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Puberdade e adolescencia - obj 1

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1 MARCOS SANTIAGO – MÓDULO 8 
Puberdade e adolescência 
Objetivo 1: Descrever o desenvolvimento fisiológico da puberdade, relacionando com a escala de tanner, 
associado com os transtornos alimentares e aspectos psicossociais e afetivos na adolescência. 
 
Puberdade: 
Puberdade – é a fase do desenvolvimento da maturação 
sexual e reprodução, onde ocorrem diversas 
transformações biológicas, pela ação do eixo 
hipotálamo-hipofise-suprarrenais-gonadal, que 
ocasiona o aumento da velocidade do crescimento 
 Faixa etária – 10 aos 20 anos, pela OMS. 
 Período de 2 a 4 anos, onde ocorre todas as 
modificações da infância para fase adulta. 
Desenvolvimento da adolescência: 
• Crescimento esquelético linear 
• Mudanças na composição corporal 
• Desenvolvimento dos sistemas cardiovascular e 
circulatório 
• Ativação gonodal 
• Aparecimento e desenvolvimentos das 
características sexuais secundarias 
• Fase final – desaceleração e parada do 
crescimento 
 
Eventos do desenvolvimento: 
 Adrenarca – ocorre o aumento da secreção dos 
andrógenos suprarrenais (entre os 6 e 8 anos de 
idade). 
 Ativação ou desinibição do HHG – que secreta 
o hormônio GnRH, estimulando a liberação de 
LH e FSH. 
 Gonadarca – ocorre aumento da secreção de 
andrógenos suprarrenais, o DHEAS (sulfato de 
dehidroepiandrosterona), que ocasiona odor 
das axilas, pelos pubianos e acne. Além do 
aumento dos esteroides produzidos pelos 
testículos e ovários. 
Crescimento esquelético (estirão puberal): 
Inicia desde o nascimento e termina ao final da 
adolescência, com picos variáveis de velocidade, junto 
com ação hormonal das placas de crescimento 
epifisário. 
Estirão começa pelos membros (pés e mãos), depois 
pernas e membros superiores, termina com crescimento 
do tronco. 
Ocorre um período de aceleração da velocidade de 
crescimento (VC), até atingir um pico (PVC) e a 
desaceleração até o termino do crescimento. 
Possui um processo de crescimento físico e de variáveis 
da velocidade de crescimento (VC), como: 
 
• Fase intrauterina (embrionária) – a VC é alta (1 
a 1,5cm/semana) 
• Após nascimento ocorre uma desaceleração 
gradual 
• 3anos – puberdade crescimento estável 
Crescimento é dividido em fases: 
 Fase 1 (lactancia) – ocorre crescimento rápido, 
cerca de 25cm/ano. 
 Fase 2 (infância propriamente dita) – ocorre um 
crescimento lento, estável e constante, cerca de 
4 a 6cm/ano. 
 Fase 3 (puberdade) – ocorre um crescimento 
rápido e acelerado, até o termino do 
crescimento. 
Avaliação do crescimento: 
• Acima do escore Z-2 – estatura adequada. 
• Acima do escore Z-3 e abaixo de Z-2 – baixa 
estatura para idade. 
• Inferior ao escore Z-3 – muito baixo para idade. 
 
2 MARCOS SANTIAGO – MÓDULO 8 
Fatores que influenciam o crescimento, como: 
Extrínsecos: agravos físicos e emocionais (privação 
afetiva), falta de acesso a macro e micronutrientes 
equilibrados na alimentação, e sedentarismo. 
Intrínsecos: carga genética familiar. 
Estadiamento puberal (escala de tanner): 
• Ambos os sexos – avalia quantidade e 
distribuição dos pelos pubianos (P) 
• Sexo feminino – desenvolvimento mamário (M) 
• Sexo masculino – desenvolvimento da bolsa 
escrotal e pênis (G). 
 
