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Habilidades Médicas V1 OSCE

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Prévia do material em texto

Ana Clara Silva Freitas 1 
 
Habilidades Médicas VI 
TC do crânio 
 Possui duas janelas: 
1. Óssea; 
2. Janela de tecidos moles. 
 É indicada quando o quadro tem <48 h. Suas imagens são transversais. 
 Branco = hiperdenso (ex.: sangue fresco). 
 Preto = hipodenso (ex.: Líquor, isquemia). 
 Contraste iodato: hiperdenso melhor realce de vasos. 
OBS: Em traumatismo agudo usar sempre TC sem contraste. 
 Indicações: 
 Método de triagem: menor custo e alta sensibilidade para detecção de fraturas e hemorragias 
intracraniana. 
Anatomia do crânio, pontos importantes para análise de TC. 
1. Linha média: deve estar centralizada; 
2. Cisternas da base do crânio: são simétricas; 
3. Ventrículos: observar alargamentos 
4. Sulcos e giros; 
5. Ossos; 
6. Lobos: frontal, pariental, occipital, temporal e ínsula; 
7. Vascularização; 
8. Parênquima. 
 Sistematização e principais patologias (ABCDEFG): 
1. Atenuação: diferenças de atenuação ou densidade entre substância branca e cinzenta e 
alterações de atenuação no parênquima cerebral, como regiões isquêmicas (ex.: AVC 
isquuêmico) neoplasias e edemas. 
2. Blood: avalia a presença de sangramento no parênquima, cisternas e ventrículos, 
diferenciando os tipos de hemorragias: hemorragia extradural, subdural, subaracnóidea 
e intraparanquimatosa. 
3. Cavidades: são avaliadas estruturas cranianas que contém Líquor: cisternas, ventrículos, sulcos 
e fissuras. Visualizamos se os ventrículos estão presentes, ausentes ou dilatados, com 
sangue no seu interior, indicando hemorragias mais severas. Analisa também presença ou 
ausência de cisternas, quando ausente indica herniação encefálica. 
4. Dilação: observa a dilatação dos ventrículos e cisternas. A principal patologia evidenciada nesse 
tópico é a hidrocefalia. 
5. Exterior: observa ossos do crânio. Sua linearidade, 
presença de fraturas, em especial a fratura de base de 
crânio. 
6. Fisher scale: 
 
7. G (artefatos): avalia se há presença de drenos, 
cateteres, etc. 
 Hemorragias não traumáticas: 
Ana Clara Silva Freitas 2 
 
1. A hemorragia parenquimatosa é o tipo mais devastador de AVC: 
 É hiperdensa; 
 Produz efeito de massa nas estruturas subjacentes, tais como os ventrículos 
2. As hemorragias extra-axiais espontâneas podem ocorrem em qualquer um dos três grandes 
compartimentos anatômicos: espaço epidural, subdural e subaracnóideo. 
3. Hemorragia subaracnóidea: quando a origem é não traumática frequentemente se 
apresentam com cefaleia grave de início súbito. Uma cefaleia em “trovão” é muito comum. É 
hiperdensa. 
4. Hemorragia epidural: a patogênese é quase sempre traumática. É uma condição de 
emergência. Tem efeito de massa. 
5. Hemorragia subdural: trauma é a principal causa. 
6. Hemorragia hiperaguda: <24 h. Hiperdenso. 
7. Hemorragia aguda: entre 1 e 3 dias de evolução. Hiperdenso. 
8. Hemorragia subaguda precoce: definida quando o coágulo tem entre 3 dias e uma semana se 
evolução. Isodenso 
9. Hemorragia subaguda tardia: dura de 1 a várias semanas. Hipodenso. 
 
Ana Clara Silva Freitas 3 
 
TC sem contraste sem alterações: 
 
 
 
Ana Clara Silva Freitas 4 
 
 
 
 
 
 
Ana Clara Silva Freitas 5 
 
 
 
No OSCE, pode ser avaliado: 
 Identificar as estruturas; 
 Saber o que é hiper e hipodenso; 
 Saber diferenciar as hemorragias e suas possíveis causas. 
Drenagem de Tórax 
 Indicações: 
 Pneumotórox hipertensivo ou 
bilateral; 
 Pneumotórax com ventilação 
mecânica com pressão positiva; 
 Hemotórax (sangue na pleura); 
 Empiema (abscesso); 
 Quilotórax. 
 Contraindicações: 
 Coagulopatias. 
 Complicações: 
 Sangramento; 
 Neuralgia; 
 Perfuração de órgão; 
 Enfisema subcutâneo; 
 Edema pulmonar de re-expansão. 
 Preparação: 
 Identificação (do médico e do 
paciente); 
 Explicação sobre o procedimento); 
 Solicitar autorização; 
Ana Clara Silva Freitas 6 
 
