Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Gustavo de Oliveira Alencar 1 Camila Alencar Bezerra ¹ Jackelyne Roberta Scherf ¹ Jamylys Fidelis da Silva ¹ Maria de Fátima Rocha Barreto ¹ Mikaely Pereira Alves ¹ Rafael de Carvalho Mendes2 RESUMO A liberação prolongada de medicamentos é caracterizada pela liberação do princípio ativo aos poucos na corrente sanguínea no sitio de ação especifico, proporciona um período maior no organismo do que o convencional, possuindo diversidade de formas farmacêuticas, a vantagem é na adesão ao tratamento, doses diárias reduzidas, com menos efeitos colaterais. A presente revisão teve como objetivo apresentar por meio da literatura, como a liberação prolongada de fármacos é aplicada, discutindo também a sua importância. Trata-se de um estudo de revisão sistemática da literatura, no qual a busca por artigos foi feita nas seguintes bases de dados PubMed (Publisher Medline), LILACS (Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SciELO (Scientific Eletronic Library Online), utilizando-se os descritores liberação prolongada de fármacos, liberação prolongada, prolonged drug release, prolonged release. A seleção respeitou critérios de inclusão/exclusão. Foram encontrados 96 artigos dentre os selecionados apenas 15 atenderam aos critérios, abordando sistemas como niossomas, comprimidos formadores de gel in situ, microesferas, entre outros. A fabricação desses medicamentos vem crescendo cada vez mais nos países, pois eles apresentam de maneira significativa um tratamento mais adequado facilitando maior adesão ao tratamento com doses mínimas para diversas patologias. Palavras chaves: Fármacos. Formas Farmacêuticas. Liberação Prolongada. ABSTRACT Prolonged drug release is characterized by the release of the active ingredient gradually into the bloodstream at the specific site of action, providing a longer period in the body than the conventional one, with various pharmaceutical forms, and its advantage is the adherence to the treatment, reduced daily doses with fewer side effects. The objective of the present review was to present, through literature, how prolonged drug release is applied, also discussing its importance. This is a systematic review of the literature, in which the search for articles was done in the following databases PubMed (Publisher Medline), LILACS (Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences) and SciELO (Scientific Electronic Library Online), using the descriptors prolonged drug release, prolonged release in Portuguese and English. The followed inclusion/exclusion criteria. The search returned 96 articles and, among the selected ones, only 15 met the criteria, addressing systems such as niosomes, in situ gel forming tablets, microspheres, among others. The manufacture of these drugs has been increasing in the countries, since they significantly present a more appropriate treatment, facilitating greater adhesion to the treatment with minimum doses for several pathologies. Key words: Drugs. Pharmaceutical forms. Prolonged release. 1 Graduandos em Farmácia, Faculdade de Juazeiro do Norte – FJN. 2 Graduado em Farmácia pela Universidade Estadual da Paraíba. Mestre em Microbiologia Médica pela Universidade Federal do Ceará. Autor correspondente: rafa_mendes@msn.com REVISÃO/REVIEW LIBERAÇÃO PROLONGADA DE FÁRMACOS E SUAS APLICAÇÕES FARMACOLÓGICAS: REVISÃO SISTEMÁTICA PROLONGED DRUG RELEASE AND ITS PHARMACOLOGICAL APPLICATIONS: SYSTEMATIC REVIEW DOI: http://dx.doi.org/10.19095/rec.v6i1.317 http://dx.doi.org/10.19095/rec.v6i1.317 Rev. e-ciência, 6(1): 5-10, 2018 DOI: http://dx.doi.org/10.19095/rec.v6i1.317 6 INTRODUÇÃO Os medicamentos são utilizados para manter ou restituir a saúde. Neles é contido um princípio ativo que deve ser ingerido pelo paciente através de uma via de administração apropriada. Podem ser encontrados nas formas farmacêuticas sólidas, semissólidas e líquidas. As sólidas orais são as mais utilizadas e classificadas como convencional ou modificada 1. A liberação convencional, também conhecida como pronta liberação, foi desenvolvida para liberar o princípio