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3 - Defesa e Reconvenção

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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
DEFESA E RECONVENÇÃO
Livro Eletrônico
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Defesa e Reconvenção
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 3
Defesa e Reconvenção ................................................................................................................... 4
1. Defesa no Processo do Trabalho: Como Fazer? O Passo a Passo ..................................... 4
2. Defesa: Como já foi Cobrado na Prova da OAB? ................................................................... 7
3. Defesa: Resolução da Prova 2021 da OAB ............................................................................. 9
4. Defesa: Peça Inédita e Dicas de Resolução ..........................................................................15
5. A Reconvenção no Processo do Trabalho e como Redigir na Peça Prática .................. 22
6. A Exceção de Incompetência Territorial com a Reforma Trabalhista ............................24
7. Direito Material: Prescrição e Decadência para Revisão e para Auxiliar na 
Resolução de Provas Subjetivas ................................................................................................ 25
8. Resolução de Questões da Prova de 2020 (Exame XXI) ................................................... 36
9. Apresentação da Prova de 2021 da OAB (Exame XXXII) sem Gabarito para Treino 
e depois Conferência com a Leitura do Material.................................................................... 39
10. Apresentação das Questões da Prova de 2021.2 da OAB sem Gabarito para 
Treino e depois Conferência com a Leitura do Material .......................................................42
Resumo .............................................................................................................................................51
Referências ..................................................................................................................................... 53
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WILLIAN PEREIRA MACHADO - 00126305196, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Defesa e Reconvenção
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
ApresentAção
Olá, futuro (a) Advogado (a)!
Tudo bem contigo? Estudando firme e forte?
Eu vou me apresentar. Meu nome é Maria Rafaela de Castro. Atualmente sou Juíza do Tra-
balho no TRT 7a Região, doutoranda em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito do Porto 
em Portugal, professora de preparatórios e faculdades aqui no Ceará, “a Terra do Sol” e faço 
parte do Time do GRAN CURSOS.
Registro que estou muito feliz em estar aqui escrevendo esse livro digital para você atingir 
o sucesso na carreira que sonha, pois a advocacia é uma belíssima carreira para os fortes.
O mais importante da minha apresentação é para te dizer que eu entendo sua dor e pressa 
para ser aprovado na OAB. Também entendo que você quer o máximo de informações de for-
ma objetiva e clara, sem rodeios e que quer gabaritar a prova, bem como entender as nuances 
da legislação. Veio ao lugar certo. Isso porque a maioria não tem muito tempo para estudar, 
seja porque trabalha, faz estágio, tem aulas na faculdade, aquela preocupação com o TCC etc.
Eu te parabenizo por você estar lendo este material, pois isso significa que você foi aprova-
do na 1a fase da OAB. Então, você já está com 50% da vitória. Vamos nos dedicar mais um pou-
co com a leitura dos nossos materiais, pois vai dar certo se houve compromisso e empenho.
Eu e todo a equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercí-
cios, respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas para que você 
surpreenda a Banca examinadora e não, o contrário.
Nesse ponto, esse material vai te ajudar a chegar ao êxito final e já estou feliz e motivada em 
elaborar isso para você. Sendo assim, estude a matéria de direito do trabalho num formato diferente.
E acredite: saber direito do trabalho é imprescindível para a sua aprovação. Não é possível 
ir para as provas sem ler esse material. Então, aproveite!
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material 
obrigatório! Então, pegue sua xícara de café (ou melhor, uma garrafa térmica gigante), o marca 
texto, a caneta e se programe para ler tudo que preparei para você e ficar ligado no curso GRAN.
Por gentileza, se você curtiu essa aula, dê um feedback positivo lá no Fórum do Aluno. Se 
tiver críticas construtivas, também use o fórum para melhorarmos o material, ok?
Vamos começar?
Maria Rafaela de Castro
@mrafaela_castro
@juizamariarafaela
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Maria Rafaela
DEFESA E RECONVENÇÃO
1. DefesA no processo Do trAbAlho: como fAzer? o pAsso A pAsso
A defesa no processo do trabalho tem como eixo principal a CONTESTAÇÃO, considerada 
o principal ato postulatório do réu e a exteriorização/instrumentalização do direito de defesa 
do réu. Alguns princípios processuais norteiam a defesa que você deve ficar atento (a) no mo-
mento da elaboração da peça prática.