 Fazer ausculta  Preparar o material 
E1- BAREMA DRENO DE TORAX 
 PREPARAR BANDEJA CIRURGICA 
 Luvas cirúrgicas; 
 Pinça Kelly; 
 Cabo de bisturi; 
 Porta-agulha; 
 Fio de sutura (Nylon); 
 Seringa 10 a 20 mL; 
 Clorexidina (para fazer assepsia do 
local); 
 Tubo torácico (diâmetro maior é melhor 
para pacientes menos estáveis) 
 Selo d’água: verificar se o frasco se 
scontra com dois dedos de água; 
 Soro 500 mL. 
 POSICAO DO PACIENTE 
 Decúbito dorsal ou supina; 
 Eleva o membro superior do paciente, do lado correspondente a realização do procedimento e 
colocá-lo atrás da cabeça (para ter maior exposição da área que será drenada). 
 ASSEPSIA 
 Degermação das mãos e antebraços; 
 Paramentação: luvas, goro, máscara, 
avental estéril; 
 Antissepsia do local; 
 Cobrir com campo cirúrgico. 
Local da drenagem: 
 INCISAO NO 5o ESPACO, NA LINHA AXILAR MEDIA 
 Incisão horizontal de 2 a 3 cm;  Dissecação dos planos 
 
 ANESTESIA 
 Anestesia por planos do rebordo inferior da costela, atravessando a pleura(lindocaína) 
 Anestesia dos 5 planos: pele, periósteo, tecido subcutâneo mais profundo, músculos e pleura 
parietal. 
 OBS: em uma situação real observamos a saída de ar pelo orifício. 
 DIVULSAO KELLY SEGUIDA DE DIVULSAO DIGITAL 
 Dissecamento da pele até chegar na pleura; 
 Quando chega na pleura coloca um pouco da parte romba da Kelly para fazer o furo na pleura. 
 PASSAGEM DO DRENO GUIADO POR KELLY /DIGITAL (a exploração digital é mandatória para 
ter certeza se estar na caixa torácica)- SEM DEIXAR ORIFICIOS DE FORA ; 
 Mensurar a posição do dreno, marcar com uma pinça onde deve alocar, conecta a parte posterior 
ao selo d’água; 
 Protege o dreno com a pinça e insere o dreno em ângulo posterior até a zona marcada 
 FIXACAO COM BAILARINA (FALAR COMO FAZER) 
 Conecta o selo para ocorrer a drenagem. Para isso o selo precisa estar em um nível abaixo do 
paciente; 
Ana Clara Silva Freitas 7 
 
 Fixação do tubo com sutura em bailarina, fixa o nylon na pele e vai enrolando no tubo, por 
fim, faz um nó na porção final do tubo e fixa na pele com esparadrapo. 
 Importante lembrar de cortar a aguha do fio para evitar acidentes; 
 Certifica se está bem firme a bailarina e confirma a ausculta 
 PEDIR RAIO X DE CONTROLE 
 EXPLICAR/FAZER CURATIVO 
 O curativo lubrificado deve ser enrolado ao redor da rede; 
 Aplique várias gazes estéreis ao redor do tubo; 
 Proteja o local com múltiplos curativos de compressão 
 
Toracocentese 
Objetivo: punção da cavidade pleural com finalidade de diagnóstico e terapia. 
É guiado por USG, realizada na região do dorso posterior do tórax. 
Indicações: presença de derrame pleural 
 Contra-indicações: uso de anticoagulante, coagulopatia, trombocitopenia e infecção cutânea 
(puncionar outro sítio) 
 Complicações: 
 Pneumotórax; 
 Dor local; 
 Infecção; 
 Tosse + dispneia (edema de 
reexpansão) 
 OBS: não drenar mais do que 1500 
ml. 
 Preparo inicial: 
 Identificação;  Termo de 
consentimento; 
 Separar material
 Material utilizado: 
 
Ana Clara Silva Freitas 8 
 
 
 
 Posicionamento do paciente: 
 Paciente sentado sobrea borda do leito, apoiando os braços em uma mesa auxilia e abduzindo 
os membros inferiores; 
 Paciente em decúbito lateral para pacientes acamados. 
 Preparo para o procedimento: 
 Exame físico: ausculta e percussão; 
 USG; 
 RX de tórax (supina e decúbito lateral); 
 Local de punção: 1 a 2 espaços intercostais abaixo do nível do derrame, 5 a 10 cm lateral a 
coluna vertebral. 
 OBS: nunca puncionar abaixo da 9° costela. 
 Técnica cirúrgica: 
 Degermação e paramentação; 
 Montagem da mesa e testagem dos materiais; 
 Antissepsia + assepsia + campos cirúrgicos; 
 Anestesia local: é feita com lidocaína 1 ou 2; punciona a borda superior 
da costela e anestesia o espaço intercostal e a pleura parietal; 
 Realizar punção com cateter agulhado (técnica em z); 
 Progredir o cateter siliconado e removeragulha; 
 Conectar válvula em T; 
 
 Aspirar material para diagnóstico com seringa (50-60 ml) 
Vias áreas cirúrgicas 
Traqueostomia 
 Indicações: 
 Suporte ventilatório: 
o Intubação prolongada após 5/7 dias – 14 dias. 
 Obstrução de via área: 
o Edema de vias aéreas e via aérea de alto risco após trauma e cirurgia maxilofacial; 
o Anomalias congênitas; 
o Trauma em crianças; 
Ana Clara Silva Freitas 9 
 
