Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Anna Raphaella – Medicina UFG 68 LEUCEMIAS Introdução: > Tumor com origem na medula provocando acúmulo de células brancas > Tumores podem ser da linhagem linfoide ou mieloide > As leucemias podem ser agudas ou crônicas • Aguda = acumula células progenitoras • Crônica = acumula células maduras > Epidemiologia: • LMA – mais comum em adultos • LLA – mais comum em crianças • LLC – mais comum em idosos Fisiopatologia: 1. Ocorre mutação na célula (deleção, translocação, ganho cromossomial) 2. Expressão de proto-oncogenes 3. Ocorre multiplicação celular 4. Leucemia Leucemia aguda: > Mutação com bloqueio PRECOCE na maturação e estímulo à proliferação > Blastos em excesso Quadro clínico > Anemia (astenia) > Febre → proliferação de blastos > Dor óssea → ocupação da medula > Síndrome de leucostase (cefaleia, dispneia) > Hepatoesplenomegalia → infiltração tecidual > Petéquias e equimose → plaquetopenia Laboratório > Pancitopenia → ocupação da medula > Leucocitose (por blastos) → risco de leucostase (sangue mais espesso) Diagnóstico > 20% ou mais de blastos na medula óssea > Biópsia de medula (anatomopatológico) • Avaliar % de células > Aspirado de medula (mielograma) • Avaliar tipos celulares I. Leucemia mieloide aguda > Mais comum em adultos > Quadro clínico: clássico de leucemia aguda > Subtipos: depende de quando ocorre o bloqueio precoce • M2 – cloroma • M4 e M5 – Hiperplasia gengival > Diagnóstico: identificação do blasto mieloide (mielograma) • Morfologia: bastonete de Auer • Corado por mieloperoxidase Leucemia mieloide aguda (LMA) Leucemia mieloide crônica (LMC) Leucemia linfocítica aguda (LLA) Leucemia linfocítica crônica (LLC) Anna Raphaella – Medicina UFG 68 > Tratamento: • Quimioterapia • Tratar pancitopenia Transfusão sanguínea Antibioticoterapia (leucopenia) II. Leucemia linfocítica aguda > Mais comum em crianças > Subtipos: • Linhagem T → T • Linhagem B → L1, L2, L3 L1 = variante infantil L2 = adulto L3 = Burkitt-like > Quadro clínico: clássica de leucemia aguda • Também: linfonodomegalia, infiltração SNC e testículo > Diagnóstico: análise do blasto linfoide • Imunofenotipagem CD10, CD19, CD20 – linhagem B CD3, CD7 – linhagem T > Tratamento: • Quimioterapia • Tratar pancitopenia Leucemia crônica: > Bloqueio TARDIO na maturação > Formas celulares adultas em excesso Leucocitose com desvio para esquerda = liberação de neutrófilos jovens (bastão) → infecções mais graves Leucocitose com desvio para direita = liberação de neutrófilos maduros (segmentados) → infecções em fases resolutivas Quadro clínico > Infiltração tecidual → baço, fígado, linfonodo > Risco de leucostase I. Leucemia mieloide crônica > Causa: cromossomo Philadelfia t (translocação entre cromossomos 9 e 22) • Formação do novo gene BCR/ABL • Produção da proteína tirosina quinase (induz produção da linhagem mieloide adulta) > Quadro clínico: • Basofilia e eosinofilia • Neutrofilia acentuada com desvio para esquerda Infecção não é frequente devido acúmulo de neutrófilos • Síndrome de leucostasse • Esplenomegalia > Diagnóstico: Amostra de medula óssea ou sangue periférico • Identificação do gene BCR/ABL • Identificação do cromossomo Philadelphia > Evolução: em caso de nova mutação • Crise blástica (leucemia aguda) > Tratamento: • Inibir tirosina quinase (Imatinibe) • Transplante de MO II. Leucemia linfocítica crônica > Acúmulo da linhagem linfoide adulta (LINF B CD5) > Quadro clínico: • Linfocitose • Hipogamaglobulinemia (↓anticorpos) → linfócitos B não se transformam em plasmócitos • Linfonodomegalia • Casos graves: anemia e plaquetopenia > Diagnóstico: citometria de fluxo • Linfocitose + linfócitos B CD5+ > Estadiamento > Tratamento: para casos graves (III e IV / C) • Clorambucil ou Fludarabina
Compartilhar