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Zootecnia:
Raças de Bovino de Leite e Corte.
SUMÁRIO
Raças de Leite: 2 Raça Holandesa: 2 Raça Jersey: 3
Raça Gir: 4 Raça Pardo-Suiço: 7
Raças de Corte: 8 Raça Nelore: 8 Raça Guzerá: 10 Raça angus: 11 Raça Senepol:
12
Bibliografia: 14 1
Raças de Leite:
Raça Holandesa:
A raça holandesa (Holstein-Friesian) é uma raça
européia (Bos taurus taurus) e acredita-se que os ancestrais primitivos dos animais que
existem hoje foram domesticados há mais de 2.000 anos nos pântanos planos do norte da
Holanda e na província ocidental da Frísia. No século XIX, o gado da Frísia estabeleceu
pelagens pretas e brancas e consistia com uma maior produção de leite, enquanto que em
outras províncias, os rebanhos bovinos apresentaram grande variabilidade. O aumento da
demanda por necessidade de gado, fez com que surgisse a criação controlada e o
abandono dos cruzamentos, o que levou à criação do primeiro livro genealógico em 1879.
Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH,
2015), o gado holandês foi trazido para o Brasil nos anos de 1530 a 1535, período no qual
o Brasil foi dividido em capitanias hereditárias. A raça holandesa é uma das raças leiteiras
mais populares no Brasil. É porque é altamente adaptável às condições ambientais do país,
e também conhecida por produzir leite com mais proteína e gordura - isso leva a maiores
lucros.
Características da raça:
A vaca holandesa é uma vaca pesada e grande com uma caixa óssea larga. Esta
raça é dócil e de fácil manejo. O peso médio das vacas leiteiras é de 550 kg a 600
kg, enquanto o dos touros é de 900 kg a 1000 kg. As fêmeas holandesas se
acasalam pela primeira vez quando têm 16 a 18 meses e pesam mais de 460 kg. O
primeiro parto ocorre entre 25 e 27 meses (tempo médio de gestação de 280 dias) e
o bezerro nasce com peso médio de 38 kg.
Pelagem: Pode ser preta e branca ou vermelha e branca // Cabeça: Cabeça
mediana, larga e de perfil subcôncavo, sendo mais comprida e mais estreita nas
fêmeas. Mandíbulas fortes. O focinho e a cavidade bucal são amplos, com mucosa
escura e narinas dilatadas. Olhos grandes e escuros e órbitas salientes. Orelhas
médias e finas. Os chifres ficam para frente e têm as pontas escuras // Pescoço:
Longo e delgado, se juntando suavemente na linha superior do ombro. Comprido e
delicado nas fêmeas e musculoso e vigoroso nos machos // Corpo: Bastante
desenvolvido, comprido e largo. Costelas arqueadas e compridas. Dorso é reto,
largo e forte. Garupa curta e ancas largas. Nádegas arredondadas e cauda curta e
2
bem inserida. Úbere simétrico, bem desenvolvido, com irrigação sanguínea
abundante e coberto por pele macia. As tetas são separadas e de bom
tamanho.
Aptidões:
A raça Holandesa é conhecida como a maior produtora de leite, chegando a
alcançar mais de 50 litros de leite por dia. Outra vantagem é que o seu leite
apresenta pouca gordura. Em função dessas características e por seus longos
períodos de lactação, a raça tem uma demanda crescente em todo o mundo.
Raça Jersey:
A raça Jersey se originou nas Ilhas Jersey
localizadas no Canal da Mancha da Inglaterra. O gado Jersey foi encontrado no
estado brasileiro do Rio Grande Sul. O primeiro lote veio da granja Windsor,
pertencente à rainha Vitória, da Inglaterra. Após a primeira remessa, vários outros
criadores brasileiros importaram embriões, sêmen e outros animais da raça bovina
de criadores de Jersey ao redor do mundo. Formalmente a raça foi oficializada em
1930 pelo Ministério da Agricultura do Brasil, em 1938, a Associação Brasileira de
Gado Jersey foi criada no Rio de Janeiro. Hoje, a associação está sediada em São
Paulo. Especula- o gado Jersey veio de um cruzamento entre o gado preto da
Bretanha e o gado da Normandia.
