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R E S P O R T E S E D U C A C I O N A L EBOOK DRY NEEDLING AGULHAMENTO SECO R E S P O R T E S E D U C A C I O N A L No fim da década 20, o alemão chamado Max Lopes descobriu que nos músculos podiam aparecer pontos sensíveis e rígidos a palpação. Esses pontos foram batizados em 1948, pela Doutora Americana Janet Travell, ela denominou de pontos gatilhos miofasciais, onde desenvolveu a técnica de injeções com solução salinas. Dra. Travell, foi grande pioneira para tratamento dor muscular, osteomuscular e miofascial, ela é a "mãe" do Dry Needling. Através do agulhamento dos pontos gatilhos, Travell (1960) conseguiu mapear as áreas de dor referida. Quando a agulha era inserida no músculo normal, nenhum tipo de dor referida foi produzido, porém quando injetada solução salina neste, desencadeava dor referida transitória. Este procedimento foi utilizado para auxiliar no mapeamento da dor referida. O padrão de dor referida era similar em ambos os métodos (injeção salina e palpação ou injeção nos Pontos Gatilhos). A HISTÓRIA DO DRY NEEDLING R E S P O R T E S E D U C A C I O N A L PONTOS GATILHO O Ponto Gatilho (PG) é uma condição dolorosa muscular regional, caracterizada pela ocorrência de bandas musculares tensas palpáveis, nas quais se identificam áreas hipersensíveis, os PGs. Estes, quando estimulados por palpação digital, geram dor localmente, à distância ou referida (TRAVEL e SIMONS 1992). R E S P O R T E S E D U C A C I O N A L CLASSIFICAÇÃO DOS PONTOS GATILHOS Ponto Gatilho Ativo Um ponto gatilho miofascial ativo produz dor sem compressão digital. É muito sensível à palpação, produz o padrão de dor referida característico do músculo, compressão isquêmica ou sem ela, limita a flexibilidade do músculo, produz fraqueza muscular e provoca uma reação de espasmo à compressão ou à estimulação com agulha (SIMONS e TRAVELL). Ponto Gatilho Latente Este é em geral assintomático – não causa dor espontânea. Entretanto, é sensível à palpação, pode produzir um padrão de dor referida somente com a aplicação de compressão isquêmica, limita a flexibilidade do músculo, produz fraqueza muscular e pode provocar uma reação de espasmo à compressão ou à estimulação com agulha. Pontos gatilho latentes podem existir em músculos durante anos após a recuperação de uma lesão. Um ponto-gatilho ativo que nunca foi tratado, ou que foi tratado de maneira inadequada, pode se tornar latente em uma fase crônica. Pontos-gatilho latentes podem ser reativados por microtraumatismos ou por macro traumatismos. R E S P O R T E S E D U C A C I O N A L CLASSIFICAÇÃO DOS PONTOS GATILHOS Ponto Gatilho Satélite Podem se desenvolver no mesmo músculo do ponto gatilho primário (principal), em outros músculos em padrão de dor referida do PG primário ou em músculos sinérgicos. O ponto gatilho satélite em geral se resolve com a resolução do ponto gatilho principal, sem qualquer intervenção adicional (SIMONS e TRAVELL). Ponto Gatilho Central Um ponto gatilho miofascial central tem relação estreita com os botões terminais disfuncionais, e localiza-se próximo do centro das fibras musculares (SIMONSe TRAVELL). Ponto Gatilho de Junção Este é um ponto gatilho na junção musculotendinosa e/ou na inserção óssea do músculo, identificando a entesopatia causada por tensão continuada característica da faixa tensa produzida por um ponto-gatilho central (SIMONS, TRAVELL e Wolens, 1998). R E S P O R T E S E D U C A C I O N A L APLICAÇÃO DO DRY NEEDLING A agulha é inserida no sentido perpendicular ou oblíquo em um local doloroso ou ponto gatilho miofacial. Baldry (2001) sugere que a técnicas de agulhamento a seco estimulam às fibras A – nervosas (grupo III) durante o tempo de 72 horas pós-agulhamento. Estimulação prolongada dos aferentes sensoriais A, podendo ativar os interneurônios inibitórios encefalinérgicos do corno dorsal, provocando a liberação de opióides e ativando o sistema inibitório descendente que iria bloquear os estímulos nocivos diminuindo assim as informações