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Flashcard Artrite Reumatoide

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ARTRITE REUMATOIDE
Epidemiologia: A incidência aumenta entre 25 e 55 anos. Ocorre mais em mulheres (2-3:1). 
Associação com tabagismo, Epstein-Barr Vírus e periodontite. 
Quadro clínico: Poliartralgia inflamatória simétrica. Inflamação de articulações, tendões e bursas. 
Rigidez matinal > 1h e que melhora com o movimento. As principais articulações acometidas são os 
punhos, as metacarpofalângicas e as interfalângicas proximais. Tenossinovite do tendão flexor, 
levando a redução do movimento e aos dedos “em gatilho”. Deformidades irreversíveis, como: 
desvio ulnar da mão, deformidade em pescoço de cisne, deformidade de boutonnière e deformidade 
em Z; “movimento de teclado” do estiloide ulnar; “pés chatos”. Envolvimento da atlantoaxial, com 
instabilidade progressiva de C1 sobre C2. Raramente afeta a coluna torácica e lombar.
Manifestações extra-articulares: nódulos subcutâneos, síndrome de Sjogren secundária, 
doença pulmonar intersticial, nódulos pulmonares e anemia (normocítica normocrômica) são as mais 
frequentes. Outras menos comuns são a vasculite reumatoide, Síndrome de Felty e risco aumentado 
para linfoma. 
Patologia: Inflamação e proliferação sinovial, erosões ósseas focais e afinamento da cartilagem articular. A inflamação 
crônica leva a hiperplasia da membrana sinovial (pannus), com acúmulo de sinoviócitos semelhantes ao fibroblasto que 
invadem a cartilagem e osso adjacente, isso somado ao infiltrado inflamatório (com leucócitos, linfócitos e citocinas) 
auxilia na lesão estrutural da cartilagem e do osso. 
Na sinóvia as células T podem ser ativadas, e diferenciadas em TH1 e TH17 e também diferenciam as células B 
em plasmócitos, que produzem anticorpos. Os imunocomplexos possivelmente são constituídos de anti-CCP e Fator 
reumatoide. Entre as interleucinas produzidas são de especial importância o TNF-a, a IL-1 e IL-6. O TNF-a é 
responsável, em via final, por aumentar o número de leucócitos local, estimular outros mediadores inflamatórios, inibir a 
formação óssea e aumentar a reabsorção óssea (ativação do osteoclasto). 
Diagnóstico: Baseia-se na combinação entre sinais e sintomas, com resultados laboratoriais e 
radiográficos. Escore da ACR de 2010 que classifica de 0 a 10 em que >= 6 é dada como AR. Os 
critérios são divididos em Envolvimento articular (0 – 5); Sorologia (0 – 3); Reagentes de fase aguda 
(0 – 1) e; Duração dos sintomas (0 – 1)
Manifestações laboratoriais: Frequentemente VHS e PCR são elevados. A detecção de FR e 
anticorpos anti-CCP no soro, embora o FR não apresente especificidade diagnóstica, pois pode ser 
encontrado em doenças como síndrome de Sjogren primária, LES, crioglobulinemia essencial mista 
do tipo II, bem como em infecções crônicas, como a endocardite bacteriana subaguda e as hepatites 
B e C, ou até mesmo em 1 a 5% da população saudável. O exame do líquido sinovial reflete um 
estado inflamatório agudo. 
No raio x simples, podemos observar a osteopenia periarticular. Outros achados incluem 
edema dos tecidos moles, perda simétrica do espaço articular e erosões subcondrais. Nos pés a 
face lateral da quinta MTF em geral é comprometida primeiro. A RM tem maior sensibilidade para 
sinovite e derrames articulares. A USG pode detectar mais erosões que o raio x, sinovite, incluindo o 
aumento da vascularização (com Doppler), indicativo de inflamação. 
Tratamento: Os fármacos utilizados podem ser divididos nas categorias: AINEs; Glicocorticoides 
(como prednisona e a metilprednisolona); DMARDs convencionais; e DMARDs biológicos. 
DMARD = Disease-modifying antirheumatic drug
Embora alguns casos possam ser controlados através de um único DMARD, como metotrexato, na 
maioria dos casos a situação exige a combinação de DMARDs variáveis. 
Os objetivos do tratamento são: (1) tratamento agressivo precoce para prevenir a lesão 
articular e a incapacidade; (2) modificação frequente da terapia com utilização da terapia de 
combinação, quando apropriada; (3) individualização da terapia na tentativa de minimizar efeitos 
colaterais; e (4) remissão da atividade da doença clínica. 
O metotrexato é o DMARD de primeira escolha na AR moderada a grave. Se tiver falha, pode 
optar-se por um regime de combinação, como metotrexato, sulfassalazina e hidroxicloq (terapia 
triplice oral); metotrexato e leflunomida; e metotrexato e mais um agente biológico (como um anti-
TNF, p. ex.).

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