Características da raça:
A raça apresenta animais de pequeno porte com peso médio de 350 kg para fêmeas
e 500 kg para touros. Sua pelagem é parda, variando do amarelo claro ao marrom
escuro. O focinho e a língua são pretos escuros, com uma cabeça pequena e
chifres curtos. Como excelente produtor de leite, possui úbere bem adequado e
proporcional ao seu tamanho corporal. Os animais Jersey são relativamente
pequenos em comparação com outras raças, o que permite uma maior taxa de
lotação por hectare. Os animais desta raça são de fácil manejo e adaptação. A raça
Jersey adapta-se a todo o sistema de gestão e produção, adaptam-se facilmente a
qualquer tipo de clima e a qualquer tipo de raça e são dóceis.
Aptidões:
3
O que distingue esta raça de outras raças leiteiras é a composição do leite
produzido, principalmente o percentual de gordura do leite. O leite da raça jersey
também possui melhor sabor e maior porcentagem de proteína e outros sólidos,
tornando o leite mais nutritivo e é a preferência dos laticínios por proporcionar
melhores resultados na produção de manteiga, iogurte, sorvete e muito mais. O
manejo adequado fará a diferença para qualquer raça, e para Jersey permite que os
animais expressem sua boa capacidade leiteira, produzindo mais de 2000 kg em um
período de lactação de 300 dias com teor de gordura de 5% a 6%. Em condições
razoáveis, as vacas Jersey são capazes de produzir de 12 a 15 quilos de leite por
dia. Linhagens superiores da raça, manejadas com mais cuidado, chegam a produzir
mais de 25kg de leite diariamente.
Raça Gir:
O Gir leiteiro é uma raça zebuína. Portanto, é
originária da Índia, das regiões de Gir na Península de Kathiawar. Juntamente com
as raças do tipo Misore, ao sul, e as raças das regiões montanhosas, ao norte, é
considerada de criação mais antiga. Os primeiros exemplares da raça Gir,
provavelmente, devem ter sido introduzidos no Brasil por volta de 1906, em uma
das importações efetuadas por Teófilo Godoy. No entanto, o Sr. Wirmondes
Machado Borges, criador do Triângulo Mineiro, afirmou ter sido ele o introdutor da
raça em nosso país em 1919. Mais quatro importações da Índia, ocorridas em 1930,
1955, 1960 e 1962, foram extremamente importantes para a formação do Gir
brasileiro. Por ser de dupla aptidão, o Gir promove sucesso aos pecuaristas, pois
fornece carne e leite de qualidade.
Características da Raça:
A raça Gir tem porte médio, e sua pelagem tem várias cores reconhecidas como
padrão, no total de 12 cores para a raça, sendo elas: ( vermelha em todas as suas
tonalidades // vermelha chitada // amarelo, em tonalidades típicas da raça // chita
amarelo, com dominância da cor branca, com orelhas e cabeça totalmente ou
parcialmente pretas // moura escura, com predominância da cor preta, com orelhas
e cabeça escuras // moura clara, com predominância da cor branca, com orelhas e
cabeça totalmente ou parcialmente pretas // vermelha gargantilha // chitada de
vermelho // amarela gargantilha // amarela chitada // chitada clara // rosilha clara
4
(moura de vermelho), predominando a coloração branca, com orelhas e cabeça
totalmente ou parcialmente vermelhas). Já o perfil da cabeça é ultra convexo, com
fronte larga, lisa e proeminente, com a marrafa bem jogada para trás. Nos machos,
o chanfro é reto, médio e largo e, nas fêmeas, estreito e comprido. Os chifres são
médios, grossos na base, saindo para baixo e para trás, de coloração escura. Os
olhos são pretos ou de coloração escura, elípticos e laterais, protegidos por rugas.
