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Problema 9 - Obstrução Intestinal

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Carla Bertelli – 4° Período 
– Entender a epidemiologia, etiologia, fisiopatologia, 
manifestações clínicas e diagnóstico da Obstrução Intestinal. 
 
Pode ocorrer em qualquer nível do intestino, mas o 
delgado está mais frequentemente envolvido por causa 
da sua luz relativamente estreita. Coletivamente, hérnias, 
aderências intestinais, intussuscepção e vólvulos 
representam 80% das obstruções mecânicas, enquanto 
tumores, infarto e outras causas de estreitamentos, 
como a Doença de Crohn, representam de 10 a 15%. As 
manifestações clínicas incluem dor e distensão abdominal, 
vômitos e constipação. 
 
Hérnias - Qualquer fraqueza ou defeito na parede abdominal pode 
permitir a protrusão de uma bolsa de peritônio revestida por serosa 
chamada de saco herniário. Hérnias adquiridas tipicamente ocorrem 
anteriormente, através dos canais inguinal e femoral, umbigo ou em 
locais onde há cicatrizes cirúrgicas 
Aderências - Os procedimentos cirúrgicos, infecções ou outras 
causas de inflamação peritoneal, tais como a endometriose, podem 
resultar no desenvolvimento de aderências entre os segmentos do 
intestino, a parede abdominal ou locais de cirurgia. Essas pontes 
fibrosas podem criar alças fechadas através das quais outras vísceras 
podem deslizar e ficar aprisionadas, resultando em herniação internas. 
Vólvulo - A torção de uma alça intestinal sobre seu ponto 
mesentérico de conexão é chamada de vólvulo; ela resulta tanto no 
comprometimento luminal quanto vascular. Logo, o vólvulo 
apresenta-se com características de obstrução e infarto 
Intussuscepção - A intussuscepção ocorre quando o segmento do 
intestino, comprimido por uma onda de peristaltismo, se encaixa no 
segmento distal mais próximo. Uma vez aprisionado, o segmento 
invaginado é empurrado pelo peristaltismo e puxa o mesentério 
junto com ele. A intussuscepção não tratada pode progredir para 
obstrução intestinal, compressão de vasos mesentéricos e infarto. 
É uma das causas mais frequentes de emergência. A 
desatenção ao diagnóstico precoce e ao tratamento 
adequado ocasiona o fato de a mortalidade ainda 
permanecer acima do desejável. É fundamental entender 
a importância de se fazer o diagnóstico de localização da 
obstrução, principalmente nos casos menos evidentes. 
A obstrução mecânica do intestino delgado é causada 
por compressão mecânica intraluminal ou 
extraluminal. Nos países desenvolvidos, a adesão é a 
causa mais comum, seguida por hérnias, neoplasias e 
vários outros distúrbios infecciosos e inflamatórios. 
A obstrução intestinal ocorre quando o fluxo normal do 
conteúdo intraluminal é interrompido. O intestino delgado 
está envolvido em aproximadamente 80 por cento dos 
casos de obstrução intestinal mecânica. Em suma, ocorre 
uma falha na progressão normal do conteúdo intestinal. 
Está presente a partir do momento em que qualquer 
obstáculo impeça esta progressão, seja por uma barreia 
física ou por um distúrbio funcional da força propulsora. 
Podemos dividir a obstrução intestinal em dois grupos: 
• çã â
• çã
Na çã â há uma barreia física com 
manutenção da força propulsora da musculatura 
intestinal. Isso significa que o peristaltismo estará presente 
e que poderemos ouvir os ruídos peristálticos e ainda 
perceber os sons que serão fortes, exacerbados, de luta 
e de timbre metálico. 
Na çã , ou íleo paralítico, não há barreia 
física. O que ocorre é um distúrbio da força propulsora 
da musculatura intestinal. Podemos encontrar 2 situações: 
íleo adinâmico (ineficiência resultante do relaxado da 
musculatura) e íleo dinâmico (ineficiência resultante do 
espasmo da musculatura. Isso significa que auscultar o 
abdome há apenas silencio abdominal, porque o 
peristaltismo estará ausente ou é ineficiente. 
Ainda podemos classificar a obstrução como simples ou 
com estrangulamento, relacionadas a existência ou não 
de comprometimento da irrigação sanguínea do 
segmento intestinal comprometido. A obstrução simples 
não apresenta risco para a vitalidade da alça, porque não 
há restrição do fluxo sanguíneo. Já a obstrução com 
estrangulamento representa um risco para a vitalidade da 
alça porque há restrição do fluxo sanguíneo. Será de 
 Carla Bertelli – 4° Período 
maior ou menor gravidade dependendo da extensão da 
alça envolvida. 
Há ainda uma situação especial em que é a obstrução 
em alça fechada – quando o mesmo segmento intestinal 
está obstruído em dois pontos. Como exemplo pode-se 
citar o tumor obstrutivo do sigmoide com válvula 
ileocecal competente, torção do delgado e torção da alça 
aferente. Nesta situação há grande proliferação 
bacteriana e aumento da virulência, grande produção de 
toxinas e comprometimento da irrigação sanguínea. 
Ainda podemos classificar a obstrução de acordo com o 
ponto em que se estabeleceu a barreira física: 
• Obstrução Alta – Próximo ao ângulo de Treitz 
• Obstrução Baixa – Quando ocorre no cólon 
Entretanto, clinicamente é possível dividir o quadro 
obstrutivo em três grupos: 
• Obstrução Alta do Delgado 
• Obstrução Baixa do Delgado 
• Obstrução do Cólon 
 
