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Acadêmica: Maria Gabriela Antunes Guilherme Matrícula: 16106281 Aula 2 – Digestibilidade 1. Importância da digestibilidade. → Uma nutrição adequada, com ingredientes de alta digestibilidade, é fundamental para fornecer os nutrientes necessários para um maior ganho de peso, permitindo que o animal chegue mais rápido ao seu peso final de abate, com a melhor conversão alimentar. 2. Conceito de digestibilidade 3 . Métodos para determinar digestibilidade Proporção de um componente nutricional que foi absorvido pelo organismo Fração de um alimento ou nutriente que não é excretada nas fezes, e que por isso, se assume como absorvida pelo animal. O alimento ingerido não é totalmente utilizado pelo animal. A fração não digerida é excretada pelas fezes. Fórmula do Coeficiente de Digestibilidade: Digestibilidade Aparente; - Digestibilidade Verdadeira. Coleta total de fezes É o método mais utilizado. No caso dos suínos e cães, equinos é coleta total de fezes e urina e de aves a coleta total das excretas. Coleta parcial de fezes - Determinar a digestibilidade através de substâncias indigestíveis no alimento; - Marcador: misturado a ração; - É realizada uma coleta parcial das fezes. Indicador - Indigestível e não absorvível; - Fácil determinação analítica; - Não interferir na digestão e ter um comportamento cinético no tubo digestivo igual ao do alimento em estudo. Fórmula 4 Composição dos alimentos 5 Determinação da energia por digestibilidade O que é energia? As várias formas de energia produzidas pelo corpo animal são originadas da energia química dos alimentos ingeridos. Os animais precisam desta energia para executar diversas funções (atividade muscular, regulação da temperatura corporal, síntese de gordura), inclusive a manutenção da sua própria vida. Ela pode ser expressa da seguinte forma: – Energia bruta (EB) A energia bruta, também chamada de calor de combustão de uma substância, é representada pelo calor proveniente de sua queima até produzir CO2, H2O e outros gases. A energia bruta constitui o ponto de partida para a determinação do valor energético dos alimentos. – Energia Fecal (EF) A energia bruta do alimento não é aproveitada totalmente. Uma parte se perde através dos produtos eliminados nas fezes. Esta fração será tanto maior quanto menor for o coeficiente de digestibilidade da matéria seca deste alimento ou de seus princípios nutritivos. Essa perda de energia pelas fezes é também oriunda da energia contida na fração metabólica fecal, isto é, energia desprendida na forma de descamações, sucos gástricos, etc. Segundo Curtis (1983), os ruminantes perdem metade da energia bruta das forragens na energia fecal. Os não ruminantes só perdem 20% da energia bruta do concentrado da ração nas fezes. A energia fecal geralmente sobe como efeito de quedas da temperatura ambientais. – Energia Digestível (ED) É também chamada de energia digestível aparente, ou ainda energia digerida do alimento, representa a energia bruta menos a energia fecal. A energia digestível pode ser determinada por dois processos: por diferença entre energia bruta do alimento e das fezes, e aplicando-se os valores médios do calor de combustão aos nutrientes digestíveis do alimento. – Energia Metabolizável (EM) A energia digestível também não é totalmente aproveitada pelo organismo. Parte dela é perdida através dos gases combustíveis, sem valor algum, como o metano, formado no organismo pelas fermentações que ocorrem no rúmen e intestinos. Outra parte da energia digestível é perdida na urina, através das substâncias que são nitrogenadas como a uréia, e também, algumas não nitrogenadas, como o ácido cítrico, cuja energia, portanto, não é aproveitada. O restante da energia digestível é utilizada pelo organismo e corresponde a energia metabolizável. Esta seria definida como a diferença entre a energia bruta e as perdas ocorridas nas fezes, gases e urina. Alimentos concentrados Proteicos Animal Vegetal Vitaminas Aditivos Outros alimentos Minerais Energéticos Existe uma pequena porção da energia