o Infecções com impossibilidade de IOT/Neoplasia. 
 Limpeza de via aérea: 
o Pacientes em fase de broncoconstrição crônica. 
 Contra-indicações: 
 Coagulopatia;  Infecções do pescoço. 
 Complicações: 
 Sangramento paratraqueal: 
o Lesão de veias jugulares anteriores ou istmo de tireoide. 
 Lesão de traqueia e/ou esôfago 
o Laceração da parede posterior da traqueia 
 Posicionamento extraluminal: 
o Formação de falso trajeto 
 Estenose traqueal (é mais tardia); 
 Lesão do nervo laríngeo recorrente 
 Vasos que irrigam a traqueia: 
 Artéria tireóidea superior e inferior 
 Artérias brônquicas. 
 Preparação: 
 Identificação (do médico e do 
paciente); 
 Explicação sobre o procedimento; 
 Solicitar autorização; 
 Preparar material; 
 Posicionar paciente. 
 Posição do paciente: 
 Paciente em posição supina. 
 Materiais: 
 Luvas estéreis; 
 Avental estéril; 
 Campos cirúrgicos; 
 Anestésico local; 
 Caixa de pequenos procedimentos: 
pinça, cabo de bisturi, porta agulha; 
 Fio de sutura; 
 Seringa 10 e 20 ml; 
 Clorexidina (degermante); 
 Cânulas traqueais (tamanho 7 para 
mulheres e 8 para homens); 
 Gaze. 
 
 Procedimento: 
 Degermação das mãoes; 
 Paramentação; 
 Determinar o local da incisão: 
o PARÂMETROS ANATÔMICOS: CARTILAGEM CRICÓIDE, TIREÓIDE E FÚRCULA 
ESTERNAL. 
o Geralmente, a incisão é feita com uma poupa digital acima da fúrcula esternal ou uma 
poupa digital abaixo da cartilagem cricóide. 
Ana Clara Silva Freitas 10 
 
 
 Antissepsia do local; 
 Cobrir com campos cirúrgicos; 
 Anestesia por planos (lindocaína); 
 Incisão horizontal/ vertical. A horizontal é indicada em cirurgias eletivas (intubados em 
UTI); a vertical mais indicada em situações de emergência (trauma); pele subcutâneo. 
 Dissecação dos planos: 
o Músculos: plastima e pré-traqueais (ESTERNO-HIÓIDEO ESTERNO-TIRÓIDEO – 
DEVEM SER AFASTADOS AO REALIZAR O PROCEDIMENTO); 
o Afastar o istmo da tireóideo (facilmente deslocado para cima ou incisão); 
o Fáscia pré-traqueal (anestesia); 
o Incisão dos Anéis traqueais. Pode ser entre o 1° e o 2° ou entre o 3° e 4° (menor risco 
de estenose de traqueia 
o A incisão dos anéis podem ser de várias formas: H, U, T, circular. 
 Inserção da cânula traqueal: 
o Retirar parcialmente o tubo orotraqueal; 
o Suturar traqueia ao tecido subcutâneo; 
o Aspirar traqueia; 
o Colocar tubo e insuflar o cuff; 
o Checar; 
o Retirar tubo 
 Fixação do tubo: 
o Curativo com gaze sob as asas laterais da cânula e fixação 
desta com cadarço ao redor do pescoço 
 
Cricotireoidostomia 
 A Cricotireoidostomia cirúrgica é o estabelecimento de uma abertura através da membrana 
cricotireóidea e a colocação de um tubo de traqueostomia ou tubo endotraqueal (TET) com balonete 
na traqueia. É empregada principalmente nos casos de via áerea falha por não conseguir 
oxigenar. 
 Cricotireoidostomia por punção: nem sempre é a melhor e favorável 
 É uma boa opção como ponte rápida, mas não é definitiva 
 Cricotireoidostomia percutânea 
 Indicações: 
 Quando há incapacidade de realizar intubação oro ou nasotraqueal 
o Trauma extenso de face, sangramento profuso, dema de laringe e obstrução. 
 Contraindicações: 
Ana Clara Silva Freitas 11 
 
 Tumor avançado de laringe; 
 Fratura de laringe; 
 Estenose ou tumor de traqueia; 
 Crianças < 12 anos 
 Complicações: 
 Sangramento, infecções, hematomas, colocação incorreta, enfisema subcutâneo  comuns 
 Perfuração esofágica, perfuração meadistinal, pneumotórax  incomuns. 
 PARÂMETROS ANATÔMICOS PARA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO: 
 Localizar a cartilagem tireoide, membrana cricotiroidea (a qual é o local da punção) e 
cartilagem tireóidea; 
 Material utilizado: 
 EPIs estéreis; 
 Campo cirúrgico; 
 Pinça kelly; 
 Gaze; 
 Degermante e antisséptico; 
 Lidocaína 2%; 
 Agulha e seringa para anestesia; 
 Bisturi com lâmina 11; 
 Bougie/guia; 
 Tubo; 
 Seringa para insuflar o cuff; 
 Material para fixar; 
 AMBU. 
 Procedimento: 
 Localizar local da punção; 
 Realizar anestesia local; 
 Inserção da cânula em aspiração até a trava de proteção. 
 Retirar o guia e acoplar a cânula; 
 Solicitar ajuda para ventilação do paciente; 
 Confirmação pela ausculta respiratória. 
 OBS: a cânula sem balão não protege a via aérea 
Segurança do paciente 
 Metas internacionais de segurança ao paciente: 
1. Identificação; 
2. Comunicação; 
3. Medicamentos; 
4. Cirurgia segura; 
5. Higiene das mãos, 
6. Risco de quedas. 
 