Obstrução Mecânica 
A obstrução mecânica aguda do intestino delgado é uma 
emergência cirúrgica comum 
O obstáculo pode estar na luz intestinal, como no íleo 
biliar; pode ocorrer na parede intestinal, como no 
carcinoma obstrutivo do sigmoide, ou, ainda, fora da 
parede intestinal, como em grandes massas abdominais. 
Na investigação de um paciente, temos que responder 
as seguintes perguntas: Há obstrução? Há 
estrangulamento? Há desidratação importante? Qual a 
causa da obstrução? Qual o nível da obstrução? 
Estruturas de musculatura lisa produzem dor em cólica 
(estômago, intestinos, ureter, trompas e útero). A partir 
do momento que se identifica a dor do tipo cólica, 
imediatamente a investigação deve se concentrar nesses 
órgãos. 
O diagnóstico da obstrução é mais importante do que o 
diagnóstico da causa da obstrução. 
As causas mais frequentes de obstrução são: hérnia 
externa, bridas, câncer, invaginação da hérnia interna. 
O diagnóstico de obstrução intestinal é clínico. Com os 
exames de imagem conseguimos obter informações 
sobre o tipo de alça envolvida, a extensão do 
comprometimento, assim como o melhor acesso para 
uma abordagem cirúrgica 
 - A incidência de obstrução do intestino 
delgado é semelhante para homens e mulheres. Em um 
estudo de pacientes adultos, a idade média dos pacientes 
com obstrução aguda foi de 64 anos, as mulheres 
representaram 60% do grupo e o intestino delgado foi 
afetado em 76%. Entre 20 e 30 por cento dos pacientes 
com obstrução do intestino delgado são submetidos a 
intervenção cirúrgica. A isquemia intestinal como 
complicação da obstrução intestinal é observada em 7 a 
42% das obstruções intestinais e aumenta 
significativamente a mortalidade associada à obstrução 
intestinal 
 
