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Tutoria 3 3

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Tutoria 3.3 
1. Definir Caquexia Neoplásica (relacionada ao Câncer e ao tratamento), elucidando dados 
epidemiológicos, fisiopatologia, quadro clínico, complicações, diagnóstico e o seu manejo 
Caquexia não é sinônimo de emagrecimento acentuado. 
➔ A palavra "caquexia" é derivada do grego "kakos" que significa "ruim" e "hexis" que significa "condição". 
➔ A fisiopatologia da caquexia em diversas doenças está relacionada com mecanismos diversos e multifatoriais 
como produção de citocinas pro-inflamatorias, sensação de plenitude gástrica, náuseas e vômitos, má 
absorção intestinal e disfunção hormonal. 
A caquexia é uma situação em que há a perda contínua de massa muscular, gordura e massa óssea, além 
de deficiências nutricionais que não conseguem ser solucionadas mesmo com a alimentação adequada 
A caquexia associada ao câncer pode ser definida como “síndrome multifatorial, na qual há perda contínua de 
massa muscular (com perda ou ausência de perda de massa gorda), que não pode ser totalmente revertida pela 
terapia nutricional convencional, conduzindo ao comprometimento funcional progressivo do organismo” 
➔ A incidência de caquexia depende do tipo e tamanho do tumor 
➔ A perda de peso na caquexia é diferente da que ocorre por jejum, na depressão primária, no 
envelhecimento e na síndrome de má absorção 
Existem duas formas de caquexia: 
a) Caquexia primária: é o tipo mais comum e resulta de interações metabólicas entre o tumor e o hospedeiro 
que levam ao consumo progressivo da proteína visceral, musculatura esquelética e tecido adiposo. 
b) Caquexia secundaria: resulta da ingestão e absorção diminuídas. Ambos os tipos podem se apresentam 
simultaneamente em um mesmo paciente. Porém, geralmente o que ocorre primeiro é a redução da ingesta e 
posteriormente das alterações metabólicas. 
Epidemiologia 
São mais frequentes em pessoas com doenças crônicas, como câncer e infecção pelo vírus HIV, pessoas que 
sofreram um acidente ou que são portadoras de doenças cardiovasculares, como insuficiência cardíaca 
➔A caquexia afeta cerca de metade de todos os pacientes com câncer e está presente na grande 
maioria (mais de dois terços) dos pacientes com câncer avançado. 
➔60% a 80% dos pacientes com câncer de pulmão e câncer no sistema digestório, por exemplo, apresentam-se 
caquéticos no momento do diagnóstico 
➔Responsável direta pela morte em cerca de 22% dos casos. 
➔No câncer, está presente mais frequentemente em pacientes com tumores sólidos (é a mais comum 
manifestação do câncer avançado em pacientes com tumores gástricos, do pâncreas, de pulmão, de próstata e 
de cólon, com a exceção de tumores de mama) 
➔Mais de 80% dos pacientes com câncer ou AIDS desenvolvem caquexia antes da morte. 
➔No momento do diagnóstico, cerca de 80% dos pacientes com câncer gastrointestinal superior e 60% dos 
pacientes com câncer de pulmão perdem peso substancialmente. 
➔Em geral, pacientes com tumores sólidos (com exceção do câncer de mama) apresentam maior frequência de 
caquexia. 
➔A caquexia também é mais comum em crianças e pacientes idosos e se torna mais pronunciada à medida que 
a doença progride. 
Fisiopatologia 
De um modo geral, quatro fatores levam ao desenvolvimento da caquexia: a desregulação metabólica, o 
aumento da proteólise e da lipólise, a diminuição da absorção de nutrientes e a desregulação do apetite. Esses 
fatores levam a um desbalanço energético negativo e consequentemente a uma perda de massa muscular. 
Tem-se demostrado também, uma correlação entre marcadores moleculares de inflamação sistêmica e perda 
ponderal em doentes oncológicos. Estudos recentes demonstram uma ligação entre a elevação desses 
marcadores e a diminuição da qualidade de vida e da taxa de sobrevivência em doentes com caquexia. 
Tanto os fatores tumorais como a resposta fisiológica por parte do hospedeiro, levam ao aumento da expressão 
e liberação de citocinas pró-inflamatórias, tais como TNF alfa, IL-1 BETA, IL-6. 
ALTERAÇÕES METABÓLICAS 
1. Carboidratos 
A glicose é o principal substrato da célula cancerígena, chegando a consumir até 50x mais que uma célula normal. 
Seria esperado então, que os níveis plasmáticos de glicose diminuíssem, mas isso não ocorre, pois há um aumento 
de gliconeogênses hepática. Ou seja, o consumo excessivo de glicose pelo tumor, aumenta a produção de glicose 
hepática a partir do lactato (ciclo de cori) e de aminoácidos musculares do hospedeiro para a glicose envolve um 
consumo de ATP, resultando num processo de gasto energético, culminando na perda de peso e de massa. Além 
disso, outro processo adjuvante é a resistência insulínica que leva a uma semelhança com o diabetes, devido ao 
processo inflamatório constante que reduz a sensibilidade das células beta pancreáticas e dos tecidos periféricos; 
