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Habilidades e Atitudes Médicas – IV Edith Coradi Bisognin Câncer de Próstata Possui a maior incidência de câncer de lesão solida em homens, excluindo o câncer de pele A utilização do antígeno prostático especifico (PSA) na pratica clinica promoveu uma maior detecção de CaP localizado e em estágios iniciais A cada 7 homens, um será diagnosticado e desses, 2,6% irão a óbito Taxa de mortalidade baixa Fatores de risco: • Idade • Etnia • História familiar A incidência é variável ao redor do mundo, sendo maior nos países ocidentais que nos orientais Quanto maior a idade, maior a chance de desenvolvimento do câncer de próstata Fisiopatologia: É uma neoplasia complexa qe pode existir em duas formas: • Histologicamente presente sem sintomas clínicos (assintomático) • Sintomas clínicos presentes Existem evidencia que a neoplasia prostática surge de alterações genéticas que promovem a ativação de oncogenes associada a inativação de genes supressores tumorais Os andrógenos, como a deidrotestosterona, atua no estimulo a proliferação celular sobre os receptores de androgênio, induzindo alterações genéticas Uma das formas de impedir que o câncer evolua é a retirada da testosterona (retirada dos testículos) A principal alteração é a hipermetilacao de DNA, causando inativação de genes supressores tumorais como: ESR1, ESR2, RARB, GSTP1, APC e RASSF1A A hipometilacao do DNA é responsável pela hiperexpressão de oncogenes, que ocorre em genes como CAGE Estrutura Prostática: Função da próstata: produzir fluido prostático, alcalino A maioria dos canceres acomete a zona periférica, a qual é palpada durante o toque retal Formas Histológicas do Câncer de Próstata: Existem diversas formas histológicas para caracterizar o câncer de próstata, uma classificação histológica é a de Gleason (atribui notas baseado na histologia do tumor levando em consideração o tecido prostático) Quanto maior o grau maior a gravidade do câncer O tipo 1 é o mais semelhante ao tecido prostático normal Habilidades e Atitudes Médicas – IV Edith Coradi Bisognin Os principais achados de biopsia que detém importância são: • Benigna • PIN – neoplasia intraepitelial de alto grau • ASAP – proliferação de glândulas pequenas atípicas • Adenocarcinoma prostático (câncer em si) Rastreio: A partir do momento em que há histórico familiar deve-se rastrear pacientem a partir dos 40 anos Se não há histórico familiar o rastreio é feito a partir dos 45 anos Se houver alteração fazer exame anual, sem alterações, bianual. Atualmente a doença é detectada por meio do PSA em aproximadamente 70% dos pacientes, quando o tumor ainda não é palpável Há evidencia cientificas de que o rastreamento aumenta a probabilidade de diagnóstico de câncer de próstata em estágio inicial, porém, não foi observada redução da mortalidade câncer-específica nem global Diagnóstico: • Toque retal • PSA total e Livre • Biopsia transretal de próstata No rastreio, primeiramente, deve-se fazer o PSA e segundamente, o toque retal, se houver alteração (PSA elevado) A sociedade de urologia recomenda as duas formas Indicações de biopsia: toque digital suspeito, PSA >2,5 em pacientes <60 anos, PSA >4 em >60 anos ou relação PSA livre/total <10%. Ressonância nuclear magnética (RNM) multiparamétrica de próstata: Deve ser utilizada quando: • Entes da realização da 1ª biopsia • E biopsias previas negativas e PSA persistentemente elevado • Em pacientes sob vigilância ativa • No planejamento terapêutico • No SUS realizada apenas para estadiamento e planejamento cirúrgico ou biópsia negativa e PSA alto Na RNM pode ser visualizado o reto, púbis, próstata, permitindo a avaliação pélvica no planejamento terapêutico Cintilografia óssea: utilizada quando PSA >20mg/dl, gleason >7, estágio T3-4, dor óssea PET-CT com PSMA: pode ser realizada nos tumores de alto risco Exame físico: Pode ser assintomático nos estágios iniciais (maioria) Nos casos avançados, tem-se dificuldade de eliminação de urina, infecção urinária (pode ser de repetição) ou ambos, estrangúria, gotejamento pós-miccional Conforme o quadro se agrava, pode se apresentar linfonodomegalia supraclavicular esquerda aumentados de volume e consistência endurecida; fraturas patológicas, hepatomegalia nodular ou paraplegia abrupta por consequência de colapso de um corpo vertebral Os estágios intermediários, detém presença de nódulos circunscritos duros, cuja consistência lembra a sensação tátil provocada pelas articulações dos dedos. Nos estágios avançados tem consistência lenhosa, pétrea, irregular, assimétrica, fixa e com o sulco apagado. Toque retal: Podem ser usadas 2 posições: 1. Posição de Sims: paciente em decúbito lateral esquerdo, membro inferior direito fletido e esquerdo levemente estendido. 2. Posição genupeitoral: paciente com peito e joelhos apoiados no leito Passo a passo do Toque Retal Habilidades e Atitudes Médicas – IV Edith Coradi Bisognin Inspeção: área sacrococcígea e perianal em busca de cicatrizes, abaulamentos, retrações, nódulos, inflamação, ulceras, escoriações, verrugas, fissuras, secreção. A pele perianal costuma ser pigmentada e mais grosseira que a das nádegas. Lubrificação dos dedos com vaselina, sempre utilizando luvas. Fazer leve pressão na borda inferior do ânus, orientando sempre o paciente sobre o que está fazendo. O paciente sentira uma pressão, mas não dor. O esfíncter esterno se contrai e relaxa com o passar do tempo. Introduzir o dedo em movimentos circulares. Palpação: realizada em toda área do reto, procurando massas, áreas dolorosas ou lacerações da mucosa Peca ao paciente que contraia o musculo esfíncter externo do anus, para avaliar o tônus muscular A palpação da próstata deve ser feita em todos os sentidos (frente, trás e lados). O paciente pode apresentar vontade de urinar, por isso o exame não deve ser realizado com bexiga cheia. É importante identificar os lobos da próstata, sulco mediano (separa os lobos), suco mediano. A consistência da próstata saudável é fibroelástica, com lados simétricos.
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