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acão popular com medida de liminar[1726]

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 
VARA FEDERAL DO ESTADO ___. 
 
 
 
 
 
 João Paulo, brasileiro, estado civil, profissão, portador da cédula de 
identidade R.G. nº _____, e inscrito no CPF sob o nº _____, residente e 
domiciliado na (Rua), nº_____, São Caetano/PE, CEP.:___, endereço eletrônico: 
xxxxxx@gmail.com, portador do Título de Eleitor nº ____, Seção ___, Zona ___, 
cidadão em pleno gozo de seus direitos políticos, conforme documento anexo, 
nos termos do artigo 1º, § 3º, da Lei nº 4.717/1965, por seu advogado e 
procurador que está subscreve, procuração em anexo (Doc), com escritório 
profissional situado na (Rua), (número), (bairro), (CEP), (Cidade), (Estado), 
endereço eletrônico: ____, vem, respeitosamente à presença de Vossa 
Excelência, com fundamento no artigo 5º, inciso LXXIII, da Constituição Federal 
de 1988, e a Lei nº 4.717/65, impetrar a presente: 
AÇÃO POPULAR 
COM PEDIDO DE LIMINAR 
 Em face de ato do Secretário de Transporte do Estado ___, pessoa jurídica 
de direito público, com sede na (Rua), nº (XXX), Cidade/UF, CEP.: XXXXXXX, 
endereço eletrônico: XXX, pelos motivos de fatos e direitos a seguir expostos. 
1. DA LEGITIMIDADE ATIVA 
 A previsão para a ação popular é encontrada no artigo 5°, inciso LXXIII da 
Constituição Federal de 1988 e também na lei 4717 de 1965, em ambos os textos 
nos são apresentados os requisitos para a apresentação da presente ação, são 
estes ser cidadão brasileiro e a prova de sua cidadania feita por meio do título 
eleitoral ou documento que corresponda. 
 Tendo em vista a lesividade ao patrimônio público do estado e com a 
juntada da documentação comprovante de cidadania do autor, há de se 
confirmar sua legitimidade para impetrar a ação. 
2. DA LEGITIMIDADE PASSIVA 
 O réu apontado nessa peça processual é devidamente responsável pelo 
ato ilegal, lesivo ao Patrimônio Público conforme artigo 6º da Lei 4.717/65: “ A 
ação será proposta contra pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas 
no artigo 1º contra as autoridades, funcionários ou administradores que 
houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado ou que, 
por omissas, tiveram dado oportunidades à lesão, e contra os beneficiários 
direitos do mesmo”. 
3. DO CABIMENTO 
 A Constituição Federal em seu artigo 5°, inciso LXXIII e a lei n°4717/1965 
admite a impetração de ação popular por qualquer cidadão para pleitear a 
anulação ou nulidade de atos lesivos ao patrimônio da união. 
 Conforme redação da Constituição Federal a celebração de contrato de 
concessão, sem a devida licitação, é contrato administrativo que ofende a 
moralidade administrativa, Além de ser ato lesivo ao patrimônio. Dito isto, o 
ajuizamento da presente é perfeitamente cabível. 
4. DOS FATOS E FUNDAMENTOS 
 Foi firmado entre o Secretário de transportes do estado e a empresa de 
transportes coletivos um contrato de 20 (vinte) anos de permissão do serviço 
público de transporte coletivo intermunicipal com a possibilidade de prorrogação 
por 20 (vinte) anos, sendo esse renovado após transcorrido o prazo contratual. 
 Porém o contrato original e sua renovação foram feitos sem o processo 
licitatório. 
 Desse modo, como podemos ver no artigo 37, inciso XXI da Constituição 
federal os serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo 
de licitação pública, visando assim a igualdade a todos os concorrentes. 
 Portanto podemos notar uma lesividade a constituição e também ao 
patrimônio público, uma vez que, não foram observados o disposto na mesma, 
fazendo a contratação da empresa sem a devida licitação e o dano ao patrimônio 
pois o devido processo licitatório não foi realizado e com ele as suas garantias 
de que asseguram igualdade de condições a todos os concorrentes, com 
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições 
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências 
de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento 
das obrigações. 
5. DA MEDIDA CAUTELAR 
 O fumus boni iuris e o perículum in mora vêm caracterizado devido à 
natureza da ação popular, a qual visa anular atos ofensivos à administração 
pública. 
 Cumpre ao magistrado atentar aos efeitos práticos que o deferimento da 
liminar postulada na ação popular venha produzir, sempre com a preocupação 
de compatibilizar o interesse público, objeto do processo, com a necessária 
eliminação da ilegalidade constatada inicialmente no feito pela plausibilidade do 
direito. 
 Dessa forma, perfeitamente cabível a concessão de medida liminar em 
ação popular com caráter preventivo, para evitar a continuidade da lesividade ao 
patrimônio público. 
6. DOS PEIDOS 
 Isto posto, vem requerer: 
a) A citação do Réu para a devida contestação a presente ação, sob pena 
da aplicação dos efeitos da Revelia; 
b) A condenação do Réu no pagamento ao autor, das custas e demais 
despesas judiciais e extrajudiciais, bem como nos honorários de 
advogado; 
c) O acolhimento da Liminar, nos termos em que foi requerida; 
d) A invalidação do ato lesivo ao patrimônio público e à moralidade 
condenando o Réu ao pagamento das perdas e danos; 
e) A citação do Ministério Público; 
f) A produção de todas as provas em direito admitidas. 
7. DO VALOR DA CAUSA 
 Não havendo como se quantificar o valor da causa da-se a ela o valor de 
R$ 1000,00 (mil reais) para fins procedimentais 
 
Nestes termos, pede deferimento 
Local/data 
Advogado 
oab