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Práticas do planejamento escolar

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22/09/2022 02:53 Práticas do planejamento escolar
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7213913/temas/4/conteudos/1 1/34
Práticas do planejamento escolar
Prof.ª Graça Regina Franco da Silva Reis
Prof.ª Maria Helena Bimbatti Moreira
Descrição
O processo de planejamento e suas especificidades: a importância da elaboração de planos, programas e projetos na organização do processo de
ensino e aprendizagem.
Propósito
Apresentar as formas de elaboração de planejamentos escolares e sua importância no processo de ensino e aprendizagem em contextos diversos.
Objetivos
Módulo 1
Planejamento no 
cotidiano escolar
Reconhecer a importância do planejamento para o cotidiano escolar.
Módulo 2
Planejamento de ensino, 
aula e projetos
Definir planejamento de ensino, planejamento de aula e planejamento por projetos.
Módulo 3
Planejamento e avaliação: os desa�os na retomada 
pós-pandemia
22/09/2022 02:53 Práticas do planejamento escolar
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7213913/temas/4/conteudos/1 2/34
Exemplificar o papel do planejamento integrado a partir do contexto pós-pandemia de covid-19.
Introdução
O cotidiano escolar precisa ser planejado. A escola é composta por um grande grupo de pessoas de formações diversas e atende a fins específicos.
É falso que a escola é somente um ambiente de transmissão de conteúdo, ou ainda que é um espaço para que o aluno aprenda os conteúdos. A
escola é uma instituição social, envolve a comunidade, os pais, os alunos e os funcionários, e essas convivências precisam ser organizadas, claras e
com fins que atendam a todos esses grupos.
Neste material, trataremos sobre o cotidiano escolar e a organização e execução de planejamentos para que a escola possa cumprir seus muitos
fins: um ambiente acolhedor para os alunos, um espaço saudável para se trabalhar, fomentar o aprendizado, medir o “êxito” e o “fracasso”, buscando
ações corretivas, dinâmicas e democráticas.
Seja bem-vindo à escola e entenda o compromisso com a educação que move os objetivos.
1 - Planejamento no cotidiano escolar
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a importância do planejamento para o cotidiano escolar.
Por que planejar é um ato importante?
Vamos planejar?
Assista à entrevista concedida pela professora Nilda Alves sobre planejamento e cotidiano escolar.


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Planejar compreende o ato de organização do cotidiano. E o planejamento escolar? Por que ele é tão importante? Será que as perspectivas de
planejamento sempre foram as mesmas? Os planejamentos são estanques ou se modificam de acordo com o desenvolvimento de cada turma?
O planejamento é um processo ininterrupto, processual, organizador da conquista prazerosa dos nossos desejos onde o
esforço, a perseverança, a disciplina são armas de luta cotidiana para a mudança pedagógica.
(FREIRE et al., 1997, p. 54)
Sabemos que, por mais que planejemos uma aula, ela nunca ocorrerá exatamente como o programado, já que é modificada pela interação dos
estudantes. Então, por que planejamos? O planejamento anual de uma escola é marcado por constante demandas e reorientações, sendo assim, por
que planejar?
Essas reflexões não têm respostas prontas. Elas devem fazer parte do seu cotidiano como docente. Nesse sentido, é fundamental que você, como
futuro docente, independentemente do segmento e da forma como vai atuar, compreenda as discussões que existem em relação ao planejamento
na escola.
Vejamos algumas palavras que devemos pensar quando falamos sobre planejamento.
Medir
Executar
Calcular
Atingir
Metri�car
Organizar
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Existem muitas variáveis. O que pensamos, normalmente, é por que e para quem planejamos. Esses objetivos são fundamentais. Ao planejarmos,
devemos ter em mente a finalidade e os envolvidos.
Planejamento no cotidiano
Planejar faz parte da história da humanidade. Sempre foi necessário pensar sobre as nossas ações, mesmo que não tivéssemos clareza de que isso
seria um planejamento. Pensamos sobre nossas ações cotidianamente: o que fizemos ou o que deixamos de fazer, o que faremos no futuro (ou,
Avaliar
Estruturar
Investir
Resultado
Aluno
Professores
Direção
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pelo menos, o que desejamos fazer).
Ou seja, o planejamento está presente em nossa vida desde a hora em que acordamos e tomamos nossas decisões: tomar café da manhã ou não?
Como chegar ao trabalho? Como organizar uma viagem, uma festa ou um encontro com os amigos? Todas essas escolhas fazem parte do nosso
planejamento cotidiano, que nasce de um desejo, de uma intenção, de uma possibilidade ou necessidade. Esperamos tomar as decisões mais
acertadas mesmo sabendo que há uma imprevisibilidade no dia a dia que nem sempre nos permite realizar nossas tarefas da forma como
planejamos. Mas queremos alcançar nossos objetivos e, mesmo sem termos consciência, isso faz parte do ato de planejar.
E você, o que planejou para o dia de hoje? Que objetivos espera alcançar? Todas as ações que você programou
foram cumpridas da forma que imaginou?
Assim como acontece na nossa vida cotidiana, as ações pedagógicas também surgem da necessidade de organizar a relação ensino-
aprendizagem. O planejamento de ensino constitui-se, então, da necessidade de responder às questões sobre o que — que conhecimentos vamos
trabalhar —, como — os procedimentos e as metodologias que vamos usar para trabalhar com esses conhecimentos — e por que trabalhar com
esses conhecimentos.
Assim, podemos prever, organizar e avaliar situações que propiciem condições para que os estudantes construam, produzam, teçam conhecimentos
sobre determinados conteúdos e valores a serem trabalhados.
Diferentes concepções do processo de planejamento
Fases do planejamento de forma prática
É importante a compreensão de que há diferentes concepções do processo de planejamento ao longo da história da educação escolar. Nesse
sentido, reconhecemos três fases temporais em que a concepção do que seria importante em um planejamento é diferente.
A primeira fase é a do princípio prático e que não apresenta uma grande preocupação formal. Essa fase atenderia às atividades de aula,
exclusivamente.
Exemplo: Um professor que dará aula de matemática no primeiro segmento do ensino fundamental sabe que os alunos precisam contar e
fazer as quatro operações. Ele aprendeu dessa maneira, pensa que os alunos devem ser capazes de decorar e reproduzir, afinal, sempre foi
assim. Para ele, a apreensão do conhecimento por essa via é natural e, por isso, ele não se empenha em elaborar estratégias de aprendizado
ou em adequar o conteúdo às vivências dos alunos.
A segunda fase é a de caráter técnico-instrumental e que estava relacionada a uma tendência tecnicista de educação, que não considerava
os fatores sociais, políticos e econômicos.
Exemplo: O professor organiza sua ação: os alunos precisam aprender as quatro operações matemáticas básicas. Esse é o conteúdo a ser
passado. E passa a organizar como ele vai atingir esse objetivo. Define a estratégia, a metodologia, explicita o objetivo principal, os objetivos
correlatos, a forma pela qual ele pretende avaliar o aprendizado. De maneira conteudista, ele formaliza, disponibiliza e executa. A dificuldade
é atingir resultados semelhantes com alunos diversos utilizando o mesmo planejamento, duro e linear.
Primeira fase 
Segunda fase 
Terceira fase 
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A terceira fase é a do planejamento participativo, que “buscou na resistência ao modelo de reprodução do sistema educacional valorizar a
construçãocoletiva, a participação e a formação da consciência crítica a partir da reflexão sobre a prática transformadora” (BOSSLE, 2002, p.
32).
Exemplo: Os alunos precisam aprender as quatro operações matemáticas. É preciso planejar o que os alunos já sabem das operações
matemáticas, a importância do domínio desse conteúdo, como e qual a relação dos grupos com a dinâmica desse conhecimento, como esse
conhecimento faz parte do seu cotidiano, e estabelecer procedimentos reflexivos e adaptáveis.
Não imagine uma linha do tempo! Essas diferentes formas de planejar a aula continuam presentes em nosso cotidiano.
De acordo com Veiga-Neto (1993), podemos identificar apenas duas vertentes quando falamos em planejamento educacional — uma tecnicista e
outra participativa ou crítica.
Segundo o autor, pensar o planejamento a partir da primeira vertente traz como problema a manutenção do status quo social porque, nesse caso, a
educação não é vista numa dimensão política mais ampla, mas somente por meio de métodos e técnicas. No entanto, segundo a sua análise, não
devemos descartar métodos e técnicas, como se não fossem necessários, pois criamos uma impressão de que o processo educacional não precisa
ter seus próprios métodos, sua própria técnica.
Ainda segundo o autor, a vertente crítica, que ele denomina de segunda vertente, exige que os docentes busquem compreender o que é a escola
também de fora dela, isto é, considerá-la como uma instituição inserida em um contexto social mais amplo.
