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Decreto 9013/2017 (RIISPOA) – Art 235: Entende-se por leite, sem outra especificação, . 1 O leite de outros animais deve denominar- se segunda a espécie de que proceda; 2 E permitida a mistura de leite de espécies diferentes, desde que conste na denominação de venda do produto e seja informada na rotulagem a percentagem de leite de cada espécie. LEITE TIPO “A” Deve ser produzido em Granja leiteira, com o rebanho acompanhado por veterinário do Serviço de Inspeção. Ordenha mecânica e deve ser pasteurizado imediatamente após a ordenha. Pode ser homogeneizado Pode ser padronizado Rotulagem em azul. LEITE TIPO “B” e C Produzido em Estábulo Leiteiro Ordenha mecânica e após a ordenha Pode ser resfriado e transportado para ser pasteurizado LEITE “IN NATURA” Deve ser integral, pode ser homogeneizado Rotulagem verde. Padrão microbiológico Produzido em qualquer tipo de propriedade Sem acompanhamento do Serviço de Inspeção. Gordura padronizada em 3%. LEITE “UHT” Produzido nas mesmas condições LEITE “IN NATURA”. Deve ser homogeneizado e sofrer tratamento térmico entre 130°C e 150 °C por 2 - 4 segundos. Pode ser denominado Longa Vida (ou UAT ou UHT) LEITE “RECONSTITUIDO” A partir do leite em pó, podendo ser misturado com leite. Segue os padrões do Leite “IN NATURA”. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DO LEITE Quanto ao teor de gordura: Integral: 3,0% Semi-desnatado: 0,6 - 2% Desnatado: máx. 0,5% Fluxograma – Pasteurização: Recepção -> controle de qualidade -> refrigeração e estocagem -> clarificação e padronização -> homogeneização -> pasteurização - > envase Seleção do leite Provas de plataforma: Provas sensoriais: aspectos visuais e aroma Prova do alizarol: leite deve ser estável alizarol 72% Características de um leite normal: Densidade: 1,028 – 1,034 g/ml a 15°C PROCESSO DE PRODUÇÃO Ponto de congelamento ou índice crioscópico: 0,512 – 0,550 pH: 6,5 – 6,7 acidez titulável: 0,14 a 0,18g de ácido Pré-tratamentos do leite: Filtração, pré- aquecimento, clarificação, padronização, homogeneização, bactofugação. Centrifugação Alguns usos da centrifugação incluem: Clarificação ou remoção de impurezas sólidas antes da pasteurização Desnate ou separação do creme Padronização Separação do soro Bactofugação ou separação de bactérias do leite Purificação do óleo da manteiga Princípios: A velocidade da sedimentação de uma partícula aumenta com: Aumento no diâmetro Aumento na diferença de densidade das duas fases Diminuição na viscosidade da fase contínua CLARIFICAÇÃO Operação de centrifugação que visa retirar bactérias e células somáticas do leite, melhorando suas qualidades e aspectos para o processo Feita por centrífugas, antes da pasteurização. É importante aqui a eliminação também das bactérias mortas, que contém enzimas que mais tarde poderão ser prejudiciais ao leite e seus derivados. A separação e a clarificação podem ser feitas na mesma centrífuga. As partículas mais densas do que o leite são empurradas para a periferia. Os sólidos que são coletados na centrífuga são formados por: Sujeira, células epiteliais, leucócitos, corpúsculos, bactérias, etc. Centrífugas modernas são auto-limpantes e permitem um processo contínuo de separação/clarificação. Centrífugas auto limpantes têm, em sua cuba de centrifugação, orifícios que se abrem temporariamente O alívio da pressão no interior da centrífuga permite a abertura dos orifícios Tipicamente por períodos de 0,15 s. Uma quantidade considerável de líquido escapa junto com o sedimento. Isso pode significar entre 8 a 25 L ejetados em intervalos de 60 min. Bactofugação A bactofugação é um processo no qual uma centrífuga (Bactofuga) é usada para separar microrganismos do leite. Bactérias, em especial esporos resistentes ao calor, tem densidade maior do que o leite. A bactofugação é uma complementação útil para os processo de termização, pasteurização e esterilização. Pré aquecimento O processo UHT envolve um pré aquecimento com regeneração de calor O pré aquecimento (~80-95ºC) é atingido pelo uso de leite quente processado para aquecer o leite crú. Isso permite que parte do calor usado