2. Proteínas 
O paciente com câncer não apresenta mecanismo poupador de proteínas, então a sua proteólise é constante, não 
havendo redução do catabolismo muscular, que leva à depleção proteica e atrofia muscular, visceral e 
hipoalbuminemia (devido ao excesso de proliferação celular). O catabolismo muscular esta aumentado para fornecer 
ao organismo, aminoácidos para a gliconeogênese, com consequente depleção da massa muscular esquelética. Do 
ponto de vista clinico, a diminuição da massa proteica e atrofia esquelética predispõe o canceroso, um risco no reparo 
inadequado de feridas, aumentam a susceptibilidade a infecções e levam a fraqueza e a diminuição da capacidade 
funcional. 
3. Lipídios 
Na caquexia do câncer, a perda de gordura é responsável O metabolismo lipídico encontra-se alterado, resultando 
na depleção da reserva de 
gordura e níveis elevados de 
lipídios circulantes. A perda de 
gordura é responsável pela 
maior parte da perda de peso. 
Além disso, essa perda de 
gordura está relacionada ao 
aumento da lipólise associada à 
diminuição da lipogênese, em 
consequência à queda da lípase 
lipoprotéica levando a 
hiperlipidemia. O tumor produz 
moléculas capazes de induzir 
lipólise e aumentar a oxidação 
de ácidos graxos. 
Consequentemente, há uma 
maior utilização de ácidos 
graxos, como fonte preferencial 
de energia, devido a 
exacerbação da gliconeogênese 
e resistência à insulina. 
CITOCINAS 
As citocinas que são tidas como mediadores da caquexia são: IL-1B, IL-6 e TNF-alfa; 
a) TNF-ALFA: 
esse fator também é conhecido como caquexina, sendo secretada por macrófagos devido ao crescimento tumoral 
ou infecções bacterianas. Há a anorexia por ele devido a inibição dos centros de saciedade e a síntese da lipoproteína 
lipase, que é uma enzima que facilita a liberação de ácidos graxos pelas lipoproteinas. Além disso, ele ativa o sistema 
de coagulação, aumenta a síntese proteica nos hepatócitos e promove choque endotóxico. 
b) IL-1: 
é uma citocina inflamatória secretada pelos macrófagos, e juntamente com o TNF-alfa tem a capacidade de iniciar a 
caquexia. Vale ressaltar que ela possui os mesmos efeitos da TNF-alfa, mas não age sobre os músculos e os efeitos 
da caquexia são menos potentes. Além disso, essa citocina age diretamente sobre o centro de regulação do apetite, 
induzindo a saciedade. 
c) IL-6: 
É produzida pelos ma monócitos e fibroblastos. Produz as proteínas da fase aguda da inflamação e sintetiza 
fibrinogênio. Tem efeito pequeno sobre a proteólise muscular. Também interfere na ingesta alimentar, 
desencadeando a anorexia e a caquexia. 
ALTERAÇÕES HOMORNAIS 
O hipotálamo-hipofise e o sistema autonômico (simpático e parassimpático) são responsáveis pelo controle da 
ingestão de alimentos. Esse controle depende de diversos tipos de neuro-hormonios centrais e gastrointestinais. 
1) Leptina 
É um tecido adiposo que regula o peso, pelo controle da concentração lipídica corporal. A perda de peso leva a 
diminuição de leptina e consequentemente à diminuição da gordura corporal.Ela inibe a ingestão e aumenta o 
metabolismo calórico pelo feedback hipotalâmico, ativando o catabolismo e inibindo o anabolismo. Mas o que 
acontece na anorexia do câncer, é que o organismo em resposta ao tumor, passa a produzir citocinas que estimulam 
a liberação de leptina ou mimetizam um feedback excessivo. o. Por esta razão, a perda de peso observada em um 
paciente com câncer, difere muito daquela observada em uma desnutrição simples com ausência de tumores. 
2) Neuropeptídeo Y 
É um , regulador de ansiedade, da resistência vascular e periférica. Ele promove a atividade lipogênica enzimática no 
tecido adiposo, reduzindo a atividade do SNS e inibindo a lipólise. Em situações de estresse, como no câncer, ocorre 
uma redução da liberação desse neuropeptídio e consequentemente, reduz a ingesta de alimentos, aumentando o 
gasto energético e reduzindo a lipogênese. 
3) Grelina 
A grelina é um neuropeptídio secretado endocrinamente, principalmente no estomago, que regula o apetite e o peso. 
Ele tem seu nível aumentado durante o jejum, e diminuído no pós-prandial. Nos pacientes com caquexia por câncer 
há um bloqueio da resposta adaptada que faz com que o apetite diminua, devido a concentração baixa do mesmo. 
ALTERAÇÕES SENSORIAIS 
A baixa ingestão pode ocorrer ainda por reações adversas do tratamento radical do câncer, como náuseas e vômitos 
decorrentes da quimioterapia, que diminuem o apetite. Muitos pacientes atribuem a diminuição do apetite e da 
ingestão alimentar a alterações desagradáveis do paladar e olfato. Os fatores que alteram o paladar e o olfato são 
complexos, sejam eles anatômicos, fisiológicos ou de outra natureza. É importante salientar que a supressão do 
paladar é mais severa após tratamento radioterápico na região da orofaringe. 
 
