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@KATIELLEMASC I MEDICINA 
 
OBJETIVOS 
REVISAR A ANATOMOFISIOLOGIA DA PRÓSTATA 
 
A próstata possui o formato de uma ameixa e peso médio de 20 gramas em um indivíduo 
adulto. Normalmente a glândula muda de tamanho durante a vida do homem, o tamanho e 
função são estimulados pela testosterona, o hormônio sexual masculino produzido pelas células 
intersticiais de Leydig localizadas entre os túbulos seminíferos nos testículos. O desenvolvimento 
da próstata inicia-se no período fetal e após um período de latência, ela volta a crescer no 
início da puberdade. 
A próstata, encontra-se situada abaixo da bexiga, envolvendo a porção inicial da 
uretra e também os ductos ejaculatórios. Sua função é produzir e secretar o líquido prostático 
que é de grande importância, pois juntamente com as secreções das vesículas seminais, das 
glândulas bulbouretrais e os espermatozoides, formam o sêmen, o qual é responsável pelo 
transporte e constitui fonte de energia para os espermatozoides. Com o passar dos anos, a 
próstata torna-se susceptível a várias patologias. 
Esta glândula é responsável por produzir e secretar o líquido prostático que representa 
cerca de 30% do sêmen. A secreção prostática é um fluido de aspecto leitoso, branco, rico em 
ácido cítrico que é utilizado pelos espermatozoides como fonte de energia, fosfatase alcalina 
cuja função é neutralizar a acidez na uretra e no canal vaginal, fibrinolisina responsável pela 
quebra do coágulo formado pelo fibrinogênio do líquido seminal, e diversas enzimas 
proteolíticas tais como o antígeno prostático específico (PSA), lisozima e amilase responsáveis 
por liquefazer o sêmen após a ejaculação. O líquido prostático é de grande importância, pois 
juntamente com as secreções das vesículas seminais, das glândulas bulbouretrais e os 
espermatozoides, formam o sêmen, o qual é responsável pelo transporte e constitui fonte de 
energia para os espermatozoides. 
A próstata está sob influência hormonal, o hormônio luteinizante (LH), produzido na 
adeno-hipófise por ação do hormônio liberador LH (LHRH) sintetizado no hipotálamo, estimula 
as células de Leydig do testículo a produzir testosterona. 
Como descrito anteriormente, o tamanho e função da próstata são regulados por 
hormônios. O principal deles é a testosterona (T), que deve ser convertida no interior da 
próstata no androgênio ativo di-hidrotestosterona (DHT) por ação da enzima 5 alfa -redutase. 
Dentro das células glandulares a DHT se liga a proteína AR (andrógeno receptor). A DHT possui 
maior afinidade para AR que a testosterona. O complexo AR-DHT dentro das sucessões de DNA 
Apg Próstata Apg Próstata 
@KATIELLEMASC I MEDICINA 
específicas, conhecido como elemento de resposta de andrógeno, leva a ativação das funções 
da célula, como crescimento e proliferação 
A próstata localiza-se na frente do reto e logo abaixo da bexiga, o que facilita o exame 
de toque retal. No seu interior passa a uretra, o canal que conduz a urina. Por essa razão, 
alterações na glândula afetam diretamente o processo de micção (evacuação da urina). 
É comum que, em homens mais velhos, a próstata aumente consideravelmente de tamanho. 
Como a uretra passa no interior dessa glândula, o aumento da próstata ocasiona a diminuição 
do fluxo de urina, uma vez que comprime a uretra. Essa condição, conhecida como hiperplasia 
prostática benigna, é comum após os 40 anos de idade e, apesar de ser benigna, pode 
desencadear problemas como infecções e surgimento de cálculos. 
O estroma prostático é constituído de tecido fibroso e muscular liso, com quantidade 
variável de fibras elásticas. O estroma tem importante função na regulação da proliferação e 
diferenciação do epitélio glandular por meio da produção e liberação de diferentes 
polipeptídios: fator de crescimento semelhante à insulina (IGF), fator de crescimento de 
fibroblastos (FGF), fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) e fator de crescimento 
transformante (TGF). 