nociceptivas de dor. Efeitos do Dry Needling • Local: age primeiro mecanicamente nas estruturas (mecanotransdução),ação neuromuscular (normalização da atividade elétrica nas placasmotoras), ação no SNA (vasos, ações reflexas na parte visceral), melhora navascularização (liberação óxido nítrico), reparação tecidual; • Segmentar: via descendente inibitória de dor (diminuir as informações nociceptivas); • Supra segmentar: liberação de opióide. R E S P O R T E S E D U C A C I O N A L Agulhamento superficial • Punturar na profundidade de 5 – 10 mm; • Tórax e outros músculos finos inserir obliquamente; • Repetir, conforme necessário, até 3 minutos; • Repetir para cada Trigger Point; • Reação do paciente: – Forte; – Moderada; – Fraca. Agulhamento profundo • Inserir profundo na zona motora dos músculos; • Penetrar e sentir a resistência do músculo; • Estimular até que a liberação ocorra; • Relatado dor ,aguardar, retirar parcialmente, mudar o ângulo e reinserir; TIPOS DE AGULHAMENTOS R E S P O R T E S E D U C A C I O N A L TIPOS DE AGULHAMENTOS Twitch ou pistonagem • Introduzir a agulha na banda tensa; • Repetidamente, mover a agulha para dentro e para fora do músculo; • Constantemente tentando encontrar pontos dentro da banda que reproduza a dor do paciente e resposta de contração. • Resposta contrátil local. Girando horário/anti-horário • Após inserir a agulha (superficial ou profunda) no paciente, realizar movimentos de rotação horário e anti- horário. Tempo de Aplicação • Deixar a agulha no lugar de 30’’ a 3 minutos(geralmente casos agudos); • Deixar por até 20 minutos(geralmente casos crônicos) R E S P O R T E S E D U C A C I O N A L NÚMEROS DE PONTOS • Fazer o agulhamento em cada local de Trigger Point ativo; • Falha na resposta, investigar se há mais Trigger Points na região tratada; • Pode ser tratado 15 – 20 TP de uma vez; • Reavaliar ADM e resistência após todos os TP ́s desativados R E S P O R T E S E D U C A C I O N A L BIOSSEGURANÇA PARA APLICAÇÃO DAS AGULHAS ● Assumir que todo sangue e fluído corpóreo são potencialmente contagiosos; ● Lavar e secar as mãos; ● Utilizar as barreiras de proteção. Ex. mandril; ● Descartar as agulhas como materiais contagiosos; ● Preparação da pele; ● Utilizar agulhas descartáveis em empresas como a Resportes, a qual possui registro na Anvisa determinando maior segurança ao fisioterapeuta e paciente; IMPORTANTE: As agulhas, luvas, máscaras e demais produtos de saúde devem seguir o registro da ANVISA, bem como a empresa que comercializa. Profissionais que atuam com agulhamento também devem possuir o descarte correto, através de material específico. R E S P O R T E S E D U C A C I O N A L CONTRAINDICAÇÕES E PRECAUÇÕES ● Áreas proibidas: – Escalpo infantil antes que as fontanelas se fechem;– Mamilo, umbigo e genitália; ● Pontos perigosos ou vulneráveis: – Tórax, Abdome e Pescoço; – Veias varicosas, tecido infeccionado, áreas com inflamação aguda. ● Gravidez; ● Pacientes com marca-passo; ● Pacientes confusos ou perturbados/crianças; ● Distúrbios hemorrágico-anticoagulantes; ● Câncer em fase de metástase; ● Epilepsia instável; ● Pacientes frágeis (idosos).Complicações ●Ataque vasovagal (55/28.285) Chen et al (1990); • Convulsões (2 casos reportados); • Infecção; • Sonolência pós-tratamento; Danificação visceral (Ex. Pneumotórax); Hemorragia; Dor; Problemas com agulhas: torta, quebrada, enroscada. O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - COFFITO normatizou, por meio do Acórdão nº 481/2016, o uso da técnica do Dry Needling para Fisioterapeutas. É recomendável formação de, no mínimo, 30 horas, sendo pelo menos 50% do curso caracterizado com prática supervisionada. ONDE REALIZAR O SEU CURSO? A Resportes Educacional possui o curso de Dry Needling - Agulhamento Seco exclusivo para Fisioterapeutas, com certificado de 30 horas e material exclusivo. CLIQUEAQUI E CONFIRA A AGENDA DE CURSOS LEGISLAÇÃO DO DRY NEEDLING R E S P O R T E S E D U C A C I O N A L https://www.cursosresportes.com.br/produto/curso-dry-needling-sp/