Quadro clínico 
 Perda de peso; 
 Atraso no desenvolvimento, no caso de crianças; 
 Deficiências nutricionais; 
 Má absorção intestinal; 
 Perda de massa muscular, conhecida como sarcopenia; 
 Náuseas; 
 Perda da habilidade motora; 
 Fraqueza; 
 Diminuição da atividade do sistema imunológico; 
 Cansaço excessivo; 
 Perda de apetite; 
 Anemia 
 Fadiga 
→ Fadiga é o sintoma de maior prevalência, atingindo 74% dos pacientes, seguida por perda de apetite (53%), perda de peso 
(46%), modificações na percepção de sabor, vômito e saciedade precoce (entre 20% e 23%). 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico da caquexia é feito pelo médico baseado nos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, sendo 
considerada caquexia quando há uma perda de peso e, pelo menos, 5% no último ano. Além disso, deve-se levar 
em consideração o resultado dos exames laboratoriais, que indicam alterações bioquímicas, como 
hipoalbuminemia, aumento das citocinas e anemia, por exemplo. 
➔ Os critérios diagnósticos estabelecidos em acordo pelo grupo internacional proponente da definição incluem 
perda involuntária de peso superior a 5%, ou 2% (em indivíduos já abaixo dos valores esperados de peso, 
segundo o índice de massa corporal - IMC < 20kg/m2) ou presença de sarcopenia 
➔ Os parâmetros para determinar a inclusão do paciente em cada um dos estágios abrangem a determinação 
da concentração de proteína C-reativa no soro, avaliação da anorexia e fatores correlatos (redução do 
apetite, alterações na percepção gustativa e olfativa, motilidade gastrointestinal reduzida, constipação, dor, 
entre outros), metabólitos indicadores de catabolismo, massa e força muscular (dinamometria dos membros 
superiores), bem como manifestações psicossociais. 
 
Principais causas 
Doenças metabólicas 
 •Diabetes 
 •Hipertireoidismo 
 •Insuficiência adrenal 
 •Síndrome de má absorção 
Doenças inflamatórias/infecciosas 
 •Tuberculose 
 •Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) 
 •Diarreia crônica 
 •Leishmaniose visceral 
Doenças crônicas degenerativas 
 •Insuficiência renal crônica 
 •Insuficiência cardíaca 
 •Cirrose hepática 
Doenças do sistema digestório 
 •Perda de dentes 
 •Disfagia 
 •Lesões bucais acompanhadas de dor 
 •Uso de aparelhos odontológicos 
Doenças psíquicas/neurológicas 
 •Anorexia nervosa 
 •Transtorno depressivo 
 •Demências 
Outras causas 
 •Neoplasias malignas 
 •Etilismo crônico e/ou uso de substâncias ilícitas 
 •Privação ou falta de alimentos 
 •Uso de medicamentos (quimioterápicos, laxativos, emagrecedores) 
 •Hipovitaminoses 
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A GRAVIDADE 
→ pré-caquexia, caquexia e caquexia refratária. 
 Primeiro estágio→ perda de peso igual ou superior a 5%, anorexia e alterações metabólicas; 
 Segundo estágio → perda de peso igual ou superior a 5%, ou de 2%, com IMC < 20kg/m2, ou 
sarcopenia acompanhada de perda de peso corporal equivalente ou superior a 2%. Referem 
ainda presença frequente de redução da ingestão e de inflamação sistêmica. 
 Terceiro estágio (caquexia refratária) → inclui os pacientes com diferentes graus de 
caquexia, mas nos quais há intenso catabolismo e que não respondem ao tratamento anti-câncer. Ainda 
nesse estágio, pacientes com baixo escore de desempenho e sobrevida esperada inferior a três meses 
devem ser incluídos. 
 