Na elaboração da defesa, podem ser alegadas matérias de cunho de direito material e 
processual. Deve ainda, na peça de defesa, cumprir literalmente o ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO ES-
PECIFICADA DOS FATOS, conforme o teor do artigo 341 do CPC, contendo, na sua peça, todas 
as alegações de fato e de direito contrária à pretensão do reclamante que a questão da banca 
trouxer. Deve conter toda a matéria de defesa, com exposições das razões de fato e de direito, 
nos mesmos moldes que fizemos no livro anterior com a petição inicial, lembra?
Na elaboração da peça de defesa, deve-se cumprir a regra da eventualidade, concentrando 
todos os argumentos na peça de defesa que, inclusive, admite-se argumentos defensivos con-
trários na qualidade de pedidos sucessivos, ou seja, na hipótese de alguns serem rejeitados. 
Assim, como deve ser feito o pedido de compensação ou dedução de verbas já pagas para fins 
de evitar enriquecimento indevido.
A linha mestra da redação da peça de contestação é impugnar especificadamente cada 
fato trazido na inicial da reclamação trabalhista, tendo como norte a inteligência do artigo 341 
do CPC. Não se admite defesa por negativa geral ou defesa genérica. Lembre-se: o réu deve 
narrar sua própria versão dos fatos.
É admissível o requerimento genérico de provas, apesar da literalidade do artigo 336 do CPC.
O PULO DO GATO
É possível a confissão ficta ou expressa no momento da elaboração da peça de defesa. Na 
prática forense, isso ocorre, por exemplo, quando o réu confessa que deve mas explica que 
não tem condições de efetuar o pagamento porque “quebrou”. No entanto, não é essa a linha 
que o examinador espera no momento da elaboração da peça processual na prova. Você deve 
enfrentar “com unhas e dentes” a defesa do cliente. Então, já fica a primeira dica: evite confes-
sar em favor da parte autora.
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O conteúdo da defesa pode se voltar ao conteúdo material dos direitos trabalhistas como 
também em relação à matéria processual.
Sobre as preliminares do mérito e de como devem ser as argumentações dilatórias e pe-
remptórias processuais, fiz dois mapas mentais para auxiliar a abordagem:
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Sobre as preliminares de mérito da causa, perceba-se a alegação disposta no artigo 337 
do CPC e que é aplicado subsidiariamente ao processo do trabalho, podendo ser usada na sua 
prova quando da elaboração da resposta:
Você pode desenvolver, em afronta ao mérito, duas linhas de raciocínio na sua elaboração: 
defesa DIRETA ou INDIRETA. No primeiro caso, você nega totalmente o pedido/fato do obreiro, 
como é o caso em que se nega o vínculo de emprego entre as partes. No segundo caso, na 
INDIRETA, você confirma o fato narrado na exordial, mas acrescenta um motivo impeditivo, 
modificativo ou extintivo. Depende então do caso concreto, mas no exame da ordem, você 
pode usar qualquer uma dessas modalidades de defesa.
Se houve alegação de PRESCRIÇÃO OU DECADÊNCIA, você tem que pedir a extinção do 
processo com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, III do CPC. Por isso, revise esse 
assunto na parte de direito material que elaborei para você nos capítulos seguintes desse livro. 
Principalmente, fique atento às situações de suspensão e interrupção do prazo prescricional.
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Então vamos para as dicas do passo a passo da defesa:
(1) Direcionamento ao juízo que já vem no texto da prova, bem como o número do processo 
relacionado que você deve usar na elaboração da sua peça.
(2) Qualificação das partes, com a fundamentação para a apresentação da defesa e a tem-
pestividade.
(3) Preliminares conforme o mapa mental acima: não tenha medo de fazer várias prelimina-
res, mesmo que sucintas. Fique atento, principalmente, acerca da alegação de incompetência 
absoluta e relativa, lembrando que aqui se encaixa a ideia de incompetência territorial relativa 
ao foro. Vou abordar isso com mais detalhe num tópico próprio.
