Úlceras crônicas das pernas

Prévia do material em texto

Anne Karen Reis DERMATOLOGIA 
Úlceras crônicas das pernas 
 
INTRODUÇÃO 
• São as que ocorrem abaixo do joelho; 
• Não cicatrizam em 6 semanas; 
• Fatores predisponentes → 
ortostatismo, traumas e infecções, 
aumento da pressão venosa, obesidade 
e diminuição do fluxo arterial; 
• Quando nos pés → venosa, arterial e 
neuropática. 
ÚLCERA DE ESTASE 
 
• Decorrem da insuficiência venosa 
crônica; 
• Disfunção da bomba muscular da 
panturrilha; 
• Doença varicosa primária e TVP; 
• Fluxo valvar normal permite fluxo 
unidirecional do sistema superficial para o 
profundo; 
• Dermatite ocre, lipodermatoesclerose, 
eczema varicoso, vasculite livedóide 
(antes da úlcera); 
CLÍNICA 
• De instalação lenta, pós trauma, úlcera 
com borda irregular, definida, fundo 
hemorrágico ou purulento; 
• Região do maléolo medial, edema 
vespertino em tornozelo, dor no fim do 
dia, pouco dolorosa, pulso periférico 
preservado; 
• Erisipela, celulite e eczemas podem 
preceder. 
TRATAMENTO 
• Evitar longo período em posição 
ortostática para prevenir edema; 
• Elevar MMII e usar meias elásticas; 
• Antibiótico SN para controle de infecção 
→ Pentoxifilina; 
• Curativos hidrocoloides, desbridamentos 
em tecido viável; 
• Avaliar cirurgia de varizes. 
ÚLCERA HIPERTENSIVA 
 
• Também chamada de úlcera hipertensiva 
de Martorelli; 
• Alterações na microcirculação sem ainda 
acometer a macro; 
• Relacionada à HAS grave (204/115 
mmHg); 
• Epidemiologia → Prevalência maior em 
sexo feminino, após os 60 anos; 
• Características → coloração purpúrica 
periúlcera, úlceras bilaterais e rasas; 
• Principais regiões afetadas → MMII, 
terço inferior; 
• Tratamento → controle da HAS, AINES 
e vasodilatadores. 
 
 
 
 
 
Anne Karen Reis DERMATOLOGIA 
ÚLCERA ARTERIOSCLERÓTICA 
 
• Úlcera de perna ou pé; 
• Relacionada à diabete mellitus, HAS; 
• Desencadeada por isquemia cutânea 
dependente de lesões arteriais; 
• Aparecem no pós-trauma; 
• Características → bordas cortadas a 
pique, irregulares, dolorosas, ausência de 
pulso, pele pálida e fria na região 
perilesional; 
• Principais regiões afetadas → 
tornozelo, maléolos ou dígitos; 
• Tratamento → ATB, vasodilatadores, 
repouso e analgésicos. 
ÚLCERA POR PRESSÃO 
 
• Decorre de pressão contínua em área 
cutânea; 
• Principais regiões afetadas → lombo-
sacra, tornozelos, calcanhares e outras 
regiões em doentes acamados; 
• Possíveis complicações → 
osteomielites, sepse; 
• Tratamento → Mudança de posição, 
utilizar colchão adequado, uso de 
curativos biológicos e hidrocoloides, ATB 
se infecionar. 
 
 
 
 
ÚLCERA NEUROPÁTICA 
 
• Acomete pacientes diabéticos; 
• Secundária a traumas repetidos em área 
com alteração de sensibilidade; 
• Características → Indolor, profunda, 
com bordas hiperqueratóticas. 
ÚLCERA POR PROCESSO NEOPLÁSICO 
 
• Lesão tumoral com ulceração posterior; 
• Sem localização específica; 
• Longa duração; 
• Características → indolor, com borda 
elevada e infiltrada; 
• Principais tumores associados → 
carcinoma espinocelular (CEC), carcinoma 
basocelular (CBC) e metástase em órgão 
sólido. 
ÚLCERA POR DOENÇA INFECCIOSA 
 
• Leishmaniose; 
• Tuberculose cutânea; 
• Sífilis; 
• Esporotricose.