Nesse paradigma, o professor e a professora saem obrigatória e constantemente da sala de aula para buscar
compreender o que é a escola, quais as relações entre essa instituição e o mundo social, econômico, político, cultural em
que ela se situa. O paradigma crítico é o paradigma da descon�ança, da suspeita (FORQUIN, 1993). Seu compromisso é
com a transformação das relações econômicas e sociais. Assim sendo, o paradigma crítico se identi�ca com os
movimentos políticos progressistas.
(VEIGA-NETO, 1996, p. 166)
Conceituando o ato de planejar
De acordo com Luckesi (1990), esse planejamento, que se localiza em uma vertente crítica e que é também um ato político, no sentido amplo da
palavra crítica, terá que ser dinâmico, logo, está relacionado sempre à tomada de decisões constantes.
Os planejamentos escolares acompanham as discussões educacionais mais amplas e assumem, de acordo com determinada perspectiva
pedagógica, determinadas características. Isso acontece porque se alinham às perspectivas existentes conforme cada contexto sócio-histórico, ao
longo da história da educação escolar. Fundamentados em um formato prescritivo e instrumental, atualmente, precisam articular dimensões
técnicas, político-sociais, coletivas e críticas. No entanto, é importante ressaltar que as discussões e pesquisas sobre planejamento não são, de
forma alguma, hegemônicas, havendo retrocessos, avanços de enfoques e preocupações.
Exemplo
Você, aluno estudioso, leu, preparou-se, passou em um concurso e, pouco depois, foi indicado diretor de uma escola. A escola fica em um bairro
próximo ao seu. Você conhece as pessoas, a comunidade, tem uma relação histórica com os professores. Conhece os fundamentos pedagógicos
do planejamento e o contexto social de sua aplicação.
Passados dez anos, você já se mudou do bairro há algum tempo, os alunos são de uma geração bem diferente daqueles que você conhecia. Novos
debates pedagógicos foram levados por professoras que entraram recentemente. Uma delas chega a sinalizar, com jeito, mas, de forma clara, que
suas ideias estão ultrapassadas. Sua primeira reação é afirmar que você é diretor daquela escola há dez anos. Quem é ela para contestá-lo?
Mas, para cumprir o devido e chegar a um planejamento móvel, democrático e participativo, as novas ideias devem ser debatidas, apropriadas, e a
realidade deve ser percebida como algo que definitivamente não é estático. As novas ideias, a recuperação de ideias antigas e a necessidade de
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uma educação continuada com constantes atualizações devem ser características de um bom profissional da educação.
Vasconcellos (2000) nos ajuda a pensar nesse planejamento, que deve ser compreendido como um instrumento capaz de intervir em uma situação
real para transformá-la. É uma mediação teórico-metodológica para uma ação intencional, que tem como objetivo fazer algo acontecer. Para isso, é
importante e necessário estabelecer, além de condições materiais, uma disposição interior, buscando prever o desenvolvimento da ação desejada
no tempo e no espaço. Caso o planejamento não seja formulado, ocorrerá o trabalho a partir de improvisações e sob pressão.
O planejamento é um ato político-pedagógico que revela intenções, pois, planejar é intervir na realidade de forma
intencional, um processo de reflexão e ação, de tomada de decisão.
Vasconcellos dá ao planejamento significados de intervenção e reflexão sobre a ação. Desse modo, segundo o autor, pode-se intervir na realidade,
permitindo que o planejamento assuma uma importância de conscientização e transformação, sendo capaz de promover mudanças nas relações
de ensino-aprendizagem.
Conhecendo as mudanças ocorridas no campo da didática — que é responsável por estudar os processos de aprendizagem e ensino, portanto, a
ciência da educação que, a priori, pensa e pesquisa sobre os planejamentos escolares —, podemos conhecer o contexto de mudanças que
modificou a forma de pensar também os planejamentos.
Re�etindo sobre a história do planejamento
Manifestação popular em frente ao Congresso Nacional em 1985.
No início dos anos 1980, havia um cenário geral muito propício ao movimento de crítica à didática e ao surgimento de propostas alternativas para
seu redimensionamento. Na ocasião, o país passava por um movimento de luta pelo restabelecimento da democracia e os educadores se sentiam
altamente desafiados a colaborar com a redemocratização da sociedade (CANDAU, 2000).
A década de 1980 teve como característica uma significativa ampliação da produção acadêmica. Essa produção foi marcada por pedagogias
contra-hegemônicas, ou seja, voltadas para uma educação com possibilidades emancipatórias e de transformação da sociedade. Podemos dizer,
então, que a produção da didática nos anos de 1980 viveu uma renovação que resultou de mudanças que atravessaram os campos educacional e
social nesse período. Uma série de encontros decorrentes do movimento dos educadores propiciou sua problematização, tecendo
progressivamente mudanças paradigmáticas na área (CRUZ; ANDRE, 2014).
Nos anos 1990, o processo de globalização trouxe a transformação do mundo do trabalho e a afirmação da sociedade da informação. Nesse
sentido, desenvolveram-se também novas formas de exclusão e desigualdade que levaram a um estado de perplexidade e de falta de clareza sobre
os caminhos e as possibilidades de futuro. Na educação, foi o momento das reformas educativas que, independentemente dos países e até dos
continentes, seguiram um esquema similar, apoiadas nas políticas neoliberais.
Congresso da ANDES-SN, Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, em 1995.
Desde então, as reformas educativas avançaram para uma reorganização institucional e descentralização da gestão administrativa, financeira e
pedagógica, com um fortalecimento da autonomia das escolas. A política de municipalização da educação levou à efetivação de vários programas
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federais, como a merenda escolar e o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). A eleição de diretores e a criação de conselhos escolares
também constaram da pauta das reformas educativas, como medidas plausíveis no que concerne à autonomia administrativa dos sistemas
públicos de ensino no país.
Como marco dessa fase, apontamoso desafio proposto por Vera Candau: a superação de uma didática exclusivamente instrumental. A autora
apresentou a construção de uma didática fundamental, que estaria articulada à problemática da educação na sociedade. Essa proposta representou
um amplo movimento de reação à didática marcada pela ideia de neutralidade.
Para a didática fundamental, no centro do processo de aprender-ensinar estão as dimensões técnica, política e humana, contextualizadas pelas
práticas pedagógicas, o que possibilita a reflexão didática a partir da análise de experiências concretas, exercitando, assim, a relação teoria-prática
de forma horizontalizada. A didática fundamental está preocupada com as interações internas do contexto escolar, de modo que seus resultados
sejam uma educação inclusiva e democrática.
era Candau
A pedagoga Vera Candau atua na área de didática e nos ajuda a perceber como a educação tem — ou deve ter — um movimento integrado para que
atinja novos objetivos.
A proposta dessa didática é a de superar a ideia de que há somente uma cultura dominante e que os
conhecimentos herdados dessa cultura — europeia, branca, patriarcal e cristã — são verdades inquestionáveis.
Diante desse cenário, compreendemos ser necessário pensar as concepções de planejamento, planos de curso e projetos políticos-pedagógicos na
mesma linha proposta por Candau, como agenda e proposta de trabalho para o cotidiano que nos atravessa. Em outras palavras, precisamos
avançar, pensando em como será planejar os movimentos e percursos da e na escola, incorporando novas questões, como as relativas à
subjetividade, à diferença, à construção de identidades, à diversidade cultural, à relação saber-poder, às questões étnicas, de gênero e sexualidade
etc., “destacando visões mais ricas, complexas e abrangentes das relações entre cultura, conhecimento e poder.” (CANDAU, 2000, p.3)
Por que planejar é um ato importante para a docência?
Teoria e prática devem se encontrar
O processo de planejamento do ensino tem sido objeto de constantes indagações quanto à sua validade como efetivo instrumento de melhoria
qualitativa do trabalho do professor.
Ao falarmos em planejamento de ensino, pensamos logo em uma perspectiva fragmentária e desarticulada do todo social, e isso tem gerado a
concepção de que o planejamento é incapaz de dinamizar e facilitar o trabalho didático. No entanto, o planejamento não pode estar distante da
realidade social, constituindo-se meramente de uma ação mecânica e burocrática, que pouco contribui para elevar a qualidade da ação pedagógica
desenvolvida no âmbito escolar.
Re�exão
Pensando a partir dessa perspectiva, o planejamento passa a extrapolar a simples tarefa de elaborar um documento contendo todos os
componentes tecnicamente recomendáveis, e passa a abranger todos os conhecimentos que circulam na escola cotidianamente, percebendo-os
como conteúdos dinâmicos e, por isso, articulados com a realidade.
Nesse sentido, é necessário que os planejamentos sejam elaborados a partir de conhecimentos já existentes e, ao mesmo tempo, contribuam para
a produção de novos conhecimentos. Isso significa trabalhar a partir de um processo de escuta e de reflexão permanentes, buscando conhecer
outros pontos de vista (HOFFMANN, 1993). Significa, então, desenvolver atividades que despertem a curiosidade e o processo de investigação da
realidade.
Nessa concepção, a questão do planejamento do ensino não poderá ser compreendida de maneira mecânica, separada das relações entre a
escola e o cotidiano real.

