Buscar

Malformações Congênitas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Embriologia 
 
“Não devemos deixá-los de lado, com 
pensamentos infundados ou palavras vãs, 
como “curiosidades” ou “acaso”. Nenhum 
deles ocorre sem significado; cada um 
deles poderia ser o início de um 
conhecimento excelente, se apenas 
pudéssemos responder à questão – por 
que é raro ou, sendo raro, por que 
aconteceu agora?” 
James Paget, 1882 
1. Gerado simultaneamente; 
2. O que se liga ao indivíduo depois de 
formado o ovo; 
3. Característico do indivíduo desde o 
nascimento; nascido com o indivíduo; 
4. Que se acomoda bem; adequado, 
apropriado; 
5. Que surge espontaneamente; inato, 
natural; 
6. Que foi adquirido antes do 
nascimento, durante a vida fetal. 
 1750 a.C – Presságios (híbridos); 
 200 a.C – Infanticídio; 
 1600 d.C – Punição de Deus ou 
influência demoníaca; 
 1800 d.C – Relação com animais; 
 1900 d.C – Rubéola (1941) e Talidomida 
(1961), estudos da teratologia. 
Distúrbios do desenvolvimento presentes 
ao nascimento (mas não necessariamente 
diagnosticado ao nascimento). 
 Principais causas de mortalidade 
infantil (fetal). 
Cerca de 2% dos recém-nascidos possuem 
defeitos congênitos e os defeitos ou más 
formações correspondem a 20 - 25% morte 
dos lactentes. 
 Estruturais; 
 Funcionais; 
 Metabólicos; 
 Hereditários; 
 Comportamentais. 
As más formações podem trazer 
comprometimentos para a vida do 
indivíduo, como: 
 Simples e leve: sem restrições a vida 
normal e é facilmente corrigida; 
 Graves: sérias limitações a vida normal; 
 Incompatíveis com a vida. 
A idade dos pais, o local de residência, o 
período do ano, a ancestralidade, e o 
histórico familiar podem estar envolvidos 
com as más formações congênitas. 
Idade dos pais: trissomia do 21 (mãe) e 
acondroplasia (pai); 
Ambiente: relacionada ao local de 
residência ou período do ano 
(suplementação de ácido fólico), bandas 
anmióticas, oligodrâmnio, etc; 
Ancestralidade: más formações 
relacionada a fatores genético (fenda 
palatina); 
Fatores ambientais: drogas, vírus, 
compostos químicos (teratógenos). 
Fatores genéticos: anormalidades 
cromossômicas ou gênicas. 
A sobreposição desses fatores é chamada 
de herança multifatorial. 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Embriologia 
 
 
Cerca de 50-60% dos abortos espontâneos 
que ocorrem em estágio iniciais 
apresentam aberrações cromossômicas. 
Nos EUA, 1:120 recém-nascidos apresenta 
uma anormalidade cromossômica. 
 1:8.000 nascidos vivos do sexo feminino; 
 1% sobrevivência; 
 75% à não disjunção no gameta 
paterno; 
 Fenótipo feminino; 
 Disgenesia gonadal; 
 90% ausência de características 
sexuais secundárias (reposição 
hormonal); 
 Baixa estatura; 
 Pescoço alado; 
 Mamilos separados. 
 1:1000 nascidos vivos; 
 Testículos pequenos (infertilidade e 
baixos níveis de testosterona); 
 Ginecomastia (40%); 
 Comprometimento intelectual. 
 Face alargada; 
 Ponte nasal achatada; 
 Pregas palmares características; 
 Déficit intelectual; 
 Malformações cardíacas e intestinais; 
Ramo da embriologia e patologia 
envolvido com a produção, anatomia do 
desenvolvimento e classificação de 
embriões e fetos malformados. 
 Ambrose Paré (Séc. XVI): Fatores 
hereditários e influências mecânicas 
no aparecimento de defeitos ao 
nascimento. 
 Até 1940, acreditava-se que embriões 
e fetos eram protegidos de qualquer 
agente ambiental como fármaco, vírus 
e compostos químicos através do 
amnio, córion, parede uterina e 
abdominal materna; 
 Vírus da rubéola (1941); 
 Talidomida (1950-1960). 
A talidomida é utilizada atualmente para 
úlceras do TGI causadas por HIV/AIDS, 
lúpus e hanseníase. No entanto, existe um 
acompanhamento integral pelo médico. 
Antes de iniciar o tratamento: exames 
laboratoriais para descartar a gravidez; 
Após a constatação da não gravidez: 
prescrição de uso de dois métodos 
contraceptivos que devem ser utilizados 
simultaneamente; 
Após um mês do uso dos contraceptivos e 
a realização de novos testes para 
descartar a gravidez: início do tratamento 
com a Talidomida. 
Teratógenos: qualquer agente que produz 
um defeito congênito (anomalia 
congênita) ou aumenta a incidência de 
um defeito na população. 
OBS: órgãos diferentes possuem diferentes 
períodos de susceptibilidade. 
 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Embriologia 
 