(4) Prejudicial de mérito – se for o caso de prescrição ou decadência
(5) Da verdade dos fatos – narrativa fática do ponto de vista do réu
(6) Dos aspectos jurídicos – argumentação jurídica correlata à “verdade dos fatos”
(7) Requerimentos finais – dos quais pode pedir a condenação em honorários advocatícios 
sucumbenciais, eventual pedido de gratuidade judicial ao réu, pedidos de compensação e dedução 
do que foi pago para fins de evitar enriquecimento indevido, pedido de produção de provas etc.
(8) Não assine a prova. Consta só ADVOGADO
(9) Se houver pedido de reconvenção, sugere-se abrir um tópico antes de “requerimentos 
finais” e indicar um valor dado à causa, pois na reconvenção, deve existir um valor da causa, 
em relação ao pedido que é formulado.
2. DefesA: como já foi cobrADo nA provA DA oAb?
Posicionei abaixo as peças que foram cobradas nos últimos sete certames da OAB para 
que você perceba a repetitividade das cobranças:
EXAME PEÇA
2021 CONTESTAÇÃO
2020 RECURSO ORDINÁRIO
2019 PETIÇÃO INICIAL
2019 CONTESTAÇÃO
2019 PETIÇÃO INICIAL
2018 RECURSO ORDINÁRIO
2018 CONTESTAÇÃO E RECONVENÇÃO (PEÇA UNIFICADA)
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Assim, passo a analisar duas provas já cobradas pela OAB, mas a resolução veremos no 
próximo capítulo da prova no ano de 2021 (XXXII exame). Perceba que no ano de 2019, foi 
cobrada também.
O examinador, na peça processual, narra fatos e quer que o candidato, primeiramente, 
aponte qual a peça processual cabe na situação e, após, desenvolva a redação sobre a temáti-
ca, abordando os temas importantes.
No XXXII Exame Unificado, o examinando deverá formular uma CONTESTAÇÃO de recla-
mação trabalhista dirigida ao juízo da 200a Vara do Trabalho de São Paulo e, ainda, há referên-
cia ao número do processo que deve constar na peça.
No caso da prova prática, na elaboração da peça, deverá suscitar preliminar de incompe-
tência material em relação ao recolhimento do INSS, na forma da Súmula Vinculante 53 do STF, 
Súmula 368, inciso I, do TST e art. 876, Parágrafo único, da CLT. Veja sempre se há o caso de 
incompetência absoluta ou relativa.
No mesmo azo, deverá suscitar preliminar de inépcia em relação à equiparação salarial 
porque há causa de pedir sem pedido, conforme Art. 330, § 1º, II, do CPC. Deverá ser arguida 
a prejudicial de mérito de prescrição parcial, para ver declarado prescrito todo e qualquer su-
posto direito anterior a 30/01/2015 ou anteriores aos cinco anos do ajuizamento da ação, con-
forme o Art. 7º, inciso XXIX, da CRFB/1988, o Art. 11 da CLT e a Súmula 308, inciso I, do TST.
Vamos para a defesa do mérito agora que deveria ser feito na prova: contestar o pedido de 
horas extras porque sendo a autora gerente e, efetivamente, tendo poder de gestão e salário 
diferenciado, com gratificação de função superior a 40%, ocupa cargo de confiança e, assim, 
não tem direito a limite de jornada. Consequentemente, não tem direito ao pagamento de horas 
extras, conforme o Art. 62, inciso II, da CLT.
Deverá ser sustentado que não há direito à indenização de 40% sobre o FGTS porque a autora 
pediu demissão, o que impede a pretensão, porque essa hipótese não é prevista na norma co-
gente, na forma do Art. 18, § 1º, da Lei n. 8.036/1990 e Art. 9º, § 1º, do Decreto n. 99.684/1990.
Deverá ser contestado o pedido de integração dos prêmios porque, ainda que habituais, 
eles não integram a remuneração conforme previsão legal expressa no Art. 457, § 2º, da CLT. 
Deverá ser contestado, em razão princípio da eventualidade, o pedido de equiparação sala-
rial porque a modelo tem mais de 2 anos na função, não implementando uma das condições 
legais, na forma do Art. 461, § 1º, da CLT. Deverá ser contestado o pedido de periculosidade 
porque a situação retratada na petição inicial não autoriza tecnicamente o pagamento do adi-
cional, pois a empregada não laborava em atividade ou operações perigosas segundo o Art. 