COMPREENDER A FISIOPATOLOGIA DO CÂNCER DE PRÓSTATA 
A próstata se dividi em 3 regiões 
Zona central- composta pela ureta prostática 
Zona de transição- lobos prostáticos 
Zona periférica- cápsula prostática 
Normalmente o câncer de próstata se desenvolve nas células periféricas, próximo a 
zona periférica. O que aumenta as chances de conseguir identificar uma nodulação quando 
ela é palpável no toque retal. 
Por ocorrer nessa zona periférica, inicialmente o câncer não causa sintomas. 
PATOLOGIA DO CÂNCER DE PRÓSTATA 
As células da zona periférica da próstata sofrem atipia e, a partir disso o paciente irá 
desenvolver a neoplasia de acordo com a mutação genética que venha a acontecer no 
paciente. 
A próstata é composta por células que normalmente se dividem e se reproduzem de 
forma ordenada e controlada, no entanto, quando ocorre uma disfunção celular que altere 
este processo de divisão e reprodução, produz-se um excesso de tecido que dá origem ao 
tumor, podendo este ser classificado em benigno ou maligno. Segundo Srougi e Simon a 
próstata pode ser sede desses dois processos: o crescimento benigno chamado de 
hiperplasia prostática benigna e o maligno denominado câncer de próstata. 
A testosterona é necessária para manutenção de um epitélio prostático normal, sadio, 
mas é também um pré-requisito para o desenvolvimento de câncer de próstata. Os cânceres 
de próstata expressam níveis robustos de receptores androgênicos e a sinalização através 
do receptor androgênico resulta em crescimento, progressão e invasão pelo câncer de 
próstata. A inibição da sinalização, tipicamente pela redução cirúrgica ou farmacológica 
das concentrações de testosterona, resulta em apoptose ou involução do CP. 
Basicamente, podemos dividir os cânceres de próstata em dois grupos: os de origem 
epitelial e os de origem estromal (não-epitelial). Eles são mais comuns na zona externa da 
glândula, o que facilita e explica o toque retal como método preditivo. Quanto aos de 
origem epitelial, podemos falar em adenocarcinoma acinar e não acinar. Entre os 
adenocarcinomas não-acinares temos o adenocarcinoma ductal, o qual apresenta um pior 
https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/sistema-urinario.htm
https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/formacao-urina.htm
@KATIELLEMASC I MEDICINA 
prognóstico. O tumor de próstata mais agressivo, no entanto, é o tumor de pequenas células. 
Tumores da bexiga podem também se alojar na próstata, porém com menos frequência. 
Todo homem nasce programado para ter câncer da próstata, pois todos carregam em 
seu código genético os chamados "proto-oncogenes", que dão a ordem para uma célula 
normal se transformar em outra maligna. Isto só não ocorre indiscriminadamente porque a 
função dos proto-oncogenes é antagonizada por outro grupo de genes protetores, 
chamados de "supressores", dos quais os mais conhecidos são o p53 e o p21. Estes genes 
promovem o suicídio das células toda vez que elas sofrem um processo de degeneração 
maligna, num fenômeno conhecido como apoptose. O câncer da próstata surge porque as 
múltiplas divisões celulares, que ocorrem em todos os seres vivos, acompanham-se de discreta 
fragmentação dos cromossomos, que vão se privando de parte do seu material genético. 
Com o decorrer dos anos acumulam-se perdas dos genes supressores, que libera a atividade 
dos proto-oncogenes e permite a degeneração das células prostáticas 
LISTAR AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, FATORES DE RISCO E COMPLICAÇÕES DO CÂNCER DE PRÓSTATA 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS 
O câncer de próstata é silencioso. Os primeiros estágios não possuem sintomas, daí a 
importância em realizar a triagem através dos exames de PSA e toque retal. Os sintomas, via 
de regra, começam a aparecer apenas em estágios mais avançados e são comuns tanto ao 
câncer quanto à hiperplasia prostática benigna, necessitando, obviamente, de uma 
avaliação pelo urologista. Entreos sintomas, podemos citar: urinar pequeno volume e muitas 
vezes ao dia (especialmente a noite, obrigando-o a acordar), dificuldade para urinar, dor 
para urinar e/ou ejacular e presença de sangue na urina ou sêmen. 
FATORES DE RISCO 
Idade, hereditariedade, raça, hormônios e alimentação. Dentre eles destacam-se a 
idade, a hereditariedade e raça. 