Além disso, alguns estágios do 
desenvolvimento embrionário são mais 
vulneráveis a perturbações quando 
comparados a outros. 
 Dose do medicamento ou composto 
químico; 
 Genótipo do embrião. 
No período embrionário inicial, ocorre o 
período do tudo ou nada, quando ocorre 
um aborto espontâneo ou surge um 
mecanismo compensatório que dribla o 
teratógeno. 
Já no período da organogênese (3 a 8 
semanas) é o período em que tem-se a 
sensibilidade máxima ao desenvolvimento 
anormal, devido a formação de tecidos e 
órgãos; 
No período fetal, o uso de teratógenos 
causam defeitos fisiológicos (pequenos 
defeitos morfológicos, perturbações 
funcionais). 
 
 Uso de medicamentos vendidos sem 
prescrição durante a gravidez à 40-
90%; 
 Evitar uso de medicamentos durante o 
primeiro trimestre (custo x benefício); 
 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Embriologia 
 
 
Relatos de casos, estudos experimentais em laboratório e estudos epidemiológicos. 
 
Estudos controlados não demonstraram risco para o feto. 
Estudos em animais não demonstraram risco para o feto (ausência de 
estudo adequado e bem controlado em gestantes). 
Estudos em animais demonstraram efeito adverso no feto (ausência de 
estudos adequados e bem controlados nos seres humanos) Os benefícios 
potenciais podem justificar o uso do fármaco em gestantes, apesar do risco 
potencial. 
Há evidências positivas de risco para o feto humano, porém os benefícios 
potenciais podem justificar o uso do fármaco em gestantes, apesar dos 
riscos. 
Estudos realizados em animais ou em seres humanos demostraram a 
ocorrência de anormalidades fetais – contraindicados. 
Estudos apontam que hormônios 
esteroides sexuais podem causar uma 
síndrome VACTERL: Anomalias Vertebrais, 
Anais, Cardíacas, Traqueais, Esofágicas, 
Renais e de membros. 
O Dietilestilbestrol podem causar câncer 
de vagina e colo de útero em mulheres 
expostas in útero e deformações do trato 
genital no sexo masculino em bebes 
quando crescem. 
Alguns antibióticos como tetraciclina, 
atravessam a membrana placentária e se 
depositam nos ossos e dentes. Além disso, 
estreptomicina e Di-hidroestreptomicina, 
usados para tratar tuberculose, podem 
causar surdez. 
Ademais, anticonvulsivantes como 
fenitoína e hidantoína podem causar a 
síndrome da hidantoína fetal, causando 
restrição de crescimento intrauterino, 
microcefalia, retardo mental, pregas 
epicânticas internas, ponte do nariz larga, 
hipoplasia das unhas e das falanges e 
hérnias. 
Por fim, inibidores da ECA (enzima 
conversora de angiotensina), Ácido 
Retinóico (Roacutan) e Odansterona, 
também podem causar malformações. 
O tabagismo pode causar restrição de 
crescimento intrauterino (prognóstico de 
morte infantil) e parto prematuro. Dentre 
seus problemas, destacam-se: 
 Anormalidades cardíacas e urinárias; 
 Fendas orofaciais; 
 Problemas comportamentais. 
Isso ocorre devido a vasoconstrição uterina 
promovida pela nicotina, assim como a 
hipóxia fetal em decorrência do CO, 
estando envolvidos então com 
perturbações no desenvolvimento mental. 
Cerca de 1 a 2% de mulheres em idade 
fértil tem problemas com o alcoolismo. 
Anteriormente, o seu uso durante a 
gestação estava relacionado com a 
Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que tem 
entre suas características: 
 1 a 2 lactentes : 1.000 nascidos vivos; 
 Microcefalia; 
 Fissuras palpebrais curtas; 
 Pregas epicantais; 
 Hipoplasia do maxilar; 
Leonardo ViníciusRibeiro Moreira 
BBPM II - Embriologia 
 
