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COLECISTITE E COLANGITE AGUDA: ● Abdome agudo de causa biliar está muitas vezes relacionado a presença de cálculos na vesícula biliar (principal causa), mas também existem outras como hepatite aguda e mimetizar uma colecistite ou uma pancreatite ou úlcera perfurada do duodeno ou algum tumor de pâncreas obstruindo a via biliar e levando a infecção. **Cálculos biliares: ● Quem tem cálculos biliares? Mulheres, 40 anos, obesas, multiparidade (4F´s). ● Como e onde eles se formam? Os cálculos se formam na vesícula biliar e migram para a via biliar ou eles podem se formar na via biliar, mas isso só ocorre quando essa via for doente. ● Mulheres tem muito mais que os homens e essa incidência cresce conforme os anos. ○ A mulher tem muito mais por causas hormonais, no caso da progesterona, que faz com que a vesícula funcione um pouco menos na segunda fase do período menstrual e também durante toda a gestação. Origem dos cálculos: ● Se forma na vesícula pois é nela que ocorre o acúmulo de bile entre as refeições. ● Os cálculos são feitos dos solutos em desbalanço da bile. ○ Na bile temos água , sais e pigmentos biliares, colesterol e fosfolípidos. ○ Os cálculos mais comuns são de Colesterol - quando a pessoa emagrece, o colesterol é todo excretado pela bile, então uma pessoa que fica nesse processo de emagrecer e engordar tem mais chance de formar cálculos de colesterol. ○ USG É BOM PARA VER CÁLCULOS BILIARES. ○ O cirrótico tem vários cálculos. ● Reabsorção dos sais biliares: os sais biliares são secretados pelo fígado e do íleo terminal são reabsorvidos, mas se caso a pessoa tem uma ressecção do íleo terminal ou inflamação crônica aí não terá essa absorção e isso tem a precipitação de cálculos pigmentares. ● Quando a vesícula biliar não se esvazia corretamente a bile vai se acumulando e isso faz precipitar cálculos - DOENÇA DE CHAGAS ou O RAMO HEPÁTICO DO VASO FOI CORTADO. PEGADINHA: ● COLE - se refere a BILE. ● COLECISTOLITÍASE - pedra na vesícula bilar. ● COLECISTITE - inflamação da vesícula biliar. ● Quando o cálculo sai da vesícula e entra na via biliar principal (dos hepáticos até o colédoco - hepatocolédoco) chamamos de LITÍASE DA VIA BILIAR PRINCIPAL ou COLEDOCOLITÍASE. COLECISTOLITÍASE - CÁLCULO NA VESÍCULA: ● Mais comum são os cálculos de colesterol. ● Clínica: Assintomática. IMPORTANTE: ● O melhor exame para o diagnóstico de cálculos biliares é o ULTRASSOM. São imagens hiperecogênicas (brancas) com sombra acústica posterior e são móveis - não tem alteração inflamatória por isso são assintomáticos. ● Tratamento desses pacientes assintomáticos: ○ Cirúrgico - tem prós e contras; ■ Pacientes imunossuprimidos indicamos a cirurgia. ■ Pacientes jovens indicamos a cirurgia, já nos mais velhos não indicamos. ■ Cálculos pequenos (menor que 0,5 cm) tem uma chance de passar pelo ducto cístico migrarem para via biliar principal e ter complicações mais graves que a inflamação da vesícula como pancreatite aguda, colangite aguda e muito mais - indicamos a cirurgia. ■ Paciente com pólipos também faz a cirurgia pelo risco de câncer de vesículas. ■ Se optar pela cirurgia é a colecistectomia, com via de acesso laparoscópica. Ver se faremos a colangiografia intraoperatória. ○ Expectante. COLECISTOLITÍASE SINTOMÁTICA E COLECISTITE: ● Essa dor ocorre após uma alimentação muito gordurosa e aí tem uma contração muito violenta da vesícula biliar, só que ela está impactada. ● Paciente sente um aperto no epigástrio ou no hipocôndrio direito geralmente acompanhado de vômitos e essa dor pode se irradiar para o dorso direito - CÓLICA