➔ De acordo com a porcentagem que perdeu no último ano 
leve quando há perda de cerca de 5%, moderada 10% e grave 15% 
Tratamento da caquexia 
O tratamento da caquexia deve ser feito com fisioterapia, nutrição e uso de medicamentos. 
A nutrição em casos de caquexia normalmente não é eficaz no que diz respeito à reposição de massa 
muscular, porém é de extrema importância que esse paciente seja acompanhado por um nutricionista para evitar 
a perda de mais nutrientes. 
A fisioterapia é importante para evitar a perda excessiva de massa muscular, além de estimular os movimentos, 
uma vez que na caquexia a pessoa pode perder a habilidade motora. 
➔ A atividade física induz aumento nos níveis sistêmicos de uma série de citocinas com propriedades anti-
inflamatórias 
Aspectos Psicológicos 
A forma como acontecem estas vivências iniciais trará repercussões psicodinâmicas durante toda a vida nos 
cuidados consigo próprio. Isso também refletirá nos cuidados devidos a outros, sendo forças atuantes nos 
distúrbios psicossomáticos de obesidade ou da anorexia e bulimia. Assim, o significado psicológico da nutrição é 
superior à simples ingestão de alimentos para a manutenção da vida, configurando momento psicológico 
carregado de emoções positivas ou negativas, sensações de prazer ou desprazer, aceitação ou rejeição, ademais 
de saciedade e plenitude ou frustração e carência. A esfera psicológica é sempre fortemente afetada tanto entre 
pacientes quanto entre familiares. 
➔ Tratamento medicamentoso 
Em relação aos medicamentos, o médico pode recomendar o uso do hormônio do crescimento, esteroides, anti-
inflamatórios, antioxidantes e suplementos de vitaminas e minerais, por exemplo, com o objetivo de aliviar os 
sintomas. 
Estimulantes de Apetite: 
•Agentes progestogênios: acetato de megestrol. Dose inicial de 160 mg e progredir para 400 a 1.200 mg/dia 
conforme resposta clínica. Dose ideal:800 mg/dia. Usado principalmente nos casos de caquexia de origem 
neoplásica 
Medicamentos de primeira linha para o tratamento da caquexia tumoral. 
➔ Efeitos colaterais: Fenômenos tromboembólicos, hiperglicemia, hipertensão, sangramento uterino 
supressão e insuficiência adrenal, retenção hídrica (se retirado abruptamente), impotência, ansiedade e 
insônia. 
➔ Contra indicação: antecedentes de trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar 
•Corticoides: para tratamento a curto prazo, com melhora do apetite e da ingestão alimentar sem assegurar 
ganho de peso. Pode ser usado dexametasona VO, 2 a 8 mg/dia, preferencialmente pela manhã para evitar 
insônia; ou prednisolona VO, 5 a 20 mg/dia, durante 7 dias 
➔ Efeitos colaterais: Imunossupressão, hiperglicemia, osteoporose, fraqueza muscular, delírios, insônia, 
irritabilidade, cushing,candidíase oral. 
 •Anabolizantes: O termo esteroides anabólicos se refere à testosterona e derivados. 
➔ Testosterona: Classificação: Anabolizante esteróide, derivado sintético Modo de ação e metabolismo: 
promove acúmulo de proteína e impede a perda progressiva de nitrogênio associada à caquexia 
➔ Estão em andamento estudos visando à intervenção sobre hormônios orexigênicos, tais como a grelina, a 
qual é produzida no fundo gástrico e estimula o apetite 
➔ Bloqueio da ação da melanocortina, um hormônio anorexigênico, por meio de antagonistas de seu receptor 
no hipotálamo 
• Anti-fator De Necrose Tumoral (Anti-tnfα): A pentoxifilina é uma metilxantina e pode inibir a produção de TNF-
alfa pelos monócitos e linfócitos. 
➔ Nos pacientes com câncer, o uso da pentoxifilina tem ganhado espaço por inibir a produção de TNF-alfa 
pelos monócitos e linfócitos. 
Ácidos graxos ômega-3 
Entre os ácidos graxos ômega - 3 , ácido eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) estão relacionados 
a redução da produção de citocinas inflamatórias e da anorexia associadas a diversas doenças crônicas 
Os efeitos dos AGs n-3 favorecem a síntese das prostaglandinas série 3 e leucotrienos da série 5, relacionados a 
imunocompetência e redução da resposta inflamatória, associado ao seu papel na inibição da COX-2 e sua ação 
na redução de citocinas pró-inflamatórias envolvidas na síndrome de caquexia do câncer 
Cuidados de Enfermagem com a Pele do Paciente Caquético 
A caquexia altera a regeneração tissular, a reação inflamatória e a função imunológica, tornando a pele dos 
pacientes mais predisposta às úlceras por pressão e lesões por fricção. Alguns indicadores nutricionais, como 
peso corporal e albumina, têm sido considerados preditores de risco para o desenvolvimento dessas feridas. É 
fundamental estabelecer programas de prevenção institucional que subsidiem as intervenções da equipe 
multidisciplinar de saúde, em busca do controle dos fatores de risco que predispõe os pacientes às úlceras por 
pressão e lesões por fricção. 
Quadro com os possíveis cuidados: 
 