ativo quase no mesmo momento em que o medicamento é administrado, utilizando recursos como excipientes para desintegração e dissolução do fármaco. A liberação modificada é responsável por modular a quantidade de princípio ativo a ser liberado, assim retardando ou prolongando essa liberação 2. A tecnologia responsável pela liberação controlada dos fármacos sofreu evidentes adições visando melhoramentos. Manter o fármaco em quantidade ideal no plasma sanguíneo caracteriza-se como sendo a maior vantagem dos medicamentos de liberação controlada, pelo fato de diminuir a alteração da dose no sangue e a frequência de aplicação de determinados fármacos, assim facilitando a aceitação do paciente, melhorando a biodisponibilidade do fármaco, e diminuindo a toxicidade 3. Em contrapartida por diminuir a absorção dessas substâncias acabam retardando também sua eliminação, fazendo com que haja uma maior permanência do fármaco no local de ação ou mesmo no sangue 4. Existe uma grande diversidade desses sistemas dentre eles estão inclusos os lipossomas, as bombas osmóticas, os revestimentos entéricos, os sistemas transdérmicos, os pró- fármacos, os sistemas matriciais poliméricos, nos quais proporcionam uma liberação com um tempo maior do fármaco no organismo especialmente no tecido ou órgão-alvo do que o convencional, tornando-se alvo de grande interesse das indústrias farmacêuticas 5,6. Os sistemas de liberação de fármacos mais utilizados e que levam a um melhor desempenho são os que possuem sensibilidade à temperatura e pH. O corpo humano apresenta pH variável dependendo do local, principalmente ao longo do trato gastrointestinal (TGI), onde fica o cólon, localização mais vantajosa para a aplicação desse sistema. Tecidos e compartimentos subcelulares também tem pH diferentes 7,8. O presente artigo tem como objetivo revisar por meio da literatura como a liberação prolongada de fármacos é aplicada, não apenas apresentando os resultados encontrados, mas também discutindo a importância. MATERIAIS E MÉTODOS Este estudo trata-se de uma revisão sistemática, tem como intuito de abordar de que maneira o sistema de liberação prolongada é aplicado nos fármacos, esse estudo foi realizado por meio da literatura, nas seguintes bases de dados PubMed (Publisher Medline), (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SciELO (Scientific Eletronic Library Online). A coleta de dados foi realizada em maio de 2016, foram utilizados como descritores: liberação prolongada de fármacos (prolonged drug release) e liberação prolongada (prolonged release), como critérios de inclusão foram aceitos artigos originais e disponível na integra, entre os anos de 2014 a 2016, no idioma português e inglês. RESULTADOS E DISCUSSÃO A busca na literatura resultou em quinze artigos (Figura 1) nos quais tratavam de sistemas de liberação prolongada de fármacos, cujas informações retiradas estão apresentadas na tabela 1. As formas farmacêuticas de liberação controlada proporcionam uma farmacocinética peculiar, favorecendo um efeito terapêutico prolongado, no qual se evita oscilações do fármaco na corrente sanguínea, comum nos medicamentos convencionais o que pode ser tóxicas para o organismo 24. Apesar de possuírem inúmeras vantagens, as formas farmacêuticas de liberação controlada possuem algumas limitações como: restrições para fármacos que tenham baixo tempo de meia-vida; dificuldade de absorção no TGI, impossibilitado de interrupção no tratamento; acúmulo do fármaco no organismo devido à excreção lenta, gerando até mesmo uma intoxicação. De maneira geral, os fármacos que mais se adaptam a estes sistemas possuemcaracterísticas como: velocidades médias de absorção e excreção; absorção uniforme no TGI; absorção em doses relativamente pequenas e margem de segurança relativamente larga 24,25. Existem atualmente várias formas farmacêuticas de liberação controlada que atuam em vários órgãos, proporcionando melhora terapêutica. Transportadores que realizam liberação sustentada de drogas nos pulmões, podem melhorar os resultados terapêuticos dos medicamentos inalados. Além disso, uma formulação