no processo seja regenerado e que a quantidade de água necessária para o resfriamento seja diminuída. O leite pré aquecido é, em geral, mantido por 15s a alguns minutos para desnaturar as proteínas do soro, principalmente a β- lactoglobulina. etapa de estabilização de proteínas. É comumente utilizado em plantas que se utilizam de aquecimento indireto para o processo UHT. Os processos de pré aquecimento e resfriamento são sempre feitos em trocadores de calor indiretos. PADRONIZAÇÃO DA GORDURA Regula o teor de gordura do leite Feita por desnatadeiras centrífugas, o laticínio usa para si o creme retirado para a fabricação de manteiga, requeijão, etc. Integral: original da vaca Variável entre 3-4% Longa Vida: Integral = 3,0% (?) Padronizado: 3% Semi-desnatado: 0,6-2,9% Desnatado: máx. 0,5 % Creme obtido: matéria-prima para a fabricação de: Manteiga, Sorvete, Creme de leite, Chantilly Separação Centrífugas podem ser usados para separar o creme do leite desnatado Uma típica centrífuga para esse propósito consiste de 120 discos dispostos em um ângulo de 45 a 60º e separados por uma distância de 0,4 a 2,0 mm Na centrifugação, os glóbulos de gordura, menos densos do que o leite, se movem para a parte interna do rotor O leite desnatado se move para a parte externa Ambos os componentes saem por válvulas separadas Eficiência do desnate A quantidade de gordura que pode ser separada depende do desenho do separador, o fluxo de entrada e o tamanho e distribuição dos glóbulos de gordura Os glóbulos menores (normalmente < 1μm) não têm tempo de separar e saem junto com o leite desnatado O percentual de gordura do leite desnatado fica em torno de 0,04 e 0,07% (normalmente) Padronização/ Homogeneização Os jatos de leite desnatado e creme após a separação podem ser recombinados para obter leite com um teor de gordura específico; Consiste em subdividir os glóbulos de gordura em frações menores. Neste tratamento a temperatura deve ser de 54oC ou superior, para que toda a gordura do interior do glóbulo esteja líquida. O glóbulo é rompido por forças mecânicas: pressão ou ultra-som. Neste processo há a formação de uma nova membrana “cicatrizando’ o glóbulo. Vantagens: Evita a separação da gordura durante o transporte e armazenagem; indispensável no leite UHT e no leite com longa refrigeração. Torna o leite mais branco pelo aumento do número de glóbulos de gordura Não forma película ao ferver (nata) Ação antioxidante Melhora a palatabilidade e viscosidade. “suja mais o copo” Melhora o sabor Melhora a aparência geral do produto. Desvantagens: Dificulta o desnate posterior Aumenta a sensibilidade à luz Aumenta a sensibilidade às lipases Diminui a estabilidade das proteínas ao calor. Leite homogeneizado não pode ser separado Aumento de sensibilidade a luz. O leite não pode ser utilizado para a produção de queijos semiduros ou duros Efeitos da homogeneização: Não ocorre a separação de fases Cor branca Melhora sensorial Requerimentos do processo: Homogeneização é mais eficiente quando a fase gordurosa está no estado líquido Creme >12% de gordura não pode ser homogeneizado em pressões normais, o processo de homogeneização em alta pressão é necessário. A homogeneização é um processo mecânico no qual o leite é forçadoatravés de uma abertura pequena em alta velocidade PASTEURIZAÇÃO DO LEITE Processo térmico que visa eliminar a microbiota patogênica do leite. Há redução também da microbiota deteriorante, o que prolonga sua conservação Obrigatória no Brasil para todo o leite Todos os derivados devem ser fabricados a partir de leite pasteurizado Tecnologia obrigatória em todo o processo de laticínios Produtos sem pasteurização são considerados CLANDESTINOS! emprega temperaturas brandas sempre há sobrevivência de bactérias o produto necessita ser mantido em refrigeração vida útil de até 5 dias Objetivos: Destruição de microrganismos patogênicos e/ou alteradores não formadores de esporos; Inativação de enzimas; Cumprir a legislação quanto aos aspectos de saúde pública; Aumentar a vida de prateleira do produto conservando-o por um tempo mais prolongado. Microrganismos alvo: Mycobacterium tuberculosis; Coxiella burnetti; Além