193 da CLT. Aqui pode até mesmo pedir prova pericial. Deverá ser contestado o pedido de ho-
norários advocatícios porque se limitam a 15%, além de postulados honorários sucumbenciais, 
na forma do Art. 791-A da CLT. Sem assinar, por favor!
No ano de 2019, no exame XXVIII, também foi exigido que o candidato redigisse uma CON-
TESTAÇÃO.O candidato deve apresentar uma contestação digirida ao Juízo da 80ª Vara do 
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Trabalho de Cuiabá, com base no Art. 847 da CLT, identificando as partes envolvidas. Na ela-
boração da peça deverá suscitar preliminar de inépcia em relação ao pedido de adicional de 
periculosidade, com a extinção do processo sem resolução do mérito em relação a esse pleito, 
na forma do Art. 330, § 1º, inciso I, e do Art. 485, inciso I, ambos do CPC/2015.Deverá ser ar-
guida a prejudicial de mérito de prescrição parcial, para ver declarado prescrito todo e qualquer 
suposto direito anterior a 15/10/2013, conforme o Art. 7º, inciso XXIX, da CRFB/1988, OU o Art. 
11, da CLT OU a Súmula 308, inciso I, do TST. Deverá ser contestado o pedido de indenização 
por dano moral porque doença degenerativa não é considerada doença profissional nem doen-
ça do trabalho, na forma do Art. 20, § 1º, alínea a, da Lei n. 8.213/1991.
Deve discutir sobre o alcance do salário utilidade na CLT, e, encaixar a tese de que o plano 
odontológico não caracteriza salário utilidade por expressa vedação legal, na forma do Art. 
458, § 2º, inciso IV e § 5º, da CLT, daí porque não poderá ser integrado ao salário.
Deveria ser usada a tese da inexistência de ultratividade das normas coletivas quando for 
impugnar o pedido de cesta básica porque a norma coletiva juntada findou em julho de 2018 e 
não possui ultratividade, na forma do Art. 614, § 3º, da CLT.
Deve-se enfrentar o pedido de tempo à disposição porque a participação voluntária do 
empregado em práticas religiosas dentro da empresa não o caracteriza, por explícita vedação 
legal, na forma do Art. 4º, § 2º, inciso I, da CLT.
Na defesa, deve-se “bater na tecla” da coação no pedido de demissão e advogado que o 
ônus de provar o alegado vício de consentimento pertence à autora, na forma do Art. 818, inci-
so I, da CLT e do Art. 373, inciso I, do CPC/2015.
Todos os pedidos devem ser contestados, impugnados (ônus da impugnação especificada 
dos fatos), principalmente, o pedido de acúmulo funcional porque a atividade desempenhada 
pela autora era compatível com a sua condição pessoal e profissional, na forma do Art. 456, 
parágrafo único, da CLT.
Não assine a prova. Faça o fechamento o mais formal possível.
3. DefesA: resolução DA provA 2021 DA oAb
No capítulo acima, abordamos dois exames. Nesse ponto do nosso livro, trarei aqui a ques-
tão e a forma como podemos resolver, bem como uma ideia de como seria a redação da con-
testação para que você tenha uma noção geral de como elaborar.