 PRÉ OPERATÓRIO 
1. Boa tarde, meu nome é ... vou fazer a sua cirurgia hoje; 
2. Identificação do paciente pela pulseira/beira leito; 
3. Confirmar o sítio cirúrgico, procedimento e o consentimento (verbal e TCLE); 
4. Confirmar com o cirurgião o procedimento; 
5. Marcar o local com iniciais do cirurgião ou em alvo, pois o ”X” não é mais permitido 
(lateralidade?); 
6. Equipamento de anestesia ok? Qual anestesia? 
Ana Clara Silva Freitas 12 
 
7. Oxímetro funcionando? Acesso venoso 
periférico grosso calibre? 
8. Alergia a algum medicamento? 
9. Mallampati, classe I, II, III ou IV? (VA difícil/ 
broncoaspiração) 
10. Risco perda sanguínea > 500ml? 
 INTRA OPERATÓRIO 
1. Confirmar nome e função dos membros da equipe; 
2. Cirurgião, anestesista e equipe confirmam verbalmente a ID do paciente, sitio e procedimento; 
3. Revisão do procedimento (duração, perda sanguínea, etapas críticas); 
4. Anestesio, há preocupação especifica ao paciente? 
5. Jejum de 8hrs? Se não tiver -> sonda naso pra aspirar substancia gastro; 
6. Enfermeiro, houve esterilização correta dos materiais? Estão todos aqui? 
7. Fez a profilaxia antimicrobiana? (60min); 
8. Tem imagem disponível? 
 REGISTRO 
1. Registro procedimento intra operatório 
2. Contagens instrumentais, compressas e agulhas? 
3. Amostra pra anatomia patológica identificada e na substancia correta? 
4. Cuidados pós operatório: 
o Medicamento; 
o Curativo; 
o Dieta; 
o Riscos de queda; 
o Trombofilíticos; 
o Controle da dor. 
Cardiologia aplicada 
RITMO E FREQUÊNCIA 
 O ritmo normal é o sinusal, caracterizado por: 
 Onda P positiva em DI, DII e aVF; 
 Onda P negativa em aVR. 
 Onda Q patológica (amplitude maior que 2mm e duração maior que 30 ms): no IAM com elevação 
de segmento ST é um sinal de necrose. 
 Alterações do segmento ST: 
 O supradesnivelamento do segmento ST consiste na elevação no ponto J do segmento ST em 
duas ou mais derivações contíguas maior que 2 mm. 
Ana Clara Silva Freitas 13 
 
 A presença de Bloqueio de Ramo 
Esquerdo (BRE) sugere IAM; 
 O supra de ST na fase hiperaguda 
se caracteriza pela presença da 
ascensão assimétrica do 
segmento ST em direção à onda 
T positiva e pontiaguda. 
 
ECG de um IAM da parede 
inferior com 
supradesnivelamento de ST em 
D2, D3 e aVF 
COMO O MÉDICO DEVE SE PROCEDER EM 
CASOS DE DOR TORÁCICA, principal indicativo de síndrome coronariana aguda. 
1. Identificar-se de maneira cordial; 
2. Perguntar o nome do paciente; 
3. Tranquilizar o paciente; 
4. Caracteriza a dor quanto à duração; 
5. Caracteriza a dor quanto ao tipo; 
6. Caracteriza a dor quanto à intensidade; 
7. Caracteriza a dor quanto à irradiação; 
8. Perguntar sobre náuseas ou vômitos; 
9. Perguntar sobre antecedente pessoal de hipertensão arterial sistêmica; 
10. Perguntar sobre antecedente pessoal de dislipidemia; 
11. Perguntar sobre antecedente pessoal de diabetes mellitus; 
12. Perguntar sobre antecedente familiarpara doença arterial coronariana; 
13. Realizar abordagem inicial em sala vermelha: 
 Estabilização hemodinâmica; 
 Solicitar que seja colocada fonte de oxigênio, caso a Sat esteja < 94%; 
 Solicitar que seja obtido acesso venoso calibroso; 
 Solicitou eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações (em no máximo 10 min); 
 Verificar a medida de pressão arterial nos dois membros. 
14. Interpretar o ECG corretamente: 
 Geralmente, indentifica-se infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento de 
ST; 
 Mas, pode haver ECG sem o supra. 
15. Medicar o paciente com: 
 Nitrato sublingual/ dintrato de isossorbida – VO, 5 mg sublingual, 5-5 min, até 3x; 
 AAS, VO 300 mg; 
 Clopidogrel: 4 comp. 300 mg; 
 Estatina de 80 mg; 
 Betabloqueador: metoprolol 50 mg, VO 6/6 h; 
 HBPM: 1mg/kg de 12 em 12 h ou 300 mg em bolus. 
16. Faz o encaminhamento para centro de referência com hemodinâmica ou trombólise. 
17. 
Ana Clara Silva Freitas 14 
 
