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Disciplina: Legislação e Rotinas Trabalhistas Curso: Gestão Estratégica de Pessoas (EAD) Nome: Flávia Petrucio Figueira RESOLUÇÃO DO CASO N1: Caminhando Conforme a Legislação Trabalhista Com a vigência da reforma trabalhista, emblemada na Lei nº 13.467/2017 (BRASIL, 2017), ocorreram várias mudanças nas relações de emprego. As empresas precisam se manter atualizadas em relação ao direito do trabalho a fim de evitar divergências trabalhistas e consequentemente passivos para a empresa. Uma empresa do ramo da construção civil com uma média de 500 funcionários, está com uma alta demanda jurídica trabalhista, gerando um passivo considerável na contabilidade da empresa. Alguns dos aspectos que estão preocupando o sócio administrador são a forma de contratação dos colaboradores, o regime de jornada de trabalho, as condições de trabalho insalubres e a forma de pagamento dos salários que não estão sendo realizados de acordo com a legislação vigente. A empresa em questão deve adequar as rotinas trabalhistas à legislação vigente e minimizar os riscos de descumprimento das leis trabalhistas. A admissão dos colaboradores atualmente é realizada através de contrato empresarial, ou seja, através de um CNPJ aberto pelo contratado. Porém, a atuação do colaborador possui as condições e vínculos de um contrato CLT, pois possui em sua relação de trabalho subordinação, pessoalidade, habitualidade e onerosidade. Neste caso, a empresa deverá realizar a admissão destes colaboradores em regime CLT, evitando possíveis passivos trabalhistas e consequências para a empresa. O pagamento do salário dos colaboradores que possuem cargo de vendedor é realizado parte em contracheque e o restante, que corresponde ao valor da comissão, é pago em espécie sem recolhimento de encargos. Segundo a legislação vigente, gratificações, bonificações, comissões devem obrigatoriamente ser lançadas em folha de pagamento. Portanto, as comissões dos vendedores deverão ser pagas em contracheque com os devidos recolhimentos de encargos para evitar passivos. Nesta empresa, os colaboradores contratados como PJ trabalham em regime de jornada de trabalho de compensação de hora para alcançar 44 horas semanais e, no caso dessas horas serem ultrapassadas é pago hora extra ao colaborador. Porém, esta modalidade de contrato não dá direito a realização do pagamento de horas extras trabalhadas, visto que o colaborador PJ não recebe um salário e sim valores firmados em contrato. Desta forma, a empresa está agindo em inconformidade com a legislação. Em relação ao trabalho em condições insalubres, o setor de Medicina e Segurança do trabalho da empresa deverá fazer o PPRA, o PCMSO e avaliar a necessidade da inclusão do pagamento do adicional de insalubridade aos colaboradores. Referente ao colaborador que teve o benefício de auxílio-doença cessado pelo INSS, mas que em exame realizado para retorno ao trabalho teve como resultado inapto, pode-se verificar se há na empresa algum cargo que possa aproveitar este colaborador sem agravar o seu estado de saúde, mantendo o valor do salário. Com isso, a empresa se resguarda e o colaborador não fica desamparado. No caso de descumprimento das leis trabalhistas pela empresa os possíveis riscos são processos trabalhistas, necessidade de reintegração de funcionários, pagamento de multa, pagamento de danos morais, dentre outros. Podemos concluir que há uma extrema necessidade da readequação da empresa contratante em relação à legislação trabalhista vigente, reduzindo assim os seus passivos trabalhistas e evitando futuros riscos para a organização.
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