que se libertam pela transpiração, escamosidade dérmica e pêlos caídos. Se computados, devem ser subtraídos ao aferir-se a energia metabolizável, mas são tão pequenas que nenhum erro sensível se comete ao desprezá-las. Produtos gasosos da digestão contêm em média 6% da energia bruta em ruminantes, e normalmente menos que 1% em não ruminantes. Ambos tipos de animais perdem menos que 10% da energia digestível na urina. Energia da urina é menos afetada pela temperatura ambiental, e é alterada apenas se existir um aumento no uso de proteína como combustível. Consequentemente, o valor da energia metabolizável da dieta é aproximadamente 82% do conteúdo da energia digestível aparente para ruminantes, e aproximadamente 94% para não ruminantes. Metabolismo da energia dietética oriunda da energia bruta depende da digestibilidade aparente. Assim, a energia metabolizável também pode ser calculada como o produto da digestibilidade aparente da energia bruta vezes a metabolização da energia digestível aparente. Ela pode variar de 40% para certos volumosos consumidos pelos ruminantes, e para mais de 70% para concentrados consumidos por animais não ruminantes. A menos que o ambiente esteja extremamente quente ou frio, a taxa de produção de calor e a retenção de energia são muito pouco afetadas pela temperatura ambiental efetiva. Mas, a temperatura pode influenciar no metabolismo energético, mudando a taxa de consumo de alimentos e a digestibilidade aparente do alimento ingerido pelo animal. Partição da energia Por que a aveia tem menor energia metabolizável se ela tem mais energia bruta? Porque a energia metabolizável (EM) é definida como a energia bruta dos alimentos, menos a energia perdida nas fezes, a energia urinária e a perda de energia pelos gases, ou seja, estimativa da energia disponível para o animal. Composição Milho Aveia Grão Energia bruta (kcal/kg) 3901 4117 Fibra (%) 1,73 3,73 Amido (%) 63,4 45,9 Energia Digestível (kcal/kg) 3442 2645 Energia Metabolizável (kcal/kg) 3360 2546 Energia liquida (kcal/kg) 2668 1967 Energia Bruta (EB) Energia Fecal (EF) Energia Digestível (ED) Energia Metabolizável (EM) Energia Urina (EU) Energia de Gases (EG) Energia Líquida (EL) Produção de calor Incremento calórico Energia de Produção (EP) Energia de Mantença _______________________________________________________________________ 6 Determinação da proteína Em aves Em suínos Digestibilidade aparente definida pela diferença entre a quantidade de aminoácidos na dieta e a quantidade na fezes ou na digesta ileal. Digestibilidade verdareira definida da mesma forma, Mas, considerando as perdas endógenas dos aminoácidos que vão ser descontadas da quantidade total de aminoácidos presentes nas fezes ou digesta ileal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÜNZEN, Silvano. Importância de ingredientes de alta digestibilidade e o efeito do processamento térmico no desempenho de leitões. [S. l.]: O Presente Rural, 2 mar. 2017. Disponível em: https://opresenterural.com.br/importancia-de-ingredientes-de- alta-digestibilidade-e-o-efeito-do-processamento-termico-no-desempenho-de- leitoes/. Acesso em: 8 jul. 2022. FERREIRA, M. A. et al. Eficiência de Utilização da Energia Metabolizável para Ganho de Peso e Exigências de Energia Metabolizável e Nutrientes Digestíveis Totais de Bovinos. Rev. bras. zootec., v.28, n.2, p.368-373, 1998. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbz/a/z8hvLc5FVGVsf6P4ntPbr6w/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 9 jul. 2022. MORAES, Prof.ª: Priscila. Análise de Digestibilidade em Monogástricos. Nutrição e AlimentaçãoAnimal I: Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, 2020. Disponível em: https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/5511289/mod_resource/content/1/Aula_2_Dig estibilidade.pdf. Acesso em: 7 jun. 2022. NUTRIÇÃO ANIMAL. Disponível em: https://sites.google.com/site/nutricaoanimaluesc/home/extra/segundo-credito/03--- digestibilidade-e-valor-energetico-dos-alimentos. Acesso em: 9 jul. 2022.
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