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É mais do que um diálogo organizado entre duas pessoas. Exige certas habilidades do enfermeiro, como saber ouvir e entender, saber explorar os dados que o paciente traz (sem invadir seu espaço pessoal), demonstrar interesse e conhecimento, ser receptivo e estabelecer comunicação com o paciente para que ele se sinta à vontade em responder às perguntas. SUGESTÕES: → Deve-se procurar falar apenas o necessário, para que se possa ouvir mais atentamente o que o paciente tem a dizer, evitando conclusões precipitadas que acabem abreviando o raciocínio dele. → Deve-se evitar interrompê-lo durante suas colocações. Infelizmente, a necessidade de falar do ser humano é maior do que sua capacidade de ouvir. → Devem-se dar respostas claras e adequadas à compreensão e às perguntas do paciente. Muitas vezes, a preocupação do paciente consigo mesmo diante da situação de entrevista é o maior obstáculo à comunicação. Esse estilo de entrevista que propicia a compreensão de como a pessoa é, de como ela encara o processo saúde-doença, quais são suas perspectivas em relação ao cuidado e como pode participar do plano de cuidados que será estabelecido pelo profissional. OBJETIVOS DA ENTREVISTA DE COLETA DE DADOS 1) Saber como o cliente está – condições físicas e psíquicas; 2) Situar como o cliente é – suas características gerais e seus hábitos; 3) Conhecer como o cliente percebe o processo saúde-doença – crenças e valores; 4) Identificar as demandas de cuidado percebidas pelo paciente e pelo enfermeiro; 5) Identificar sinais e sintomas de alterações fisiológicas, emocionais, mentais, espirituais e sociais. ENTREVISTA EM ENFERMAGEM Tem como objetivo estabelecer contato, ou seja, desenvolver um relacionamento caracterizado pela confiança mútua, além de levantar dados importantes que irão nortear a assistência. ENTREVISTA COMPREENSIVA A entrevista permite a leitura imediata das informações obtidas pela comunicação verbal e não verbal, quer ela seja individualizada ou em um grupo específico – grupo focalizado. Ademais, ela possibilita esclarecimentos para ambas as partes à medida que se desenvolve, favorecendo a validação daquilo que está sendo dito. Quando o enfermeiro é autêntico e verdadeiro, o paciente descobre que pode expressar seu verdadeiro eu e que será aceito sem preconceitos ou julgamentos onipotentes INTRODUÇÃO DA ENTREVISTA → O enfermeiro se apresenta, caso não o tenha feito anteriormente, ao recepcionar o paciente. → Deve chamar o paciente pelo primeiro nome, precedido de Senhor(a) ou Seu/Dona, e perguntar por qual nome/sobrenome prefere ser chamado. → Recomenda-se evitar o uso de apelidos ou títulos, como vozinho(a) ou tio(a), que podem dar a falsa ideia de intimidade. → Explicar que necessita entrevistá-lo, colhendo informações a respeito de diversos assuntos, os quais permitirão adequar a assistência de enfermagem às suas demandas. Lembrete ✓ O comportamento do profissional influencia o paciente mais do que se imagina. Quando aquele se comporta abertamente, encoraja este a agir da mesma forma. CORPO DA ENTREVISTA → O paciente é encorajado e estimulado a expressar a percepção que possui de sua história de saúde, contando detalhes a respeito do “funcionamento de seu corpo”, de queixas, de sentimentos e/ou de sofrimentos que possa estar vivenciando. → Direciona a abordagem para outras áreas, a fim de ter uma visão global do paciente, faz perguntas relativas ao detalhamento do curso da doença atual, à existência de doenças anteriores, próprias e familiares, bem como busca informações a respeito do uso de medicamentos e da existência de fatores de risco. → Obter informações sobre os diversos hábitos e costumes, procurando compreender qual o padrão de satisfação das necessidades humanas básicas do paciente. A entrevista pode ser didaticamente dividida em três fases: introdução, corpo e fechamento. FASES DA ENTREVISTA FECHAMENTO DA ENTREVISTA → O enfermeiro deve conscientizar o paciente de que a entrevista está terminando, dando-lhe a oportunidade para que exponha algo que ainda não tenha sido abordado e que julgue importante. → É aconselhável fazer um breve resumo dos aspectos significativos dos dados coletados, para validar e assegurar tanto ao cliente quanto a si mesmo a sua compreensão e clareza. → O enfermeiro precisa dar oportunidade ao paciente para que ele também seja o “entrevistador”, dispondo-se a esclarecer suas dúvidas quanto ao tratamento e às rotinas do hospital, além de começar a estabelecer metas conjuntas a respeito do planejamento da assistência de enfermagem.
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