 Nariz curto; 
 Lábio fino; 
 Doenças cardíacas; 
 Sulcos palmares anormais; 
No entanto, atualmente, discutem-se que 
o uso do álcool durante a gestação está 
relacionado com o Distúrbio do Espectro 
Alcoólico Fetal (DEAF), termo utilizado para 
abranger todos os efeitos causados pelo 
álcool (neurodesenvolvimentais e 
características externas). 
No que diz respeito a drogas ilícitas, a 
maconha pode causar baixo peso ao 
nascimento e alterações do sono (2 
primeiros meses de gestação). Já a 
cocaína/crack, está relacionada com 
aborto espontâneo, prematuridade, 
restrição de crescimento intrauterino, 
microcefalia, infarto cerebral, anomalias 
urogenitais, distúrbios 
neurocomportamentais e anormalidades 
neurológicas. Além disso, a cocaína é a 
droga ilícita mais amplamente usada em 
mulheres em idade fértil. A 
heroína/metadona por sua vez, causam 
disfunções do SNC, restrição de 
crescimento intrauterino, microcefalia, 
convulsões no momento do parto (morte) 
e dependência química ao nascimento. 
Mercúrio orgânico: Doença de minamata 
fetal, Atrofia cerebral, convulsões, deficit 
intelectual, cegueira; 
Praguicidas: Restrição de crescimento 
intrauterino, parto prematuro, 
malformações cardíacas e neurais; 
Chumbo: Restrição de crescimento 
intrauterine, abortos, distúrbios 
neurocomportamentais e psicomotores. 
 
 Catarata; 
 Surdez; 
 Defeitos cardíacos; 
 Ocasionalmente microftalmia e 
defeitos dentários; 
 Se ocorrer durante o período fetal 
tardio: deficit mental fetal. 
É a infecção viral mais comum no feto 
humano. No primeiro trimestre de 
gestação fetal, causa aborto espontâneo. 
Já após o primeiro trimestre, causa baixo 
peso corporal, microftalmia, cegueira, 
microcefalia, calcificação cerebral, déficit 
mental e psicomotor e surdez. 
Alguns casos podem manifestar as 
alterações somente na infância, levando a 
perturbações auditivas, neurológicas e 
neurocomportamentais. 
A toxoplasmose é uma doença causada 
pelo protozoário Toxoplasma gondii, que é 
adquirido ao entrar em contato com carne 
mal cozida, solo ou animais infectados. 
Pode causar: déficit mental, calcificação 
cerebral, hidrocefalia, microftalmia, e 
alterações oculares. O Tratamento 
antiparasitário ao recém-nascido previne o 
agravamento das alterações mentais. 
É uma doença causada pelo Treponema 
pallidum. 
Até a 20ª semana: presença do 
citotrofoblasto nas vilosidades coriônicas. 
O tratamento materno previne 
comprometimento fetal. 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Embriologia 
 