Sexo feminino: M1 – mama infantil, M2 (8-13 anos), 
M3 (10-14 anos), M4 (11-15 anos), M5 (13-18 anos) 
Sexo feminino: P1 – fase de pré-adolescência (não há 
pelugem), P2 (9-14 anos), P3 (10-14,5 anos), P4 (11-15 
anos), P5 (12-16,5 anos). 
Sexo masculino: P1 – fase de pré-adolescência (não há 
pelugem), P2 (11-15,5 anos), P3 (11,5-16 anos), P4 (12-
16, 5 anos), P5 (15-17 anos). 
G1 (9,5-13,5 anos) – pré-adolescência (infantil), G2 (10-
13,5 anos), G3 (10,5-15 anos), G4 (11,5-16 anos), G5 
(12,5-17 anos). 
Puberdade feminina – começa com 7 a 9 anos de idade, 
com aparecimento do broto mamário (telarca), que 
mostra o início da produção estrogênica nos ovários. 
• Aumento das mamas 
• Deposito de gordura na região dos quadris e 
mama 
• Menarca (M4) ocorre 2 anos após o início da 
puberdade (M2) 
Puberdade masculina – começa com 9 a 10 anos, com 
aumento do volume testicular. 
• Ocorre acentuação do crescimento biacrominal 
• Aumento da massa muscular, força e resistência 
física. 
• Primeira ejaculação ocorre durante o sono 
(polução noturna), atingindo de 10 a 12ml. 
• Pode ocorrer de ter ginecomastia puberal 
transitória, desaparecendo até 2 anos. 
• Alteração do timbre da voz. 
• Semenarca – primeira ejaculação (vol. Testicular 
10 a 12ml) 
 
Alteração na composição corporal: 
• Ocorre o dimorfismo sexual (masculino e 
feminino) através do desenvolvimento 
esquelético, muscular e tecido adiposo. 
• O deposito de gordura nas meninas (mamas e 
quadris), e nos meninos são nos ombros 
(diâmetro biacrominal). 
• Menarca – é a desaceleração do crescimento e 
acumulo de tecido adiposo. 
• Pubarca – desenvolvimento genital e pilosidade 
pubiana, aumento da massa magra e muscular. 
Regulação endócrina do crescimento: 
Na fase pós-natal – a estimulação do hormônio de 
crescimento (GH) atua na diferenciação celular, na placa 
de crescimento e nos hepatócitos, onde ocorre 
aumento da secreção de fator de crescimento insulina-
 
3 MARCOS SANTIAGO – MÓDULO 8 
simile (IGF-1), que tem ação na expansão e hipertrofia 
da placa epifisária. 
 
Início da puberdade – ocorre a reativação de neurônios 
hipotalâmicos, que secretam o hormônio liberador de 
gonadotrofinas (GnRH), que vai estimular a liberação 
dos hormônios LH e FSH, pela glândula hipófise. Vai 
desencadear uma elevação dos níveis séricos dos 
esteroides sexuais, ocorrendo aumento do GH e da 
produção de IGF-1 pelo fígado. 
Durante a puberdade – os estrógenos, são importantes 
para acelerar o crescimento pela ação em receptores 
específicos da placa epifisária, promovendo 
crescimento e fechamento das epífises. 
OBS – PVC (pico de velocidade de crescimento) começa 
mais cedo nas meninas, porem desaceleram mais cedo, 
ao contrário dos meninos, que dura mais. 
Puberdade normal: 
 
Desde o terceiro trimestre de gestação até os 6 meses 
de vida, ocorre ativação do sistema hipatalamo-
hipofise-ovario (HHO), que provoca algumas 
manifestações clinicas, como: telarca, trofismo genital e 
acne neonatal. 
A partir dos 6 meses, ocorre uma redução dos níveis de 
LH e FSH, que ficam baixos até o início da puberdade. 
Mas possuem os fatores permissivos (neuropeptídios, 
leptina, insulina, IGF-1 e estímulos de centros cerebrais 
superiores) que vão atuar sobre o sistema HHO, 
provocando aumento da produção de GnRH (hormônio 
liberador das gonadotrofinas) pelos neurônios 
hipotalâmicos, que pelo sistema porta hipofisario, vão 
ativar os receptores específicos (na adenohipofise), 
ocasionando o aumento da produção das 
gonadotrofinas (FSH e LH), que vai estimular os ovários 
e testículos a produzirem os esteroides sexuais que 
induzirão todo o processo de modificação do corpo. 
Possuem a produção de androgênios pelas glândulas 
adrenais, que é controlado pelo ACTH, ocorre entre 6 e 
8 anos de idade (adrenarca), sendo responsável pelas 
modificações no odor das secreções, aumento da 
oleosidade da pele e aparecimento das pilificação axilar 
e púbica durante a puberdade. 
 