Os sinais e sintomas clássicos são dor, vômito, parada de 
eliminação de gases, fezes e distensão. A dor é clássica, 
em cólica, representando o esforço do intestino para 
vencer a barreira física 
Os vômitos são inicialmente reflexos, consequentes à 
intensidade da dor. Posteriormente, representam o 
mecanismo pelo qual o organismo tenta se livrar da 
sobrecarga de conteúdo intestinal que não consegue 
progredir. O material eliminado do estômago inicialmente 
é claro, quando reflui do duodeno para o estômago ele 
tem um aspecto bilioso. Quanto mais tempo durar a 
obstrução e mais baixo for, no tubo digestivo, o material 
eliminado, mais se aproximada do aspecto fecaloide – 
marrom, espesso e fétido, observada na obstrução baixa 
do delgado. 
A distensão é o resultado do acúmulo de líquidos e gás 
dentro das alças acima do ponto de obstrução. Os 
líquidos ficam retidos na luz intestinal, sem nenhuma 
utilidade para o meio interno, perdidos no terceiro 
espaço. 
A parada de eliminação de fases e fezes é resultado da 
interrupção da progressão do conteúdo intestinal e,dependendo do ponto de obstrução, poderá levar algum 
tempo para se tornar evidente. 
A obstrução leva à dilatação progressiva do intestino 
proximal ao bloqueio, enquanto, distalmente ao bloqueio, 
o intestino descomprime à medida que o conteúdo 
luminal passa. O ar e o gás engolidos da fermentação 
bacteriana podem se acumular, aumentando a distensão 
 Carla Bertelli – 4° Período 
intestinal. À medida que o processo continua, a parede 
intestinal torna-se edemaciada, a função absortiva normal 
é perdida e o líquido é sequestrado no lúmen intestinal 
A necrose isquêmica do intestino é mais comumente 
causada por torção do intestino e/ou seu mesentério em 
torno de uma faixa adesiva ou anexos intestinais. A 
incidência de isquemia é significativamente aumentada 
com uma obstrução em alça fechada. Alternativamente, 
se a dilatação intestinal for excessiva, os vasos intramurais 
do intestino delgado ficam comprometidos e a perfusão 
para a parede do intestino é reduzida. 
Com a obstrução intestinal proximal, a emese contínua 
leva à perda adicional de líquido contendo Na, K, H e 
Cl; alcalose metabólica; e, se ignorada, acidúria 
paradoxal. Essas perdas de fluido podem resultar em 
hipovolemia. O supercrescimento bacteriano também 
pode ocorrer no intestino delgado proximal, que 
normalmente é quase estéril, e a êmese pode se tornar 
feculenta. 
 
A dor não é tão intensa porque estando próximo ao 
ângulo de Treitz, ao menor esforço o conteúdo 
facilmente reflui para o estômago e é eliminado. Os 
vômitos são incoercíveis e biliosos. A distensão é 
insignificante porque há poucas alças envolvidas e são 
facilmente esvaziadas com o vômito. 
 
Na obstrução básica, a dor é típica. Pelo vômito, o 
paciente elimina conteúdo das partes mais baixas do 
delgado, podendo chegar ao vômito fecaloide. O fato de 
o local da obstrução ser na parte distal do ID faz com 
que os episódios de vômitos demores para aparecer. O 
intervalo entre o início da dor e o aparecimento do 
vômito orienta o diagnóstico e o ponto de obstrução. O 
doente pode apresentar grande distensão abdominal. 
í – É importante saber o lugar exato da 
dor, seu deslocamento, intensidade, irradiação, 
características e se existe um lugar onde é mais intensa. 
O abdome deve ser amplamente exposto de maneira 
que os orifícios sejam visíveis. 
Sinais sistêmicos – Uma característica da obstrução do 
intestino delgado é a desidratação, que se manifesta como 
taquicardia, hipotensão ortostática, redução do débito urinário 
e, se grave, membranas mucosas secas. A febre pode estar 
associada a infecção (por exemplo, abscesso) ou outras 
complicações da obstrução (isquemia intestinal, necrose), 
embora sua ausência não exclua infecção ou complicação, 
particularmente em pacientes idosos ou 