 
 
➔ O melhor regime encontrado foi uma combinação incluindo medroxiprogesterona, EPA, L-carnitina e 
talidomida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Explicar os principais sintomas e exames a serem solicitados frente a um quadro de Neoplasia 
Maligna 
SINTOMAS 
As manifestações clinicas do câncer são extremamente heterogêneas. No estágio inicial da doença, o paciente 
encontra-se geralmente assintomático, e com a progressão da doença, sintomas como perda de peso, tosse, 
dispneia e rouquidão podem se tornar aparentes. 
Os sinais e sintomas do câncer podem ser divididos em locais, regionais e sistêmicos. Dentre os sintomas locais, 
estão dor, tumorações e ulcerações persistente. Os efeitos regionais podem decorrer da obstrução de vias 
aéreas, drenagem linfática, trato gastrointestinal e vias biliares ou trato geniturinários. As manifestações 
sistêmicas do câncer podem ser secundárias à presença de grandes massas tumorais com repercussões 
sistêmicas, de metástases disseminadas ou de síndromes paraneoplasicas. 
SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS 
As síndromes paraneoplásicas são caracterizadas por sinais e sintomas causados pelos tumores que não estão 
relacionados ao sitio primário da doença ou a localização de suas metástases; Essas síndromes são decorrentes 
da produção, pelo tumor, de substancias que direta ou . 
A apresentação clinica é variável, podendo ocorrer manifestações endócrinas, neurológicas, hematológicas, 
dermatológicas, renais, gastrointestinais, reumatologicas e eletrolíticas. O seu reconhecimento pelo médico é 
de grande importância, pois pode ser a primeira manifestação do câncer. A síndrome é caracterizada pelo seu 
curso clinico em paralelo ao do câncer subjacente, e desse modo, com o decorrer do tratamento efetivo do 
câncer, espera-se que as manifestações paraneoplásicas também regridam. 
Os principais tipos de câncer associados ao aparecimento de síndromes paraneoplásicas são de pulmão, 
principalmente carcinoma de pequenas células, carcinoma de mama, de ovário, linfoma de Hodgkin e 
carcinoma tímico. 
SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS ENDOCRINOLÓGICAS 
As síndromes paraneoplásicas endocrinológicas são decorrentes da síntese e da secreção de substâncias com 
características hormonais pelas células neoplásicas. Isso pode ocorrer em células que fisiologicamente as 
sintetizam e passam a faze-los de forma independente ou de células que ao longo do processo de carcinogenese, 
tornam-se capazes de sintetizar tais substancias de forma clinicamente relevantes, tais como: 
1. Secreção ectópica de ACTH 
A síndrome de Cushing (hipercortisolismo) é resultante da produção e da secreção autônoma e/ou excessiva de 
cortisol, que pode ser dependente ou não do hormônio corticotrófico (ACTH) e a secreção ectópica de ACTH 
associada a neoplasias corresponde a 12% dos casos de síndrome de Cushing. O câncer mais frequente que causa 
essa síndrome é o carcinoma de pequenas células. 
➔ As manifestações clinicas desse quadro de hipercorticolismo são obesidade centrípeta, estrias violáceas, 
hipertensão secundaria, fraqueza, fácies cushicnoide. 
 
2. Hipercalcemia 
Os principais tumores relacionados com esta manifestação são pulmão, mama e mieloma múltiplo. A hipercalcemia 
deve ser lembrada como possível causa de sintomas comuns aos pacientes com câncer, como constipação 
intestinal, náuseas, vômitos, dor abdominal, convulsões, confusão mental e rebaixamento do nível de consciência. 
➔ Insuficiência renal aguda é uma das complicações graves que podem ocorrer, sendo causada pela diminuição 
da capacidade de concentração urinária, ocasionando perda excessiva de água livre, diminuição da taxa de 
filtração glomerular e, por fim, lesão tubular. 
 