A idade representa um fator de risco importante para o desenvolvimento de câncer de 
próstata, uma vez que, tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam de forma 
substancial após os 50 anos. 
A hereditariedade também é outro fator importante, pois se indivíduos da mesma família 
apresentarem câncer de próstata antes dos 60 anos, o risco pode aumentar de 3 a 10 
vezes comparado com a população em geral. Quanto maior o número de familiares 
acometidos, maior é o risco de desenvolver a doença. 
A incidência do câncer de próstata é aproximadamente 70% maior em negros e 70% 
menor em orientais e índios quando comparado com a frequência em brancos. Já a 
mortalidade é cerca de 3 vezes maior em negros, isto está relacionado não apenas a fatores 
genéticos, mas também devido ao menor acesso aos cuidados de saúde. 
 Estudos demonstraram que os hormônios não constituem agentes carcinogenéticos em 
relação a próstata. Eles apenas aceleram o crescimento da neoplasia se ela já existir, uma 
vez que, o hormônio masculino (testosterona) é importante para o crescimento dos órgãos 
reprodutores. 
Dietas ricas em gordura, sobretudo as gorduras saturadas (origem animal), e dietas 
ricas em carne podem auxiliar o surgimento de câncer de próstata A influência que a dieta 
pode exercer sobre a gênese do câncer ainda é incerta, não sendo conhecidos os exatos 
componentes ou através de quais mecanismos estes poderiam estar influenciando o 
desenvolvimento do câncer da próstata. Porém, já está comprovado que uma dieta rica em 
frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as 
de origem animal, não só pode ajudar a diminuir o risco de câncer, como também de outras 
doenças crônicas não transmissíveis. 
@KATIELLEMASC I MEDICINA 
Consumo de Soja: o consumo de soja parece estar relacionado com um menor risco do 
desenvolvimento do câncer de próstata. Muitos estudos sustentaram essa teoria enquanto 
outros não acharam relação 
Genética: Mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 mostraram ser risco independente para 
o desenvolvimento do câncer de próstata com chances aumentadas em duas e sete vezes, 
respectivamente. Além disso, nesses pacientes a agressividade tumoral se mostrou bem 
superior. Mutações em outra região do DNA, na região 8q24 também mostraram os mesmos 
resultados. 
COMPLICAÇÕES 
Impôtencia sexual, incontinência urinaria e estenose de uretra ou colovesical 
APONTAR A EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER DE PROSTATA 
O câncer de próstata ocorre principalmente em homens mais velhos. Seis em cada 10 
casos são diagnosticados em homens com mais de 65 anos, sendo raro antes dos 40 anos. A 
média de idade no momento do diagnóstico é de 66 anos. 
O câncer de próstata e o segundo mais prevalente em homens, atrás apenas do 
câncer de pele (melanoma). A cada 7 minutos tem-se um diagnóstico de CP e a cada 40 
minutos acontece um óbito. Os países desenvolvidos têm maiores taxas de incidência em 
relação aos países subdesenvolvidos e como será abordado a frente, os países com 
populações asiáticas possuem as menores taxas. No Brasil, o câncer de próstata também é o 
mais comum, desconsiderando o de pele. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimou que, 
no ano de 2016, houve quase 62.000 novos casos desse tipo de tumor, correspondendo a 
aproximadamente 23% de todos os cânceres diagnosticados nos homens no país. Em termos 
comparativos, as regiões Sul e Sudeste têm o maior número de casos, com uma taxa de 90 
novos casos para cada 100.000 habitantes. 
ENTENDER COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CA DE PRÓSTATA 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico precoce do câncer de próstata possibilita uma resposta mais 
adequada aos tratamentos escolhidos, evitando procedimentos mais radicais e aumenta as 
chances de cura. 
É realizado através de três exames: exame digital retal (toque retal), dosagem de PSA 
(Antígeno Prostático Específico) e ultrassonografia transretal da próstata com biópsia. O 
diagnóstico definitivo da próstata é realizado através do estudo histopatológico do tecido 
obtido pela biópsia da próstata, que é indicada sempre quando houver anormalidades no 
toque retal ou na dosagem do PSA. 