As orelhas são longas, finas e pendentes. Já as narinas são pretas e largas,
dilatadas e afastadas. Seu corpo é largo e comprido. Nos machos, o pescoço é
médio e musculoso e, nas fêmeas, mais fino e comprido. Nos machos, a barbela é
média indo até o umbigo e, nas fêmeas, é mais reduzida e macia. Seu peito é largo
e saliente, com giba volumosa, implantada sobre a cernelha. Seu dorso e lombo são
horizontais e largos. Já o tórax é profundo, com costelas arqueadas, bem
separadas. Também possui flanco volumoso e profundo. Possui bainha, umbigo e
prepúcio compridos, tem ancas largas e no mesmo nível do dorso. Sua garupa é
levemente caída, com musculatura bem desenvolvida. Sua cauda é harmoniosa, de
comprimento mediano, com vassoura preta. Seus membros anteriores são curtos,
afastados,com bons aprumos. Nos machos, a bolsa escrotal é desenvolvida; já, nas
fêmeas, a vulva é pigmentada de cor preta ou escura, bem desenvolvida. Ainda nas
fêmeas, seu úbere é desenvolvido, com pele macia e firme. Já os cascos são
escuros, médios e bem conformados. Os membros posteriores são curtos, com
grande cobertura muscular, bem aprumados e afastados, com cascos semelhantes
aos dos membros anteriores.
CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS: Capacidade Corporal –
Cardio/Respiratório/Digestivo
Tórax: Deve ser amplo e profundo, devendo apresentar costelas largas e longas,
oblíquas e chatas, bem arqueadas, afastadas entre si, sem acúmulo de gordura,
indicando grande capacidade cardio-respiratória. Capacidade Digestiva: O abdômen
deve ser longo, largo, limpo e alto. Deve ser volumoso permitindo visualizar a forma
de “barril”, indicando grande capacidade digestiva. Estrutura Corporal: Uma boa
vaca produtora de leite deve ter altura e comprimento compatível com sua idade. O
ideal são animais de tamanho mediano, pois são os mais eficientes em um sistema
de produção a pasto. Flanco: Os flancos (vazio) devem ter pele fina e evidente e
apresentar ligeira concavidade. Sistema Mamário: Úbere: Deve ser amplo,
comprido, largo e profundo, apresentando grande capacidade de armazenagem de
leite, volume compatível com a idade e estádio da lactação, fazendo pregas quando
vazio. A consistência deve ser macia e elástica (glandulosa) e não fibroso (carnudo).
Seu piso deve ser nivelado e não ultrapassar a linha do jarrete. Deve apresentar
ainda proporcionalidade entre a parte anterior e posterior. Os quartos anteriores
devem se apresentar avançados para frente e aderidos ao ventre e os quartos
posteriores bem projetados para trás e para cima. Ligamento Central: Possui grande
importância em vacas produtoras de leite. Deve ser forte e bem evidente, pois irá
garantir a sustentação e integridade do úbere que deve estar bem aderido à região
inguinal. Quando visto por trás, evidencia-se o sulco do ligamento suspensor
5
central. Está diretamente ligado à longevidade do úbere e permanência do animal
no rebanho. Quarto Posterior: Responsável por 60% da produção de leite. Deve ser
amplo e volumoso, com ligamentos fortes e bem aderidos na região inguinal. Quarto
Anterior: Deve ser amplo e volumoso, com inserção suave no abdômen, possuindo
ligamentos fortes e bem aderidos. Tetas: Devem se apresentar íntegras e
simétricas, ter comprimento de 5 a 7 cm, diâmetro de ± 3,3 cm, espaçadas entre si,
centradas no quarto, verticais e paralelas, perpendiculares ao solo. Vascularização:
Deve ser bem conformada e com bastante drenagem através de diversas veias
aparentes, tortuosas, de preferência ramificadas e penetrando por dois ou mais
orifícios, além de possuir, no abdômen, veia mamária de grosso calibre. Sistema
Locomotor: Membros Anteriores: Os membros anteriores devem ser de tamanho
médio com ossatura forte; espáduas compridas e oblíquas, inserindo
harmoniosamente ao tórax, o braço e antebraço com musculatura pouco evidente,
com joelhos e mãos bem posicionados. O ângulo dos pés deve ser de
aproximadamente 45o. Membros Posteriores: As pernas devem ser limpas, mas
com boa cobertura muscular, não devendo apresentar culote pronunciado, com
tendões e ligamentos evidentes. Vistos por trás, os membros posteriores devem ser
bem afastados um do outro para dar lugar a um úbere volumoso. Deve possuir
aprumos íntegros, com articulações fortes, angulação correta e jarretes bem
posicionados. O ângulo das quartelas nos cascos deve ser de aproximadamente
45°.