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A partir desse olhar, notamos que os conteúdos, a serem trabalhados por meio dos currículos, precisarão estar relacionados com a experiência,
reconhecendo os alunos como indivíduos.
Essa relação é uma condição necessária para que diferentes conhecimentos e realidades de vida circulem no espaço da sala de aula. O resultado
dessa relação dialética será uma educação com vistas a processos mais emancipatórios. Sob essa perspectiva, podemos concluir que planejar tem
uma ação pedagógica fundamental para que a relação de ensino-aprendizagem possa ser estabelecida, superando sua concepção mecânica e
burocrática, que relaciona o trabalho do professor a uma mera reprodução automática e cumpridora da sua relação trabalhista.
É necessário, então, superar essa dimensão puramente técnica do planejamento, organizando-o como um processo que integra os conhecimentos e
o contexto social, permitindo que este se efetive de uma forma crítica e transformadora.
Conforme temos visto, o planejamento escolar é uma atividade que ajuda o professor na tomada de decisões em relação às situações de ensino e
aprendizagem, tendo em vista alcançar os melhores resultados possíveis.
Re�exão
Mas, o que deve orientar a sua tomada de decisões? Que requisitos devem ser considerados para que os planos de ensino e planos de aula sejam,
de fato, instrumentos de trabalho para a intervenção e transformação da realidade?
Segundo Libâneo (1994), os principais requisitos para o planejamento são: os objetivos e as tarefas da escola democrática; as exigências dos
planos e programas oficiais; as condições prévias dos alunos para a aprendizagem; os princípios e as condições do processo de transmissão e
assimilação ativa dos conteúdos.
Objetivos e tarefas da escola democrática
A primeira condição para o planejamento é a convicção segura sobre a direção que queremos dar ao processo educativo na nossa sociedade, ou
seja, que papel destacamos para a escola na formação dos nossos alunos. As tarefas da escola democrática estão ligadas às necessidades de
desenvolvimento cultural do povo.
A escola democrática é aquela que possibilita a todas as crianças a assimilação de conhecimentos científicos e o desenvolvimento de suas
capacidades intelectuais, de modo a estarem preparadas para participar ativamente da vida social (na profissão, na política, na cultura etc.).
Resumindo
Historicamente, as escolas públicas são fruto da ideia iluminista de preparar uma criança para sua incorporação no mundo social. A diferença
proposta por Libâneo ao apontar uma escola democrática é a de fomentar escolhas, de possibilitar, com o processo de formação, uma participação
ativa, marcada pela consciência e pelas escolhas, em vez de promover a reprodução de uma linha central, assimilada e repetida.
Exigências dos planos e programas o�ciais
A educação escolar é direito de todos como condição de acesso ao trabalho, à cidadania e à cultura. É dever dos governos garantir o ensino básico
a todos, traçando uma política educacional, provendo recursos financeiros e materiais para o funcionamento do sistema escolar, de modo a
assegurar o direito de todos, crianças e jovens, receberem um ensino de qualidade e socialmente referenciado.

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Condições prévias para a aprendizagem
O planejamento escolar está condicionado pelo nível de preparo em que os alunos se encontram em relação às tarefas da aprendizagem. Os
conteúdos de ensino precisam ser transformados em instrumentos teóricos e práticos para a vida prática. Conhecer seus estudantes (suas
experiências, seus conhecimentos anteriores, suas habilidades e seus hábitos de estudo, seu nível de desenvolvimento) é indispensável para a
introdução de novos conhecimentos e, portanto, para o êxito de ação que se planeja.
Princípios e condições de transmissão/assimilação ativa
O planejamento deve estar de acordo com as formas de desenvolvimento do trabalho em sala de aula. Uma parte importante de qualquer plano é a
indicação do que os alunos farão para se envolverem na atividade docente e do que o professor fará para dirigir a atividade em classe.
Após aprender sobre os requisitos desenvolvidos por Libâneo (1994) para a elaboração de um planejamento, podemosampliar nossa concepção do
que seria planejar numa visão alinhada aos contextos socioculturais. Assim, esse planejamento poderá se transformar em um potente aliado das
lutas cotidianas contra a invisibilização de todas as culturas não hegemônicas.
A pergunta que devemos nos fazer, então, é:
Como construir um planejamento que conjugue os conhecimentos que circulam no mundo com os interesses dos
estudantes, as questões sociais, culturais, econômicas e políticas?
Para isso, devemos trabalhar com a perspectiva de que o planejamento não pode ser um mero instrumento burocrático ou uma camisa de força que
aprisiona professores e estudantes, impossibilitando a escuta e a construção de aprendizagens que fazem parte da vida cotidiana e da cultura de
todos os sujeitos envolvidos no processo de aprender e ensinar.
No próximo módulo, veremos métodos e técnicas de planejamento de ensino e de planejamento de aula, buscando pensá-los a partir de uma
perspectiva crítica, além de analisarmos a possibilidade de planejar o ano letivo a partir de projetos de trabalho.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O planejamento educacional pode ser dividido em três fases. Podemos afirmar que a segunda fase, de caráter técnico-instrumental, é aquela
que
Parabéns! A alternativa B está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EExistem%20tr%C3%AAs%20grandes%20movimentos%20ou%20fases%20que%20pensaram%20o%20planejamento.%20A%20primeira%
los%2C%20mas%20desconsidera%20contextos%20para%20se%20concentrar%20em%20conte%C3%BAdos.%20%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%
A se identifica com os movimentos políticos progressistas.
B desconsidera os fatores sociais, políticos e econômicos.
C apresenta uma despreocupação com relação aos métodos e às técnicas.
D valoriza a formação da consciência crítica a partir da reflexão sobre a prática transformadora.
E relaciona fatores sociais aos aspectos técnicos.
Questão 2
Para intervir e transformar a realidade segundo a perspectiva crítica da educação, o planejamento passa a ser um instrumento de
A ação sob pressão, evidenciando o caos do cotidiano escolar.
B improvisação, dando um caráter espontâneo à atividade educativa.
C mediação teórico-metodológica, possibilitando a ação consciente e intencional.
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2 - Planejamento de ensino, aula e projetos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de de�nir planejamento de ensino, planejamento de aula e planejamento por projetos.
Vamos praticar: planos
No módulo anterior, vimos que a finalidade de um planejamento é permitir que se pense previamente no que se quer e no que se pode fazer, em
função do estudante com que se trabalha e da sociedade em que se vive e se quer viver. Segundo Zanon e Althaus (2010), planejar exige o domínio
de conhecimentos sobre os níveis que compõem o processo de planejamento, o que significa conhecer os fundamentos dos diferentes tipos de
planejamentos.
Os planos
Libâneo (1994) aponta que há planos em, pelo menos, três níveis: o plano da escola, o plano de ensino e o plano de aula.
Plano de escola
O plano da escola é um documento mais global que expressa orientações gerais sobre o projeto político-pedagógico da escola e com os planos de
ensino.
Parabéns! A alternativa C está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20planejamento%20deve%20ser%20compreendido%20como%20um%20instrumento%20capaz%20de%20intervir%20em%20uma%2
la.%20E%CC%81%20uma%20mediac%CC%A7a%CC%83o%20teo%CC%81rico-
metodolo%CC%81gica%20para%20a%20ac%CC%A7a%CC%83o%20consciente%20e%20intencional%2C%20que%20tem%20por%20finalidade%20faze
se%20improvisando%2C%20agindo%20sob%20pressa%CC%83o%2C%20administrando%20por%20crise.%20%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%
D administração por crise, indicando a necessidade de uma nova reforma educativa.
E ação norteada por práticas específicas sem flexibilidade
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Plano de ensino
O plano de ensino ou plano de curso é organizado como uma previsão dos objetivos e das tarefas do trabalho docente para um semestre ou um
ano.
Plano de aula
O plano de aula é a previsão do desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou um conjunto de aulas.
Neste módulo, vamos conhecer os planejamentos de ensino e os planos de aula, buscando pensá-los a partir de uma perspectiva crítica, além de
analisar a possibilidade de planejar o ano letivo a partir de projetos de trabalho. É importante iniciar explicitando que, como visto no módulo anterior,
a técnica não assegura, por si só, o bom andamento do processo de ensino ou uma educação de qualidade.
É preciso que os planos sejam continuamente reelaborados a partir da escuta que o professor tem de seus alunos,
assim como pela incorporação de novas questões, como as relativas à subjetividade, à diferença, à construção de
identidades, à diversidade cultural, à relação saber-poder, às questões étnicas, de gênero e sexualidade, a fim de
que seja assegurada uma educação inclusiva e democrática.
Por isso, é importante termos em mente que um planejamento que fique apenas no papel nada significa, ele precisa se concretizar por meio de
ações reais. Portanto, é fundamental conhecer a realidade social e cultural dos estudantes, entendendo que o planejamento é uma história que será
construída conjuntamente. Para isso, é necessário buscar relacionar os conhecimentos já adquiridos por esses estudantes.