de inalação de libertação sustentada pode evitar picos de concentrações locais da droga que poderiam ser tóxicos para o tecido pulmonar 17. Figura 1 - Fluxograma mostrando a seleção do estudo para a revisão. http://dx.doi.org/10.19095/rec.v6i1.317 Rev. e-ciência, 6(1): 5-10, 2018 DOI: http://dx.doi.org/10.19095/rec.v6i1.317 7 Tabela 1. Formas Farmacêuticas Aplicadas na Liberação Prolongada com Respectivos Países. AUTORES PAÍS OBJETIVO DO ESTUDO FORMA FARMACÊUTICA RESULTADOS Abou et al., (2014) 9 Arábia Preparar KT (Ketorolac Trometamina) em diferentes grânulos flutuantes de alginato de cálcio para controlar a liberação da droga usando carbonato de cálcio. Granulo Cerca de 1,5 vezes maior do que a duração do efeito analgésico induzido por tabletes KT comerciais. Alihosseini et al., (2015) 10 Irã A ampicilina foi escolhida para ser encapsulada em um carreador de colesterol de escala nanométrica, Para manter a estabilidade das Nanoparticulas lipídicas sólidas. Cápsula Os resultados de tamanhos médio foram de 150 e 187 nm antes e depois da liofilização, respectivamente. Carvalho et al., (2015) 11 Portugal Melhorar as características das lentes de contato, como mecanismo para a liberação controlada de drogas e prolongamento de doenças com glaucoma. Suspensões Melhorou a manutenção e monitoramento da doença levando a menos hospitalizações, complicações, cirurgia ocular, e menor morbidade. Dahiya et al., (2015) 12 Índia Estudar o efeito da polimetacrilato Eudragit RSPO e RLPO. Compritol 888 ATO EUDRAGIT perfil de liberação de um fármaco solúvel em água como cloridrato de metformina. Comprimido A droga mostrou sinais termotrópicos, quando precipitada pelo o aumento da quantidade de polímeros, por outro lado a metformina altamente solúvel em água poderia estende-se a cargos mais elevados do fármaco. Davanço et al., (2016) 13 Brasil Avaliar a fase pré-clinico do Benznidazole administrados na forma de comprimidos de liberação prolongada, formulado com diferentes tipos de polímeros. Comprimido Proporcionou um aumento na manutenção da concentração do fármaco in vivo, o que permitiria a frequência de administração a ser reduzida. Ferreira et al., (2014) 14 Brasil Preparar novas formulações de bromoprida de liberação prolongada na forma de comprimidos. Comprimido Os comprimidos obtidos apresentavam características adequadas em termos de liberação sustentada. Garud et al., (2015) 15 Índia O objetivo deste estudo foi projetar e avaliar a liberação microesferas mucoadesivo. Líquida As microesfericas tiveram redimento de 68,2-85,6% e exibiram boa propriedade mucoadesivo ensaio in vitro. Khan et al., (2015) 16 Paquistão Melhorar o perfil de dissolução do fármaco diacereina e obter liberação prolongada através do planejamento de um novo sistema de liberação designado de niossoma. Cápsulas Utilizando monoestearato de sorbitano a diacereína pode ter um rendimento sucedido no interior do niossomas Loira-Pastoriza et al., (2014) 17 Bélgica Apresentar as diferentes estratégias de formulação desenvolvida para controlar a liberação do fármaco nos pulmões incluindo micropartículas e a ampla gama de nanomedicamentos. Suspensão A maior área de superfície por unidade de volume de nanocarriers pode aumentar a liberação brusca do fármaco e a sua tendência para agregação, diminui a facilidade da sua administração aos pulmões. Nagendra et al., (2014) 18 Índia Melhorar a solubilidade da mercaptopurina e liberar o fármaco uniformemente através do TGI, por meio da nova formulação de comprimidos que se tornam gel in situ. Comprimido O comprimido de gelificação in situ formulado em 6-mercaptopurina poderia ser eficaz para a liberação controlada por período de tempo prolongado através do TGI, aprimorando a biodisponibilidade oral. http://dx.doi.org/10.19095/rec.v6i1.317 Rev. e-ciência, 6(1): 5-10, 2018 DOI: http://dx.doi.org/10.19095/rec.v6i1.317 8 Rodrigues et al., (2015) 19 Portugal Converter tacrolimus de duas tomas diárias para uma formulação de liberação prolongada para melhorar a aderência farmacológica de pacientes na transplantação renal. Cápsula A função renal