imunocomprometidos. 
A inspeção abdominal identificará um grau variável de 
distensão abdominal na maioria dos pacientes com obstrução 
intestinal aguda. Em várias revisões retrospectivas, a distensão 
abdominal foi o achado físico mais frequente no exame clínico, 
ocorrendo em 56 a 65 por cento dos pacientes. Embora 
náuseas e vômitos possam ser menos graves em pacientes 
com obstrução distal do intestino delgado em comparação 
com obstrução proximal, a distensão abdominal é maior 
porque o intestino mais proximal atua como um 
reservatório. O ar e o gás engolidos da fermentação 
bacteriana também podem se acumular, aumentando a 
distensão abdominal. É importante lembrar, entretanto, que 
em pacientes com obstrução em alça fechada, a distensão 
abdominal pode ser mínima. 
Auscultação abdominal – A obstrução intestinal mecânica 
aguda é caracterizada por sons agudos de "tilintante" 
associados à dor. Com distensão intestinal significativa, os sons 
intestinais podem ficar abafados e, à medida que o intestino 
se distende progressivamente, os sons intestinais podem se 
tornar hipoativos. 
Percussão abdominal – A distensão do intestino resulta em 
hiper-ressonância ou timpanismo à percussão em todo o 
abdome. No entanto, alças cheias de fluido resultarão em 
embotamento. Se a percussão sobre o fígado for timpânica 
em vez de maçante, pode ser indicativa de ar intra-abdominal 
livre. Sensibilidade à percussão leve sugere peritonite. 
A palpação abdominal pode identificar qualquer hérnia na 
parede abdominal ou na virilha, ou massas anormais que, no 
contexto de obstrução do intestino delgado, podem indicar 
um abscesso, volvo ou tumor como fonte de obstrução. 
ó - Embora a obstrução mecânica do 
intestino delgado possa ser suspeita (ou óbvia) com base 
em fatores de risco, sintomas e achados do exame físico 
consistentes com obstrução, a imagem abdominal 
geralmente é necessária para confirmar o diagnóstico, 
identificar a localização da obstrução, julgar se a 
obstrução é parcial ou completo, identificar complicações 
relacionadas à obstrução (isquemia, necrose, perfuração) 
e determinar a etiologia potencial, o que ajudará a 
determinar a urgência e a natureza do tratamento 
adicional 
Para a maioria dos pacientes com suspeita de obstrução 
mecânica do intestino delgado, obtemos radiografias 
simples para confirmar rapidamente o diagnóstico de 
 Carla Bertelli – 4° Período 
obstrução intestinal e, desde que os filmes não 
apresentem achados que indiquem a necessidade de 
intervenção imediata, então usar tomografia 
computadorizada (TC) do abdome e da pelve para 
caracterizar ainda mais a natureza, gravidade e etiologias 
potenciais da obstrução 
As modificações do tubo digestivo na presença de 
obstrução são variáveis. Há acúmulo de conteúdo acima 
do local da obstrução, ao mesmo tempo, que abaixo fica 
vazio. 
Embora muitas modalidades de imagem estejam 
disponíveis para diagnosticar a obstrução do intestino 
delgado, ã
á ú
 — Para a maioria dos pacientes, 
primeiro obtemos radiografias simples para confirmar 
rapidamente o diagnóstico de obstrução intestinal. 
 — A tomografia computadorizada (TC) 
multidetectores do abdome é mais útil do que radiografias 
simples para identificar o local específico (ou seja, ponto 
de transição) e gravidade da obstrução (parcial versus 
completa); determinar a etiologia pela identificação de 
hérnias, massas ou alterações inflamatórias; e para 
identificar complicações como isquemia, necrose ou 
perfuração 
A é um avanço diagnóstico bem-vindo, mas não tem 
indicação na investigação de pacientes com obstrução 
intestinal. Ela pode ser útil na suspeita diagnóstica de 
oclusão vascular mesentérica, demonstrando, de maneira 
confiável, a vascularização mesentérica. 
A é de valor limitado devido ao acúmulo 
de gases no intestino dificultando a formação de imagens. 
 