Anamnese. Icterícia e colestase neonatal 
No OSCE: saber identificar as patologias, por meio da anamnese e exame físico. Realizar as 
perguntas seguindo os itens da anamnese, falar a SD, conduta/tratamento. 
Anamnese do neonato deve conter: 
1. Identificação; 
2. QP; 
3. HMA (SEMPRE PERGUNTAR SE 
HÁ/HOUVE FEBRE e perguntar sobre 
dejeções e evacuações) 
4. Antecedentes obstétricos; 
5. Antecedentes neonatais; 
6. Antecedentes patológicos; 
7. Antecedente vacinal; 
8. Antecedentes alimentares; 
9. Antecedentes familiares; 
10. História biopsicossocial; 
11. Desenvolvimento neuropsicomotor. 
 Exame físico: 
 Fazer estadiamento de Kramer em suspeita de icterícia; 
 Avaliar desidratação; 
 Ganho de peso: 
o 1° trimestre: 30 g/dia; 
o 2° trimestre: 20-25 g por dia; 
o 3° trimestre: 18 g ao dia 
 Perímetro cefálico: 
o 1° ano: 10 cm; 
o 10 cm ao longo da vida. 
 Ganho de altura 
o 1° semana: 15 cm; 
o 2° semana: 10 cm 
 ICTERÍCIA NEONATAL: 
 Hiperbilirrubinemia é quando há concentração sérica de bilirrubina maior que 2 mg/dL; 
 Para ser detectada visualmente, é necessária uma concentração superior a 4 a 5 mg/dL; 
 A icterícia inicia na face e tem uma progressão cefalocaudal; 
 A Icterícia fisiológica resulta da produção elevada de bilirrubina no RN, devido há maior 
destruição de hemácias e da baixa capacidade de excreção hepática. 
 Fatores de risco: raça branca, sexo masculino, prematuros, etc. 
 Quadro sintomatológico da icterícia patológica: 
o Quando ocorre icterícia nas primeiras 24 h e por tempo prolongado (de 7-15 dias); 
o Quando BD é maior que 2mg/dL e a BT exceda 15 mg/dL; 
o Quando o RN apresenta sinais clínicos de infecção 
 História obstétrica do parto: 
o Drogas maternas; 
o Tipo de parto; 
o Retardo no clampeamento do cordão umbilical; 
o Grupo sanguíneo; 
o Fator Rh; 
o Coombs materno. 
 História neonatal: 
o Idade gestacional; 
o Peso de nascimento do RN; 
Ana Clara Silva Freitas 15 
 
o Se já eliminou mecônio; 
o Amamentação no seio? 
o Ingerindo leite na quantidade necessária? 
 Exame físico: 
o Pesquisar sinais de infecção congênita, como petéquias, hepatoesplenomegalia e 
estado geral ruim; 
o Estadiamento de Krammer, o qual avalia 5 domínios: 
 
 Exames laboratoriais: 
o Grupo sanguíneo e o fator Rh da mãe e do RN; 
o Teste de Coombs direto; 
o Hematócrito e Hb; 
o Reticulócitos; 
o BD e BT. 
 Tratamento: 
o Fototerapia; 
o Exsanguineotransfusão; 
o Tratamento farmacológico: fenobarbital e inibidores de heme-oxigenase. 
 COLESTASE NEONATAL: 
 A colestase é um sintoma ou sinal e não uma doença; 
 Definição: redução na formação ou no fluxo biliar, secundária a anormalidades estruturais e 
moleculares do fígado e/ou das vias biliares. 
 Tríade sintomatológica clássica: Icterícia, hipocolia/acolia fecal e colúria: 
o Pode haver prurido e xantomas. 
 A colestase é considerada neonatal quando se inicia nos primeiros 3 meses de vida, podendo 
se manter após esse período. 
 Exames laboratoriais: 
o BD > 1 mg/dL, se o nível de bilirrubina total (BT) ≤ 5 mg/dL ou BD > 2 mg/dL ou maior 
que 20% do total, se BT > 5 mg/dL; 
o Aumento: GGT, FA, concentrações séricas dos ácidos biliares e do colesterol 
 Após a identificação da icterícia colestática, procede-se à investigação do diagnóstico 
etiológico, são alguns deles: 
Ana Clara Silva Freitas 16 
 
o Atresia biliar; 
o Infecções congênitas; 
o Cromossomopatias; 
o Erros inatos do metabolismo; 
o Anormalidades neurológicas 
 Importante avaliar no diagnóstico etiológico TGO, TGP. 
 
Assistência ao parto e partograma 
1. Apresentou-se adequadamente? 
2. Avaliou dinâmica uterina? 
3. Solicitou exame físico? 
 Exame físico geral 
 Manobras de Leopold: 
1°: delimita o fundo uterino para determina a situação do feto; 
2°: determina a posição fetal e o melhor foco de ausculta; 
3°: possui como objetivo avaliar a mobilidade do polo fetal inferior em relação ao 
estreito superior da bacia materna, determinando assim a apresentação fetal. 
4°: determina a insinuação fetal (as costas do examinador é voltada para a cabeça do 
paciente): determina a apresentação fetal (cefálica, pélvica, transversal?); 
4. Demonstrou interesse em fazer exame de toque vaginal? 
5. Solicitou cardiotocografia? 
 Quando indicar cardiotografia: 
o Mãe com febre; 
o Sangramento em atividade; 
o Gravidez de risco; 
o Cardiopatia; 
o HAS gestacional; 
o Anemia falciforme; 
o Diabetes; 
o prematuridade 
6. Identificação adequada do partograma? 
7. Traçou linha de alerta e linha de ação? 
 LINHA DE ALERTA: traçada cruzando o quadrado abaixo da marca da dilatação, 
atravessando todos os quadrados na diagonal. 
 LINHA DE AÇÃO: é traçada paralela 4 quadrados (horas) à direita da linha de alerta 
Ana Clara Silva Freitas 17 
 