permaneceu estável e não ocorreram diferenças significativas no metabolismo da glicose, não houve efeitos adversos significativos. Rosseto et al., (2015) 20 Brasil Avaliar o implante intravítreo de liberação lenta de dexametasona 0,7mg no tratamento do edema macular cistóide (EMC) secundário à uveíte intermediária refratária a corticosteroides orais. Comprimido Acuidade visual melhorou em todos os olhos, Não ocorreu evento adverso grave, e nem aumento significativo na pressão intraocular. Silva et al., (2015) 21 Portugal Desenvolver uma plataforma estável para administração de fármaco, com base em a associação de um polímero biodegradável, (PCL) e de ácidos esteárico e oleico O potencial destes transportadores é controlar a libertação do fármaco, reduzir a droga penetração percutânea. Cápsula A associação desses materiais, e suas respectivas propriedades, confirmaram as enormes possibilidades de eficácia para a terapia. Szekalska et al., (2015) 22 Polônia Visar a formulação de alginato (ALG) microesferas com ranitidina (RNT) por secagem por atomização. Comprimido As microesferas de alginato mostraram superfície lisa com distribuição de tamanho de partículas estreita e a ranitidina de carga de até 70,9%. O alginato pode ser considerado potencial portadores de ranitidina com um tempo de residência prolongado no estômago. Vieira et al., (2014) 23 Brasil Desenvolver um novo material à base de quitosana e escamas do peixe Piau da espécie Leporinus elongatus, cuja matriz extracelular é constituída principalmente de fibras de colágeno e hidroxiapatita. Esferas Esferas à base de quitosana e escamas do peixe piau da espécie Leporinus elongatus foram obtidas sendo denominadas ESC-Quit. As formas farmacêuticas sólidas de uso oral de liberação prolongada foram desenvolvidas para reduzir os custos globais com a saúde, embora que seja recente a fabricação, o custo inicial das formulações pode ser alto, mas em longo prazo com a redução das doses diárias o custo do tratamento é menor, portanto, o paciente está menos suscetível ao esquecimento de uma dose, principalmente à noturna, evitando assim um novo início de tratamento e até mesmo uma mudança e/ou alteração no tratamento 26. Na administração oral possuem dois tipos de forma farmacêutica: monolíticos e multiparticulados. Os sistemas monolíticos sejam comprimidos ou cápsulas, a unidade funcional de liberação é única e a dose não está dividida. Em sistemas multiparticulados são veiculadas em cápsulas gelatinosas duras ou em comprimidos tendo vantagens na produção de substâncias incompatíveis, o fármaco está dividido em vários tipos funcionais de liberação, dentre eles estão: grânulos, pellets ou minicomprimidos 26. Comprimidos formadores de gel in situ são uma revolução na entrega da droga oral, pois podem proporcionar uma forma de dosagem sustentada popular e conveniente para o fornecimento de drogas ao longo de um tempo. A droga é dispersano interior de uma matriz polimérica que controla a taxa de libertação. Em contacto com água ou fluidos corporais a superfície exterior destes comprimidos incham por hidratação do polímero e relaxamento cadeia, formando um revestimento de hidrogel 18. Os sistemas de libertação de fármacos gastro-retentivo são sistemas que podem residir na região gástrica durante várias horas, podendo prolongar significativamente e controlar o tempo de residência gástrica de drogas, aumentando a biodisponibilidade e melhorando a solubilidade de fármacos que são menos solúveis em ambiente de pH elevado. Os sistemas flutuantes podem ser utilizados para essa finalidade, pois são constituídos de alguns polímeros, tais como derivados de celulose, polissacáridos, carbopol e quitosano e diferentes componentes efervescentes como bicarbonato de sódio, carbonato de cálcio, ácido cítrico ou ácido tartárico. Estas apresentações flutuantes são elaboradas de tal maneira que quando entram em contato com o conteúdo gástrico, o dióxido de carbono é libertado e aprisionado nos hidrocolóides, o que as deixam flutuarem. Quando o sistema está a flutuar no suco gástrico, o fármaco é liberado lentamente e isto