 
 
4 MARCOS SANTIAGO – MÓDULO 8 
Puberdade precoce: 
É quando o desenvolvimento das características sexuais 
secundarias, aparece em meninas antes dos 8 anos e em 
meninos antes dos 9. 
 
• Ocorre aumento do risco para causas orgânicas, 
idiopáticas. 
• PPC (puberdade precoce central) – de origem 
genética 
• Causas secundarias – exposição crônica a 
esteroides sexuais. 
• Possuem 2 origens, e relação com o sexo do 
indivíduo: 
→ Central – é dependente de 
gonadotrofinas, padrão isossexual. 
→ Periféricas – é independente de 
gonadotrofina, heterossexual 
(virilização ou feminização). 
Diagnostico – É feito por meio do aparecimento das 
características sexuais secundarias,seguindo o critério 
de tanner. 
Meninos: 
• Aumento do volume testicular acima de 4ml 
• Avaliação óssea – dosagem de LH basal, 
radiografia de punho e mão. 
• Dosagem de testosterona. 
Meninas: 
• Aparecimento das mamas 
• Ultrassonografia pélvica para volume ovariano 
e uterino 
Tratamento: 
• Bloqueio da produção de gonadotrofinas, com 
função de: 
→ Estabilizar ou regredir o aparecimento 
das características sexuais 
→ Desacelerar a maturação esquelética 
afim de preservar a estatura dentro do 
alvo familiar. 
• Usa análogos agonistas sintéticos do hormônio 
GnRH, que agem na hipófise anterior de forma 
competitiva ao GnRH endógeno. 
• Atualmente possui injeções mensais ou 
trimestrais 
• Tratamento mantido até os 11 anos de idade 
cronológica e 12 de idade óssea, melhora a 
estatura final. 
Atraso puberal: 
É a falta do desenvolvimento das características sexuais 
secundarias, em meninos aos 13 anos e meninos aos 14 
(ausência de broto mamário e testículo menor que 4ml). 
• Causa mais comum – atraso constitucional do 
crescimento e puberdade (ACCP), mais 
frequente nos meninos, com herança genética 
de padrão autossômico dominante. 
• Tanto a puberdade, maturação óssea e 
crescimento são atrasados pela inativação do 
HHO. 
• Diagnostico só é confirmado com o 
desenvolvimento, podendo se tratar de um 
hipogonadismo. 
• Exames laboratoriais – dosagem de inibina B. 
• Causas patológicas – pode ser 
hipogonadotrófica ou hipergonadotrófica. 
→ Meninos – hipogonadismo 
hiponadotrofico, causa: ausência das 
características sexuais e 
desenvolvimento testicular, baixos 
níveis séricos de testosterona e 
concentrações normais ou baixas de 
FSH e LH. 
→ Meninas – ausência do 
desenvolvimento puberal e baixos 
níveis de FSH e LH. 
• Anorexia nervosa pode causar atraso puberal. 
Diagnostico – ressonância magnética. 
Tratamento: 
• Hipogonadismo – reposição hormonal, para 
induzir o desenvolvimento puberal, estirão 
puberal, incorporação da massa óssea, função 
sexual e fertilidade. 
• Meninos e meninas – Estrogênio oral, 
esterificado, efenil estradiol, estrogênio 
conjugado, transdermico e gel. Pode ser 
associado com progesterona, após 2 anos de 
terapia de estrogênio ou quando houver 
sangramento vaginal (avaliar evolução 
mamaria). 
 