 
8. Inseriu altura da apresentação corretamente? 
 Preparatório; 
 Dilatação: 
o Latente: possui ritmicidade, intensidade e é irregular 
o Ativa: ritmo contrátil intenso e constante, aproximadamente 6 cm 
 Pélvico. 
9. Inseriu representação de dilatação e batimentos cardíacos fetais de forma adequada? 
 Ex.: (triângulo em 6 cm e BCF 148bpm) 
10. Inseriu adequadamente contrações, bolsa íntegra, líquido amniótico não visualizado e uso de 
ocitocina 48ml/h? 
11. Diagnóstico correto na primeira cardiotocografia 
 Ex.:(categoria 2) 
12. Identificou taquissistolia na cardiotocografia? 
Realizou medidas para melhora de taquissistolia: 
13. Desligou ocitocina? 
14. Decúbito lateral? 
15. Ofertou oxigênio? 
16. Solicitou hidratação? 
17. Solicitou nova cardiotocografia após medidas? 
18. Diagnóstico correto na segunda cardiotocografia 
 Ex.:(categoria 1) 
19. Não indicou parto cesárea? 
 Contraindicações para cesariana: 
o A fase latente prolongada (>20 horas em 
nulíparas e >14 horas em multíparas) 
não deve ser uma indicação para 
cesariana. 
Ana Clara Silva Freitas 18 
 
o Trabalho de parto lento, porém progressivo não deve ser uma indicação para 
cesariana 
20. O candidato manteve a condução do trabalho de parto? 
 CARDIOTOGRAFIA: 
 Técnica: 
o Transdutor de sonar doppler sobre o dorso fetal, para captação dos batimentos 
cardíacos fetais. 
o Tocômetro é posicionado próximo ao fundo uterino para registrar a atividade 
contrátil miometrial. 
o Esses sinais são transmitidos a um monitor que gera registro gráfico da FCF e das 
contrações uterinas. 
 Parâmetros: 
o Frequência cardíaca fetal basal (FCF) – linha de base (140-160 ref). 
o Oscilações da frequência cardíaca fetal – variabilidade da FCF (6-25 ref). 
o Acelerações da frequência cardíaca fetal. 
o Desacelerações da frequência cardíaca fetal. 
 
 Normal (altamente preditivo de equilíbrio ácido base normal). 
 Atípica/Indeterminada (não é preditor de alteração). 
 Anormal (equilíbrio ácido-base anormal) 
 Categoria 1: normal 
 Categoria 2: suspeito Categoria 3: anormal 
Ana Clara Silva Freitas 19 
 
 
Lesão renal aguda (LRA) 
1. Lesão renal: queda abrupta da função renal que ocasiona desregulação do volume extracelular e de 
eletrólitos. 
2. Quais os critérios de identificação da lesão renal? 
 Aumento de creatinina sérica ≥ 0,3 mg/da em 48 h; 
 Aumento de creatinina sérica ≥ 1,5 x a linha de base nos últimos 7 dias; 
 Queda do débito urinário <0,5 mL/kg/hora por 6 horas  Não é o melhor critério. 
3. Quais os estágios da LRA? 
 Avaliados pelo critério de Kdigo (+recente) 
 
4. Quais etiologias? 
 Pré-renal, sintomas: 
o Hipotensão arterial; 
Ana Clara Silva Freitas 20 
 
o Hipovolemia; 
o Hemorragias, diarreia, queimadura; 
o Oligúria (não é obrigatória) 
 Renal intrínseca: 
 Pós-renal: 
o Sintoma: anúria 
 Lesão tubular: 
o Sintomas: dispneia, ortopneia, edema, turgência jugular e estertoração pulmonar 
podem estar hipovolêmicos 
5. Exames de imagem: USG e tomografia; 
6. Quais as alterações dos exames laboratoriais além da creatinica sérica e do débito urinário: 
 CPK elevada: indica causa de lesão renal; 
 CA elevada: indica causa de lesão renal por desidratação; 
 Ácido úrico e LDS elevados: indicam sintomas de lise tumoral; 
 Ureia e creatinina: diagnóstico para função renal; 
 Sumário de urina ajuda a avaliar a causa;; 
 Eletrólitos urinário; 
 FeNa e sódio urinário. 
OBS: Não realizar exames contrastados em pacientes com problemas renais, pois elevam a lesão 
renal. 
7. Quais as prevenções da IRA? 
 PAM> 80 mmHg, 
 Volume intravascular adequado; 
 Evitar o uso de drogas nefróticas. 
8. Qual o tratamento: 
 Hidratação; 
 Nutrição; 
 Antibioticoterapia de amplo 
espectro; 
 Tratar causa base. 
9. Quais as indicações para diálise? 
 Hipercalemia; 
 Hipervolemia; 
 Uremia; 
 Acidose metabólica grave 
Glomerulopatias 
 Síndrome nefrítica /Glomerulonefrite Difusa (GNDA): Hipertensão, edema, hematúria e 
proteinúria subnefrótica (<50 mg/kg/24 h em crianças). 
 Causas: 
o Glomerulonefrite Póe-estreptocócica (GNPE) – principal causa em crianças 
 Manifestações clínicas: edema, hematúria, hipertensão, hematúria 
microscópica, oligúria; 
 Período de incubação: 7-28 dias; 
 Exames laboratoriais: função renal (aumento de creatinina); sumário de 
urina (hematúria dismórgica, proteinúria); sistema complemento- SC (C3 e 
CH50 diminuídos); Strep-test (elevação de anticorpos ASO); 
Ana Clara Silva Freitas 21 
 