PEÇA DO EXAME XXXII DA OAB
Érica Grama Verde trabalhou para a sociedade empresária Auditoria Pente Fino S.A. de 
29/09/2011 a 07/01/2020, exercendo, desde a admissão, a função de gerente do setor de audi-
toria de médias empresas. Na condição de gerente, Érica comandava 25 auditores, designando 
suas atividades junto aos clientes do empregador, bem como fiscalizando e validando as audito-
rias por eles realizadas. Érica recebia salário mensal de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), acrescido 
de gratificação de função de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Érica pediu demissão, em 07/01/2020, 
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e ajuizou reclamação trabalhista em 30/01/2020, na qual postulou o pagamento de horas extras, 
alegando que trabalhava de segunda-feira a sábado, das 8h às 20h, com intervalo de 1 hora para 
refeição, sendo que não marcava folha de ponto. Érica requereu o pagamento da indenização de 
40% sobre o FGTS, que não foi depositada na sua conta vinculada, conforme extrato analítico do 
FGTS, que juntou com a inicial. Ela afirmou, ainda, que a empresa não efetuou o recolhimento do 
INSS nos anos de 2018 e 2019, fazendo comprovação disso por meio do seu Cadastro Nacional 
de Informações Sociais (CNIS), juntado com a petição inicial, no qual se constata que, nos anos 
citados, não houve recolhimento previdenciário, pelo que requereu que a empresa fosse conde-
nada a regularizar a situação. Érica explicou e comprovou com os contracheques que, a partir de 
2018, passou a receber prêmios em pecúnia, em valores variados, pelo que requereu a integração 
do valor desses prêmios à sua remuneração, com reflexos nas demais verbas salariais e resci-
sórias, inclusive FGTS, e o pagamento das diferenças daí decorrentes. Érica informou que, desde 
o início de seu contrato, realizava as mesmas atividades que Silvana Céu Azul, outra gerente do 
setor de auditoria de médias empresas, admitida na Auditoria Pente Fino S.A. em 15/01/2009, já 
na função de gerente, mas que ganhava salário 10% superior ao da reclamante, conforme con-
tracheques que foram juntados com a petição inicial e evidenciam o salário superior da modelo. 
Uma vez que as atividades de Érica eram desenvolvidas em prédio da sociedade empresária lo-
calizado ao lado de uma comunidade muito violenta, tendo a empregada ouvido diversas vezes 
disparos de arma de fogo e assistido, da janela de sua sala de trabalho, a várias operações poli-
ciais que combatiam o tráfico de drogas no local, requereu o pagamento de adicional de pericu-
losidade. Por fim, Érica requereu o pagamento de honorários advocatícios de 20% sobre o valor 
da condenação, conforme o Art. 85, § 2º, do CPC. Diante da situação, você, como advogado(a) 
da sociedade empresária, deve elaborar a peça processual adequada à defesa dos interesses de 
seu cliente, sabendo que a demanda foi proposta perante a 200ª Vara do Trabalho de São Paulo 
sob o número 0101010-50.2020.5.02.0200. (Valor: 5,00).
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Questão da prova prática Pontos a serem desenvolvidos
Érica Grama Verde trabalhou para a sociedade empresária 
Auditoria Pente Fino S.A. de 29/09/2011 a 07/01/2020, 
exercendo, desde a admissão, a função de gerente do setor de 
auditoria de médias empresas. Na condição de gerente, Érica 
comandava 25 auditores, designando suas atividades junto aos 
clientes do empregador, bem como fiscalizando e validando as 
auditorias por eles realizadas. Érica recebia salário mensal de R$ 
20.000,00 (vinte mil reais), acrescido de gratificação de função 
de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Érica pediu demissão, em 
07/01/2020, e ajuizou reclamação trabalhista em 30/01/2020, 
na qual postulou o pagamento de horas extras, alegando que 
trabalhava de segunda-feira a sábado, das 8h às 20h, com 
intervalo de 1 hora para refeição, sendo que não marcava folha 
de ponto. Érica requereu o pagamento da indenização de 40% 
sobre o FGTS, que não foi depositada na sua conta vinculada, 
conforme extrato analítico do FGTS, que juntou com a inicial. 
Ela afirmou, ainda, que a empresa não efetuou o recolhimento 
do INSS nos anos de 2018 e 2019, fazendo comprovação disso 
por meio do seu Cadastro Nacional de Informações Sociais 
(CNIS), juntado com a petição inicial, no qual se constata que, 
nos anos citados, não houve recolhimento previdenciário, pelo 
que requereu que a empresa fosse condenada a regularizar a 
situação. Érica explicou e comprovou com os contracheques 
que, a partir de 2018, passou a receber prêmios em pecúnia, 
em valores variados, peloque requereu a integração do valor 
desses prêmios à sua remuneração, com reflexos nas demais 
verbas salariais e rescisórias, inclusive FGTS, e o pagamento 
das diferenças daí decorrentes. Érica informou que, desde 
o início de seu contrato, realizava as mesmas atividades que 
Silvana Céu Azul, outra gerente do setor de auditoria de 
médias empresas, admitida na Auditoria Pente Fino S.A. em 
15/01/2009, já na função de gerente, mas que ganhava salário 
10% superior ao da reclamante, conforme contracheques 
que foram juntados com a petição inicial e evidenciam o 
salário superior da modelo. Uma vez que as atividades de 
Érica eram desenvolvidas em prédio da sociedade empresária 
localizado ao lado de uma comunidade muito violenta, tendo a 
empregada ouvido diversas vezes disparos de arma de fogo e 
assistido, da janela de sua sala de trabalho, a várias operações 
policiais que combatiam o tráfico de drogas no local, requereu 
o pagamento de adicional de periculosidade. Por fim, Érica 
requereu o pagamento de honorários advocatícios de 20% 
sobre o valor da condenação, conforme o Art. 85, § 2º, do CPC. 