O exame de toque retal é aquele em que o médico especialista introduz o dedo 
indicador, recoberto por uma luva, no ânus do paciente a fim de palpar a porção anterior 
do reto, que é a região onde se localiza a próstata. Se há um aumento da glândula, 
presença de endurecimento ou nódulos, o examinador pode definir aonde se localiza essa 
alteração e recomendar outros exames mais detalhados. O indivíduo do sexo masculino, a 
partir dos 40 anos, deve realizar o exame do toque retal pelo menos uma vez por ano. A 
vantagem deste exame é que ele não é invasivo e não tem custos, porém a taxa de 
detecção conseguida unicamente pelo toque retal é relativamente baixa. 
A dosagem de PSA ou Antígeno Prostático Específico é o melhor marcador tumoral 
conhecido, é um exame no qual se mede o nível de antígeno produzido pela próstata 
presente no plasma sanguíneo. O PSA é uma glicoproteína de cadeia simples, produzida pelo 
epitélio dos ácinos glandulares, encontrado no interior do lúmen dos ductos prostáticos. 
Fisiologicamente tem função de liquefação do líquido seminal. 
@KATIELLEMASC I MEDICINA 
Valores acima de 4.0 ng/ml podem significar o crescimento de um câncer, o PSA é 
produzido pelas células epiteliais da próstata e não especificamente pela célula cancerosa, 
podendo encontrar-se valores elevados em outras situações como: Prostatite, hiperplasia 
prostática benigna, manipulação prostática e atividade sexual. Caso o médico acredite que 
a elevação do PSA seja decorrente de outras situações, o paciente deverá esperar e repetir 
o teste de PSA o mais breve possível e, se necessário, fazer uma biópsia depois. 
A ultrassonografia transretal permite efetuar determinações precisas do volume da 
massa prostática e identificar lesões suspeitas de malignidade. Porém somente 37,5% das 
lesões malignas da próstata são detectáveis. O principal papel da ultrassonografia transretal 
no câncer de próstata é permitir uma biópsia sistemática e direcionada a áreas suspeitas, 
pois assegura a retirada adequada de amostras da glândula. O diagnóstico é comprovado 
através da biopsia. 
A biopsia é realizada utilizando-se agulhas ocas que são injetadas em diferentes 
áreas do órgão para coletar amostras. As biópsias quando realizadas adequadamente, são 
fonte de inúmeras informações pois podem ser utilizadas para o estudo da cápsula, tecidos 
periprostáticos, espaços perineurais, quantificação de tumor nos fragmentos, podendo estimar, 
com isto, a multifocalidade, o volume do tumor e a extensão extraprostática. 
Como mencionado anteriormente, o diagnóstico do câncer de próstata, é realizado 
pelo estudo histopatológico do tecido obtido pela biópsia da glândula. O relatório 
anatomopatológico deve apresentar a graduação histológica do sistema de Gleason. Com 
a graduação histológica, as células cancerosas são comparadas às células prostáticas 
normais, a escala de graduação do câncer de próstata varia de 1 a 5, como segue: 
 Grau 1- Geralmente as células são pequenas e uniformes, formam glândulas regulares, 
com pouca variação de tamanho e forma, apresentam bordos bem definidos, densamente 
agrupadas, distribuídas homogeneamente e com pouco estroma entre si; 
Grau 2- As células variam mais em tamanho e forma e as glândulas, ainda uniformes, 
mostram-se frouxamente agrupadas e com bordos irregulares; 
Grau 3- As células variam ainda mais em tamanho e forma, constituindo glândulas muito 
pequenas, uniformes, alongadas, individualizadas e anarquicamenteespalhadas pelo 
estroma. Podem formar massas fusiformes ou papilíferas, com bordas lisas; 
Grau 4- Muitas das células estão fusionadas em grandes massas amorfas ou formando 
glândulas irregulares, que são distribuídas anarquicamente, exibindo infiltração irregular e 
invadindo os tecidos adjacentes. As glândulas podem apresentar, ainda, células pálidas e 
grandes, com padrão hipernefróide; 
Grau 5- Tumor anaplásico. A maioria das células está agrupada em grandes massas 
que invadem os órgãos e tecidos vizinhos. As massas de células podem exibir necrose central, 
com padrão de comedocarcinoma. Muitas vezes, a diferenciação glandular pode não existir: 
padrão de crescimento infiltrativo tipo cordonal ou de células soltas. 