 Diagnóstico: questionar sobre faringite recente; verificar se período de 
incubação é compatível; documentar infecção estreptocócica através do 
laboratório e demonstrar queda do SC até 8 semanas. 
 Tratamento: 
 Se infecção ativa: usar penicilina; 
 Restrição de sódio e água; 
 Uso de antidiuréticos, como furosemida 1mg/kg (máximo 40 mg); 
 Em caso de encefalopatia hipertensiva: reduzir a PA com nifepidina oral 
ou nicardipina parenteral; 
 Comprometimento grave: diálise. 
o Glomerulonefrite Rapidamente progressiva (GNPR): 
 Evolui rapidamente para o decréscimo da TFG de ao menos 50% em curto 
período; 
 Diagnóstico: 
 Tipo I: Depósitos de anticorpos anti-mebrana basal glomerular; 
 Tipo II: Doença do complexo Imune (45% dos caso); 
 Tipo III: Doença puci-imune (50% dos caos); 
 Identificação por biópsia renal 
 Tratamento: 
 Terapia com Plasmaférese na GNRP tipo I até a negativação do anti-
MBG; 
 Prednisona (1mg/kg/dia) e imunossupressor (ciclofosfamida 
2mg/kg/dia ou azatioprina 1-2 mg/kg/dia) são indicados em todos os 
tipos. 
 
 EXEMPLO DE COMO PODE SER COBRADO, caso clínico e o passo a passo da conduta: 
1. Perguntou à mãe da criança sobre a queixa principal e tempo de início dos sintomas? 
2. Perguntou sobre HMA, englobando alteração urinária? 
3.Perguntou sobre HMA, englobando alteração em pele ou faringite? 
4. Perguntou se estava fazendo atividade física há menos de 60-90 min? 
5. Perguntou se possui alguma comorbidade? 
6. Perguntou sobre o uso de alguma medicação? 
7.Perguntou se comeu há menos de 30 min? 
8. Fez medição do braço para escolha do manguito? 
9. Fez medição do braço para colocação correta do manguito? 
10. Escolheu manguito adequado? 
11. Verificou primeiramente palpando pulso em artéria radial? 
12. Realizou aferição de PA com estetoscópio em artéria braquial? 
13. Solicitou percentis de PA? 
14. Constatou PA aumentada? 
15. Relatou HD: glomerulonefrite pós- estreptocócica ou GNPE 
16. Solicitou pelo menos 4 exames laboratoriais (uréia, creatinina, complemento, eletrólitos, 
urina tipo 1, albumina, relação proteína/creatinina na urina, teste rápido para estreptococos 
ou ASLO) 
17. Quantificou diurese no mínimo em 6h 
18. Informou sobre restrição salina 
19. Sinalizou o bom prognóstico da doença, tranquilizando o acompanhante 
20. Solicitou retorno ou acompanhamento em UBS ou com especialista? 
Ana Clara Silva Freitas 22 
 
 Síndrome nefrótica: edema generalizado, hipoalbuminemia (albumina sérica<3g/dL) , 
proteinúria maciça (excreção de proteinúria>50 mg/kg/dia) e hipercolesterolemia. 
 Classificação e etiologia: 
o Síndrome nefrótica primária: é acompanhada por doença sistêmica (ex.: Síndrome 
nefrótica idiopática – comum na criança e glomerulonefrite primária); 
o Síndrome nefrótica secundária: também é associada a doença sistêmica, ex.: LES. 
o Síndrome nefrótica congênita infantil: ocorre em crianças com menos de 1 ano de 
vida, pode ser primária ou secundária. A primeira causada por infecção. 
 Manifestações clínicas: 
o Edema inicialmente periorbitário, melhorando nessa região ao longo dos dias e 
piorando nas extremidades; 
o Anasarca, taquicardia, oligúria, etc. 
 Diagnóstico: 
o Doagnóstico clínico: Proteinúria > 50 mg/kg/dia, edema e hipoalbuminemia; 
o Testes urinários: 
 Proteinúria de 24 h; 
 Urinálise. 
o Testes sanguíneos: 
 Proteínas séricas; 
 Lipídios; 
 Estudo da função renal; 
 Hemograma; 
 Estudos do complemento; 
 Eletrólitos. 
 Tratamento: 
o Terapia inicial: prednisona 2 mg/kg/dia por 6 semanas, seguida de 1,5 
mg/kg/dia por 6 semanas em dias alternados; 
o Em casos de recorrências: prednisona 2 mg até os testes urinários forem negativos ou 
em mínima concentração por 3 dias, seguido por prednisona de 1,5 mg em dias 
alternados por 4 semanas; 
o Pacientes resistentes a corticosteroides: terapia baseada na biópsia, pode sser usados 
antagonistas de angiotensinas; 
o Terapia deve ser iniciada se paciente for <10 anos e <1 ano, não ter HAS, hematúria 
significativa ou elevação de creatininia, SC deve estar em nível normal e não deve 
haver sinais estrarrenais, como rash ou púrpura. 
 EXEMPLO DE COMO PODE SER COBRADO: 
1. Comunicou à mãe sobre o resultado da pressão arterial? 
2. Fez a hipótese diagnóstica de síndrome nefrótica? 
3. Orientou a restrição de sódio na dieta? 
4. Orientou sobre hábitos saudáveis (realizar atividade física, evitar repouso e 
sedentarismo)? 
5. Prescreveu anti-helmíntico? 
6. Prescreveu diurético? 
7. Prescreveu corticóide 2mg/kg/dia? 
8. Explicou a receita para a mãe? 
9. Orientou a mãe sobre a evolução da doença e a ocorrência de novas descompensações? 
10. Antes de encerrar a consulta, perguntou se a mãe tinha dúvidas? 
Ana Clara Silva Freitas 23 
 