Diante da situação, você, como advogado(a) da sociedade 
empresária, deve elaborar a peça processual adequada à 
defesa dos interesses de seu cliente, sabendo que a demanda 
foi proposta perante a 200ª Vara do Trabalho de São Paulo sob 
o número 0101010-50.2020.5.02.0200
1) já existe aqui o juízo competente e, portanto, a contestação 
deve ser dirigida ao Juízo da 200ª Vara do Trabalho de São Paulo, 
com base no Art. 847 da CLT, identificando as partes envolvidas.
2) logo após esse direcionamento, deve indicar a verdade dos 
fatos e anotar as preliminares que poderiam ser arguidas: a) 
incompetência material em relação ao recolhimento do INSS, na 
forma da Súmula Vinculante 53 do STF, Súmula 368, inciso I, do 
TST e art. 876, Parágrafo único, da CLT; b) preliminar de inépcia 
em relação à equiparação salarial porque há causa de pedir sem 
pedido, conforme Art. 330, § 1º, II, do CPC.
3) depois, sustenta a PREJUDICIAL da prescrição: no caso, é a 
prescrição parcial, para ver declarado prescrito todo e qualquer 
suposto direito anterior a 30/01/2015 ou anteriores a cinco 
anos do ajuizamento da ação, conforme o Art. 7º, inciso XXIX, da 
CRFB/1988, o Art. 11 da CLT e a Súmula 308, inciso I, do TST.
4) a partir de agora, vamos contestar o mérito da demanda, 
iniciando com as horas extras porque sendo a autora gerente e, 
efetivamente, tendo poder de gestão e salário diferenciado, com 
gratificação de função superior a 40%, ocupa cargo de confiança 
e, assim, não tem direito a limite de jornada. Consequentemente, 
não tem direito ao pagamento de horas extras, conforme o Art. 
62, inciso II, da CLT.
5) Na sequência, os demais fatos devem ser impugnados como, 
por exemplo, não há direito à indenização de 40% sobre o FGTS 
porque a autora pediu demissão, o que impede a pretensão, 
porque essa hipótese não é prevista na norma cogente, na 
forma do Art. 18, § 1º, da Lei n. 8.036/1990 e Art. 9º, § 1º, do 
Decreto n. 99.684/1990. Deverá ser contestado o pedido de 
integração dos prêmios porque, ainda que habituais, eles não 
integram a remuneração conforme previsão legal expressa no 
Art. 457, § 2º, da CLT. Deverá ser contestado, em razão princípio 
da eventualidade, o pedido de equiparação salarial porque a 
modelo tem mais de 2 anos na função, não implementando 
uma das condições legais, na forma do Art. 461, § 1º, da CLT. 
Deverá ser contestado o pedido de periculosidade porque a 
situação retratada na petição inicial não autoriza tecnicamente 
o pagamento do adicional, pois a empregada não laborava em 
atividade ou operações perigosas segundo o Art. 193 da CLT.
6) Nos pedidos acima, ainda afirme na peça de defesa que o 
ônus da prova é do autor, razão pela qual não apresentou até o 
presente momento nenhuma prova condizente com o alegado.
7) argumentar contra o pedido de honorários advocatícios 
porque se limitam a 15%, além de postulados honorários 
sucumbenciais, na forma do Art. 791-A da CLT.
8) pode pedir compensação de tudo que já foi devidamente pago
9) pode argumentar contra o pedido de deferimento da 
gratuidade judicial
10) não assine a peça. Coloque só ADVOGADO.
Como poderíamos, em síntese, elaborar a peça processual? Acompanhe um passo a pas-
so, observando-se que nem sempre a banca da OAB exigirá que seja feita uma exceção de 
incompetência territorial ou reconvenção.