Para se obter o escore total da classificação de Gleason, que varia de 2 a 10, o 
patologista gradua de 1 a 5 as duas áreas mais freqüentes do tumor e soma os resultados. 
Quanto mais baixo o escore de Gleason, melhor será o prognóstico do paciente. Escores 
entre 2 e 4 significam que o câncer provavelmente terá um crescimento lento. Escores 
intermediários, entre 5 e 7, podem significar um câncer de crescimento lento ou rápido e este 
crescimento vai depender de uma série de outros fatores, incluindo o tempo durante o qual o 
paciente tem o câncer. Escores do final da escala, entre 8 e 10, significam um câncer de 
crescimento muito rápido. 
Gleason de 2 a 4- existe aproximadamente 25% de chance do câncer disseminar-se 
para fora da próstata em 10 anos, com danos em outros órgãos afetando a sobrevida; 
@KATIELLEMASC I MEDICINA 
 Gleason de 5 a 7- existe aproximadamente 50% de chance do câncer disseminar-se 
para fora da próstata em 10 anos, com danos em outros órgãos afetando a sobrevida; 
Gleason de 8 a 10 - existe aproximadamente 75% de chance do câncer disseminar-se 
para fora da próstata em 10 anos, com danos em outros órgãos, afetando a sobrevida 
PESQUISA DE METÁSTASES 
Cintilografia óssea 
É fundamental no estadiamento do câncer da próstata, sendo altamente sensível, 
porém pouco específica. É indicada para todo paciente portador de câncer da próstata 
com PSA > 20ng/ml e PSA entre 10-20 com graduação histológica de Gleason ≥ 7. Os 
mesmos parâmetros devem ser utilizados para a pesquisa de metástases linfonodais 
utilizando-se métodos de imagem pélvica como o ultra-som, a tomografia computadorizada 
ou a ressonância magnética. 
TRATAMENTO 
Ao se planejar o tratamento do câncer de próstata, deve-se levar em consideração a 
idade, o estadiamento do tumor, o grau histológico, o tamanho da próstata, a expectativa 
de vida, os anseios do paciente e os recursos técnicos disponíveis. Dessa forma, o tratamento 
deve ser individualizado para cada paciente, para o tratamento do câncer localizado da 
próstata, utiliza-se a prostatectomia radical (cirurgia radical), a radioterapia e a 
observação vigilante. A prostatectomia radical consiste na remoção da próstata, vesículas 
seminais e gânglios à sua volta. Pode ser realizada por via retropúbica, aberta, perineal, 
laparoscópica ou robótica. 
(PTR) é o procedimento padrão-ouro para o tratamento de câncer da próstata 
localizado, cerca de 85% dos pacientes submetidos à PTR não apresentam evidência de 
doença após cinco anos e 2/3 após 10 anos. Os fatores determinantes do sucesso pós-PTR 
são: ausência de margens cirúrgicas comprometidas, ausência de infiltração das vesículas 
seminais, ausência de infiltração linfonodal, nível sérico de PSA indetectável após 3 meses da 
cirurgia 
A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de 
radiações ionizantes, podendo ser dividida em duas modalidades: Radioterapia externa e 
radioterapia intersticial (braquiterapia). A radioterapia externa consiste na aplicação de 
radiações em toda a área prostática. Apresenta como efeitos colaterais alterações 
gastrintestinais e cistite actínica. A radioterapia intersticial consiste na aplicação de 
pequenas partículas radioativas “sementes” colocadas diretamente dentro do tumor e assim 
obter altas doses de radiações. Esta terapia está indicada isoladamente aos pacientes com 
bom prognóstico (T1-T2a, PSA < 10 ng/ml, Gleason <7) ou completar a radioterapia externa 
para os pacientes com pior prognóstico. 
Também pode ser indicada para pacientes que tenham contraindicação à cirurgia. A 
dose de RXT mínima sobre a próstata deve ser de 72 Cy, respeitando-se a tolerância dos 
tecidos normais adjacentes. 
 T0: fase em que não há evidência de tumor; 
 T1: quando existe um tumor ainda não identificado por exames; 
 T2: trata-se de um tumor em estágio primário, limitado apenas à próstata; 
 T3: o tumor vai além da próstata e pode afetar a cápsula prostática e vesículas 
seminais; 
 T4: tumor invade outras áreas próximas, como reto, esfíncter e músculos; 
 N0: nódulos linfáticos próximos da próstata sem metástases; 
 N1: nódulos linfáticos próximos da próstata com metástases; 
 M0: inexistência de metástases à distância; 
 M1: presença de metástases afastadas da próstata, em outros órgãos ou ossos. 