de todas leveduras, bolores, Bactérias Gram-negativas e muitas Grampositivas. Microrganismos sobreviventes: Termófilos; Termodúricos; Esporulados; Ex. Lactobacillus, Streptococcus. Pasteurização lenta: 62-65°C/30 min. Desvantagens: POUCO UTILIZADA Descontínua Demorada Consumo alto de energia Vantagens: Redução 95% das bactérias Viável para pequenos volumes Altera pouco o leite para a fabricação de queijo Pasteurização HTST: 75°C / 15 – 20 segundos Vantagens: Processo rápido e contínuo Ideal para grandes volumes de leite Eficiência de 99,5% na redução bacteriana Alteração um pouco maior no leite Não destrói as enzimas produzidas por bactérias psicrotróficas: Pseudomonas . Desvantagens: As enzimas do leite são também afetadas As lipases e proteases endógenas são grandemente inativadas. A peroxidase é inativada aos 85oC e deve, portanto, estar intacta no leite pasteurizado (HTST), Sua inativação é indício de sobreaquecimento do leite e pode estar mascarando um produto muito contaminado A fosfatase alcalina é lábil e não deve estar presente no leite pasteurizado. Sua presença indica que o leite não atingiu a temperatura adequada Maior desnaturação das proteínas especialmente das albuminas (até 20%) e perda de cálcio coloidal, dificultando a coagulação do leite pela renina na confecção de queijos. Processo longa vida: 130 0C – 150 0C / 3 – 5 segundos Ultra Alta Temperatura (UAT) Ultra High Temperature (UHT) Alta eficiência (> 99,99%) Leite necessita homogeneização Vida útil 4 meses Geralmente se faz um préaquecimento antes do processo, o que protege um pouco as proteínas para o processo. Na prática funciona como esterilização. Este processo altera bem mais o sabor, sendo a evolução a) Sabor cozido pronunciado b) Sabor cozido c) Sabor aceitável d) sabor neutro ➥consumo e) ligeiramente oxidado f ) oxidado Vantagens do leite longa vida: • Elimina todas as bactérias; • Não necessita refrigeração; • Custos menores de transporte e estocagem; • Transporte à longas distâncias; • Ampliação do mercado de leite; • Permite estocagem; no mercado e doméstica Desvantagens do leite longa vida: • Alteração do sabor (“cozido”) • Perdas de nutrientes • Alteração da fração protéica • Limitado a leite de beber • Não permite uso para fabricação de derivados de leite PROBLEMAS POSSÍVEIS: Número exagerado de esporos no leite Sobrevivência ao processo Proliferação e deterioração Má qualidade do leite cru Bactérias psicrotróficas proteolíticas Coagulação espontânea do leite Vazamentos na embalagem Contaminação e deterioração do leite Resfriamento: Imediato, no próprio pasteurizador a 4°C Placas de resfriamento Envase: Em menor tempo possível Polietileno e cloreto de polivinilideno Polietileno de alta densidade em 3 camadas Envase Asséptico: Soldagem horizontal Sistema TetraPak Embalagem laminada Enchimento com leite estéril e fechamento da embalagem de um litro Injeção de ar estéril sobre pressão no ambiente de enchimento -> assepcia do processo ESTERILIZAÇÃO DO LEITE 120°C/10 min Objetivo: combina alta temperatura com um período de retardamento para assegurar destruição completa de bactérias formadoras de esporos resistentes ao calor e um rápido resfriamento para minimizar qualquer dano ao produto através do calor. Elimina todas as formas de microrganismos, inclusive esporos Carameliza o leite, torna-o escuro Elimina todas as formas vegetativas das bactérias; Produto torna-se “comercialmente estéril”; Armazenagem em temperatura ambiente Algumas formas esporuladas podem, eventualmente sobreviver; São formas termófilas que não se desenvolvem na temperatura de estocagem Qualidade do leite: Leite ácido é impróprio. Não deve conter proteínas de soro – indicação de colostro A qualidade microbiológica deve ser alta Produtos que serão submetidos à esterilização usualmente contém uma flora mista de células vegetativas e esporos: Processos: Esterilização indireta: trocadores de calor: 135ºC por 10 a 15 s Esterilização direta: injeção de vapor: 140ºC a 150ºC por 1 a 3 s Embalagem asséptica Distribuição e Armazenamento: T ambiente Vida de prateleira: 3 meses
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