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2- SECREÇÃO SALIVAR, MASTIGAÇÃO, DEGLUTIÇÃO

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SISTEMA DIGESTÓRIO
SECREÇÃO SALIVAR, MASTIGAÇÃO, DEGLUTIÇÃO E TRÂNSITO ESOFÁGICO
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As secreções mais importantes são as salivar, gástrica, pancreática, hepática e as do intestino delgado.
Glândulas salivares e saliva
Funções
A SALIVA lubrifica, ajuda na fragmentação e deslizamento dos alimentos.
↪Estimula as papilas gustativas pela solubilização dos alimentos.
↪Inicia a digestão de amido.
↪Evita a cárie dentária.
↪Digestão 
↪Gustação, servido como solvente contribuindo para o paladar
↪A secreção de grande quantidade de saliva antes do vômito previne o perigo da corrosão dos dentes pelo ácido gástrico.
↪O umedecimento da cavidade oral facilita a fonação.
Função bactericida – lisozima, lactoferrina, igA.
Componentes da Saliva 
↪Água
↪Proteínas
↪Pequenas moléculas orgânicas
↪Eletrólitos bicarbonato, cálcio, magnésio, flúor, entre outros
A saliva humana é composta de 98% de água e os 2% restantes consistem de outros compostos, tais como os eletrólitos, lubrificantes (mucinas e proteínas ricas em prolina), compostos antimicrobianos (Imunoglobulina secretória A, aglutinina, lisozima, lactoferrina, lactoperoxidase salivar, cistatina, histatina, estaterina), várias enzimas (amilase, lipase, ribonuclease, protease) e fatores de crescimento
A saliva contendo igG, IgA e IgE possuem importante capacidade de promover a opsonização. Onde as células fagocíticas reconhecem o domínio Fc da Imunoglobulinas.
Quais as glândulas que secretam a saliva?
As glândulas salivares maiores: Parótida, Submandibular e Sublingual
AS glândulas salivares menores: Glândulas linguais, labiais, palatianas e bucais.
A estrutura das glândulas salivares
As glândulas salivares consistem em uma série de ductos ramificados, acabando na porção secretora terminal, conhecida como ácino, de formato esférico ou tubular. 
O ducto excretor principal, que desemboca dentro da cavidade oral, divide-se progressivamente em ductos excretores menores interlobulares, que adentram nos lóbulos das glândulas. O componente predominante do ducto interlobular é o ducto estriado, que determina maior modificação da saliva primária Assim, os diversos ácinos são ligados por ductos intercalados, e a saliva secretada é drenada para a cavidade oral através de ductos estriados e excretores
Ductos intercalados, estriados e excretores
Os ácinos são constituídos por células epiteliais glandulares;
Os ácinos podem ser divididos em SEROSOS ou MUCOSOS.
Os ácinos serosos – fazem a síntese, o armazenamento e a secreção das diversas enzimas salivares. As alfa amilase salivar, lipase e também de IgA.
Os ácinos mucosos – fazem a síntese, o armazenamento e a secreção de mucina (glicoproteína com função de lubrificação e proteção das mucosas) 
Controle da secreção salivar
.
A secreção salivar é contínua, sendo liberado 0,5ml de saliva por minuto
Esta secreção é regulada por mecanismos do sistema nervoso autônomo (SNA), por mecanismos reflexos do parassimpático e do simpático
Tipos de reflexos:
O reflexo incondicionado – regulação pelo parassimpático. Os núcleos salivares são excitados pela presença de alimentos, sabor, fluidez e conteúdo proteíco na cavidade oral.
O reflexo condicionado – tanto do simpático quanto do parassimpático. Devido a atividade de áreas corticais podendo ser inibitórias ou excitatórias. Estímulos são odor,visão,audição, lembrança ou imaginação do alimento.
Tipos de reflexos para o controle da secreção salivar
Reflexos originados no estômago ou no intestino - estímulos irritantes, anomalias gastrointestinais.