@KATIELLEMASC I MEDICINA 
 
As melhores opções de tratamento incluem uma combinação de bloqueio hormonal e 
cirurgia radical ou radioterapia externa, ou cirurgia radical seguida de radioterapia. 
Tratamento da Doença Metastática Nesta situação a cura é improvável e o tratamento está 
baseado na supressão androgênica. Tipos de supressão androgênica 
• Orquiectomia bilateral (tratamento padrão-ouro). 
• Análogos do hormônio liberador do hormônio luteinizante (LHRH). 
• Estrógenos. 
• Antiandrógenos puros ou mistos (flutamida, nilutamida, bicalutamida, ciproterona). O 
bloqueio androgênico intermitente (BAI) tem sido utilizado para pacientes em bom estado 
geral, com doença metastática mínima, e que apresentaram queda satisfatória do PSA após 
seis meses de tratamento e que se encontram assintomáticos, mas faltam dados definitivos 
para uma recomendação geral. Não se recomenda o bloqueio androgênico completo por 
não apresentar vantagens terapêuticas. A terapia indicada no escape hormonal inclui o uso 
de glicocorticóides, cetoconazol, e quimioterapia com mitroxantona e taxanes. 
ARROLAR COMO É FEITO A PREVENÇÃO E RASTREAMENTO DO CA DE PRÓSTATA 
Sensibilizar a população masculina para a adoção de hábitos saudáveis de vida 
(dieta rica em fibras e frutas e pobre em gordura animal, atividade física e controle do peso) 
como uma ação de prevenção de câncer; 
Indicar o rastreamento oportunístico (case finding), ou seja, a sensibilização de homens 
com idade entre 50 e 70 anos que procuram os serviços de saúde por motivos outros que o 
câncer da próstata sobre a possibilidade de detecção precoce deste câncer por meio da 
realização dos exames do toque retal e da dosagem do PSA total, informando-os sobre as 
limitações, os benefícios e os riscos da detecção precoce do câncer da próstata. Para 
tanto, foi apontada a necessidade de se propor alterações na Lei 10.289, para que se 
adeqüe aos critérios técnicocientíficos. Com as correções propostas, o Parágrafo II do Art. 4º 
tomaria a seguinte redação: “parcerias com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, 
colocando-se à disposição da população masculina, acima de cinqüenta anos, exames para 
a detecção precoce do câncer da próstata;” 
Sensibilizar os profissionais de saúde (generalistas e especialistas), capacitando-os e 
reciclandoos quanto a novos avanços nos campos da prevenção, detecção precoce, 
diagnóstico, tratamento e cuidados paliativos no câncer da próstata; 
Estabelecer parcerias com instituições universitárias visando ao melhor conhecimento 
de temas relacionados à prevenção, detecção precoce, tratamento e cuidados paliativos 
no câncer da próstata e sua inclusão no currículo das escolas biomédicas. 
 Manter uma alimentação equilibrada; 
 Praticar atividades físicas habitualmente; 
 Evitar o sobrepeso e a obesidade; 
 Ter moderação no consumo de bebidas alcoólicas; 
 Não fumar ativa e nem passivamente.@KATIELLEMASC I MEDICINA 
REFERÊNCIAS: 
SARRIS, Andrey Biff et al. Câncer de próstata: uma breve revisão atualizada. Visão 
Acadêmica, v. 19, n. 1, 2018. 
SUÁREZ, María Del Carmen Morales et al. Plano de intervenção para controle do 
Câncer de Próstata pela Equipe de Saúde da Família Santo Antônio, em Cambuí/Minas 
Gerais. 2018. 
STEFFEN, Ricardo Ewbank et al. Rastreamento populacional para o câncer de próstata: 
mais riscos que benefícios. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 28, p. e280209, 2018. 
SANTOS, Renata Oliveira Maciel dos; RAMOS, Danielle Nogueira; ASSIS, Mônica de. 
Construção compartilhada de material educativo sobre câncer de próstata. Revista 
Panamericana de Salud Pública, v. 42, p. e122, 2019.

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