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APG 03 - ALERGIA ALIMENTAR - 1208

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Julia Franco Fernandes - 4˚ PERÍODO 
MEDICINA - FASA 2022.2
• CONCEITOS E INTRODUÇÃO 
A alergia alimentar é apenas um dos tipos 
de reações adversas a alimentos. Reação 
adversas a alimentos é qualquer resposta 
anormal do organismo causada pela ingestão 
de algum alimento, sendo essas reações 
divididas em tóxicas e não-tóxicas. As 
reações tóxicas dependem de fatores 
inerentes ao alimento, como as toxinas 
produzidas na sua deterioração, afetando 
qualquer indivíduo que ingere o alimento 
em quantidade suficiente para produzir 
sintomas. Já as reações não-tóxicas 
dependem da suscetibilidade individual e 
p o d e m s e r d i v i d i d a s e m r e a ç õ e s 
imunomediadas(alergia alimentar). A 
intolerância alimentar pode decorrer de 
deficiências enzimáticas(intolerância a 
lactose), reatividade anormal a certas 
s u b s t â n c i a s p r e s e n t e s n o s 
alimentos(aditivos alimentares) ou 
mecanismos desconhecidos.A alergia pode 
ter mecanismo imune IgE ou não-IgE 
mediado. 
Reações imunomediadas(1) = hipersensibilidade 
alimentar alérgica 
Reações não-imunomediadas(2) = hipersensibilidade 
alimentar não-alérgica 
1 - alergia alimentar 
2 - intolerância alimentar 
• EPIDEMIOLOGIA 
A prevalência estimada de reações adversas 
a alimentos é de 12 a 20% em adultos. 
Entretanto, quando se considera apenas a 
prevalência de alergias alimentares, a 
estimativa cai para 6 a 8% nos lactantes e 
ate 4% nos adultos, sendo mais prevalente 
nos atópicos. 
• ETIOLOGIA 
Em tese, qualquer alimento pode causar 
alergia, só que uma pequena quantidade é 
responsável pela maioria das alergias 
alimentares. Nos EUA, leite, soja, ovo, 
trigo e amendoim, correspondem a cerca de 
90% das reações alérgicas em crianças; 
enquanto peixe, crustáceos, amendoim e 
castanhas, correspondem a 85% das reações 
em adultos e adolescentes. No Brasil os 
dados são parecidos, com a inclusão do 
milho e menor ação do amendoim. 
Atualmente, as proteínas alergénicas tem 
sido identificadas; a partir disso foi 
compreendido, porque muitos pacientes 
alérgicos a um determinado alimento 
apresentavam sintomas orais, ao ingerir 
determinadas frutas/vegetais(SÍNDROME DE 
ALERGIA ORAL). 
LÁTEX——> banana, kiwi, abacate 
• FISIOPATOLOGIA 
A alergia alimentar pode envolver um 
mecanismo IgE mediado, não-IgE mediado ou 
mais que um mecanismo imunológico. 
- M e c a n i s m o I g E m e d i a d o - 
hipersensibilidade imediata 
E m p a c i e n t e s g e n e t i c a m e n t e 
p r e d i s p o s t o s , a f a l h a n o 
desenvolvimento ou a quebra do 
mecanismo de tolerância oral 
resulta em produção excessiva de 
anticorpos IgE-específico para 
determinado alimento, após a 
sensibilização e formação do 
anticorpo o mesmo se liga a 
receptores de alta afinidade em 
basófilo e mastócito. Com isso, no 
próximo contato com o alérgeno, o 
Passei Direto: Júlia Franco Fernandes 
@juliafnandes
APG 03 
Alergia Alimentar
Julia Franco Fernandes - 4˚ PERÍODO 
MEDICINA - FASA 2022.2
mesmo se liga ao basófilo/mastócito 
ligado com o IgE, promovendo a 
liberação de mediadores(histamina, 
prostaglandina e leucotrienos), 
responsáveis pelas manifestações 
clínicas, que ocorrem dentro de 
minutos ou até 2 horas após a 
ingestão. 
