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Plantas cianogênicas = contém glicosídeos cianogênicos; HCN = ácido cianídrico – extremamente tóxico / apresenta mecanismo de ação rápida; O HCN está muito presente na mandioca!!! Mecanismo de ação: os glicosídeos cianogênicos são quebrados e convertidos em HCN, na qual, são direcionados para o TGI e depois para o restante da circulação sistêmica, agindo na cadeia transportadora de elétrons e no final dessa cadeia (onde ocorre a formação de ATP), inibindo assim a respiração celular, não tendo formação de O2. Contato entre o glicosídeo cianogênico e as enzimas→ Hidrólise da estrutura estável (rúmem não é necessário a presença de enzimas). Cynodon nlemfuensis Vanderyst (Tifton 68); Sorghum halepense; Prunus phaerocarpa – Pesegueiro bravo; Manihot glaziovii. Ensaio químico: 5g de carbonato de sódio, 0,5g de ácido pícrico dissolvido em 100ml de água destilada. Prepara a solução (que apresenta uma cor amarelada), pega um pedaço de papel ou tecido e mergulha nessa solução. Se a coloração mudar para alaranjado, é porque contém o HCN (positivo). Se continuar amarelado é porque não tem a presença do ácido (negativo). HCN: é absorvido no tubo digestivo (circulação sanguínea) e eliminado no pulmão e depois biotransformada no fígado (*tiocianeto – atrapalha a formação dos hormônios tireoidianos, causando hipotireoidismo crônico – não é muito comum nos animais, mas pode ocorrer!); * Intoxicação crônica - Anóxia no SN. Tiocianeto interfere na absorção de iodo pela tireoide. Condições para causar a intoxicação: 2- 4mg/Kg uma hora; Início dos Sinais clínicos: Grandes doses: morte súbita – em minutos ou em uma hora! Doses menores: respiração acelerada (taquipneia) e mais profunda, taquicardia, mucosas vermelhas e cianóticas, tremores musculares, andar cambaleante, contrações tônicas e clônicas, dispneia, epistótono, coma e morte (em 15 minutos ou até poucas horas). Plantas Cianogênicas Feito por: Letícia Valim OBS: a ingestão de pequenas doses em um período de tempo maior – pode ocorrer ou não o aparecimento dos sinais clínicos! Macroscopia: sangue escurecido; mucosas cianóticas. Microscopia: degeneração microscópica. Degeneração e necrose cerebral; Lesões inespecíficas. Evolução superaguda + folhas planta; Amostras de fígado, músculo e conteúdo retículo ou rúmen; Relato do ocorrido; Coleta de amostra para dosagem de HCN (por ser muito volátil é difícil de dosar!). Plantas que causam morte súbita; Carbúnculo hemático – devido a morte súbita. Tem que ser rápido! 600mg de hipossulfito (tiosulfato) de sódio/Kg em solução Aquosa 20% -IV (3,3ml/Kg). Evitar que o animal tenha contato com a planta; 72h após o corte da planta o ácido cianídrico evapora. Manihot esculenta, M. glaziovii – “mandioca” (brava e mansa); Muito utilizada na alimentação animal, principalmente, na região nordeste em época de seca; É extremamente palatável; Em todo país; Condição que ocorre a intoxicação: Animais invadem plantações, administração das raízes da mandioca brava (sem cuidados), acesso a manipueira (líquido doce após prensa da mandioca); Época de muito vento (mansa e brava). Princípio tóxico – linamarina e lotaustralina; Cuidados: retirar, cortar em um período de 72h para ácido evaporar. S. halepense (capim-de-boi ou sorgo de alepo); S. bicolor (S. vulgare); Tóxica – aproximadamente 30cm a 50 cm – não pode ser utilizado na alimentação animal. Acima de 50 cm é o ideal para utilizar. Formas insolúveis: oxalatos ácidos e de cálcio; Formas solúveis: oxalatos de sódio, potássio e amônia; Espécies sensíveis: bovinos, ovinos e cavalos. Oxalato de cálcio – se forma quando o oxalato se liga ao cálcio resultando em um composto insolúvel e é liberado pela urina! – se deposita nos rins podendo causar necrose tubular com consequente aumento de ureia e creatinina nos exames bioquímicos. Intoxicação aguda/subaguda: Ruminantes - Oxalobacter formigenes (consegue degradar o oxalato)- Pastagens com moderada quantidade de oxalato – TOLERÂNCIA - resistência; Animais com muita fome são introduzidos em pastos ricos em oxalatos. Intoxicação crônica: Equinos. Ruminantes: Depressão, apatia, fraqueza, ↓movimentos ruminais, andar rígido, tetania, tremores musculares, convulsões, edema subcutâneo, queda da produção, morte; - sinais clínicos são inespecíficos. Necropsia – congestão e ↑ volume renal, separação medular e cortical, formação de estrias no córtex renal, hemorragias e edema da parede ruminal. Histopatológico – cristais de oxalato (túbulos renais, parede de vasos sanguíneos da parede ruminal e do SNC). Equinos: Hiperparatireoidismo secundário nutricional – osteodistrofia fibrosa (“cara inchada” – aumento da face e comprometimento dos dentes – ficam moles e pode ocorrer queda dentária), presença de cálculos renais, bexiga. Hiperparatireoidismo secundário – Quando existe mais fósforo do que cálcio (desiquilíbrio), ocorre um estímulo para que a paratireoide secrete o paratormônio (PTH), que aumenta a absorção óssea para tentar compensar o déficit de cálcio. Esse cálcio do osso é lançado na corrente sanguínea para tentar equilibrar o fósforo. Isso vai fazer com que a glândula Paratireoide aumente, o que causa um hiperparatireoidismo secundário. Osteodistrofia fibrosa Histórico + hipocalcemia + alterações histológicas; Coleta de sangue + bioquímico + avaliação dos minerais. Carbonato de cálcio – introdução gradual; Introdução gradual de ruminantes as pastagens. Setaria anceps – vacas lactantes (MS): Sinais clínicos + hipocalcemia + histopatológico; Oxalato no pasto. Setaria anceps – AM; Plantas que causam intoxicação por oxalatos Feito por: Letícia Valim Oxalis sp – ovinos (RS); Planta invasora – parece um trevo. Panicum maximum – equinos (MT): Osteodistrofia fibrosa. B. humidicola – equinos (SP).
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