Aptidões:
Os animais da raça Gir se destacam por suas boas taxas de conversão alimentar,
permitindo uma boa produção de leite a pasto. Destaca-se também pelo
temperamento de ordenha, tanto mecanicamente como manual, embora seja pouco
utilizado atualmente. A seleção de melhoramento genético melhora características
voltadas para a produção de leite, como tamanho do mamilo e tamanho da mama.
Aliado a todos esses fatores que potencializam a produção leiteira desta raça, sua
docilidade aliada ao bom manejo podem fazer bom uso do Gir Leiteiro para a
produção de leite. A Gir Leiteiro pode chegar a produção de leite a 3,233 mil quilos
por lactação, ou seja 12 litros por dia.
6
Raça Pardo-Suiço:
Como o próprio nome diz, a origem é da
Suíça. É uma raça muito antiga. Há registros arqueológicos que datam de 4000
anos antes de Cristo. Ao longo do século foi se adequando e evoluindo. Nos
últimos anos, cruzamentos com outras raças estão em andamento para obter uma
produtividade ainda mais alta. Os cruzamentos mais comuns são Girolando,
Indubrasil, Guzerá e Gir. Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Gado
Pardo Suíço, no Brasil, existem mais de um milhão de animais, fruto do cruzamento
de pardos suíço com outros. Ou seja, quem sai ganhando é o produtor. E claro, o
consumidor também. A raça chegou ao Brasil no início do século XX, sendo "Kuno"
o primeiro animal registrado em 1905, importado pelo Visconde Ribeiro Magalhães,
de Bagé, RS. Somente na década de 1970 a raça ganhou grande impulso, com
introdução maciça do gado norte-americano de alta produção.
Características da raça:
As fêmeas têm ganho médio diário de 700 gramas e os machos passam a 800
gramas de peso médio diário, alcançando a puberdade aos 346 dias. Sendo assim,
indica alta taxa de prenhez, tem boa adaptação ao clima tropical, são animais
longevos sendo assim, ultrapassam 10 anos de vida. Os animais desta raça têm uma
pelagem cinza escuro, também conhecido como pêlo de rato (uma cor preferida pelos
criadores), cinza, marrom claro e marrom escuro. Os machos são geralmente mais escuros
que as fêmeas. São comuns exemplos de pêlos mais claros ao redor do nariz e na parte
interna dos membros e costas; têm cascos pretos e chifres brancos com pontas pretas; a
pele é grossa e elástica, e o pêlo é curto e grosso; as mucosas são escuras. Tanto os
machos quanto as fêmeas apresentam pescoços grossos, característica que deve ser
corrigida, principalmente em linhagens leiteiras; pouco desenvolvimento da barbela. A
cabeça é de tamanho médio, com testa larga, os chifres curtos apontando para a frente e
geralmente grossos na base; os olhos são grandes e pretos; as orelhas são de tamanho
médio e cobertas de pêlos. Peito largo com costelas bem arqueadas; paleta grossa e
musculosa; boa cobertura dos músculos do dorso e do lombo; linha lombo-nádega
reta; barriga bem desenvolvida; garupa larga e às vezes levemente inclinada; boa
musculatura das nádegas e coxas e cobertura reta. Sua construção varia, às vezes
cilíndrica, revelando as características da produção de carne bovina da raça; às
vezes em forma de cunha, revelando características leiteiras. Tem membros curtos,
postura graciosa, cascos arredondados e escuros; seios de tamanho considerável,
bem estruturados, protegidos por pele fina e flexível; teto bem arranjado, de
tamanho médio.