Antes de entramos no próximo tópico, é importante ressaltar que qualquer planejamento se constitui de três fases, que estão imbricadas. No
primeiro momento, vamos elaborar, ou seja, confeccionar o planejamento. Depois, temos o momento de executar, colocando em prática aquilo que
foi proposto e, por último, vamos avaliar, revisando os momentos e as ações.
A fim de elaborar o planejamento, precisamos considerar as seguintes questões:
O quê?
Conteúdos de cada área do conhecimento.
Como?
Metodologias de ensino e práticas avaliativas.
Por quê?
O direito à apropriação do conhecimento produzido historicamente.
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Plano de ensino X Plano de aula
Neste vídeo, o professor Caio Carvalho mostra um plano de aula e explica a importância de cada item do documento.
Planejamento de curso: a técnica pode nos ajudar a construir um
planejamento crítico
Plano de curso
O plano de curso — ou plano de ensino, como nos apresenta Libâneo (1994) — é um instrumento de trabalho que possui o objetivo de referenciar os
conteúdos, as metodologias, os procedimentos e as técnicas a serem utilizadas no processo de ensino-aprendizagem concernente às unidades
escolares, sejam estas de ensino fundamental e médio, instituições de ensino superior e cursos técnicos de qualquer nível.
A elaboração do plano pode ocorrer de forma individual ou coletiva. Pensar coletivamente é sempre mais enriquecedor, você não acha? Caso o
planejamento ocorra de forma coletiva, atenderemos a características mais interdisciplinares e contextualizadas. A construção coletiva de um
planejamento pode potencializar debates voltados para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
Atenção!
Uma vez elaborado, o plano de curso orienta a todo o corpo social da escola em relação aos fazeres cotidianos, ao sequenciamento dos conteúdos,
à seleção e busca de materiais a serem utilizados, bem como em relação aos procedimentos avaliativos.
Segundo Libâneo (1994), o plano de curso precisa conter, no mínimo, as seguintes orientações:

Justi�cativa em relação aosobjetivos

Para quê?
A socialização e apropriação dos conteúdos constituem um compromisso com a emancipação das camadas populares.
Para quem?
Sujeito histórico-social construído nas determinações das relações de classe.

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Objetivos gerais

Objetivos especí�cos

Conteúdo

Tempo provável

Desenvolvimento metodológico
A seguir, discutiremos cada item do planejamento de ensino.
Itens essenciais em um plano de curso
Justi�cativa da disciplina em relação aos objetivos da escola
Esse tópico do plano de ensino deve responder a uma pergunta: “para que serve este conteúdo?”.
Podemos iniciar com considerações sobre as funções sociais e pedagógicas da e na escola, trazendo os conteúdos básicos da disciplina sempre
tendo em vista a sua relevância social, política, profissional e cultural. Podemos resumir a justificativa de uma disciplina a três questões básicas do
processo pedagógico de ensinar e aprender: por que, para que e como.
Objetivos
Os objetivos são divididos em duas categorias: gerais e específicos. Os objetivos gerais são as grandes metas a perseguir, que se concretizam por
meio de objetivos mais específicos.
Objetivos gerais
Para a definição de objetivos gerais, é recomendado o uso de verbos com significado abrangente. Deve englobar a totalidade do problema, definindo
de forma clara o que se pretende no final do projeto.
Trazemos aqui alguns verbos usados como objetivos gerais:
Verbos usados para
conteúdo
Conhecer, compreender,
entender, identificar,
reconhecer, generalizar.
Verbos usados para
procedimentos
Desenvolver, estabelecer,
organizar, capacitar,
demonstrar.
Verbos usados para
atitudes
Contribuir, colaborar, valorizar,
interiorizar, mostrar.
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Uma boa forma de pensar e abordar a construção de objetivos é refletir sobre a Taxonomia de Bloom, que define os níveis de compreensão
propostos por um objetivo. No Explore + você poderá conferir a indicação de um artigo sobre essa questão.
Objetivos especí�cos
Para a definição de objetivos específicos, é recomendado o uso de verbos com significado mais restrito e direcionado. Os objetivos específicos
contribuem para a concretização do objetivo geral, pormenorizando-o. Estão relacionados com as áreas específicas nas quais se desenvolvem.
Trazemos aqui uma lista de verbos usados como objetivos específicos:
Conteúdos
Segundo Libâneo (1994), o programa ou a organização de conteúdos para o ano pode ser dividido em unidades didáticas, que são temas inter-
relacionados que compõem o planejamento para um ano ou um semestre de escolaridade. Cada unidade didática contém um tema central do
programa, detalhado em tópicos.
Você pode fazer uma primeira versão e modificar como se fosse montar uma segunda versão. Isso é necessário porque, conforme as aulas
começam, você conhecerá, de fato, seus alunos e terá de adaptar o que pensou à realidade do que sabem e desejam.
Tempo provável
Trata-se da estimativa do tempo utilizado em cada unidade didática.
Desenvolvimento metodológico
O desenvolvimento metodológico é o componente do plano de ensino, a linha de trabalho que será desempenhada para que aconteça o
conhecimento. Indica o que o professor e os alunos farão no desenrolar de uma aula ou de um conjunto de aulas. É a construção do planejamento,
de como e quais recursos serão utilizados para o alcance dos objetivos propostos.
Para preencher esse item do plano de ensino, é importante que o professor se pergunte que atividades os alunos deverão
desenvolver para que ocorra uma aprendizagem signi�cativa.
Para isso, é necessário verificar os objetivos e os conteúdos, pois eles determinarão os métodos e os procedimentos, bem como os recursos de
ensino.
Avaliação
Verbos usados para indicar
análise
Analisar, investigar,
comprovar, classificar,
comparar, contrastar,
diferenciar, distinguir.
Verbos usados para indicar
avaliação
Avaliar, pesquisar, selecionar,
precisar, decidir, estimar,
medir, validar.
Verbos usados para indicar
compreensão
Concluir, inferir, deduzir,
interpretar, determinar,
descrever, ilustrar.
Verbos usados para indicar
conhecimento
Registrar, definir, identificar,
nomear, especificar,
exemplificar, enumerar, citar.
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De acordo com os estudos de Bloom (1993), a avaliação do processo ensino-aprendizagem apresenta três tipos de funções: diagnóstica, formativa
e somativa.
Avaliação diagnóstica
A avaliação diagnóstica é adequada para o início do período letivo, permitindo que o professor conheça a realidade em que o processo de ensino-
aprendizagem acontecerá. Nesse caso, o principal objetivo é verificar o conhecimento prévio de cada estudante.
Para que a avaliação diagnóstica seja possível, é preciso compreendê-la e realizá-la de forma comprometida com uma
concepção pedagógica. No caso, consideramos que ela deva estar comprometida com uma proposta pedagógica
histórico-crítica, uma vez que essa concepção está preocupada com a perspectiva de que o educando deverá apropriar-
se criticamente de conhecimentos e habilidades necessárias à sua realização como sujeito crítico dentro da sociedade,
que se caracteriza pelo modo capitalista de produção. A avaliação diagnóstica não se propõe e nem existe de uma forma
solta e isolada. É condição de sua existência a articulação com uma concepção pedagógica progressista.
(LUCKESI, 2003, p. 82)
Avaliação formativa
A avaliação formativa deve ser realizada durante todo o período letivo, com o intuito de verificar se os estudantes estão alcançando os objetivos
propostos anteriormente.
É com a avaliação formativa que alunos e professores tomam conhecimento sobre o que é necessário reformular
nos processos de ensino-aprendizagem.
Essa forma de avaliar fornece informações importantes que permitem que o trabalho do professor seja mais individualizado e focado nas questões
específicas de cada estudante. Trata-se de uma avaliação interativa, centrada nos processos de feedback, regulação, autoavaliação e
autorregulação das aprendizagens (FERNANDES, 2006).
Avaliação somativa
A avaliação somativa tem como função básica a classificação dos alunos: é realizada ao final de um curso ou de uma unidade de ensino e classifica
os estudantes de acordo com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos. Essa avaliação pretende determinar níveis de rendimentos
“decidindo” se houve ou não êxito em relação ao aprendizado ao final de uma etapa. Sua finalidade é a classificação e a promoção ou retenção dos
alunos.
Essas três funções da avaliação devem ser vinculadas ou conjugadas para garantir a eficiência e a eficácia do sistema de avaliação, tendo como
resultado final a excelência do processo de ensino-aprendizagem.
É importante lembrar que o plano de curso é um instrumento flexível, uma vez que, no decorrer do ano letivo ou do semestre planejado, de acordo
com o surgimento de novas situações, estas poderão ser inseridas e registradas.
Vejamos, agora, o modelo de plano de curso montado a partir da proposta de Libâneo (1994).