5 MARCOS SANTIAGO – MÓDULO 8 
 
 
Aspectos psicossociais e afetivos na adolescência 
Adolescência é o período de intensa transformação 
física e psicossocial, momento em que estão com 
comportamento social e cognitivo de adultos. 
A adolescência, pode ser definida de várias formas, 
como: 
• Antropologia 
• Direito 
• Sociologia 
• Psicanalise – caracterizada por uma crise 
narcisista, com angustia da pessoa em busca de 
sua identidade e autonomia. 
• Medicina – período de crescimento e 
desenvolvimento do ser humano. 
• OMS – é a fase do desenvolvimento humano, 
situado entre a infância e a fase adulta, ou seja, 
dos 10 aos 20 anos. 
Desenvolvimento – processo de diferenciação e 
amadurecimento, consistindo em aspecto primordial 
para distinção de puberdade e adolescência. 
• Puberdade – conjunto de mudanças físicas que 
transformam o corpo infantil em adultos. Além 
das bases biológicas, psicológicas e sociais 
característicos dessa etapa. 
 
6 MARCOS SANTIAGO – MÓDULO 8 
Começa com aparecimento do botão mamário 
nas meninas, aumento do volume testicular nos 
meninos. Termina com fechamento das epífises, 
maturação sexual e estabelecimento da 
capacidade reprodutiva. Pode ser avaliado por 
parâmetros (peso, estatura, IMC e estadiamento 
puberal). 
• Adolescência – de caráter transitório, 
apresentando características mais complexas, 
sendo momento de preparo para autonomia e 
expectativas (corpo adulto, capacidade 
reprodutiva, identidade sexual, 
responsabilidade, independência, maturidade 
emocional, escolha profissional), por isso os 
diversos conflitos. 
Características principais: 
A evolução do desenvolvimento, é dividido por idade: 
• 10 aos 13 anos – adolescência inicial: ocorre o 
rápido crescimento e entrada na puberdade. 
• 14 aos 16 anos – adolescência media: ocorre o 
desenvolvimento intelectual e maior 
valorização do grupo. 
• 17 aos 20 anos – adolescência final: prepara 
para assumir o mundo adulto. 
 
Aquisição da adolescência: 
• Capacidade de abstrair 
• Raciocínio hipotético 
• Habilidade de penar criativamente 
• Formular ideias próprias e originais 
• Criar opiniões pessoais que constroem a 
individualidade 
Pela psicanalise, o jovem de hoje é conturbado, em um 
momento corre feliz e do nada está arrasado, 
desesperançado, ou seja, feito de contrastes e 
contradição. 
Adolescência e crise de individualidade: 
• A criança, desde o nascimento constrói sua 
individualidade, iniciando pela interação com o 
meio ambiente, suas experiências, emoções, 
seus medos, personalidade, ou seja, cria 
autonomia e individualidade sobre seu ser. Que 
está relacionado com o desenvolvimento 
psicossocial. 
• É uma fase evolução caracterizado pela 
organização do indivíduo (consciência do si, 
impulsividade), ou seja, crise da adolescência 
(ou identidade). 
• Desenvolvimento psicossocial do adolescente – 
são aprendizados sobre a identidade, 
intimidade, integridade e independência. 
Síndrome da adolescência normal: 
Para a transição da vida adulta, o jovem passa por 3 
fases: 
• Adaptação e aceitação das modificações do 
corpo 
• Relações conflitosas com os pais 
• Aceitação das responsabilidades 
Sendo que, são manifestadas por meio de atitudes 
comportamentais, como: 
1. Busca de si mesmo e da identidade adulta (se 
pergunta quem é e onde pode chegar) 
2. Separação progressiva dos pais (ex: prefere que 
os pais deixem perto da escola e não na porta) 
3. Tendência grupal (ficar mais próximos dos 
amigos, e não dos pais) 
4. Necessidade de intelectualizar e fantasiar 
(como se expressam, seja por meio de músicas, 
textos, redes sociais, diários) 
5. Crises religiosas 
6. Deslocação temporal (imediatismo) 
 