7
Aptidões:
A produção de leite diária gira em torno de 25 kg. O leite produzido pelas vacas
pardo suíças têm quantidade de proteína e gordura ideal para a produção de
laticínios. Na Suíça e em outros países, os machos são criados para a produção de
carne. No Brasil, as fêmeas são utilizadas para leite e os machos para corte e, em
vários programas de cruzamentos com o Zebu, resultando em mestiços de boa
qualidade e com dupla aptidão, para corte e leite.
Raças de Corte:
Raça Nelore:
O Nelore originou-se no oeste da Índia e foi
trazido pelas tribos arianas cinco mil anos antes de Cristo. A raça nasceu do
cruzamento de Ongole e existem mais de 14 variedades diferentes. No Brasil, o
animal chegou a Salvador (BA) em meados dos anos 60. De acordo com a
Associação Brasileira da Pecuária Nelore (ACNB), atualmente estima-se que
existam mais de 200 milhões de bovinos de corte criados a pasto no Brasil, sendo
80% dos bovinos de corte Nelore que equivalem a mais de 100 milhões de cabeça.
Características da raça:
Animais Nelore apresentam estado geral sadio e vigoroso. A ossatura é leve,
robusta e forte, com musculatura compacta ebem distribuída. A masculinidade e a
feminilidade são acentuadas. O temperamento é ativo e dócil. Apresentam pelagem
branca ou cinza-clara, sendo que os machos apresentam o pescoço e o cupim
normalmente mais escuros. A pele é preta ou escura, solta, fina, flexível, macia e
oleosa. Os pêlos são claros, curtos, densos e modulados. A cabeça tem formato de
ataúde, com a cara estreita, arcadas orbitárias não salientes e perfil ligeiramente
convexo. A fronte é descarnada, apresentando uma linha média no crânio, no
sentido longitudinal, uma depressão alongada (goteira). O Chanfro é reto, largo e
proporcional nos machos. Nas fêmeas, é estreito e delicado. O focinho preto e
largo, com as narinas dilatadas e bem afastadas, é outra característica da raça. A
boca
8
tem abertura média e lábios firmes. As orelhas do nelore são curtas, com boa
simetria entre as bordas superior e inferior, terminando em ponta de lança, e a face
interna do pavilhão deve ser voltada para a frente e apresentar movimentação. A
raça pode ser dividida em animais que apresentam chifres e mochos. Os chifres são
de cor escura, firmes, curtos de forma cônica, mais grossos na base, achatados e
de seção oval, de superfície rugosa e estrias longitudinais. Nascem para cima,
acompanhando o perfil, bem implantados na linha da marrafa, assemelhando-se a
dois paus fincados simetricamente no crânio. Com o crescimento, podem dirigir-se
para fora, para trás e para cima, ou curvando-se para trás e para baixo. Nos
machos, o pescoço é musculoso e com implantação harmoniosa ao tronco. Nas
fêmeas, é delicado. A barbela começa debaixo do maxilar inferior e se estende até o
umbigo, sendo mais abundante e pregueada nos machos. O peito dos animais é
largo e com boa cobertura muscular. Outra característica dos zebuínos é o cupim.
Ele tem papel fisiológico fundamental, servindo com reserva de energia em
situações emergenciais. Nos machos, deve ser bem desenvolvido, apoiando-se
sobre a cernelha, Nas fêmeas, deve ser reduzido. A região dorso-lombar é larga e
reta, levemente inclinada, tendendo para a horizontal, harmoniosamente ligada à
garupa com boa cobertura muscular. O Nelore possui ancas bem afastadas e no
mesmo nível. A garupa é comprida, larga, ligeiramente inclinada, no mesmo nível e
unida ao lombo, sem saliências ou depressões e com boa cobertura de gordura.
Sacro não saliente, no mesmo nível das ancas. A cauda é inserida
harmoniosamente, estendendo-se até os jarretes e vassoura preta. O tórax é amplo,
largo e profundo. As costelas são compridas e largas, bem arqueadas, afastadas e
com espaços intercostais revestidas de músculos e sem depressão atrás das
espáduas. O umbigo deve ser proporcional ao desenvolvimento do animal.
