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Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Curso de Engenharia Metalúrgica Relatório de Física Experimental Prática 03: Pêndulo Simples Aluno: Francisco Isaias de Oliveira Nunes Matrícula: 420755 Professor: Natalia González Gómez Turma: 16A Disciplina: Física Experimental Para Engenharia Data da Prática: 13/04/2018 Horário: 08:00 às 10:00 horas Fortaleza – Ceará 2018 2 1. Objetivos Verificar as leis do pêndulo Determinação da gravidade local 2. Material Pedestal de suporte com transferidor; Massas aferidas m1 e m2; Cronômetro (alternativamente pode ser usada a função cronômetro de um celular); Fita métrica; Fio (linha zero) 3. Introdução Teórica O pêndulo simples consiste em uma massa puntiforme presa a um fio com massa desprezível, que se desloca sem atrito na vertical. Sendo assim, uma situação ideal, então, o que foi utilizado na aula é parecido com um pêndulo simples. Quando é solto oscila com a ação da gravidade e possui duas forças no sistema, segundo imagem 3.1: peso (mg) e a tração no fio. O peso possui duas componentes: mgcosθ e mgsenθ. Onde, a componente vertical é a aceleração centrípeta e a horizontal é a força restauradora do sistema. Para que a oscilação possua um movimento harmônico necessita que a força restauradora (senθ) se já proporcional ao deslocamento e com sentido contrário. Imagem 3.1: Pêndulo Simples Fonte: http://www.fisica.ufpb.br/~mkyotoku/texto/texto6.htm. 3 T = 2 (L / g ) 1/2 (3.2) g = (3.3) O período do pêndulo simples em pequenas amplitudes só depende do comprimento do pêndulo e do valor da aceleração da gravidade do local. O período é dado pela equação 3.2. Além disso, o experimento do pêndulo simples pode – se calcular a gravidade do local através da formação do T 2 x L, onde pode ser observado na equação 3.3. 4. Procedimento Foi medido o tempo necessário para o pêndulo realizar dez oscilações completas com uma massa m1, um ângulo de 15° e uma distância de 20 cm do ponto de suspensão até o centro de gravidade do corpo. Depois de feito três experimentos você calcula a média para uma oscilação. Depois disso, você realiza o experimento utilizando a mesma massa, o mesmo ângulo com um comprimento de: 40 cm, 60 cm, 80 cm, 100 cm, 120 cm, 140 cm, para poder completar a tabela 3.1 e realizar a construção do gráfico. Após montar a tabela 3.1, você muda o comprimento para 150 cm e mantém a massa, porém em um experimento você realiza com um ângulo de 10° e em outro de 15° para completar a tabela 3.2. Na última tabela 3.3, você mantém o ângulo de 10° e o comprimento de 150 cm nos dois experimentos, mas muda as massas com uma massa m1 no primeiro e m2 no segundo. Os tempos cronometrados estão nas tabelas a seguir: Obs.: Os cronômetros conseguem marcar até centésimos de segundo, porém o tempo de reação humana vai até o décimos de segundos, por este motivo só será utilizado até os décimos de segundos nesta prática. . o Tabela 4.1: Resultados experimentais para o pêndulo simples L (cm) ɵ (graus) m (gramas) 10T (s) T (s) T 2 (s) L1: 20 ɵ1: 15 m1: 50 10T1: 8,8 10T1: 9,0 10T1: 8,6 0,9 0,8 L2: 40 ɵ1: 15 m1: 50 10T2: 12,5 10T2: 12,6 10T2: 12,4 1,25 1,56 L3: 60 ɵ1: 15 m1: 50 10T3: 15,2 10T3: 15,2 10T3: 15,2 1,52 2,31 L4: 80 ɵ1: 15 m1: 50 10T4: 17,6 10T4: 17,7 10T4: 17,6 1,76 3,10 L5: 100 ɵ1: 15 m1: 50 10T5: 19,4 10T5: 19,5 10T5: 19,6 1,95 3,80 L6: 120 ɵ1: 15 m1: 50 10T6: 21,7 10T6: 21,6 10T6: 21,6 2,16 4,66 L7: 140 ɵ1: 15 m1: 50 10T7: 23,4 10T7: 23,5 10T7: 23,7 2,35 5,22 4 o Tabela 4.2: Resultados experimentais para o estudo da influência da amplitude sobre o período do pêndulo simples. L (cm) ɵ (graus) m (gramas) 10T (s) T (s) L: 150 ɵ1: 15 m1: 50 10T8: 24,3 10T8: 24,3 10T8: 24,2 2,43 L: 150 ɵ2: 10 m1: 50 10T9: 24,0 10T9: 24,1 10T9: 24,1 2,41 