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INSTITUTO PERNAMBUCANO DE ENSINO SUPERIOR ESTUDOS DISCIPLINARES CÓDIGO ACESSO:696Q ALUNA: GISELLY BARBOSA DE MORAES MATRÍCULA : 37010005938 CURSO: FARMÁCIA PERÍODO: 5° MANHÃ APLICAÇÕES FARMACÊUTICAS DO CARBONATO DE CÁLCIO Trabalho apresentado no curso de Farmácia, do Instituto Pernambucano de Ensino Superior, tendo como coordenador (a) a professora Noely Bedor. INTRODUÇÃO O carbonato de cálcio, é um mineral inorgânico com características alcalinas que resulta em reações do óxido de cálcio com dióxido de carbono. Em solução aquosa, sofre hidrólise salina. O carbonato de cálcio pode ser encontrado nos minerais, na forma cristalina: aragonita, que apresenta a forma ortorrômbica; e calcita, que apresenta a forma romboédrica ou trigonal. Sua fórmula química é CaCO3. O Carbonato de cálcio pode ser usado na prevenção de doenças na forma de medicamentos. Indicado para o tratamento de doenças causadas pela deficiência de cálcio, como, osteoporose. A disposição lenta e contínua de gotas dessa mistura dos tetos das cavernas vai escorrendo e, com o tempo, o gás carbônico pode desprender-se, voltando a precipitar-se como carbonato de cálcio e formando as estalactites nos tetos das cavernas. Isso é demonstrado pela reação: Além disso, outras gotas de carbonato dissolvido caem depositando-se no solo da caverna, a água evapora e há liberação de gás carbônico, formando as estalagmites. Quando aquecido, o carbonato de cálcio produz cal viva e gás carbônico: A osteoporose é definida como uma redução da massa óssea acompanhada pela degeneração da sua qualidade, resultando numa redução da resistência mecânica do osso e, portanto, um risco maior de fraturas.1 É uma doença que se manifesta na fase tardia da vida, podendo ter origem durante o crescimento do esqueleto. É um problema de saúde verificado em todas as partes do mundo. A partir dos 50 anos, 30% das mulheres e 13% dos homens poderão sofrer algum tipo de fratura, estimando-se que a incidência de fraturas irá quadruplicar nos próximos 50 anos, em decorrência do aumento da expectativa de vida.2 A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia declara a não existência de dados exatos sobre a incidência da osteoporose no Brasil, mas considera que aproximadamente 10 milhões de pessoas sofrem com a doença, a grande maioria com idade acima de 60 anos.3 Dois nutrientes, cálcio e vitamina D, são especialmente necessários para se ter ossos fortes. O cálcio é essencial para a manutenção óssea, enquanto o papel da vitamina D é ajudar na absorção do cálcio e na manutenção da densidade óssea. Aplicações farmacêuticas O cálcio é um elemento muito importante para o organismo, tem função de regulador na liberação e armazenamento de neurotransmissores e hormônios, na absorção e ligação de aminoácidos, na absorção de vitamina B12 e na secreção gástrica. O cálcio é necessário para manter a função do sistema nervoso, muscular e esquelético, a formação dos ossos e dentes. Embora existam vários fármacos à base de cálcio para reposição do organismo, existem diferenças entre eles nas vias de administração, proporção de cálcio por grama, velocidade e quantidade absorvida, sendo às vezes, com indicação terapêutica diferente. 1 - A administração parenteral de cálcio é útil para corrigir hipocalcemia. 2 - A suplementação de cálcio oral, em conjunto com a terapia de estrogênio, é eficaz na prevenção da perda óssea pós-menopausa. O Carbonato de cálcio é usado no tratamento de hiperfosfatemia em pacientes com insuficiência renal ou associada a hiperparatireoidismo 3 - O cálcio isolado é indicado na prevenção de doença hipertensiva específica da gravidez. Ele reduz o risco de pré-eclampsia, principalmente em mulheres com baixa ingestão de cálcio e naquelas com elevado risco de hipertensão. O suplemento de cálcio em crianças sadias não tem fundamento científico. Suplementos alimentares não são medicamentos e, por isso, não servem para tratar ou prevenir doenças. Os suplementos são destinados a pessoas saudáveis. Sua finalidade é fornecer nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos em complemento à alimentação. A categoria de suplemento alimentar foi criada em pela Anvisa para garantir o acesso da população a produtos seguros. Assim foram reunidos produtos que estavam enquadrados em outros grupos de alimentos e foram definidas aos suplementos alimentares. 