resulta num aumento do tempo de residência gástrica e um melhor controle da variação da concentração do fármaco no plasma 9. Sistemas vesiculares, como niossomas, se caracterizam como configurações esféricas compostas de uma parte hidrofóbica e uma parte hidrofílica montadas em estruturas unilamelares ou multilamelares, sendo capazes de encapsular drogas hidrofílicas e hidrofóbicas. Niossomas têm privilegiada importância na entrega de droga à medida que podem reduzir a toxicidade, alterar a farmacocinética, biodisponibilidade e prolongar a liberação do fármaco 16. Microesferas mucoadesivas são considerados por Szekalska et al., (2015), como um sistema de entrega de droga promissora. Esta forma de dosagem multiparticulada proporciona melhor eficácia, toxicidade reduzida e uma maior margem de segurança no caso de danos, em comparação com formulações de unidades individuais tradicionais 22. http://dx.doi.org/10.19095/rec.v6i1.317 Rev. e-ciência, 6(1): 5-10, 2018 DOI: http://dx.doi.org/10.19095/rec.v6i1.317 9 Os sistemas de liberação transdérmicos consistem em uma membrana de copolímero de etileno-co-acetato de vinila, responsável por controlar a velocidade de liberação do fármaco, por exemplo, os contraceptivos. Outros exemplos são os anéis intravaginais, em que é constituído por um anel elástico com o hormônio e o polímero poli (dimetilsiloxano) reticulado responsável pela liberação de forma lenta do fármaco no organismo, como também um implante subcutâneo. Já por via intramuscular são utilizados soluções ou suspensões com veículos oleaginosos responsáveis por absorção lenta 26,27. Em soluções oftálmicas, são utilizados os polímeros carbopol 940 e maleato de timolol, eles proporcionam uma maior durabilidade do fármaco, assim como o aumento da viscosidade, prolongando ainda mais eficácia terapêutica do que o convencional já que a lágrima e o piscar dos olhos podem remover em poucos minutos 26. Os lipossomas vêm sendo utilizados como adjuvante imunológico, devido a fácil fabricação, em possuir baixa toxicidade, biocompatibilidade e biodegradabilidade, como também a liberação prolongada dos antígenos, sendo aplicadas em doenças infecciosas e parasitárias. As vacinas em gerais também tiveram um grande avanço devido à possibilidade de ser administradas em dose única, por serem constituídas do copolímero poli (ácido lático-co-ácido glicólico) sendo amplamente empregadas nesse tipo de aplicação 27. É interessante ressaltar que todos os trabalhos revisados demostraram sucesso no uso de sistemas de liberação controlada tanto in vivo como in vitro. Isso demonstra o potencial de tais formulações para tratamento de diversas enfermidades em vários tecidos do organismo, sendo uma realidade na utilização deles. COSIDERAÇÕES FINAIS Os sistemas de liberação prolongada de fármacos estão sendo aplicados em diversas formas farmacêuticas em diferentes países do mundo, seja por cápsula, comprimidos, esfera, grânulo, liquida e suspensão, sendo alvo de grande parte de estudos na indústria farmacêutica, devido às vantagens biofarmacotécnicas e terapêuticas que apresentam, por proporcionar ao paciente que faz a utilização dela uma adesão ao tratamento mais seguro e eficiente, apresentando menos efeitos colaterais, assim obtendo recuperação mais rápida nas terapias, do que o tratamento convencional. REFERÊNCIAS 1. Sassone J. Formulação Magistral de Liberação Modificada. Proquimo Improvement. Improvement Acessoria Química Ltda. 2012. Disponível em: http://www.proquimo.com.br/uploads/formulacao_magistral.pdf. 2. El-Bagory I, Barakat N, Ibrahim MA, El-Enazi F. Formulation and in vitro evaluation of theophylline matrix tablets prepared by direct compression: Effect of polymer blends. Saudi Pharm J. 2012; 20(3): 229-238. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jsps.2011.11.007. 3. Oliveira EG, Campos RS, Machado AS, Pereira JF, Araujo TG. Avaliação da Goma Guar no desenvolvimento de comprimidos matriciais de liberação controlada de teofilina. São Paulo. Polímeros. 2015; 25: 54-58. DOI: https://doi.org/10.1590/0104- 1428.1756. 