Suturas 
Suturas: aproximação das bordas dos tecidos lesionados 
Nós: composto por 3 seminós (contenção, fixação e segurança)sobrepostos e apertados 
Normas básicas para realizar a sutura: 
 Assepsia adequada; 
 Bordas regulares; 
 Evitar espaço morto; 
 Boa captação das bordas; 
 Hemostasia . 
A sutura não deve ser realizada quando: 
 Feridas/lesões infectadas: 
o Sinais de inflamação: vermelhidão local, saída de secreção purulenta, odor fétido, retorno 
da dor local mesmo com analgesia. 
 Mordidas de animais; 
 Perfurações profundas; 
 Suturas que demandam muita tensão do tecido; 
 Feridascom sangramento ativo não controlado; 
 Feridas superficiais (escoriações e erosões). 
Fios: 
 Deve te resistência tênsial igual a dos tecidos, ser fino, regular, flexível, ter pouca redução 
tecidual e ter baixo custo. 
 A escolha deve ser baseada segundo suas propriedades: 
o Absorção: 
 
 
o Inabsorção: 
Ana Clara Silva Freitas 24 
 
 
o Configuração; 
o Força tênsil; 
o Maleabilidade; 
o Segurança do nó; 
o Reação tecidual. 
 Técnica da sutura: 
o Existem 5 pré-requisitos: realizar tração adequada, não permitir que as forbas fiquem 
sob tensão, simetria do ponto entre a borda e a ferida, evitar nós sobre a ferida, fios e 
agulhas adequados. 
 Suturas descontínuas: 
o Ponto Simples Separado: é a técnica mais utilizada, pois é fácil e rápida. É o ponto ideal para 
uma aproximação correta das bordas de uma ferida. Utiliza-se agulha curva, portanto 
suaintrodução na pele deve acompanharseu círculo. 
o Ponto Donati (“longe-longe, perto-perto”): Permite aproximação uniforme das bordas 
mesmo quando for uma incisão incorreta ou quando as bordas forem irregulares, apesar de 
ter uma execução mais trabalhosa. 
o Ponto em X: Utilizada em regiõesmcom grandes resistências submetidas à tensão. 
o Ponto em U Horizontal: Na sutura em U horizontal, ou ponto de Gillies, a agulha penetra a 
pele de forma intradérmica na fase inicial, em uma das bordas. 
 Suturas contínuas: indicadas quando há grandes extensões para suturar 
o Ponto Simples Contínuo (chuleio simples): consiste na confecção de pontos simples, 
seriados e sem interrupção. O nó é realizado no início e no final da sutura. Possui técnica 
rápida e de fácil execução. 
o Ponto Contínuo Ancorado (chuleio festonado): Realizado da mesma forma que a sutura 
simples contínua, porém com o cruzamento do fio entre os nós. É utilizado para dar firmeza 
à sutura, principalmente nas suturas longas, conferindo maior fixação dos lábios da sutura. 
o Ponto em U Horizontal Contínuo (barra grega ou colchoeiro): Sutura realizada em U, 
horizontalmente, transfixando a pele em suas bordas. A entrada e saída dos fios são 
realizadas lado a lado, de forma contínua. 
o Sutura Intradérmica: É realizada por passagem do fio de forma horizontal, em plano mais 
superficial possível. 
Ana Clara Silva Freitas 25 
 
 EXEMPLO DE COMO PODE SER COBRADO, caso clínico e conduta: 
1. Paramentar-se (deve especificar: touca, óculos, máscara, avental e luva estéril) 
2. Lavagem da ferida com soro fisiológico 
3. Degermação dos bordos da ferida 
4. Colocação de campos estéreis 
5. Anestesia local 
6. Exploração da ferida 
7. Sutura da ferida com pontos separados 
TAREFA 2 
ADEQUADO 
INADEQUADO 
8. Escolheu o fio correto (mononylon 3-0) 
9. Característica 1: monofilamentar 
10. Característica 2: inabsorvível 
11. Especificou a sutura com pontos separados (simples ou Donatt) 
12. Realizou a sutura com os pontos corretos 
13. Nós firmes e distância entre os pontos satisfatória 
14. Curativo simples 
15. Lavar a ferida com água e sabão diariamente, e mantê-la sempre seca e limpa 
16. Atentar para sinais inflamatórios e infecciosos (citar ao menos 2 dos seguintes: vermelhidão 
local, saída de secreção purulenta, odor fétido, retorno da dor local mesmo com analgesia) 
17. Analgesia 
18. Questionou calendário vacinal ou prescreveu dose de reforço da vacina anti- tetânica 
19. Retorno em 7 dias para retirar os pontos 
20. Orientou afastamento do trabalho para melhor cicatrização e preenchimento da Notificação 
de Acidente de Trabalho (CAT)

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