4 - Antidiarréicos : a diarreia é uma condição que o paciente adquire devido à influência nociva de um agente qualquer (bactéria, toxina etc.), que provoca o aumento da fluidez das fezes e da frequência de evacuação. Nesse caso, o tratamento consiste na eliminação desses agentes, mas os sintomas podem ser atenuados com o uso de antidiarreicos que, basicamente, atuam na redução da quantidade de água que chega no intestino grosso. Diferentemente dos argilominerais, o carbonato de cálcio proveniente da calcita é um antidiarreico que atua quimicamente. Nesse caso, após passar pelo estômago, ela fornece Ca2+ livre no intestino, que tende a ligar com outros íons e formar sais insolúveis que precipitam e ajudam a deixar as fezes mais sólidas e obstruir o intestino; - Suplemento mineral: o carbonato de cálcio atua na composição de suplementos que fornecem Ca2+ para indivíduos que apresentam deficiência em sais de cál 5 - Antiácidos : a função é equilibrar o pH estomacal devido ao excesso de ácido clorídrico (HCl) liberado pelo corpo. Nesse caso, como o carbonato de cálcio derivado da calcita reage facilmente com esse ácido, ela é utilizada para estimular o consumo de H+ e elevar o pH no estômago. Nesse processo, é produzido Ca2+, gás carbônico (CO2) e água (H2O), conforme a reação abaixo. Tais produtos não são tóxicos ao corpo e quando não absorvidos de alguma forma, são eliminados via urina (água e Ca2+), ou via eructação (CO2); O carbonato de cálcio é contraindicado para pacientes com reação prévia de hipersensibilidade ao fármaco ou qualquer outro ingrediente da fórmula. Na indústria de cosméticos, a calcita moída é um recurso amplamente utilizado como componente das pastas de dente. Além de ser material de preenchimento que confere volume nesses produtos, é um mineral abrasivo que limpa o esmalte dos dentes, sem danificá-los, uma vez que a calcita é um mineral de dureza (D) na escala de Mohs menor (D = 3,0) do que os esmaltes dos dentes (D = 5,0 ). O carbonato de cálcio proveniente da calcita também é utilizado para a formulação de diversos produtos de higiene pessoal (sabonetes, xampus e sabonetes) bem como de maquiagens e cremes para cabelo e pele. Além da atuação terapêutica como princípio ativo, o carbonato de cálcio proveniente da calcita também é um recurso mineral excipiente, atuando nos medicamentos com diferentes funções. Alguns Agentes diluentes e ligantes: por ser não tóxico, o carbonato de cálcio pode ser usado como material de preenchimento para diluir o princípio ativo em volumes adequados para o uso. ele atua como material maleável, que garante a coesão entre as partículas dos comprimidos sólidos; - Agentes desintegrantes: quando ingerido, essa substância rapidamente se desintegra devido à reação com o ácido clorídrico estomacal. Dessa forma, o princípio ativo é absorvido e atua mais rapidamente no corpo; - Corantes e opacificantes: a calcita impura pode conter a presença de pequenas quantidades de óxidos de ferro, ou outros elementos não tóxicos, que conferem cor e o caráter opaco em alguns medicamentos; CONCLUSÃO O resultado obtio é possível observar como o carbonato de cálcio além de ser um mineral muito utilizado em construções e entre outros, ele também e de extrema importância na indústria farmacêutica fazendo parte de vários fármacos muito utilizados pela sociedade como os antiácidos, antidiarreicos e suplementos. REFERÊNCIAS 1 VICTORIA, Anderson. Recursos minerais farmacêuticos e cosméticos. Recurso mineral MG. Disponível em: http://recursomineralmg.codemge.com.br 2 CARBONATO DE CÁLCIO: SAIBA MAIS. CrfRS. Porto alegre, 22 jan2020. Disponível em: https://www.crfrs.org.br. 3. Wendlandt, W. W.; Thermal Analysis, Willey: New York, 1986. 5 SOUZA, Líria Alves. Carbonato de Cálcio. Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br. 5 http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=10063, acessada em Junho 2012. [ Links ] 6 . Raymond, C. R. Em Handbook of Pharmaceuticals Excipients; Raymond, C. R; Sheskey, P. J.; Owe
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