7 MARCOS SANTIAGO – MÓDULO 8 
7. Contradições sucessivas nas manifestações de 
conduta (imaturidade com as situações, sendo 
boas ou ruins) 
8. Atitude social reivindicatória (contestação, 
agressividade) 
9. Constantes flutuações do humor e do estado de 
ânimo 
10. Evolução sexual 
 
Autoestima na adolescência: 
Está ligado à valoração afetiva do adolescente sobre si 
mesmo, segue uma trajetória de contradições e 
multiplicidade de elementos. 
• Para as meninas a atração física ou as 
habilidades interpessoais são os melhores 
indicadores da avaliação global que fazem de si 
mesmas. 
• Para os meninos, as habilidades no esporte ou 
o sentimento de serem eficientes ocupam um 
lugar prioritário. Ser popular entre seus pares 
na adolescência, tanto para meninos quanto 
para meninas, adquire um significado especial. 
Ser valorizado e aceito pelos amigos e 
companheiros é um indicador confiável do nível 
global de autoestima. 
• Vale ressaltar que a relação com os pais 
também continua exercendo importante 
influência sobre o valor que os adolescentes 
dão para si. Outros fatores que devem ser 
considerados: 
→ As exigências sociais que definem um 
padrão de corpo e de beleza; 
→ A transição do ensino fundamental 
para o médio, que acarreta novas 
responsabilidades. 
→ Início das relações sexuais, que trazem 
a nova tarefa de buscar um par, 
acrescentando mais pressão sobre os 
sujeitos, e maior nível de insegurança. 
 
Distúrbios alimentares 
Transtornos alimentares – é a falta de satisfação com 
o corpo, devido a supervalorização do corpo magro, 
associado com padrões estéticos, ocasionando 
disfunções cognitivas e controle do peso, que resulta 
em complicações biológicas, psicológicas e sociais. 
Afeta majoritariamente garotas brancas e também 
garotos, principalmente enfrentando fronteiras raciais, 
étnicas e culturais. 
Tiposde transtornos: 
Anorexia nervosa – busca da magreza, superestimativa 
do tamanho e forma do corpo, fazendo compulsivas 
dietas restritivas e atividade física. Ocorrem que, comem 
de modo intermitente e depois querem tirar a “gordura” 
vomitando ou tomando laxantes. 
Caracteriza-se por ocasionar em garota adolescente 
branca no início da adolescência, com inteligência e 
condições socioeconômicas acima da média, evita 
conflitos, repulsiva a riscos, e luta contra distúrbios de 
ansiedade e humor. 
Bulimia nervosa – é o consumo de uma grande 
quantidade de alimento, seguidos de vômitos, uso de 
laxantes e atividades física ou jejum para evitar 
obesidade. Surge no final da adolescência, podendo ser 
precedida pela anorexia, sendo impulsiva e 
apresentando transtorno de personalidade “bordeline” 
associadas a depressão e oscilações de humor. 
Transtorno de compulsão alimentar periódica – 
quando tem compulsão só que não faz vômitos e uso 
de laxantes, ou seja, sem comportamentos 
compensatórios. 
Epidemiologia: 
• Taxa de incidência – entre 1 e 4% em 
adolescentes. 
• Nenhum fator isolado chega a causar um 
transtorno alimentar, sempre vem 
acompanhado pela etnia, gênero, família, 
relacionamentos, ou dimorfismo de gênero 
(pelo fato de estar mais ligado a garotas, e elas 
possuírem uma grande influência sobre o 
corpo), brincadeiras feitas por amigos ou 
familiares, principalmente se vier de homem, 
chega com um peso maior, ainda mais com 
garotas com sobrepeso. 
• A influência da família no desenvolvimento é 
ainda mais complexa e com peso maior, pois 
envolve fatores ambientais e genéticos. 
• Pode ser uma predisposição a ansiedade, 
depressão ou traços obsessivo-compulsivos. 
Patologia e patogênese: 
• O surgimento dos transtornos coincide com as 
fases de desenvolvimento da adolescência, 
como puberdade, identidade, autonomia, entre 
outros.

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