BILIAR. ○ Se esse cálculo volta para seu lugar, o paciente resolve e para de ter sintomas. COLECISTITE AGUDA: ● Quando o cálculo não sai daquele lugar e continua obstruindo. Faz uma distensão da vesícula. ● Na colecistite a vesícula está obstruída, tem distensão, isquemia, inflamação da parede e em alguns casos infecção tardia. ● Com a estase da bile da vesícula que tem uma infecção. ● Além da cólica biliar surgem sintomas inflamatórios locais como dor à palpação, dor à descompressão brusca, dor a percussão devido a essa inflamação. CAI NA PROVA: ● A alteração mais importante no exame físico de alguém com colecistite aguda é o SINAL DE MURPHY - palpação profunda e seguramos no ponto cístico e pedimos para o paciente inspirar profundamente e o diafragma abaixa e a vesícula bate na mão do examinador e isso causa muita dor o que faz com que ele pare abruptamente a inspiração. Tem um espessamento da parede. ● Os critérios do USG: ○ Aumento do diâmetro da vesícula. ○ Espessamento da parede. ○ Delaminação. ○ Coleção perivesicular. ○ Cálculo impacto (imovel) no infundíbulo. TC até pode mostrar mas é bem menos específico. Diretrizes de tóquio - critérios diagnósticos da colecistite: ● A - SINAIS LOCAIS DE INFLAMAÇÃO: ○ Sinal de Murphy. ○ Massa do quadrante superior direito, dor e sensibilidade. ● B - SINAIS SISTÊMICOS DE INFLAMAÇÃO: ○ Febre. ○ PCR elevado. ○ Contagem elevada de leucócitos. ● C - ACHADOS DE IMAGEM: ○ Características de imagem características da colecistite aguda. *Diagnóstico suspeito: Um item em A + um item em B. *Diagnóstico definitivo: Um item em A + um item em B + C. **Hepatite aguda, outras doenças abdominais agudas e colecistite crônica devem ser excluídos. IMPORTANTE: TRATAMENTO DA COLECISTITE AGUDA: ● ANTIBIÓTICOS. ● INTERVENÇÃO CIRÚRGICA; ○ Colecistectomia com via de acesso laparoscópica. ○ Momento da indicação - precoce ou tardia. ○ Normalmente fazemos colangiografia. ○ Outro tipo de procedimento indicado é a Colecistostomia - usado em casos que o paciente está em choque séptico ou muito enfermo - optamos por puncionar e esvaziar a vesícula biliar. Outros tipos de colecistite aguda que levam a abdome agudo inflamatório: ● Alitiásica: ○ Não há cálculos na vesícula. ○ Como pacientes que estão em nutrição parenteral há muito tempo e aí tem uma bile espessa o que faz com que impacte a bile. ○ Usamos a cintilografia. ● Enfisematosa: ○ Gravíssima. ○ Pacientes homens, idosos, diabéticos - emergência pois tem uma necrose com bactérias produtoras de gás. COLANGITE: ● Inflamação das vias biliares. A colangite aguda é a inflamação das via biliar principal e não dá vesícula. ● Fatores predisponentes: ○ Principal é a Obstrução de bile que leva à estase e isso a uma proliferação bacteriana. ○ A principal causa de icterícia obstrutiva é a coledocolitíase. ○ A disfunção hepática é outro fator, pois as bactérias vêm do intestino pela circulação portal e são destruídas pelas células de Kupffer e se caso essas células estão destruídas ai tem uma maior proliferação dessas bactérias. ● Formas clínicas da colangite: ○ Colangite aguda. ○ Colangite tóxica. IMPORTANTE - CAI NA PROVA: ● COLANGITE AGUDA - TRÍADE DE CHARCOT: ○ ICTERÍCIA. ○ DOR ABDOMINAL. ○ FEBRE. ● COLANGITE TÓXICA OU SUPURATIVA AGUDA - PÊNTADE DE REYNOLDS: ○ TRÍADE DE CHARCOT + ○ HIPOTENSÃO + ○ ALTERAÇÃO DA CONSCIÊNCIA. Tratamento da colangite: ● Antibioticoterapia. ● Se o paciente tem colangite tóxica tem que ter uma drenagem da via biliar imediatamente: ○ Drenagem endoscópica (CPRE); ○ Punção transparieto-hepática. ○ Cirurgia (laparoscópica ou aberta).
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