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Podcast Disciplina Processos Fermentativos Título do tema Aplicação industrial dos Processos Fermentativos

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Podcast 
Disciplina: Processos Fermentativos 
Título do tema: Aplicação industrial dos Processos 
Fermentativos 
Autoria: Tallyta Santos Teixeira 
Leitura crítica: Rayane Kunert Langbehn 
 
Abertura: 
Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos conversar um pouco mais sobre a 
produção das diferentes gerações de biocombustíveis, relação com a 
biotecnologia, bioprocessos e biorrefinaria. 
Os biocombustíveis de primeira geração são produzidos apenas a partir de 
fontes vegetais. O etanol, por exemplo, é produzido pela fermentação de fontes 
ricas em açúcares, como a cana-de-açúcar e o milho. Já o biodiesel é obtido 
pela transesterificação de fontes oleaginosas, como a soja. No entanto, o uso 
das mesmas matérias-primas para produção de alimentos e de 
biocombustíveis gerou uma grande polêmica em torno desses processos. Isso 
motivou os pesquisadores a buscarem por matérias-primas alternativas para 
geração de biocombustíveis, sem competirem com o setor alimentício. 
Foi neste cenário que as demais gerações de biocombustíveis surgiram. Os 
biocombustíveis de segunda geração se enquadram no conceito da 
biorrefinaria, pois utilizam resíduos como matéria-prima. Ou seja, utiliza óleo de 
fritura de pasteis, por exemplo, para produção de biodiesel. E resíduos 
agroindustriais como bagaço-de-cana-de-açúcar e palha de arroz, para obter o 
etanol de segunda geração. 
No entanto, devido à origem destes materiais, precisamos incluir algumas 
etapas de pré-tratamento ao processo. E por que isso acontece? Pensem 
comigo... para que o óleo de fritura seja utilizado, precisamos, no mínimo, 
submetê-lo a uma filtração para remoção de partículas sólidas em meio ao 
óleo. 
Já no caso dos resíduos lignocelulósicos, como bagaço da cana, que será 
utilizado para produção de etanol, precisamos tornar os açúcares disponíveis 
para as leveduras. Aqui, precisamos pensar na estrutura química deste 
material, que é composto por lignina, celulose e hemicelulose, e que estão 
unidos como se fossem elos de uma trança. 
O nosso objetivo é ter um fio de cabelo desta trança, que seriam os 
monômeros que serão fermentados pela levedura. Por isso, primeiro faremos 
um pré-tratamento para separar as três partes da trança, lignina, hemicelulose 
e celulose. Depois, realiza-se uma hidrólise da celulose, no geral, porque é 
onde tem os melhores fios, no caso a glicose, que serão consumidos pela 
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levedura. Geralmente a hidrólise enzimática é mais efetiva, pois as enzimas 
são mais seletivas para obtenção dos monômeros de interesse. 
A produção de enzimas é um processo de alto custo, e, para barateá-lo, 
podemos reaproveitar os resíduos agroindustriais neste processo também. 
Percebe que podemos aplicar o conceito de biorrefinaria, nesses dois 
cenários? (1º) como matéria-prima para geração de etanol e (2º) como matéria-
prima para produção de enzimas que serão utilizadas dentro do processo de 
produção de etanol. 
Do ponto de vista científico, essa ideia é brilhante, mas não é competitiva 
economicamente, devido à quantidade de etapas dentro do processo produtivo. 
Então, é possível perceber que cada geração de biocombustível tem vantagens 
e desvantagens. Mas, para incentivar o uso de biocombustíveis, algumas 
políticas públicas são propostas, ao passo que os cientistas continuam na 
busca por novas soluções, mais sustentáveis, baratas e eficientes. Ainda temos 
um grande caminho a percorrer e, nesta jornada, novas oportunidades já estão 
no horizonte. 
Os biocombustíveis de terceira geração, por exemplo, são produzidos a partir 
de fontes marinhas ou aquáticas. Um grande exemplo é a utilização de algas 
para obtenção de biodiesel. 
E os bicombustíveis de quarta geração, por sua vez, fazem uso da engenharia 
genética para modificar as características da matéria-prima. Assim vemos as 
infinitas possibilidades e relações da biotecnologia, bioprocessos e 
biorrefinaria. 
Fechamento: 
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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