Planejamento de aula
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/00886/docs/modelo_plano_de_curso.jpg
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Plano de aula
De acordo com Libâneo (1994, p. 225), “o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos
de organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”. O plano de
aula é um documento elaborado pelo professor que define o tema da aula, seus objetivos,o que exatamente será trabalhado, a metodologia a ser
utilizada e como será feita a avaliação do processo.
Um plano de aula precisa ter:
Clareza e objetividade.
Conhecimento dos recursos disponíveis na escola.
Noção do conhecimento que os alunos já possuem sobre o conteúdo abordado.
Articulação entre a teoria e a prática.
Utilização de metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no processo de ensino-aprendizagem.
Sistematização das atividades com o tempo.
Flexibilidade diante de situações imprevistas.
Realização de pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes, entre outros.
Elaboração de aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes.
Passos necessários para elaborar um plano de aula
Antes de começar a redigir o plano de aula, o professor deve consultar o seu plano de curso.
Em seguida, deverá listar que conteúdos irá abordar e para quem esses conteúdos estão direcionados, porque o que funciona para
determinada turma pode não funcionar para outra.
Durante essa reflexão, o professor deve considerar as questões culturais, econômicas, físicas e sociais da sua turma.
Em seguida, haverá a escolha do tema da aula, sempre com base no plano de ensino. O tema é a definição da sua aula.
Uma vez definido o tema, deve definir os objetivos a serem alcançados e os conteúdos a serem abordados.
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Você terá acesso a um modelo de planejamento de aula utilizado pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro.
Planejamento por projetos
Pressupostos
É importante iniciar esta seção explicitando que aqueles que buscam apenas conhecer os procedimentos, os métodos para desenvolver projetos,
acabam se frustrando, pois não existe um modelo ideal pronto e acabado que dê conta da complexidade que envolve a realidade de sala de aula, do
contexto escolar.
Paulo Freire.
No livro Pedagogia da autonomia, Paulo Freire (1996) enfatiza a necessidade de se respeitar o conhecimento que o aluno traz para a escola, visto ele
ser um sujeito social e histórico, enfatizando a compreensão de que "formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de
destrezas." (FREIRE, 1996, p. 15).
aulo Freire
Paulo Freire (1921-1997) é um dos maiores nomes da pedagogia brasileira, tendo reconhecimento internacional. Suas principais contribuições estão no
campo prático — alfabetização de adultos — e na perspectiva teórico-metodológica de pedagogia, como no livro citado.
Para isso, é necessário conhecer o modo de vida dos alunos, reconhecendo que há diversos contextos culturais e conhecimentos que circulam no
mundo e que precisam ser visibilizados. Nesse sentido, precisamos compreender que o planejamento pode ser concebido de outra forma,
construído mais coletivamente, junto com os estudantes.
A seguir, decida a duração da aula, que não precisa estar limitada a uma aula apenas. A maioria dos temas necessita de mais de uma
aula para serem trabalhados.
O próximo passo é a escolha ou seleção dos recursos didáticos, que são os materiais de apoio que irão auxiliar o professor,
facilitando o desenvolvimento da aula.
Agora, chegou a hora da escolha da metodologia ou das metodologias que serão utilizadas. Por fim, a escolha dos processos
avaliativos.
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/00886/docs/concurso.jpg
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O que é o trabalho com projetos?
Pedagogia por projetos não é algo efetivamente novo no campo da educação. A crítica a uma escola baseada na transmissão de conteúdos estava
presente nas críticas elaboradas por John Dewey (1859-1952). A ideia é a de que o homem é um sujeito complexo, que está sempre em processo de
relação e transformação da natureza.
Resumindo
Sendo assim, retirar as dimensões de sua existência, sua capacidade criativa, sua capacidade cognitiva, para focar somente a assimilação foi
apontado como um modelo frágil. Daí, a perspectiva de definição de projetos educacionais, em que o aluno se insere, constrói, abandonando o
modelo dialógico baseado na relação professor-aluno, para uma perspectiva multidirecional, uma vez que alunos e professores se envolvem e
constroem coletivamente.
No Brasil, o principal nome a introduzir esse debate é Anísio Teixeira. Presente nos debates da Escola Nova, na década de 1930, criou escolas-
modelos, estruturou a pedagogia de forma que pudesse ser implementada e medida.
Instituto de Educação Anísio Teixeira na cidade de Caetité, no Estado da Bahia
nísio Teixeira
Anísio Teixeira (1900-1971) foi um dos grandes educadores brasileiros, participou do Manifesto dos Pioneiros, criou o instututo de educação do Rio de
Janeiro, e uma escola modelo de novas abordagens pedagógicas na Bahia. Foi atuante na LDB de 1961 e um dos grandes nomes de nossa história da
educação.
Para que seja claro, a ideia é de que o principal sujeito da aprendizagem é o aluno, e é para ele que deve estar direcionada a relação entre ensino-
aprendizagem. Com isso, ele precisa conhecer os projetos, os direcionamentos a serem estabelecidos, os fins a serem alcançados. A ideia é que o
aluno possa, ao ser reconhecido como ser criativo, estar envolvido no projeto e efetivamente vivenciar a educação.
O desenvolvimento do trabalho pedagógico por projetos, também chamado de projetos de trabalho ou pedagogia de projetos, é outra forma de
organizar os saberes escolares, em que o planejamento de ensino se relaciona com o papel do estudante como responsável por sua própria
aprendizagem. Além disso, prende-se a uma concepção de escolaridade que dá importância à aquisição de estratégias cognitivas de ordem
superior (habilidades intelectuais) e ao papel do estudante como responsável por sua própria aprendizagem.
Planejar o trabalho por meio de projetos leva necessariamente a uma reorganização de todo o espaço e tempo escolares.
Atenção!
Os projetos de trabalho, por exigirem uma organização mais complexa, estimulam a reflexão sobre a natureza da escola e do trabalho escolar. Além
disso, podem proporcionar outra relação docente com a construção do conhecimento e, com isso, uma nova relação, não mais de autoridade, mas,
sim, de guia da aprendizagem.
O projeto, portanto, é uma forma de organizar a atividade de ensino e aprendizagem ou os conhecimentos escolares, adotando como aspecto
essencial a aprendizagem significativa.
A função de um projeto seria a de possibilitar o favorecimento de criação de estratégias para outra organização dos conhecimentos escolares, em
relação aos diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipóteses, facilitando para todos os envolvidos a transformação do que seria
informação em um conhecimento significativo. Um bom caminho para complementarmos essa informação é dizer que o projeto pode dar um
sentido mais ampliado às práticas escolares, já que, dessa forma, a relação com os conteúdos e com as disciplinas escolares pode ficar bem mais
coesa, evitando-se a fragmentação. Além disso, o projeto torna os estudantes corresponsáveis pela própria aprendizagem. O professor sai do lugar
daquele que apenas transmite conteúdos e, junto com os seus alunos, torna-se pesquisador.
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O aluno passa de receptor passivo a sujeito do processo. É importante entender que não há um método a seguir, mas uma série de condições a
respeitar. O primeiro passo é determinar um assunto — a escolha pode ser feita partindo de uma sugestão do professor ou das crianças. Ainda, é
fundamental registrar que todo e qualquer conteúdo pode ser trabalhado por meio de projetos, basta que tenhamos uma dúvida inicial e
comecemos a pesquisar e buscar evidências sobre o assunto.
Ações importantes em um projeto didáticoTodo projeto é definido pela escolha do tema que será trabalhado. Esse tema pode ter origem nas experiências dos estudantes, em uma informação
recolhida em outro projeto, em uma experiência que se originou em um fato da atualidade, ou ainda em um tema proposto pelo professor.
Comentário
Podemos afirmar que todos os temas podem ser abordados por meio de projetos. É comum que o estudante traga um assunto que conheceu por
intermédio dos meios de comunicação, ou uma curiosidade qualquer, abrindo múltiplas possibilidades de aprendizagem, tanto para os alunos como
para os docentes. Isso serve para todos os envolvidos, estudantes e professores. Todos devem propor temas.
Após a escolha do tema do projeto, serão levantadas hipóteses sobre o objeto escolhido e sobre quais perguntas deverão ser respondidas para que
isso aconteça.
Enquanto isso, o professor deve enumerar os objetivos que espera atingir com o tema proposto e listar os conteúdos que podem ser trabalhados a
partir do tema escolhido. Desse modo, é importante:
Saber o que as crianças conhecem e desconhecem sobre o tema e o conteúdo que será trabalhado.
Construir um cronograma com o tempo de cada atividade, de forma que você possa ter uma ideia do tempo estimado para o desenvolvimento do
projeto.
Selecionar previamente os recursos e materiais que serão usados.
Organizar momentos para trabalhos individuais, em duplas, trios ou mesmo em grupos maiores.
Pensar antecipadamente no produto final do trabalho, de forma que possa ser construído durante todas as etapas do trabalho.
Escolher um produto final forte para dar visibilidade aos processos de aprendizagem e aos conteúdos aprendidos.
Prever os critérios de avaliação e registrar a participação de cada um ao longo do trabalho.