3. Hipoglicemia 
A hipoglicemia pode ser uma manifestação paraneoplásica resultante do excesso de insulina sintetizada pelo 
próprio tumor, como no caso dos insulinomas. 
SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS NEUROLÓGICAS 
Em pacientes com câncer e síndrome neurológica paraneoplásica, qualquer porção do sistema nervoso pode ser 
afetada, desde o córtex cerebral até a junção neuromuscular. 
A síndrome neurológica paraneoplásica é pouco frequente, entretanto a miastenia de Eanton-Lambert pode ser 
detectada em 3% dos pacientes com carcinoma de pulmão de pequenas células. 
SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS HEMATOLÓGICAS 
As síndromes paraneoplasicas hematológicas são extremamente comuns e compreendem a elevação ou a redução 
de eritrócitos, granulócitos, plaquetas, os quais são mediados por fatores de crescimento ou interleucinas. 
A anemia de doença crônica, normocitica e normocromica é a forma mais comum de anemia em pacientes com 
câncer, seguida de anemia secundaria 
À infiltração medular e ao tratamento (quimioterapia e radioterapia). A anemia de doença crônica é caracterizada 
pelo baixo nível de ferro sérico, ferritina normal ou elevada e capacidade total de ligação do ferro baixa. Anemia 
hemolítica ocorre principalmente em pacientes com linfoma de células 
B. Trombocitopenia e leucopenia são raramente causadas por síndrome paraneoplásica, mas secundárias a 
quimioterapia/radioterapia e/ou infiltração da medula óssea 
 
SÍNDROME PARANEOPLÁSICA DERMATOLÓGICA 
As síndromes paraneoplásicas dermatológicas mais frequentes são acantose nigricans, penfigóide, acroceratose 
paraneoplásica e dermatose neutrofílica. 
ANOREXIA E CAQUEXIA 
A anorexia e a caquexia caracterizam a síndrome paraneoplásica mais comum, afetando 50% dos pacientes com 
câncer, dos quais 15% experimentam perda ponderal maior que 10%. 
O quadro clínico inclui anorexia, perda de peso, atrofia muscular, anemia, astenia e alterações do metabolismo dos 
substratos, e sua presença indica prognóstico sombrio; 
O objetivo primário é adequar a ingestão de calorias, diminuindo ao máximo as calorias de fontes proteicas. Sempre 
que possível, o tratogastrintestinal deve ser utilizado como via para suporte nutricional. 
SINDROMES PARANEOPLÁSICAS RENAIS 
Glomerulopatias podem ser a primeira manifestação de doença neoplásica. As síndromes nefrítica e/ou nefrótica, 
decorrentes da deposição de antígenos tumorais, anticorpos e consequente ativação do complemento, podem estar 
associadas a câncer de pulmão e cólon. 
 