Membros anteriores e posteriores devem apresentar comprimento médio, com
ossatura forte e músculos bem desenvolvidos. As coxas e pernas são largas, com
boa cobertura muscular, descendo até os jarretes, com calotes bem pronunciados.
As pernas devem ser bem aprumadas e afastadas. Os cascos devem ser pretos e
bem conformados. As fêmeas devem ter o úbere de volume pequeno, com o
formato das tetas de maneira que facilite a aproximação dos bezerros. A vulva deve
possuir conformação e desenvolvimento normais. Os machos devem possuir a
bolsa escrotal fina e bem pigmentada, com os dois testículos bem desenvolvidos. A
bainha deve ser proporcional ao desenvolvimento do animal e bem direcionada. O
prepúcio deve ser recolhido.
Aptidões:
A raça Nelore passou por intenso melhoramento genético no Brasil, sendo
direcionada quase exclusivamente à produção de carne, embora na sua origem a
raça tenha sido utilizada para a exploração leiteira.
A raça, no Brasil, e a que possui a carcaça mais próxima dos padrões exigidos pelo
mercado, por apresentar porte médio, ossatura fina, leve, porosa e menor proporção
de cabeça, patas e vísceras, conferido excelente rendimento nos processos
industriais. precocidade de terminação garante nas carcaças Nelore distribuição
9
homogênea da cobertura de gordura, sendo esta carcaça muito valorizada no
mercado. Além disso, a cobertura evita que, durante o resfriamento, ocorra o
encurtamento das fibras pelo frio. A carne Nelore tem como principais
características o alto teor de sabor e o baixo teor de gordura de marmoreio.
Raça Guzerá:
O Guzerá é um raça de boi zebuína, de origem do
estado de Gujarat, no centro da Costa Oriental da Índia.
É um animal pesado, de grande porte, chifres longos, considerado um boi de dupla
aptidão. O bovino é ótimo para a produção de carne e leite. No Brasil, Guzerá e
Kankrej são considerados como da mesma raça. A raça Guzerá, foi a primeira
raça zebuína a ser trazida para o Brasil da Índia em 1870, pelo Barão de Duas
Barras. Sendo a única raça a sobreviver em período de seca na região Nordeste
nas décadas de 1970 e 1980.
Características:
Apresenta como características raciais, porte grande com pelagem que varia do
cinza claro ao cinza escuro, havendo tons pardos e prateados; As fêmeas
apresentam pelagem mais clara que os machos; A cabeça é relativamente curta,
larga e expressiva, com perfil subcôncavo a retilíneo; A fronte é moderadamente
larga, sub côncava ou quase plana; Os olhos são pretos e elípticos, de órbitas
ligeiramente salientes protegidos nos touros, por rugas na pele da pálpebra
superior; Os chifres são grandes e de cor escura, saindo horizontalmente para fora
e para cima, em forma de lira, terminando para dentro, ou para trás; As orelhas são
médias relativamente largas, pendentes e de pontas arredondadas, com a pele do
interior alaranjada e o focinho é preto e as narinas são dilatadas.
Aptidões:
A raça Guzerá é a única raça zebuína que pode ser considerada de dupla aptidão,
com algumas linhagens definidas para leite e a maioria do gado selecionada para
carne; e mesmo as linhagens definidas para leite apresentam grande porte. Quando
adultos, os machos podem atingir 1300 Kg e as fêmeas 950 Kg, e quanto à
produção de leite, as fêmeas podem atingir a produção de 10.000 Kg/leite/lactação.
10
Raça angus:
Aberdeen e Angus são condados da
Escócia, lá surgiu a raça bovina que recebe o nome desses locais. No século 19, a
criação desse gado concentrava-se na região norte escocesa e o gado não possuía
elementos padrões de identificação. Antes das seleções melhorarem, a cor era
única, porém alguns apresentavam chifres e outros não. Foi também no século 19
que esse gado chegou aos EUA e à América Latina. Mas, ganhou outros países e
continentes com o passar dos tempos. A raça chegou ao Brasil pela primeira vez em
1906. A criação começou na região sul do país, no estado do Rio Grande do Sul. Já
em 1976, o Angus ganhou outros estados, principalmente das regiões Sul e
Sudeste.