Reflexos secundários: suprimento sanguíneo às glândulas – 
Sinais dos nervos parassimpáticos, dilatam os vasos sanguíneos, levam à salivação por aumento do fluxo sanguíneo
Sinais dos nervos simpáticos, Inicialmente estimulam a contratilidade de células mioepiteliais resultando na secreção da saliva pré-formada. Porém alguns instantes depois o fluxo de saliva começa a diminuir devido redução do fluxo sanguíneo pela vaso contrição (boca seca)
A inervação parassimpática, via receptores colinérgicos acinares, é a responsável principal pela secreção de água e eletrólitos, enquanto a inervação simpática é responsável principalmente pela secreção de proteínas, acompanhadas por exocitose nas células acinares
O controle da secreção salivar
O controle da secreção salivar é feito pela liberação de acetil colina e substância P, na qual aumentam a secreção de alfa amilase salivar.
Mastigação
↪Feita com auxílios dos dentes, da língua e da mandíbula
Função
1. Misturar o alimento com a saliva, lubrificando-o para sua deglutição.
2. Reduzir o tamanho das partículas do alimento, facilitando a deglutição.
3. Misturar os carboidratos do alimento com a amilase salivar, para iniciar a digestão dos carboidratos.
↪Possui componentes voluntários e involuntários (reflexos)
Fases da Deglutição
○Fase oral ou voluntária: a língua separa parte ou todo o bolo alimentar (BA) e o comprime para cima contra o palato duro e para trás (palato mole), forçando-o contra a faringe; os estímulos tácteis iniciam o reflexo da deglutição.
○Fase faríngea: fechamento das pregas vocais, da epiglote, elevação da laringe e abertura do esfíncter esofágico superior (inibição da respiração). Também há o fechamento da nasofaringe.. Além de estimular receptores de pressão na faringe.
Os receptores enviam impulsos aferentes para o centro da deglutição no tronco envefálico, desencadeando uma série de contrações musculares
○Fase esofágica da deglutição: podemos considerar a motilidade esofágica como sendo a continuação da deglutição - uma onda peristáltica começa logo abaixo do EES, que se desloca até o esfíncter esofágico inferior (EEI), relaxando-o e permitindo a entrada do bolo alimentar no estômago (relaxamento receptivo).
1) Abertura do esfíncter esofágico superior;
2) Peristalse esofagiana;
3) Abertura do esfíncter esofágico inferior.
1) Abertura do esfíncter esofágico superior
Composto de músculo esquelético constitui-se por uma zona de alta pressão que impede a sua distensão durante a respiração. 
➢ Em repouso – contração tônica (inervação motora). 
➢ Deglutição – relaxamento (inibição da atividade nervosa excitatória) 
➢ Esôfago - paredes flácidas, acompanhando as variações de pressão do tórax.
2) Peristalse esofágica O esôfago apresenta peristaltismo primário e secundário., estimulados pelo nervo vago 
Peristalse primária - continuação da onda peristáltica iniciada na faringe que se propaga até o esôfago. Contração sequencial da musculatura circular
Peristalse secundária - ocorre na presença de restos de partículas alimentares dentro do esôfago (ou por refluxo gástrico).
O trânsito esofágico é composto pela faringe +1/3 do esôfago com músculo estriado esquelético +2/3 do esôfago com músculo liso 
As fibras nervosas estão diretamente em contato com as fibras musculares liberando neurotransmissores (acetilcolina) 
3) Abertura do esfíncter gástrico inferior 
Se encontra na parede inferior do esôfago, 2-5 cm acima do estômago, o músculo liso encontra-se espessado e funciona como o esfíncter esofágico.
Em repouso contração tônica previne o refluxo gástrico
Durante a peristalse relaxamento permite a passagem do alimento
A contração tônica se deve a nervos intrínsecos e extrínsecos, por hormônios e neuromoduladores.
Nervos vagais colinérgicos tem um papel importante para essa manunteção da tonicidade.
O relaxamento do esfíncter esofágico inferior ocorre em resposta ao peristaltismo primário (contração sequencial da musculatura circular)
Disfagia
A disfagia é qualquer alteração ou dificuldade no processo de deglutição que ocorra durante o processo do alimento da boca até o estômago..
A disfagia pode causar broncoaspiração (que são resíduos de alimentos e/ou líquidos que vão para o pulmão)
Como consequência pode haver sufocamento problemas pulmonares, desidratação, perda de peso e pneumonia são sinais de que há risco elevado ao paciente, podendo levá lo ao óbito

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