4. Prietsch RF, Pereira RA, Brauner CC, Rabassa VR, Corrêa MN, Del Pino FB. Formas Farmacêuticas de Liberação Modificada Utilizadas em Ruminantes: Uma Revisão. Rio Grande do Sul. Science and Animal Health. 2014; 2(1):3-26. DOI: http://dx.doi.org/10.15210/sah.v2i1.3025. 5. Nobre KA. Avaliação de Galactomanana da Adenanthera pavonina na Formação de Sistemas Matriciais. (Dissertação de Pós- Graduação). Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012. 74 f. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/18344/1/2012_dis_kanobre.pdf. 6. Silva RLC. Desenvolvimento de Comprimidos Flutuantes de Libertação Modificada Contendo um Parasiticida. (Tese de Doutorado). Universidade do Porto, Porto, 2014. 219 f. Disponível em: https://repositorio- aberto.up.pt/bitstream/10216/76232/2/31454.pdf. 7. Costa RAS. Síntese e Teste de Hidrogéis Inteligentes para a Libertação Controlada de Fármacos. 2013. (Dissertação de Mestrado). Instituto Politécnico de Bragança. 2013. 205 f. Disponível em: https://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/9231/1/Rita%20Costa.pdf. 8. Delgado JMF. Preparação e caracterização de nanotransportadores (nanocápsulas, nanoesferas, lipossomas e transportadores lipídicos nanoestruturados) sem substância ativa. (Dissertação de Mestrado). Instituto Politécnico de Bragança. 2013. 117 f. Disponível em: https://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/9219/1/Jorge%20Delgado.pdf. 9. Abou EEAS, Hassan MA, El-Maraghy DA. Ketorolac tromethamine floating beads for oral application: Characterization and in vitro/in vivo evaluation. Saudi Pharm J. 2014; 22(4): 349-359. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.jsps.2013.06.006. 10. Alihosseini F, Ghaffari S, Dabirsiaghi AR, Haghighat S. Freeze-drying of ampicillin solid lipid nanoparticles using mannitol as cryoprotectant. São Paulo. Braz. J. Pharm. Sci. 2015; 51(4): 797-802. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1984- 82502015000400005. 11. Carvalho IM, Marques CS, Oliveira RS, Coelho PB, Costa PC, Ferreira DC. Sustained drug release by contact lenses for glaucoma treatment—A review. Journal of Controlled Release. 2015; 202: 76-82. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.jconrel.2015.01.023. 12. Dahiya S, Onker R. Influence of polymethacrylates and compritol on release profile of a highly water soluble drug metformin hydrochloride. Ars Pharm. 2015; 56(1): 24-31. http://dx.doi.org/10.19095/rec.v6i1.317 https://doi.org/10.1016/j.jsps.2011.11.007 https://doi.org/10.1590/0104-1428.1756 https://doi.org/10.1590/0104-1428.1756 http://dx.doi.org/10.15210/sah.v2i1.3025 http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/18344/1/2012_dis_kanobre.pdfhttps://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/76232/2/31454.pdf https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/76232/2/31454.pdf https://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/9231/1/Rita%20Costa.pdf https://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/9219/1/Jorge%20Delgado.pdf http://dx.doi.org/10.1016/j.jsps.2013.06.006 http://dx.doi.org/10.1590/S1984-82502015000400005 http://dx.doi.org/10.1590/S1984-82502015000400005 http://dx.doi.org/10.1016/j.jconrel.2015.01.023 Rev. e-ciência, 6(1): 5-10, 2018 DOI: http://dx.doi.org/10.19095/rec.v6i1.317 10 13. Davanço MG, Campos ML, Rosa TA, Padilha EC, Alzate AH, Rolim LA, Rolim-Neto PJ, Peccinini RG. Benznidazole Extended-Release Tablets for Improved Treatment of Chagas Disease: Preclinical Pharmacokinetic Study. Antimicrobial Agents and Chemotherapy. 2016; 60(4): 2492-2498. DOI: http://dx.doi.org/10.1128/AAC.02506-15. 14. Ferreira GN, Silva MGR, Fraga AGM, Silva LCRP, Lira LM, Rodrigues CR, Castro HC, Sousa VP, Cabral LM. Preparation and scale up of extended-release tablets of bromopride. São Paulo. Braz. J. Pharm. Sci. 2014; 50(2): 291-300. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1984-82502014000200008. 15. Garud A, Garud N. Formulation of mucoadhesive microspheres of rosiglitazone maleate and its in vitro evaluation using ionotropic gelation technique. Ars Pharm. 2015; 56(2): 101-107. 