 
 EFEITOS COLATERAIS RELACIONADOS AO TRATAMENTO 
Os principais efeitos colaterais relacionados ao tratamento quimioterápico são náuseas, vômitos, toxicidade 
hematológica, diarreia, mucosite e distúrbios hidroeletrolíticos. Pacientes em radioterapia para câncer de cabeça 
e pescoço geralmente apresentam disgeusia (disfunção no sentido do paladar), xerostomia (boca seca) e/ou 
mucosite oral (inflamação e ulceração na cavidade oral), que podem ser resultado da própria doença ou de seu 
tratamento 
Náuseas e vômitos são efeitos colaterais comuns a vários agentes quimioterápicos. Náuseas e vômitos mal 
controlados podem levar a desidratação, distúrbios hidroeletrolíticos e perda de peso. As náuseas induzidas pela 
quimioterapia são classificadas em: 
• Aguda: quando ocorre nas primeiras 24h de administração da quimio. 
• Tardia: ocorre após 24h de administração da quimio. 
• Antecipatória: quando o paciente já tem um ciclo prévio de tratamento, o início das náuseas pode ocorrer antes 
de iniciar o tratamento. 
➔ Mucosite é um termo geral para eritema, edema, descamação e ulceração da mucosa oral e orofaringe 
secundaria a quimio ou radio. Esta condição causa dor severa, disfagia, desnutrição e infecções secundarias. 
➔ Destaca-se ainda entre os efeitos colaterais a toxicidade hematológica. Pode-se manifestar por anemia, 
plaquetopenia e neutropenia. 
➔ Dentre as complicações infecciosas relacionadas a quimioterapia, destaca-se a neutropenia febril, 
caracterizada por contagem absoluta de neutrófilos < 500, aumentando o risco de desenvolver infecções 
bacterianas. 
➔ Os agentes quimioterápicos podem induzir também toxicidade cutânea local ou sistema. Isso porque, a pele, 
mucosas, anexos como glândulas sebáceas e sudoríparas e os pelos e unhas são tecidos de alta proliferação 
celular, portanto mais susceptíveis a desenvolverem reações adversas, como alopecias, hiperpigmentação, 
alterações ungueais. 
EXAMES 
A abordagem do paciente com suspeita de câncer baseia-se na história e exame físico completos com o objetivo de 
identificar o sitio primário da doença. O diagnóstico do câncer baseia-se na confirmação histológica realizada pela 
biopsia da lesão. 
Exames complementares, como endoscopia, tomografia, ressonância magnética, cintilografia óssea e tomografia 
por emissão de pósitrons, podem ser usadas para localizar o sitio primário da doença e definir sua extensão. 
Deve-se solicitar ainda, na investigação inicial, hemograma completo, função renal e hepática e eletrólitos que são 
analisados no momento da decisão terapêutica. Algumas neoplasias podem estar associadas à elevação de 
marcadores tumorais, que são substancias produzidas pelo tumor ou pelo hospedeiro em resposta ao tumor. Porém, 
em geral estes marcadores não são específicos de um tumor e podem estar elevados em outras situações não 
neoplásicas. Dessa forma, é importante destacar que os marcadores tumorais não devem ser utilizados para 
diagnostico de câncer. Alguns marcadores podem ser usados para monitorar o tratamento e a progressão da 
doença, dentre eles,destacam-se o CEA, CA-125, PSA sérico. 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
O estado nutricional dos pacientes é usualmente avaliado pela combinação de parâmetros clínicos, 
antropométricos e laboratoriais. 
As medidas antropométricas são frequentemente utilizadas na determinação dos compartimentos corporais: 
tecido adiposo, muscular, ósseo e agua extracelular. 
➔ É importante destacar que a per diminui a resposta do paciente ao tratamento quimioterápico e aumenta 
a toxicidade da droga no organismo. 
➔ Além do peso, a prega cutânea do tríceps, a circunferência muscular do braço, circunferência da 
panturrilha, o perímetro do pulso e o IMC são outras medidas antropométricas utilizadas. 
EXAMES LABORATORIAIS 
Os testes laboratoriais mais comuns na avaliação do estado nutricional são a dosagem plasmática de transferrina 
e albumina. No entanto, muitas condições podem interferir no resultado, como o estado de hidratação, presença de 
síndrome nefrótica ou insuficiência hepática. 
Além disso, a trasnferrina tem meia vida curta, ou seja, reflete apenas alterações recentes e é um exame caro. Em 
pacientes com câncer, podem haver dificuldades na interpretação desses parâmetros em virtude de alterações 
fisiológicas, retenção hídrica, aumento da massa tumoral, alterações hormonais devido ao tratamento ou síndromes 
paraneoplásicas, efeitos de tratamento antineoplásico e da doença sobre o metabolismo corporal. 
Nos pacientes com câncer é fundamental que ferramentas especificas de triagem identifiquem precocemente, 
aqueles doentes com risco de complicações nutricionais associadas ao tratamento quimio e radioterápico. 
3. Definir Cuidados Paliativos, abordando suas indicações e manejo do paciente com neoplasia 
apresentando dispneia, dor, constipação. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em conceito definido em 1990 e atualizado em 2002, “Cuidados 
Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da 
qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção 
e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais 
sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”. 
Princípios gerais dos Cuidados Paliativos: 
I. Fornecer alívio para dor e outros sintomas estressantes como astenia, anorexia, dispneia e outras 
emergências oncológicas. 
II. Reafirmar vida e a morte como processos naturais. 
III. Integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao aspecto clínico de cuidado do paciente. 
IV. Não apressar ou adiar a morte. 
V. Oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a doença do paciente, em seu próprio 
ambiente. 
VI. Oferecer um sistema de suporte para ajudar os pacientes a viverem o mais ativamente possível até sua 
morte. 
VII. Usar uma abordagem interdisciplinar para acessar necessidades clínicas e psicossociais dos pacientes e 
suas famílias, incluindo aconselhamento e suporte ao luto. 
A OMS pontua ainda que se deve iniciar o tratamento paliativo o mais precocemente possível, concomitantemente 
ao tratamento curativo, utilizando-se todos os esforços necessários para melhor compreensão e controle dos 
sintomas. E que ao buscar o conforto e a qualidade de vida por meio do controle de sintomas, pode-se também 
possibilitar mais dias de vida. 
Os cuidados paliativos podem ser realizados na casa do paciente, em um hospital ou unidade de saúde, ou em um 
hospice. Seu principal objetivo é melhorar a qualidade de vida do paciente no final da vida. A decisão para o início 
dos cuidados paliativos é uma decisão conjunta de paciente, familiares e médico. Um dos problemas com os cuidados 
paliativos é que, muitas vezes, ele é iniciado de forma tardia. 
Às vezes, o médico, o paciente ou a família rejeitam essa alternativa porque acreditam que dessa forma o paciente 
está desistindo ou que não existe mais esperança. Isso não é verdade. 
Existem dois termos frequentemente usados na literatura para definir condições de pacientes que devem receber 
Cuidados Paliativos: 
– Doenças que ameaçam a vida (life-threatening conditions): enfermidades que representam uma grave ameaça de 
morte, para as quais a terapêutica pode resultar em cura, mas pode falhar. 
– Doenças que limitam a vida (life-shortening conditions): enfermidades sem possibilidade curativa e que a 
probabilidade de morte durante a infância ou adolescência é elevada.CUIDADOS PALIATIVOS ONCOLÓGICOS 
Além da dor (um dos sintomas mais frequentes), outros sintomas acometem os indivíduos com câncer, como: 
anorexia, depressão, ansiedade, constipação, disfagia, dispnéia, fraqueza, entre outros. Todos diminuem de algum 
modo sua qualidade de vida, merecendo, portanto, a atenção dos profissionais de saúde. 
 