Esse trabalho docente ocorre em paralelo à construção que os estudantes farão de um índice, no qual especificam os aspectos que serão
trabalhados no projeto e realizam a tarefa de busca de procedimentos que ajudem na recolha das informações. Várias são as opções: visitas a
museus, vídeos sobre o assunto, excursões, convite a um palestrante, entre outras.
O próximo passo será o tratamento das informações, o que, segundo Queiroz (2009), é uma das funções mais importantes de um projeto. Esse
tratamento das informações pode ser uma tarefa a ser realizada tanto individualmente como de forma coletiva.
Para isso, deve-se levar em conta que cada informação oferece somente uma ou algumas visões sobre o assunto. Nesse momento, a diferença
de opiniões ou conclusões precisa ser levantada e posta em discussão.

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É importante também que os estudantes conheçam os diferentes procedimentos de uma pesquisa, como a classificação, a representação, a
síntese, a visualização etc. Devemos também estabelecer relações de causa e efeito e novas perguntas.
Aqui, é importante voltarmos a um dos pressupostos indicados acima que nos diz que aqueles que buscam apenas conhecer os procedimentos e
os métodos para desenvolver projetos acabam se frustrando, pois não existe um modelo ideal pronto e acabado que dê conta da complexidade que
envolve a realidade de sala de aula, do contexto escolar. Então, precisamos considerar que há uma concepção de educação que está em jogo, e não
um modelo a seguir.
É importante que, nesse processo, professores e estudantes entendam que eles podem (re)planejar, (re)elaborar, (re)produzir, criar outras hipóteses,
mudar percursos, alterar rotas e processos, pois “um projeto não está/é engessado” (NOGUEIRA, 2008, p. 86).
Papel do professor no processo de desenvolvimento do projeto
De acordo com Hernández e Ventura (1998), no processo de desenvolvimento de um projeto, o professor deverá especificar o fio condutor que
permitirá que o projeto vá além dos aspectos informativos, saindo do lugar do conhecimento que deve ser aplicado. Nesse sentido, ele deve realizar
uma primeira previsão dos conteúdos e das atividades, bem como encontrar algumas fontes de informação para iniciar e desenvolver o projeto.
Para realizar um trabalho com qualidade e dar o suporte necessário aos alunos, o professor deve estudar e se atualizar em torno do tema do projeto,
contrastando as suas informações com outras fontes que os estudantes apresentem. Nesse processo, também é papel do professor criar um clima
de envolvimento e de interesse, no grupo e em cada pessoa, sobre o que se está trabalhando. Por fim, o professor deve fazer uma previsão dos
recursos necessários.
Podemos resumir o papel do professor nos seguintes itens:
Especificar o fio condutor do projeto.
Prever os conteúdos e as atividades iniciais do projeto.
Buscar fontes de informação para o início das pesquisas.
Estudar e se atualizar em torno do tema do projeto.
Contrastar as suas informações com as fontes trazidas pelos estudantes.
Estimular o envolvimento dos estudantes com o tema trabalhado.
Prever os recursos necessários para a realização do projeto.
O que está posto no trabalho com projetos
É importante estarmos conscientes das possibilidades que o trabalho com projetos oferece aos atores envolvidos. Desse modo, será possível
estimular os estudantes em cada uma delas ao longo do desenvolvimento do projeto. Vejamos:
Desenvolvimento de autoria.
Realização de descobertas.
Aprendizado na prática.
Possibilidade de contextualização dos conceitos.
Elaboração de questões para investigação.
Desenvolvimento de relações interpessoais e subjetivas dos sujeitos.
Nesse processo, é necessário que o professor tenha abertura e flexibilidade para relativizar a sua prática e as estratégias pedagógicas, com vistas a
propiciar ao aluno a reconstrução do conhecimento.
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O compromisso educacional do professor é justamente saber o que, como, quando e por que desenvolver determinadas ações pedagógicas. Para
isso, é fundamental conhecer o processo de aprendizagem do aluno e ter clareza da sua intencionalidade pedagógica.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Segundo os estudos de Bloom (1993), a avaliação do processo de ensino-aprendizagem apresenta três tipos de funções: diagnóstica, formativa
e somativa. Sobre a função formativa, podemos afirmar que
A tem como principal objetivo verificar o conhecimento prévio de cada estudante.
B tem como função básica a classificação dos alunos, sendo realizada ao final de um curso ou de uma unidade de ensino.
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Parabéns! A alternativa D está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EAs%20formas%20de%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20comp%C3%B5em%20a%20din%C3%A2mica%20do%20planejamento.%20Nesse%
aprendizagem.%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
C permite que o professor conheça a realidade em que o processo de ensino-aprendizagem vai acontecer.
D
deve ser realizada de forma contínua, possibilitando uma medição e reflexão contínua sobre o desenvolvimento da relação de
ensino-aprendizagem para professores e alunos.
E deve ser realizada de maneira episódica, tendo como objetivo especifico o desenvolvimento do aluno para o mundo do trabalho.
Questão 2
Sabemos que o plano de aula é um documento fundamental elaborado pelo professor. Nesse contexto, o primeiro passo do professor antes de
começar a redigir o plano de aula deve ser
Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20planejamento%20%C3%A9%20uma%20cascata%2C%20a%20proposi%C3%A7%C3%A3o%20da%20escola%20e%20seus%20projet
A consultar o seu plano de curso.
B verificar o cronograma da escola.
C listar os conteúdosque pretende abordar.
D verificar as informações sobre os aspectos culturais e sociais da sua turma.
E consultar o conteúdo programático.
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3 - Planejamento e avaliação: os desa�os na retomada pós-pandemia
Ao �nal deste módulo, você será capaz de exempli�car o papel do planejamento integrado a partir do contexto pós-pandemia de
covid-19.
A educação em tempos de pandemia
Desde o início da pandemia em 2020, o processo educacional enfrenta desafios. Com o ensino remoto, a falta de equipamentos, tais como
computador e impressora, e o escasso acesso à internet agravaram o acesso à educação, ampliando a desigualdade cultural. Muitas famílias se
desestruturaram não somente por conta do declínio social e do padrão econômico, mas também emocionalmente, em razão da perda de entes
queridos.
Esses fatores agravaram a condição emocional das crianças que perderam avós e/ou familiares com os quais tinham um convívio muito próximo de
uma forma repentina, gerando um afastamento muito bruto e inesperado, em virtude do contexto pandêmico. Outro agravante a ser considerado foi
o afastamento do convívio social com amigos e familiares. Ainda, a partir do processo de isolamento, parques e áreas de lazer precisaram ser
fechadas por conta da contaminação.
Segundo dados do Instituto Alicerce (2022), a pandemia da covid-19 trouxe reflexos negativos à educação:
Evasão escolar
De acordo com a pesquisa C6 Bank/DataFolha, 4 milhões de estudantes brasileiros, com idades entre 6 e 34 anos, abandonaram os estudos em
2020: no ensino superior, 16,3%; no médio, 10,8%; no ensino fundamental, 4,6%. Entre as principais causas para o abandono escolar, está a questão
socioeconômica, considerando que os estudantes das classes sociais mais baixas lideraram os índices de evasão (classes A e B: 6,9%; classes D e
E: 10,6%).
Falta de acesso à internet
Em virtude da pandemia, quase todas as instituições educacionais optaram por aulas on-line, o que contribuiu para que muitas crianças e jovens
ficassem sem aulas no último ano, já que 47 milhões de pessoas não têm acesso à internet, segundo estudo do Comitê Gestor da Internet no Brasil.
De acordo com a Unicef, entre os estados brasileiros que adotaram o ensino remoto, apenas 15% distribuíram dispositivos aos alunos e menos de
10% subsidiaram o acesso à internet. Como consequência, 3,7 milhões de estudantes matriculados não tiveram acesso a atividades escolares e não
conseguiram estudar em casa. Esses reflexos já podem ser vistos nas primeiras avaliações diagnósticas de desempenho dos estudantes. Os
números mostram que a pandemia provocou um grande estrago na aprendizagem escolar.
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Planejamento integrado para a ação no pós-pandemia
Como reverter esse cenário? Essa é a grande pergunta realizada pelo Instituto Alicerce (2022). Os dados apresentados comprovam que a pandemia
acelerou os problemas e acentuou as desigualdades sociais existentes em nosso país. Diante disso, é essencial agir rápido, indo atrás de cada
criança e cada adolescente que teve seu direito à educação negado.
Os movimentos pós-pandêmicos apontam para uma escola em processo de reconstrução: crianças com
dificuldades acentuadas, com prejuízos acadêmicos graves em processo de ajuste e, mais importante, abaladas
emocionalmente. O fator mais grave e que mais preocupa é o emocional.