 
 - Embora a obstrução do intestino 
delgado seja mais comum, a obstrução do intestino 
grosso constitui aproximadamente 25% de todas as 
obstruções intestinais. Apesar da ampla triagem para 
câncer colorretal, a obstrução do intestino grosso é o 
sintoma inicial de até 30% dos cânceres de cólon 
A obstrução intestinal pode ser funcional (devido à 
fisiologia intestinal anormal) ou mecânica (devido à 
compressão extrínseca ou intrínseca [mural ou 
intraluminal]) e pode ser parcial ou completa. A obstrução 
mecânica do intestino grosso pode ser causada por 
etiologias malignas ou benignas 
Pacientes com obstrução do intestino grosso podem 
apresentar-se de forma aguda com início abrupto de 
distensão abdominal e dor abdominal por obstrução 
luminal súbita, ou subaguda ou crônica com mudança nos 
hábitos intestinais durante um período de tempo devido 
ao estreitamento luminal progressivo. A duração mais 
longa dos sintomas e sintomas associados, como perda 
de peso não intencional ou sangramento retal, podem 
sugerir uma causa maligna em vez de uma etiologia 
benigna. 
A da obstrução do cólon difere da do 
delgado por condições anatômicas e fisiológicas: o cólon 
está preparado para reter gases e fezes, está distante 
do estômago e muitopróximo do ânus. A complacência 
do cólon, a ausência de dor forte, que poderia 
desencadear vômitos reflexos, e a distância do estômago 
fazem com que a ocorrência de vômito seja rara. A 
distensão pode assumir grandes proporções. A parada 
de gases e fezes poderá ser o primeiro sintoma, desde 
que interpretada corretamente, porque na maioria dos 
casos, ocorre em pacientes idosos com história de 
constipação crônica. Na obstrução do cólon, a grande 
distensão abdominal é o sinal predominante. 
A mesma conduta de exame físico para obstrução do 
intestino delgado deve ser seguida na obstrução do cólon. 
A grande distensão será evidente, com timpanismo 
aumentado, dor fraca referida ao hipogástrio, ceco 
facilmente palpável. A inspeção abdominal geralmente 
mostrará distensão abdominal, que pode ser 
particularmente dramática para obstruções completas 
distais. Dor abdominal focal ou difusa e/ou peritonite 
podem indicar isquemia colônica ou infarto. 
ó – Estudos de imagem são necessários 
para diagnosticar e caracterizar as obstruções do 
intestino grosso. Os exames laboratoriais podem avaliar a 
gravidade e quaisquer complicações de uma obstrução 
do intestino grosso. A endoscopia baixa (sigmoidoscopia 
ou colonoscopia) geralmente não é necessária para 
diagnosticar uma obstrução aguda do intestino grosso, 
mas pode ajudar a investigar sintomas crônicos. 
 A radiografia simples e a tomografia computadorizada 
(TC) do abdome são os exames de imagem mais 
práticos e úteis. 
 Carla Bertelli – 4° Período 
ó – A imagem radiológica do cólon 
é influenciada pelo local e duração da obstrução, 
conteúdo intestinal e pela competência da válvula 
ileocecal. 
O cólon sempre tem gás. Na ocorrência de obstrução, 
observamos uma exacerbação do quadro radiológico 
normal: o cólon extremamente distendido e o delgado 
sem gás. 
O exame contrastado de emergência é realizado sem 
preparo do intestino, porque a informação desejada é 
limitada, sem necessidade de ver detalhes da mucosa, 
somente identificar o ponto de obstrução. Na suspeita de 
perfuração, o contraste hidrossolúvel é indicado. 
A TC pode trazer contribuição importante, 
particularmente quando executada com administração de 
contraste. 
 – Em se tratando de abdome agudo, os 
exames laboratoriais serão necessários para se ter uma 
avaliação geral do paciente. Quanto mais longo o tempo de 
obstrução, mais grave o caso, quanto mais idoso e maior a 
evidência de doenças associadas, mais elaborados serão os 
exames. A desidratação é a complicação habitual, 
consequentemente os exames estarão alterados e poderão 
dar informação da gravidade da desidratação. Leucocitose 
associada a modificação do quadro clínico pode revelar a 
presença de estrangulamento. 
BORDEIANOU, L., & DANTE, D. (2022). Etiologias, manifestações 
clínicas e diagnóstico de obstrução mecânica do intestino 
delgado em adultos. https://www.uptodate.com/contents/etiologies-
clinical-manifestations-and-diagnosis-of-mechanical-small-bowel-
obstruction-in-
adults?search=Obstru%C3%A7%C3%A3o%20Intestinal&source=se
arch_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank
=1 
DANTE, D., & BORDEIANOU, L. (2022). Obstrução do Intestino 
Grosso - UpToDate. https://www.uptodate.com/contents/large-
bowel-
obstruction?search=Obstru%C3%A7%C3%A3o%20Intestinal&sourc
e=search_result&selectedTitle=3~150&usage_type=default&display
_rank=3 
DANI, Renato; PASSOS, Maria do Carmo F. Gastroenterologia 
Essencial, 4ª edição. Grupo GEN, 2011. 978-85-277-1970-4. 
https://www.uptodate.com/contents/large-bowel-obstruction?search=Obstru%C3%A7%C3%A3o%20Intestinal&source=search_result&selectedTitle=3~150&usage_type=default&display_rank=3
https://www.uptodate.com/contents/large-bowel-obstruction?search=Obstru%C3%A7%C3%A3o%20Intestinal&source=search_result&selectedTitle=3~150&usage_type=default&display_rank=3
https://www.uptodate.com/contents/large-bowel-obstruction?search=Obstru%C3%A7%C3%A3o%20Intestinal&source=search_result&selectedTitle=3~150&usage_type=default&display_rank=3
https://www.uptodate.com/contents/large-bowel-obstruction?search=Obstru%C3%A7%C3%A3o%20Intestinal&source=search_result&selectedTitle=3~150&usage_type=default&display_rank=3
https://www.uptodate.com/contents/large-bowel-obstruction?search=Obstru%C3%A7%C3%A3o%20Intestinal&source=search_result&selectedTitle=3~150&usage_type=default&display_rank=3

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