16. Khan MI, Madni A, Ahmad S, Mahmood MA, Rehman M, Ashfaq M. Formulation design and characterization of a non-ionic surfactant based vesicular system for the sustained delivery of a new chondroprotective agent. São Paulo. Braz. J. Pharm. Sci. 2015; 51(3): 607-615. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1984-82502015000300012. 17. Loira-Pastoriza C, Todoroff J, Vanbever R. Delivery strategies for sustained drug release in the lungs. Adv Drug Deliv Rev. 2014; 75: 81-91, DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.addr.2014.05.017. 18. Nagendra R, Pai RS, Singh G. Design and optimization of novel in situ gel of mercaptopurine for sustained drug delivery. São Paulo. Braz. J. Pharm. Sci. 2014; 50(1): 107-119. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1984-82502011000100011. 19. Rodrigues L, Macario F, Pego C, Neves M, Romaozinho C, Santos L, Alves R, As H, Mota A, Campos M. Conversion from twice-daily tacrolimus to an extended release formulation in stable kidney transplant recipients: 2-year follow-up results of a single centre. Lisboa. Port J Nephrol Hypert. 2015; 29(1): 39-43. 20. Rossetto JD, Nascimento H, Fernandes DDPG, Belfort Jr. R, Muccioli C. Treatment of cystoid macular edema secondary to chronic non-infectious intermediate uveitis with an intraocular dexamethasone implant. São Paulo. Arq Bras Oftalmol. 2015; 78(3): 190- 193. DOI: http://dx.doi.org/10.5935/0004-2749.20150049. 21. Silva CO, Rijo P, Molpeceres J, Figueiredo IV, Ascensão L, Fernandes AS, Roberto A, Reis CP. Polymeric nanoparticles modified with fatty acids encapsulating betamethasone for anti-inflammatory treatment. Int J Pharm. 2015; 493(1-2): 271-284, DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.ijpharm.2015.07.044. 22. Szekalska M, Amelian A, Winnicka K. Alginate microspheres obtained by the spray drying technique as mucoadhesive carriers of ranitidine. Acta Pharm. 2015; 65(1): 15-27. DOI: http://dx.doi.org/10.1515/acph-2015-0008. 23. Vieira EFS, Cestari AR, Chagas RA, Cortes GKR. Obtenção e caracterização de matriz apropriada para sistemas de liberação prolongada – estudos de liberação dos herbicidas atrazina e diuron. São Paulo. Quím. Nova. 2014; 37(3): 398-403. DOI: http://dx.doi.org/10.5935/0100-4042.20140074. 24. Souza J. Desenvolvimento de um sistema matricial de acetato de polivínilico para a liberação prolongada de cloridrato de propranolol. (Monografia de Conclusão de Curso). Faculdade Assis Gurgacz, Cascavel, 2015. Disponível em: https://www.fag.edu.br/upload/graduacao/tcc/55cb88b798279.pdf. 25. Sanches SCC. Caracterização físico-química e avaliação toxicológica preliminar do copolímero sulfato de condroitina-co-n- isopropilacrilamida para uso farmacêutico. (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Saúde, Faculdade de Farmácia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Belém, 2013. 173f. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/bitstream/2011/6149/1/Dissertacao_CaracterizacaoFisicoQuimica.pdf. 26. Lanzillotti PF. Sistemas para liberação modificada de fármacos. (Monografia de Conclusão de Curso), Fiocruz, Instituto de Tecnologia em Fármacos. Coordenação de Ensino e Capacitação, 2012. 46 f. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7783/2/31.pdf. 27. Bizerra A, Silva V. Sistemas de liberação controlada: Mecanismos e aplicações. Três Lagoas. Revista Saúde e Meio Ambiente – RESMA. 2016; 3(2): 1-12. http://dx.doi.org/10.19095/rec.v6i1.317 http://dx.doi.org/10.1128/AAC.02506-15 http://dx.doi.org/10.1590/S1984-82502014000200008 http://dx.doi.org/10.1590/S1984-82502015000300012 http://dx.doi.org/10.1016/j.addr.2014.05.017 http://dx.doi.org/10.1590/S1984-82502011000100011 http://dx.doi.org/10.5935/0004-2749.20150049 http://dx.doi.org/10.1016/j.ijpharm.2015.07.044 http://dx.doi.org/10.1515/acph-2015-0008 http://dx.doi.org/10.5935/0100-4042.20140074 https://www.fag.edu.br/upload/graduacao/tcc/55cb88b798279.pdf http://repositorio.ufpa.br/jspui/bitstream/2011/6149/1/Dissertacao_CaracterizacaoFisicoQuimica.pdf https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7783/2/31.pdf
Compartilhar