Confira o relato de Maria Helena Bimbatti Moreira: “Assisto meninos e meninas com dificuldade de conviver, com dificuldade de interagir
educadamente, muitos com sintomas de ansiedade e com medo do enfrentamento da escola presencial, já que muitos não conseguiram executar
suas atividades on-line e agora notam o seu grau de dificuldade perante a turma. Essa conscientização ocorre principalmente para meninos e
meninas do ensino fundamental II, que passaram do 4º ano para o 7º ano e enfrentaram um degrau já dificultoso de transição entre os níveis, com a
diferença de vários professores e conteúdos, e agora precisam encarar a dura realidade da retomada. Em Ribeirão Preto/SP, a prefeitura municipal
ofereceu apoios complementares como: segundo professor em sala de aula; projeto de recuperação continua; recuperação paralela no contraturno e
aumento da carga horária, inserindo uma aula a mais na grade todos os dias”.
As medidas apresentadas no relato apontam tentativas de repensar o planejamento diante de uma situação inédita para essa geração. Os
resultados dessas medidas só poderão ser avaliados em longo prazo, mas favorecem sem dúvida a grande demanda educacional. Contudo, os
aspectos emocionais ainda estão sendo trabalhados de forma pontual, contactando serviços municipais e universitários para apoio psicológico às
famílias com dificuldades econômicas.
Comentário
Pensando em todo esse processo pandêmico, como ajudar esses meninos e meninas a enfrentarem a endemia ou o pós-pandemia com dignidade?
Como aliviar esse fardo de educandos com níveis de aprendizagem tão diferentes? Qual nosso papel como educadores diante desse processo? Por
onde começar? Essas são questões com as quais precisamos conviver diariamente no processo de retomada das atividades presenciais. Como
ajudar turmas tão heterogêneas? Como aliviar o peso de dois anos remotos? Como reajustar conteúdos, métodos e abordagens educacionais que
favoreçam essa nova escola, com tantos desafios e meninos e meninas tão carentes de apoio? Esse é o convite. Essa é a essência dessa
discussão. Quem compreender as entrelinhas desse processo em muito colaborará com o processo educativo.
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Vamos pensar juntos novas ações e propostas de enfrentamento?
Por exemplo, a construção de um planejamento estruturado de forma integrada, em que a equipe pedagógica elabora reuniões prévias, busca
relatos e informações e realiza a montagem de estratégias que não estão fechadas, mas que precisam ser reanalisadas.
Ainda, podemos mencionar a elaboração de práticas e avaliações diagnósticas para perceber a situação de cada turma, a sinalização de alunos que
precisam de um maior suporte, as possibilidades de integração entre professores para até mesmo “adaptar” o conteúdo previsto, visando dar
suporte a cada situação.
Notem o ciclo:
Professor, estamos falando de uma empresa ou de uma escola? A responsabilidade por ser escola é muito maior, o compromisso em ser
democrático é muito mais intenso. Então a resposta para esse desafio é: mecanismos de gestão associados a processos pedagógicos, a
experiências entre as áreas e às demandas da comunidade.
O mundo mudou e isso é inegável. São tempos desafiadores, mas que apontam para práticas com uso de recursos e de novos mecanismos.
Planejamento: praticando
O professor Rodrigo Rainha fala sobre os desafios do planejamento em tempos de pandemia.
A equipe pedagógica reúne e entende a vivência dos professores.
A equipe pedagógica elabora um plano de ação integrado com professores visando perceber e investigar a situação dos alunos e das
famílias.
Diante de resultados e necessidades, são separadas ações distintas para atuar em problemas distintos: por exemplo, para alunos
fragilizados psicologicamente, práticas de ressocialização e adaptação aos novos espaços, entre muitos outros possíveis. Para cada
fragilidade, um plano de ação com responsáveis, envolvidos, coleta e compartilhamento de resultados.
Então, a equipe pedagógica deve analisar os primeiros resultados e detectar novas medidas, assim como proporcionar ações de
clima.

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Planejar e avaliar no mundo pós-pandêmico
Vamos a outro relato:
“Talveznunca antes na história deste país a escola tenha sido tão impulsionada a repensar a forma como avalia os estudantes”, afirma Adriana
Tárcia de Souza Oliveira, que é professora de filosofia e de projeto de vida da Escola Estadual Maria do Carmo Viana dos Anjos, em Macapá (AP)
(VICHESSI, 2021, n. p.).
Constata-se a necessidade de ressignificar como o planejamento leva à avaliação, vencendo as já bastante criticadas práticas tradicionais que
podem ganhar ares de violência e dor. Qualificar, nesse momento, no sentido de hierarquizar pode ter consequências muito duras. Segundo a
professora, essa questão tem feito os educadores repensarem a prática avaliativa.
O que avaliar também foi posto em xeque e por que avaliar é outra questão que desde o ano passado vem à tona cada vez mais. O Conselho
Nacional de Educação (CNE) recomendou a aprovação escolar automática do ano letivo de 2020 para o de 2021 — mesmo para aqueles que não
aprenderam o esperado. Evidentemente, não existem respostas simples para como, o que e por que avaliar na pandemia, tudo depende do contexto.
Contudo, o momento pós-pandemia é um indutor excelente de reflexão: abre espaço para rever as práticas avaliativas e planejar as que serão
usadas, assim como abre oportunidade para repensar os objetivos a serem alcançados com elas.
A avaliação é a ferramenta que possibilita diagnósticos para fazer as intervenções necessárias. Há que avaliar para
saber as atividades que geraram resultados, conhecer os níveis de aprendizagem da turma, identificar as
defasagens e planejar os próximos passos.
Diante desse processo, é importante considerar que a avaliação na atualidade não está em busca da simples aquisição de conteúdos, mas, sim, do
desenvolvimento de habilidades e competências. Por isso, é preciso investir em instrumentos que mobilizem as habilidades e em processos que
avaliem o dia a dia das aulas e permitam monitorar a compreensão dos alunos. O ponto principal é não padronizar, lançando mão da prova
tradicional.
É preciso compreender que avaliar implica observar e buscar evidências em relação à aprendizagem, além de ter tudo isso alicerçado em critérios-
chave do que se espera que os alunos entreguem e em boas devolutivas para eles.
Dica
O processo contínuo de observação é mais importante que o produto final, por isso o acompanhamento da aprendizagem é fundamental no dia a
dia. Ou seja, a riqueza avaliativa está no processo, sendo fundamental diversificar as avaliações: a qualidade das interações durante as aulas, a
devolução das atividades, a participação e o envolvimento nas propostas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula, o compromisso com a
entrega das tarefas, dos trabalhos individuais ou em grupo, o envolvimento em projetos, jogos, entre outras formas de desenvolvimento de
aprendizagem devem ser consideradas no processo avaliativo.
O mais importante é engajar e motivar os alunos a participarem, só assim o professor conseguirá elencar suas necessidades e mediar o processo
formativo.
A grande sacada do processo avaliativo na atualidade é a motivação do aluno, compreender o que ele sabe para posteriormente lançar desafios
estimuladores que favoreçam novos conhecimentos e promovam novas etapas de aprendizagem. Curiosamente, não falamos mais de avaliação de
forma isolada, composta por provas ao longo do bimestre, para fins quantitativos; falamos de um processo avaliativo composto por várias
atividades, no mínimo três instrumentos, que favoreçam a compreensão do percurso de aprendizagem do aluno.
O primeiro passo do processo ensino-aprendizagem é descobrir o nível de cada aluno, ou seja, compreender o que ele conhece e o que ele
não conhece, especialmente no momento pós-pandemia, no qual o aluno precisa novamente se sentir seguro dentro do desenvolvimento de
qualquer componente curricular. Esse alinhamento de conteúdos é extremamente necessário, por isso é muito importante revisitar
conteúdos anteriores antes de apresentar algo novo. Isso pode ser organizado de forma espiral, com habilidades e competências, de forma a
promover a revisão de anos anteriores e a retomada de conteúdos específicos do ano atual simultaneamente, só assim o aluno se sentirá
confortável para demonstrar suas fragilidades acadêmicas.
Primeiro passo do processo ensino-aprendizagem 
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É imprescindível diagnosticar a verdadeira situação educacional da sala de aula e ter coragem pedagógica para assumir essa verdade. Isso implica
em compromisso com a qualidade do trabalho docente e, consequentemente, da acolhida aos alunos, especialmente os mais fragilizados, por meio
do planejamento de ações de retomada do ensino presencial.
A ideia central aqui é: tão importante quanto avaliar é considerar o processo de aprendizagem. Considerar esse
processo é ter consciência de que o aluno está no cento desse percurso formativo.
Fazer para acontecer
A atualidade escolar reflete especialmente o retorno de meninos e meninas às atividades escolares, já que foram subtraídos de seu principal espaço
de fomento ao conhecimento: a escola. Nesse movimento, e tão importante quanto, localiza-se o professor no processo de mediação dentro do
ambiente escolar, em um papel totalmente diferente do que assumira no ensino remoto. Novamente, as interações acontecem em locus, o que é
altamente significativo para o universo estudantil.
