Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
- É uma doença bacteriana de ocorrência mundial, tem grande importância na saúde pública pois tem caráter zoonótico - A infecção é causada por diferentes sorovares de espiroquetas pertencentes ao gênero Leptospira spp. # Nos suínos - Se destaca como uma das mais importantes do ponto de vista econômico, devido as perdas, falhas reprodutivas, decorrente da infecção fetal durante a fase aguda - Lesões ocorridas nos órgãos genitais durante a fase em que o animal se torna portador crônico do agente - No período crônico -> pode ser observado lesões na câmara anterior do olho e principalmente nos rins, por meio dos quais são continuadamente eliminadas no ambiente * Segundo o regulamento do Mapa - Toda granja de suínos certificada deverá ser livre ou controlada para leptospirose # “Normas para certificação de granjas de reprodutores suínos”, que, para a leptospirose, as granjas terão duas opções: 1° Nas granjas de reprodutores consideradas livres de leptospirose, será obrigatório o controle sorológico, devendo ser realizadas provas sorológicas de microaglutinação com intervalo de seis meses. 2° As granjas de reprodutores consideradas controladas para leptospirose pelo uso de vacina, deverão conter no certificado a expressão “Granja vacinada para leptospirose” - Os suínos são hospedeiros -> Pomona, Bratislava e tarassovi - Hospedeiros acidentais -> sorovares icterohaemorrhagiae canicola, autumnalis, hardjo e grippotyphosa - São reservatórios de leptospira * Disseminação da leptospira suína - Urina, sêmen, produtos de abortamento e secreções vaginais # A transmissão pode ser indireta e direta - Indireta -> água, alimento contaminado, ambiente contaminado - Direta -> contato direto na hora da cópula # A aquisição de fêmeas e machos para reprodução originários de outras granjas é um importante papel na transmissão da leptospirose - Ambientes com roedores -> importante fonte de infecção - Causa quadros de abortamento e elevado taxa de mumificação fetal - Natimortalidade e leitões com baixa vitalidade Leptospirose Suína FEITO POR: ÉVELIN VIEIRA Introdução Epidemiologia - Atualmente 18 espécies e mais de 200 sorovares, os quais são agrupados em quase 30 sorogrupos - São células helicoidais flexíveis, com aproximadamente 0,1 uM de diâmetro e 6 a 20 uM de comprimento - São bactérias flageladas - São bactérias gram-negativas - Obrigatoriamente aeróbias * Hemolisinas - É liberada na circulação com uma grande quantidade de ferro - É essencial para a sobrevivência e para o sucesso reprodutivo das leptospiras patogênicas - Sorovares são saprófitas - Fatores de virulência - Habitat -> encontrada em água paradas, solo, matéria orgânica em decomposição e no homem - A umidade, temperatura de 28°C e pH neutro ou levemente alcalino, são fatores importantes para a disseminação da bactéria - A leptospira tem até 180 dias de viabilidade - Os humanos podem contrair através da mordida do rato, da urina do cão, da urina dos animais de produção e através do banho com água contaminada - Os animais de produção podem transmitir a doença através da liberação da urina e podem se infectar através da água contaminada - O cão pode se infectar através da mordida do rato e pode transmitir ao homem através da urina - Pode penetrar na pele integra ou escarificada e das mucosas ocular, digestiva, respiratória e genitourinária - O período de incubação é de dois a cinco dias - Multiplicam-se ativamente no interstício e nos fluidos orgânicos – leptospiremia - Há disseminação hematógena (pelo sangue), em órgãos parenquimatosos e fetos Etiologia Ciclo biológico Patogenia * Lesões primárias - São decorrentes da ação mecânica do microrganismo nas células endoteliais dos vasos sanguíneos - Hemorragias e formação de trombos - Anemia, icterícia e hemoglobinúria - Lesão hepática - A leptospiremia dura, em geral, de dois a três dias * Portador crônico - Leptospirúria, onde há a presença de anticorpos circulantes de leptospiras na urina - A resposta humoral é o principal mecanismo de defesa contra a leptospirose - A infecção pode culminar com a morte, cronicidade ou evoluir para a cura - Imunoglobulinas igG, provocam lise das leptospiras e remissão dos sinais clínicos # A excreção urinária de leptospiras é intermitente e pode ser de longa duração, dependendo dos hospedeiros animais acometidos e do sorovar envolvido # Animais de produção infectados -> órgãos reprodutores e das glândulas anexas - Nos suínos a infecção vai cursar de forma subclínica ou assintomática - É observado apenas o abortamento tardio * Manifestações clínicas reprodutivas - Descargas vulvares - Abortamento usualmente no terço final da gestação - Infertilidade, natimortalidade e nascimento de leitões debilitados * Na forma aguda - Febre e mastite focal não supurativa em animais adultos - Suínos jovens -> febre, anorexia, icterícia, hemoglobinúria e alta mortalidade, principalmente de recém nascidos * Leitões que morrem - Apresentam esplenomegalia, fígado aumentado de volume e com áreas amareladas irregulares - Rins congestos, aumentados de volume * Casos mais graves - Linfonodos podem se apresentar edematosos Sinais clínicos - Icterohaemorrhagiae - Encefalite -> incoordenação motora e acessos convulsivos e movimentos de pedalagem - Forma crônica -> leptospiúria, geralmente com o sorovar Pomona - Infertilidade, abortamentos, natimortalidade são comuns aos sorovares canicola, Pomona e Icterohaemorrhagiae * Cura - A cura vai depender dos anticorpos circulantes, geralmente durante a segunda semana pós infecção - Imunoglobulinas IgM e IgG - A imunidade que se instaura depois da cura é solida e específica para o sorovar infectante * Diagnostico epidemiológico - Roedores nos alimentos e abrigo, não importantes reservatórios de diversos sorovares de leptospira spp - Densidade de população de animais nas granjas - Procedência de animais adquiridos - Veículos e visitantes também podem transportar mecanicamente as leptospiras * Diagnóstico clínico - Em animais jovens, os sinais clínicos como, febre, anorexia, icterícia e hemoglobinúria, podem ser sugestivos de leptospirose - Fêmeas - Buscar a comprovação por meio de técnicas laboratoriais * Diagnóstico laboratorial - Soroaglutinação microscópica (SAM) - Técnica de ELISA - Histopatológico - Isolamento – cultura por meio da urina - Uso de vacinas polivalentes com o agente inativado * Esquema de vacinação 1° Primíparas -> duas doses, com um intervalo de 14 dias entre as doses e entre a última dose e a cobertura 2° Matrizes -> devem ser vacinadas durante a lactação, em torno de 14 dias antes da cobertura ou na primeira semana de lactação 3° Machos -> devem ser semestral, após a aplicação das duas doses iniciais da vacina 4° Leitões -> 1° dose no desmame e o reforço após 3 semanas # Medidas de combate aos reservatórios dos animais sinantrópicos # Medidas preventivas aplicadas às vias de transmissão - Tratamento medicamentoso - Antibióticos – antibioticoterapia Diagnóstico Prevenção e controle Tratamento
Compartilhar