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EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUÍZ, DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXXXXXXXXX. Processo nº: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX MARTA (apelante), já qualificado nos autos da Ação de Indenização, do processo em epígrafe, que move em face de ESTADO (Fazenda Pública) (apelado), também já qualificado nos autos, vem, por meio de seu procurador signatário, inconformado com a sentença proferida às fls. XX, interpor tempestivamente o presente RECURSO DE APELAÇÃO requerendo, na oportunidade, que o recorrido seja intimado para, querendo, ofereça as contrarrazões e, ato contínuo, sejam os autos, com as razões anexas, remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de XXXXXXXX, para os fins de mister. Termos em que pede e espera deferimento. Local e data. ADVOGADO OAB XXXXXXXX EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO XXXXXXXXX Autos do processo nº: XXXXXXXXXXXXXXX Apelante: MARTA Apelado: Estado XXXX Colenda Câmara, eméritos desembargadores: Ao que pese o notório conhecimento jurídico do juiz prolator da decisão de pronúncia, esta merece a devida reforma, pelos faros e fundamentos jurídicos a seguir expostos: I- DOS FATOS Conforme exposto nos autos da Ação de Indenização proposta pela apelante, menor impúbere, diante dos fatos, devidamente representada pela sua genitora, que após tomar a vacina antirrábica, fornecida pelo Estado, teve danos estético. Foi requerida a reparação dos danos sofridos pela má prestação de serviço médico em um hospital público, o que lhe deixou graves sequelas. Foi solicitado indenização no valor de R$ 50.000,00 a título de danos materiais e outra no valor de R$ 40.000,00 a título de danos morais, juntando-se aos autos comprovantes das despesas decorrentes do tratamento. II- RAZÕES DA REFORMA (OU DA CASSAÇÃO) Conforme r. Sentença proferida pelo juiz a quo na Ação de Indenização proposta pela apelante em face do apelado, acolhendo a prescrição alegada pela parte apelada, deve ser modificada na sua integralidade, tendo em vista que a importância reivindicada na inicial traduz-se em uma obrigação de única e inteira responsabilidade do Estado, conforme previsão em vários diplomas legais, dentre eles a Constituição da República Federativa do Brasil. O Douto Juiz afirmou ainda, na mesma sentença, que o processo já não era mais passível de discussão, tendo decorrido o prazo prescricional. Os danos morais, também chamados de danos por causa da angústia mental, são danos causados por um conjunto de sentimentos. É um dano que atinge a esfera subjetiva de uma pessoa e não pode ser traduzida em termos monetários. Segundo Clovis Beviláqua, dano, “é uma ofensa ou diminuição do patrimônio moral ou material de alguém. Dano, em sentido amplo, é toda diminuição dos bens jurídicos da pessoa”. O artigo 5º da Constituição Federal, em seu inciso X prescreve que "X- São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;” Como permanece patente, a natureza do dano pode ser moral, material, ou a imagem. A reparação do dano é esperada no Código Civil. Diferentemente do dano material, o dano moral serve não para restabelecer o dano sofrido, até por que em muitas situações o dano moral é irreparável. Observando de contexto, o dano moral serve para punir o responsável pelos fatos que a sua negligencia ocasionou. Já o dano material sim, este serve para restabelecer os gastos emergentes sofridos pela vítima. Fora utilizado do art. 1º do Decreto nº 20.910/1932, onde estabelece a prescrição das dívidas passivas do Estado em 5 anos, contado da data do fato. Contudo, no art. 5º do mesmo diploma legal, aduz que: ” Art. 5º: Não tem efeito de suspender a prescrição a demora do titular do crédito ou do seu representante em prestar esclarecimentos que lhe forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação.” Tendo em vista que a sentença viola dispositivo de lei, esta decisão deve ser reformada por este tribunal uma vez que segundo o artigo 198, I do Código Civil sustenta que não ocorre prescrição contra incapazes. Dessa forma, ao recorrermos ao Código Civil em seu artigo 3º, que prescreve que menores de 16 anos (dezesseis anos) são absolutamente incapazes, portanto não há o que se falar em prescrição neste caso. III- REQUERIMENTO Em virtude do exposto, a Apelante requer que o presente recurso de apelação seja CONHECIDO e, quando de seu julgamento, seja totalmente PROVIDO para anular a sentença recorrida, com o consequente retorno dos autos ao juízo a quo para a Comarca de origem. Termos em que espera deferimento. Loca e data ADVOGADO OAB XXXXXXXXX
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