 
 
 
Tratamento Farmacológico 
Dispneia: Para o controle da dispneia, afastadas as possíveis causas reversíveis (derrames pleurais, infecções 
respiratórias ou desconforto causado por ascite, por exemplo), o medicamento de escolha é a morfina em baixas 
doses (10mg EV ou SC/24horas), associada ou não a benzodiazepínicos, como o midazolam (iniciar com 0,5 a 
1mg/hora), ambos em infusão contínua parenteral (via venosa ou subcutânea). Naqueles pacientes que já recebem 
opioides para analgesia, a dose pode ser ajustada 
➔ Os broncodilatadores podem ser indicados nos casos de broncoespasmo. Os corticoides podem ser usados 
no broncoespasmo e também nas condições em que seu uso como antiinflamatório pode ajudar a reduzir 
um edema peritumoral que provoca dispneia, como nas linfangites pulmonares, compressões de veia cava 
superior, compressões de traqueia por tumores extrínsecos. O excesso de secreção brônquica pode ser 
aliviado pelo uso de anticolinérgicos, como escopolamina. 
➔ Em caso de hipoxemia, pode-se suplementar oxigênio, considerando-se que quando administrado sob 
cateter geralmente é melhor tolerado pelo paciente do que oxigênio sob máscara – se não resolver pode-se 
considerar intubação da oxigenoterapia 
➔ Intubação orotraqueal NÃO é medida de conforto respiratório, pelo contrário, no paciente em fim de vida, 
é considerada procedimento fútil. 
➔ Além disso, abrir a janela ou colocar um ventilador próximo à face do paciente pode ajudar , uma vez que 
existem receptores mecânicos na região da 
face que são estimulados com fluxo aéreo e 
diminuem a sensação de dispneia 
Dor: A avaliação regular da intensidade da dor leva a 
melhor controle do sintoma e a melhor qualidade de 
vida dos pacientes na UTI e também após a alta. Na 
avaliação da dor, a utilização de escalas visuais ou 
verbais numéricas 
Escada analgésica da OMS Apesar das especificidades 
do contexto crítico, o tratamento farmacológico da dor 
pode ser baseado nas recomendações da Organização 
Mundial de Saúde (OMS) 
 
A morfina é o opioide de referência em Cuidados Paliativos, sendo frequentemente a droga de escolha para 
abordagem inicial, uma vez que tem meia-vida curta, o que facilita a sua titulação. Em paciente críticos, entretanto, 
deve-se considerar que, por maior liberação de histamina comparada ao fentanil, a morfina apresenta maior risco 
de alterações hemodinâmicas indesejáveis e de broncoespasmo 
➔ Deve-se dar sempre preferência ao tratamento mais simples e menos invasivo. De modo geral, medicações 
orais são preferíveis a formulações transdérmicas e parenterais. Qualquer que seja o opioide selecionado, é 
sempre necessária a administração regular do medicamento (pelo relógio), 24 horas por dia, para que sejam 
atingidos níveis plasmáticos 
adequados 
➔ Ao iniciar o tratamento, deve-se dar 
preferência a medicações de 
liberação imediata para titulação e 
posteriormente passar para 
medicações de longa duração, com 
doses suplementares de medicação de 
liberação imediata, quando ocorrerem 
episódios irruptivos de dor 
➔ Efeitos colaterais: Constipação 
intestinal; Náuseas e vômitos; Sedação 
ou Delirium; Depressão respiratória 
 
Constipação: O manejo da constipação deve ser individualizado (nível de evidência – V; categoria de orientação – 
sugestão). O tratamento depende da etiologia da constipação (funcional, induzida por opióides); das características 
clínicas (impactação fecal, fezes no reto); e de fatores relacionados ao paciente (por exemplo, preferências pessoais, 
comorbidades). 
➔ Os laxantes convencionais devem ser considerados como tratamento de primeira linha em pacientes com 
constipação funcional 
➔ Os laxantes convencionais devem ser considerados como tratamento de primeira linha em pacientes com 
constipação funcional 
➔ Antagonistas periféricos dos receptores opióides mu (PAMORAs) sempre devem ser considerados em 
pacientes com constipação induzida por opioides

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