primeira hora após cessação do consumo, podendo se alongar até 3 ou 4 dias, há um período de piora do humor, hipersonia, esgotamento físico, sintomas depressivos e arrependimento pelo uso. O desejo pelo consumo pode se instaurar ainda nessa fase, em geral após os primeiros dias. Tal fase se associa a uma brusca e intensa depleção de neurotransmissores na fenda sináptica, sobretudo dopamina
2. Síndrome disfórica tardia: fase de alteração do humor; pode durar de 2 semanas a 3 a 4 meses, com volta do desejo do consumo da droga, irritabilidade e alterações do afeto. Há uma intensificação do desejo pelo consumo, ou craving, e consequentemente maior risco de recaída
3. Extinção: pode durar alguns meses ou mesmo anos; há uma melhora da fissura pelo consumo, permanecendo a princípio sintomas de anedonia, dificuldades de planejamento e assertividade

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