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Análise de Caso Trabalhista

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CONTEXTUALIZADA 
Carlos, Alessandra e Augusto trabalham na empresa Flor de Lótus Ltda. Luana, por sua vez, acabou de ser dispensada por justa causa. Carlos, trabalhou durante 7 meses e, em seguida, ausentou-se para a apresentação ao serviço militar obrigatório. Já Alessandra, no seu período aquisitivo, se ausentou injustificadamente por 8 dias. Augusto acabou de receber comunicação de concessão de férias. 
Disserte sobre o caso narrado e poste no ambiente de aprendizagem.
Boa prática!!
1. Luana
Luana não irá mais fazer parte da empresa, pois recebeu uma dispensa por justa causa, esta ocorre quando o colaborador vem a cometer alguma falta grave, não foi especificada a situação em questão, porém a CLT traz situações que constituem justa causa, conforme disposto do ART.482.
Art. 482. CLT Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar; m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. Parágrafo único. Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado, a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional.
Além disso, as verbas rescisórias nesse caso se limitam ao depósito do FGTS do mês, saldo de salário e férias vencidas acrescidas de 1/3. A legislação não permite recebimento de aviso prévio, décimo terceiro, saque da multa de 40%, seguro-desemprego e férias proporcionais, esta conforme súmula 171/TST:
 FÉRIAS PROPORCIONAIS. CONTRATO DE TRABALHO. EXTINÇÃO Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses (art. 147 da CLT) (ex-Prejulgado nº 51).
2. Carlos
Carlos trabalhou durante sete meses e, em seguida, ausentou-se para a apresentação ao serviço militar obrigatório, que é obrigatório a todos os brasileiros, inclusive os naturalizados, sendo que o mesmo está previsto no artigo 143 da Constituição Federal e é regulamentado pela Lei n° 4.375/1964.
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.
§ 2º - As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.
Assim, são as atividades realizadas nas Forças Armadas, das quais fazem parte o Exército, a Marinha e a Aeronáutica do Brasil. 
O contrato de trabalho dele também não sofrerá alteração ou rescisão em decorrência disso, de acordo com a CLT:
Art. 472. O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar, ou de outro encargo público, não constituirá motivo para alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador. § 1o Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigência do serviço militar ou de encargo público, é indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de trinta dias, contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo que estava obrigado.
3. Augusto
Augusto acabou de receber comunicação de concessão de férias que é um período de descanso do colaborador previsto em lei. A pessoa adquire direito as férias após 12 meses trabalhados (período aquisitivo), o empregador por sua vez tem um período de mais 12 meses para conceder essas férias (período concessivo), conforme Art. 134 da CLT. 
Art. 134. As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) 32 Consolidação das Leis do Trabalho meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. § 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até 3 (três) períodos, sendo que 1 (um) deles não poderá ser inferior a 14 (quatorze) dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 (cinco) dias corridos, cada um. § 2o (Revogado) § 3o É vedado o início das férias no período de 2 (dois) dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.
O contrato de trabalho continua mesmo sem prestação do serviço, que pode confirmado observando o Art. 130 da CLT § 2o O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.
4. Alessandra
Alessandra no seu período aquisitivo se ausentou injustificadamente por oito dias.
O período aquisitivo são os primeiros 12 meses que se trabalha para adquirir direito às férias. As faltas injustificadas vão interferir nesse período da Alessandra ficando apenas com 24 dias de férias, visto o que trata no Art. 130 da CLT.
Art. 130. Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I – 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; II – 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; III – 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; IV – 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. § 1o É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço. § 2o O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.
Referências:
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm >. Acesso em: 04 de jun. de 2022.
Súmulas do Tribunal Superior do Trabalho. Disponível em: < https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_151_200.html >. Acesso em: 04 de jun. de 2022.
CLT. Disponível em: < https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/535468/clt_e_normas_correlatas_1ed.pdf >. Acesso em: 04 de jun. de 2022.

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