o Tabela 4.3: Resultados experimentais para o estudo da influência da massa sobre o período do pêndulo simples. L (cm) ɵ (graus) m (gramas) 10T (s) T (s) L: 150 ɵ1: 10 m1: 50 10T9: 24,0 10T9: 24,1 10T9: 24,1 2,41 L: 150 ɵ2: 10 m2: 100 10T10: 24,2 10T10: 24,2 10T10: 24,1 2,42 Gráfico 01: Gráfico feito em função de T x L Fonte: Dados experimentais 0 30 60 90 120 150 0,8 1,2 1,6 2 2,4 P o si çã o (c m ) Tempo (s) Experimental Ajuste Parabólico 5 Gráfico 2: Gráfico feito em função de T² x L Fonte: Dados experimentais 5. Questionário 1. Dos resultados experimentais é possível concluir-se que os períodos independem das massas? Justifique. Dependem, pois com uma variação pequena de massas é possível notar uma pequena diferença nos períodos. 2. Dos resultados experimentais o que se pode concluir sobre os períodos quando a amplitude de 10º para 15º? Justifique. Independem, pois a variação dos ângulos é muito pequena para notar-se alguma diferença no período. 3. Qual a representação gráfica que se obtém quando se representa T x L? Justifique. Parábola, pois o ângulo varia de forma não linear. 0 30 60 90 120 150 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 L (c m ) T² (s) Experimental Ajuste Linear 6 . 4. Idem para T2 x L? Justifique. Reta, pois os pontos estão próximos uns dos outros em sequência o que descrevendo uma função linear. 5. Determine o valor de “g” a partir do gráfico T2 x L (indique os valores numéricos nos cálculos). L = 80 cm = 0,8 m T2 = 3,06 s Utilizando a equação 3.3 e substituindo os valores: g = 4 x (3,1416) 2 / (3,06/0,8) g = 39,5/3,82 g = 10,3 m/s 2 6. Qual o peso de uma pessoa de 70,00 kg no local onde foi realizada a experiência? P = m x g P = 70,00 x 10,3 = 721,0 N 7. Qual o peso da pessoa da questão anterior na lua? Utilizando a gravidade da lua g = 1,62 m/s 2 P = 70,00 x 1,62 = 113,4 N 8. Compare o valor médio de T obtido experimentalmente para L = 120 cm com o seu valor calculado com a fórmula T = 2 x (L / g ) 1/2 (use g = 9,81 m/s 2 ). Comente. Usando : = 3,1416 L = 120 cm = 1,2 m T = 2 x (3,1416) x(1,2/9,81) 1/2 T = 6,28 x 0,35 T = 2,20 s T5 = 2,16 s É uma diferença de apenas 0,04 s do tempo do experimento para o feito com a fórmula o que mostra que tanto o experimento como a fórmula pode calcular o período de um pêndulo com precisão. 9. Discuta as transformações de energia que ocorrem durante o período do pêndulo. No início o pêndulo possui energia potencial gravitacional máxima e quando é solto, a energia cinética vai aumentando até chegar ao máximo no ponto de 7 equilíbrio das forças, e volta a ser nula a energia cinética, quando chega na amplitude máxima do pêndulo e a energia potencial gravitacional volta a ser máxima. Isso ocorre até o pêndulo parar de oscilar. 10. De acordo com o valor de g encontrado experimentalmente nestaprática, qual seria o comprimento para um período de 3 s? L = 3² x 10,3/ 4x(3,1416)² L = 92,7/ 39,5 L = 2,35 m 6. Conclusão Com o fim da prática vimos que o pêndulo é uma ferramenta muito prática de serem utilizados para se descobrir vários dados como, por exemplo, a gravidade de um local. Vimos também que, o ângulo formado entre o corpo e o pêndulo e comprimento do fio só vão influenciar no período se for uma variação muito grande, pois ambos os termos estão dentro de uma raiz como mostra a equação 3.3. Além disso, conseguimos aprender a confeccionar gráficos que seguem as normas da ABNT, com os componentes necessários para a análise de dados. No final os objetivos foram alcançados e a prática teve êxito. 7. Bibliografia o Roteiros de Aulas Práticas de Física. o http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/MHS/pendulo.php. Acessado em 25 de abril de 2018. o (3.2) Equação do período de um pêndulo simples. o (3.3) Cálculo da aceleração da gravidade.