1˚= paciente ingere o 
alimento; 2˚= produção 
e x c e s s i v a d e I g E n o 
organismo; 3˚= ligação entre 
IgE + mastócitos/basófilos; 
4˚= outra ingestão, só que 
desta vez o alergéno se junta 
a o I g E / m a s t . / b a s ó f . , 
promovendo a liberação de 
mediadores; 5˚= após minutos 
ou até 2 horas, ocorre as 
manifestações clínicas. 
- Mecanismo não-IgE mediado 
Geralmente se manifestam com 
s i n t o m a s g a s t r i n t e s t i n a i s , 
diagnósticados normalmente pela boa 
resposta a eliminação do alergéno 
da dieta e algumas doenças 
necessitam de biópsia. Evidências 
mostram que estas reações sejam 
mediadas por células(reações de 
hipersensibilidade tipo IV), sendo 
que reações do tipo II e III já 
foram descritas(raras). 
• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
√ Cutâneas(mais comuns) 
- Prurido; 
- Urticária; 
- Angioedema; 
- Dermatite atópica(relação causa-
efeito não é clara); 
√ Gastrintestinais(2˚ mais comum) 
- Náuseas; 
- Vômito; 
- Dor abdominal; 
- Diarréia; 
√ Respiratórias(isolados, são raros) 
- Coriza; 
- Prurido nasal; 
- Broncoespasmo; 
- Edema de laringe; 
√Anafiláticas(alimentos são causas mais 
comuns) 
- Hipotensão; 
- Síncope; 
- Arritmias; 
- Choque; 
OBS: anafilaxia induzida por alimentos 
dependente de exercícios é uma síndrome em 
que os sintomas só ocorrem se determinado 
alimento é ingerido 2 a 6 horas antes do 
exercícios. 
• DIAGNÓSTICO 
- Anamnese - história clínica é a peça 
chave da investigação; 
- Exame físico - ver sinais de atopia, 
estado nutricional e sinais de outras 
doenças não-alérgicas; 
- Diário alimentar - pelo menos 2 
semanas; 
- Testes cutâneos IgE específico - método 
rápido para avaliar a sensibilização a 
alimentos específicos(pele); 
- Pesquisa in vitro de IgE específico 
(menos utilizado, e caro); 
- Dietas de restrição; 
- P r o v a s d e p r o v o c a ç ã o o r a l - 
administração fracionada do alimento em 
doses crescentes; 
- Níveis séricos de IgE. 
• COMPLICAÇÕES 
√ Adultos 
- colapso cardiovascular; 
√ Crianças 
- dor abdominal; 
- Urticária; 
- Rinite Alérgica; 
- Conjuntivite; 
- Rubor Facial; 
- Respiração Sibilante; 
Passei Direto: Júlia Franco Fernandes 
@juliafnandes
Julia Franco Fernandes - 4˚ PERÍODO 
MEDICINA - FASA 2022.2
√ Lactante 
- Vômito; 
- Urticária; 
• FATORES DETERMINANTES 
- Fatores ambientais; 
- Predisposição genética - se possui uma 
alta produção de IgE, mas não se sabe o 
porquê, mas se sabe que casos alérgicos 
na família tendem a se propagar por 
várias gerações; 
• PRINCIPAIS ALIMENTOS 
√ Crianças 
- Leite; 
- Ovo; 
- Soja; 
- Trigo; 
- Amendoim (mais comum nos EUA); 
OBS: Geralmente se perde até os 5 anos. 
√ Adolescentes e adultos 
- Peixe; 
- Crustáceos; 
- Amendoim (mais comum nos EUA); 
- Castanhas; 
- Milho (BRASIL). 
Passei Direto: Júlia Franco Fernandes 
@juliafnandes

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