Após a 20ª semana: microrganismo atinge 
o feto em desenvolvimento, causando 
surdez congênita, hidrocefalia e deficit 
mental. Se a criança não for tratada, 
podem ocasionar lesões no palato, dentes 
malformados, faces anormais. 
O vírus da Zika é capaz de ocasionar 
malformações congênitas, especialmente 
no SNC, alterações urinárias. 
Radiações ionizantes: podem provocar 
microcefalia, defeitos no crânio, espinha 
bífida, cegueira, defeitos nas extremidades 
e fenda palatina, deficit intelectual. 
As bombas atômicas de Fukushima e 
Nagasaki causaram: 
 28% - abortos espontâneos; 
 25% - morte no 1º ano de vida; 
 25% - Defeitos congênitos graves (SNC). 
Diabetes Mellitus: causa 4x maior o risco de 
malformações congênitas (mortes 
neonatais e recém-nascidos 
macrossômicos) e defeitos no tubo neural 
e cardíacos. 
Deficiências nutricionais: provoca baixo 
peso ao nascimento e maior risco de 
esquizofrenia em casos de restrição 
alimentar grave. 
Obesidade: está presente em 1/3 mulheres 
em idade fértil e está relacionada a 
defeitos no tubo neural (2x mais chances) 
e defeitos cardíacos, onfalocele e 
anomalias múltiplas. 
Diagnósticos pré-natais são importantes, 
uma vez que utilizam técnicas que visam a 
detecção de malformações, 
anormalidades genéticas, crescimento 
fetal gerale as complicações da gravidez, 
como anormalidades placentárias e 
uterinas. 
Consiste em ondas sonoras de alta 
frequência refletidas pelos tecidos para 
criar imagens, podendo ser 
transabdominal ou transvaginal. 
 Idade e crescimento fetal; 
 Quantidade de líquido amniótico; 
 Posição da placenta; 
 Fluxo sanguíneo; 
 Gestação múltipla; 
 Presença de anormalidades 
congênitas: 
 Defeitos do tubo neural (anencefalia, 
espinha bífida); 
 Defeitos da parede abdominal 
(onfalocele, gastrosquise); 
 Defeitos cardíacos e faciais (fenda 
palatina / labial); 
 Síndrome de Down. 
A alfa-feto proteína (AFP) é produzida no 
fígado do feto por volta da 14ª semana, é 
identificado no sangue materno e serve 
para diagnosticar: 
 Defeitos no tubo neural; 
 Onfalocele, gastroquise; 
 Extrofia da bexiga; 
 Síndrome da faixa amniótica; 
 Teratoma sacrococcígeo; 
 Atresia intestinal; 
 Tetralogia de Fallot; 
 Atresia Duodenal; 
 Morte intrauterina. 
Além disso, os testes sorológicos identificam 
a trissomia do 21 e do 18, anormalidades 
nos cromossomos sexuais e tripoidia. 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Embriologia 
 
A amniocentese é um exame realizado 
após a 14ª semana de gestação, no qual é 
recolhido de 20 a 30ml de líquido 
amniótico. A partir dessa amostra, mede-se 
as concentrações de AFP e analisa-se as 
células fetais, procurando alterações 
cromossômicas. Essa técnica, no entanto, 
traz risco de morte para o feto (1:300 a 
1:500). 
Neste exame, aspira-se as vilosidades 
coriônicas, de forma transabdominal ou 
transcervical (cerca de 5 a 30mg de tecido 
viloso). É mais rápido, no entanto, assim 
como a amniocentese, também traz risco 
de perda fetal (2x mais, se comparado). 
Por conta disso, esse exame só é feito 
quando há fatores de risco envolvido, 
como: 
 Idade materna (>35 anos); 
 Histórico familiar; 
 Diabetes melito; 
 Teste sorológico ou US anormal. 
 Anemia fetal (anticorpos maternos, 
por exemplo); 
 Transfusão sanguínea via cordão 
umbilical (Guia por US). 
 Centros especializados; 
 Reparos de defeitos. 
 Membrana placentária; 
 Injeções via veia umbilical.

Outros materiais