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Técnica Cirúrgica Veterinária - Orquiectomia

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Orquiectomia 
Anatomia dos testículos
- Testículo revestido pela pele;
- Abaixo da pele: túnica dartus;
- Abaixo da túnica dartus: face espermática externa e face espermática interna;
- Túnica vaginal: porção parietal e vaginal (parietal e visceral);
- Túnica albugínea (brilhante) > protege o parênquima testicular > evita-se entrar na túnica albugínea para evitar sangramento;
- Face espermática: muito delicada, dificilmente visualiza-se a olho nu;
- Testículo e parênquima;
- Epidídimo;
- Músculo cremáster;
- Plexo pampiniforme/vascular > ligadura/hemostasia definitiva preventiva > segurança da cirurgia;
- Mesórquio > liga as estruturas.
TVP = Túnica Vaginal Parietal.
T = Parênquima testicular protegido pela Túnica Albugínea. PV = Plexo Vascular. M = Mesórquio. DD = Ducto Deferente.
Orquiectomia 
- Remoção cirúrgica dos testículos;
- Nome vulgar/popular: castração.
Indicações
- Controle populacional;
- Prostatopatias;
- Orquite (inflamação do testículo);
- Neoplasias testiculares.
Considerações pré-operatórias
- Exame clínico;
- Estado geral;
- Jejum sólido de 12 horas.
Preparo:
- Decúbito dorsal;
- Tricotomia região escrotal;
- Assepsia do campo;
- Sondar o paciente > para urina não extravasar o transoperatório.
Técnica cirúrgica
- Escrotal (gatos) x pré-escrotal (cães).
Pré-escrotal:
- Incisão pré-escrotal (acima da região dos testículos);
- Empurra o testículo para esse local;
- Faz-se a incisão de pele, passando por todas as túnicas até visualizar a túnica albugínea;
- Ao invadir a túnica vaginal, visualiza todas as estruturas (ducto deferente, epidídimo, mesórquio, plexo vascular, inserção do cremáster);
- Técnica fechada: túnica vaginal recobre a região e é feita a ligadura dos vasos utilizando a proteção da túnica > não é feita em pequenos animais > risco de não fazer uma ligadura correta do plexo vascular é grande;
- Traciona a estrutura, visualiza a região e faz a ruptura do mesórquio para fazer a ligadura e a secção do cremáster;
- Após desinserir o cremáster, traciona e faz a ligadura do plexo vascular e do ducto deferente > duas pinças hemostáticas e duas ligaduras abaixo das pinças (fios absorvíveis e sintéticos);
- Volta a estrutura para a região empurra o testículo para a mesma incisão;
- Após a retirada dos testículos, realiza-se a síntese do subcutâneo e os pontos de pele (ponto simples isolado, colchoeiro horizontal e sutura intradérmica).
- Edema e seroma na bolsa é comum por conta do espaço morto criado > vai reduzindo de tamanho com os dias;
- Técnica pré-escrotal dificulta a formação de edema e facilita os cuidados pós-operatórios.
Escrotal:
- Técnica cirúrgica escrotal aberta;
- Não consegue empurrar o testículo para a região pré-escrotal como nos cães > testículo é fixo na região escrotal e o pênis é muito próximo;
- Técnica é a mesma, mas a incisão é em cima da bolsa escrotal;
- Pode-se fazer duas incisões (uma em cada lado do testículo) ou uma central (rafi testicular), tirando os dois testículos pela mesma incisão.
Ablação escrotal
- Retirada da bolsa escrotal;
- Cirurgia mais invasiva e cruenta (sangra mais).
Indicações:
- Doenças escrotais neoplásicas (tumores testiculares, tumores de bolsa etc.);
- Uretrostomias (comunicação externa da uretra);
- Abscessos;
- Aparência/estética;
- Preferência do cirurgião.
Técnica:
- Incisão elíptica (circular) na base do escroto (cuidado para não excisar muita pele) e ao redor da bolsa;
- Hemostasia da região;
- Remoção dos testículos;
- Sutura contínua simples com fios absorvíveis no subcutâneo);
- Pontos isolados de aposição na pele.
Pós-operatório
- Antibioticoterapia? > se a cirurgia for limpa, não foi contaminada, com material estéril, não há necessidade de antibioticoterapia;
- AINE;
- Antiséptico local.
Complicações
- Edema – lambedura pós-cirúrgica;
- Abscesso/hidrocele;
- Hemorragia por ligadura errônea do plexo vascular ou por doença prévia (coagulopatia);
- Hematoma escrotal;
- Deiscência da sutura.

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