E você, como pretende avaliar as habilidades e competências de seus alunos? Como descobrir o que eles já
sabem? De que eles precisam se apropriar? Como desenvolver atividades estimuladoras dentro de seus níveis? O
que fazer para que eles pensem de um modo novo? Como despertar o entusiasmo?
Para dar luz a essa discussão, vamos recorrer ao olhar do psiquiatra americano William Glasser (1925-2013), que desenvolveu a teoria da escolha.
Aplicada à educação, indica que o professor deve ser um guia para o aluno, e não um chefe. Por isso, não indica o trabalho pedagógico pautado em
um processo de memorização, já que a maioria dos alunos esquecem os conceitos após a aula; ao contrário, sugere que os alunos aprendam
fazendo, pois compreende que ensinar também é aprender.
Nesse sentido, pode-se dizer que a aprendizagem ativa reforça o protagonismo do educando, uma vez que na base piramidal há a clara indicação de
diálogos, conversas, análises, debates, práticas e ensino como pontos muito fortes no processo de aprendizagem.
Para que o aluno aprenda, é importante que ele queira, ou seja, que ele esteja motivado. Isso pode ser feito por meio de atividades desafiadoras, pois
assim o aluno sentirá o desejo de aprender. Para isso, o estudante deve ser respeitado como um sujeito ativo. Um bom professor deve incentivar
práticas educativas que ativem o potencial dos alunos, visto que só assim o aluno deixará de ser passivo e se tornará ativo em seu processo de
aprendizagem.
Mediante os fatores expostos, compreende-se a relevância do uso das metodologias ativas na relação ensino-aprendizagem, como forma de
promover a busca pelo conhecimento.
Confira o que afirma Santos sobre essas metodologias:
metodologias ativas podem ser percebidas como estratégias que colocam o estudante no centro do processo de
aprendizagem, por isso é importante explorar essas múltiplas possibilidades no dia a dia escolar: colocando o aluno
como um ser ativo no contexto ensino-aprendizagem e criando espaços nos quais o aluno possam explorar os conteúdos
de forma diversi�cada.
(SANTOS, 2021, n. p.)
Perante o exposto, é altamente relevante pensarmos sobre novas possibilidades de conduzir a prática pedagógica à luz das metodologias ativas.
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Nessa prática, o professor inicialmente propõe aos alunos realizar uma tarefa específica ou pesquisar sobre determinado conteúdo antes de
uma aula. Assim, durantea aula, o docente utiliza o que foi feito pelos alunos e, se necessário, complementa com mais explicações,
momentos de tirar dúvidas e com atividades e debates sobre o tema. Essa estratégia é um dos modelos de ensino híbrido.
Possui várias definições, sendo uma concepção bem ampla que busca ensinar os conceitos curriculares aos alunos integrando várias
disciplinas. É ideal que os projetos se baseiem em situações-problema reais do contexto escolar e dos alunos, buscando uma solução em
forma de produto, o que vai envolver hipóteses, investigação, construção de um plano para a solução e muito trabalho coletivo e
colaborativo. Ao final, os estudantes podem compartilhar as soluções construídas com a turma toda, sendo mediados pelo professor.
Trata-se da aplicação das estratégias dos jogos nas atividades do dia a dia, com o objetivo de aumentar o engajamento dos participantes.
Ela se baseia no game thinking, conceito que abrange a integração da gamificação com outros saberes do meio corporativo e do design.
Consiste em organizar a sala de aula em pequenos grupos, nas chamadas estações, e realiza-se, em cada uma delas, uma tarefa diferente,
embora todas estejam conectadas a um mesmo tema. A ideia é que os alunos façam um circuito por essas estações, passando por todas as
atividades. O uso de um recurso digital em uma das estações pode ser útil para coletar dados sobre a aprendizagem dos alunos. Essa
estratégia é outro modelo de ensino híbrido.
Segue dinâmica semelhante à da rotação, mas envolve outros espaços da escola. Aqui são formados dois grupos, sendo que um ficará no
espaço com o professor (que não precisa ser a sala de aula) e o outro utilizará um recurso digital em outro local, como o laboratório de
informática, a biblioteca ou outro espaço que cumpra a função. Novamente, as ferramentas digitais podem auxiliar a coleta de dados sobre a
aprendizagem, possibilitando a personalização do ensino. Assim como as anteriores, trata-se de um modelo de ensino híbrido.
Importante destacar que essas práticas visam desenvolver a autonomia dos educandos por meio de diferentes estratégias metodológicas. Essas
estratégias gerem práticas inovadoras mediante novas modalidades de interação tanto entre alunos (individualmente ou em grupos) quanto entre
alunos e professores.
Com certeza, didáticas diferenciadas geram produções incríveis que podem inclusive surpreender muito o professor e a turma, por serem atividades
que motivam os alunos e proporcionam maior interatividade, deixando-os em uma condição mais ativa. Outro aspecto favorável é a
descentralização do professor, que atuará mais como mediador, já que fará menos aulas expositivas.
Temos, portanto, mudanças de paradigmas de ambos os lados: à medida que o aluno ganha autonomia, o professor deve propor atividades
desafiadoras e atuar como mediador, descentralizando ações.
Sala de aula invertida 
Atividades baseadas em problemas ou projetos 
Gamificacao 
Rotação por estações 
Laboratório rotacional 
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O planejamento de tempos de crise deve envolver todo o coletivo, mas é fundamental entender de forma clara que o docente acaba sendo a
ponta, pois ele que vivencia a realidade do aluno. O professor, como adulto responsável pela organização da sala de aula, deve
A pautar a sua atividade pedagógica num espaço envolvente, capaz de exercitar as relações humanas de forma dialógica.
B pautar a sua atividade em exercícios de memorização.
C pautar a sua prática em longas listas de exercícios.
D pautar a sua prática em avaliações surpresas para surpreender a turma.
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Considerações �nais
Neste conteúdo, você deu seus primeiros passos para a elaboração de um bom planejamento escolar. Para isso, foi necessário reconhecer a
importância do planejamento para o cotidiano escolar, bem como entender a diferença entre o planejamento de curso, o planejamento de aula e o
planejamento por projeto, verificando a estrutura de cada um deles. No caso do planejamento por projetos, identificamos as possibilidades que
estão relacionadas a esse tipo de experiência. Além disso, foi possível conhecer os tipos de avaliação, suas especificidades e potencialidades.
Neste percurso, foi fundamental entender que, para fazer um bom planejamento, há uma concepção de educação que está em jogo, e não um
modelo a seguir.
Por fim, com foco nas práticas, tratamos dos desafios da sala de aula e do cotidiano com o retorno às aulas pós-pandemia da covid-19. Tentamos
integrar os olhares entre as práticas docentes e caminhos que se mostram profícuos.
A fim de seguir avançando e aperfeiçoando a sua prática, dê continuidade a seus estudos explorando os materiais indicados nas seções
Referências e Explore +. Outra forma importante de aprender é sempre dialogar com seus alunos e suas alunas, colegas professores e professoras,
e com todos aqueles envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Pense nisso e bons estudos!
Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20professor%20%C3%A9%20um%20condutor%2C%20faz%20parte%20da%20constru%C3%A7%C3%A3o%20do%20cotidiano%20esc
E pautar a sua prática em aulas expositivas apenas, pois somente assim o aluno aprende.
Questão 2
Diante da realidade da pandemia, vivenciamos um grande tempo distantes do ambiente escolar, de qualquer atividade de ensino regular e, mais
chocante, longe das relações protetivas da escola. Um importante instrumento para o professor lidar com a realidade pós-pandemia tem sido
as avaliações diagnósticas, cujo papel é
Parabéns! A alternativa C está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20diagn%C3%B3stica%20tem%20sido%20um%20recurso%20para%20defini%C3%A7%C3%A3o%20de%
A apenas quantificar o aluno.
B somente qualificar o aluno
C analisar o aluno, gerando norteadores para planejamento de ações educativas.
D classificar o aluno, pois contribuem ao processo de planejamento educativo, por exemplo, nas divisões de turmas.
E
proporcionar a participação dos pais na educação, por meio do arquivamento dos resultados da avaliação e da entrega destes
aos pais ao final do ano letivo.
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Podcast
No podcast a seguir veremos um breve resumo do tema.
Referências
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BLOOM, B. S.; HASTINGS, T.; MADAUS, G. Manual de avaliação formativa e somativa do aprendizado escolar. São Paulo: Pioneira, 1993.
BOSSLE, F. Planejamento de ensino na educação física: uma contribuição ao coletivo docente. Movimento, v. 8, n. 1, p. 31-39, 2002.
CANDAU, V. M. Construir ecossistemas educativos: reinventar a escola. In: CANDAU, V. M. Reinventar a escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
CANDAU, V. M.; KOFF, A. M. N. S. Conversas com... sobre a didática e a perspectiva multi/intercultural. Educação & Sociedade, v. 27, n. 95, p. 471-
493, ago. 2006.
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FERNANDES, D. Para uma teoria da avaliação formativa. Revista Portuguesa de

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