Características:
Quando se fala da aparência do Angus, procure por animais mais roliços, de corpo
cilíndrico e com a cabeça pequena, pescoço curto e peito musculoso e largo. Já em
termos zoológicos, o boi Angus tem alta capacidade de acumular gordura
intramuscular (responsável melo marmoreio da carne) e ganhar peso com
facilidade, são considerados animais de porte grande, com as suas vacas pesando
de 600 a 700 kg, e os touros de 800 a 900 kg. Além disso, a raça Angus é mais
rústica que as outras raças europeias que se espalharam pelo Brasil, sendo capaz
de se adaptar a diferentes climas e pastos. Um detalhe: essa adaptabilidade
aumenta se o boi for cruzado com a raça Nelore, possibilitando até que os animais
possam ser criados em confinamento. Outras características da raça Angus são a
sua fertilidade, habilidade materna, baixa mortalidade de bezerros, precocidade,
facilidade de parto, períodos curtos entre cada parto, temperamento dócil,
longevidade e, claro, uma carcaça de corte com ótimas porcentagens de gordura e
alta qualidade.
Aptidão:
A ótima qualidade de sua carne é um dos atributos excepcionais da raça Angus,
que lhe garante uma posição de liderança. O Angus é um animal com alta
qualidade de carne, apropriada não só para o mercado interno, como também para
o mercado externo. O Angus apresenta de 3a 6 mm de gordura (exigências
européias) e sua carne é marmorizada (gordura entremeada na carne), o que lhe
confere a já famosa
11
maciez e sabor. A perfeita e uniforme distribuição da gordura no tecido muscular
lhe confere um aspecto muito mais atraente e sabor singular. A importância dessa
distribuição é exaltada quando da sua preparação: a gordura se derrete
parcialmente pela ação do calor e impregna a parte magra, melhorando
apreciavelmente seu valor, tornando-a tenra e apetecível.
Raça Senepol:
Ainda nos anos 1800, a família Neltropp, do
Caribe, grandes produtores de carne e conhecedores do melhoramento genético
bovino, começaram a fundação da base genética que, centenas de anos mais tarde,
resultou na origem da raça Senepol. Desde o início, a intenção era clara: criar uma
raça bovina capaz de aumentar a qualidade e o preço final da carne produzida,
diminuindo o ciclo de abate. O cruzamento genético entre as raças N’Dama e Red
Poll deu então origem à raça Senepol.
Características:
Os animais da raça Senepol apresentam corpo com grande comprimento,
profundidade e largura, pêlo curto permite suportar temperaturas altas, tem boa
aptidão a campo e se mantém saudável se alimentando de pastagem, seu
comportamento dócil facilita o manejo dos animais e aufere boa habilidade materna,
raça 100% taurina, apesar de muitos pensarem que é composta ou sintética, e
mocho, ou seja, ausente de chifres. Além disso, o Senepol tem perna curta, o que
retira excesso de ossatura na carcaça, apresentando equilíbrio e acabamento ideal
para produção de carne. São naturalmente musculosos, com alto percentual de
carne nas regiões nobres. O rendimento médio da carcaça do Senepol é de 54%. O
Senepol, por nascer com baixo peso, diminui consideravelmente os problemas de
parto. O bezerro Senepol nasce com em média 35 kg, e fica logo de pé, começando
a mamar o colostro. Outra característica que deve ser destacada é o rápido ganho
de peso do Senepol. Em média, o bezerro Senepol desmama, e é mais pesado em
comparação com bezerros de outras raças, O Senepol é um animal extremamente
dócil e tranquilo O Senepol é uma raça com baixo índice de infestação de ecto e
endoparasitas.
Aptidão:
12
Uma das características da raça Senepol que mais precisamos destacar quando
falamos dela é a qualidade da carne Senepol. Apresenta características comuns às
raças taurinas: desenvolvimento muscular, posterior largo, profundidade e
convexidade (costelas bem arqueadas). O rendimento médio da carcaça no
frigorífico é de 53,9%, cobertura média de gordura de 5,4mm e índice médio de
80,8cm² na área de olho de lombo.
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