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Por isso, fique atento a redigir somente aquilo que realmente for narrado na questão de 
prova. Chamo atenção quanto a isso, pois é comum o aluno sempre achar que deverá ter uma 
reconvenção “escondida”. Cuidado! Vamos lá:
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4. DefesA: peçA inéDitA e DicAs De resolução
Nesse capítulo do nosso livro, trago uma questão nova/ inédita para abordagens de assun-
tos atuais para ajudar a revisão da matéria, bem como já passar como seria a elaboração da 
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petição inicial no caso. Vou reproduzir aquele mesmo esquema do capítulo anterior. Vamos no 
passo a passo que eu acho ser fundamental na sua aprendizagem:
Caso/questão inédita (2021):Rui da Silva foi contratado pela empresa SO MEDICOS e teve 
seu contrato de trabalho devidamente assinado na data correta antes da pandemia, na data de 
01.01.2019 como enfermeiro. Requereu equiparação salarial com a enfermeira Ana Ruth da Sil-
va, muito embora esta tenha mestrado na área de gestão e feito mais cursos de reciclagem no 
Hospital que Rui da Silva e, com isso, alegou o autor que existe uma diferença injustificada de 
salário de R$1.500,00. Alega que não foi concedido o intervalo intrajornada, muito embora hou-
vesse quarto de descanso e copa no hospital, bem como o fornecimento de alimentação aos 
funcionários. Rui ainda sustentou que não havia pagamentode vale transporte, embora, muitas 
vezes, usasse compartilhamento de UBER com os demais colegas de plantão para se dirigir 
ao hospital. Alega que foi submetido a uma pressão psicológica surreal diante da fase da pan-
demia de COVID 19, gerando um dano moral e um abalo na sua condição de vida, requerendo 
danos morais de cinquenta mil reais. Sustentou o autor que diante de tantos descumprimen-
tos de obrigações trabalhistas, desmotivou-se a laborar e, com isso, deixou de comparecer ao 
serviço na data de 01.06.2021 e que ligaram do Hospital para que retornasse ao trabalho, mas 
Rui já tinha feito contato com o advogado para o ajuizamento da demanda. Diante da inércia 
do Rui em retornar ao seu plantão, o hospital teve que fazer uma contratação de emergência, 
causando um prejuízo de cinco mil reais. O hospital fica localizado em Barreirinhas/MA, sendo 
ajuizada a ação na Vara Única de Barreirinhas/MA sob o número 20202020202.01.09.0005.
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Questão inédita/2021 Pontos a serem desenvolvidos
Rui da Silva foi contratado pela empresa SO 
MEDICOS e teve seu contrato de trabalho 
devidamente assinado na data correta antes 
da pandemia, na data de 01.01.2019 como 
enfermeiro. Requereu equiparação salarial com 
a enfermeira Ana Ruth da Silva, muito embora 
esta tenha mestrado na área de gestão e feito 
mais cursos de reciclagem no Hospital que 
Rui da Silva e, com isso, alegou o autor que 
existe uma diferença injustificada de salário 
de R$1.500,00. Alega que não foi concedido o 
intervalo intrajornada, muito embora houvesse 
quarto de descanso e copa no hospital, bem 
como o fornecimento de alimentação aos 
funcionários. Rui ainda sustentou que não havia 
pagamento de vale transporte, embora, muitas 
vezes, usasse compartilhamento de UBER com 
os demais colegas de plantão para se dirigir ao 
hospital. Alega que foi submetido a uma pressão 
psicológica surreal diante da fase pandemia de 
COVID 19, gerando um dano moral e um abalo na 
sua condição de vida, requerendo danos morais 
de cinquenta mil reais. Sustentou o autor que 
diante de tantos descumprimentos de obrigações 
trabalhistas, desmotivou-se a laborar e, com 
isso, deixou de comparecer ao serviço na data 
de 01.06.2021 e que ligaram do Hospital para 
que retornasse ao trabalho, mas Rui já tinha feito 
contato com o advogado para o ajuizamento da 
demanda. Diante da inércia do Rui em retornar 
ao seu plantão, o hospital teve que fazer uma 
contratação de emergência, causando um prejuízo 
de cinco mil reais. O hospital fica localizado 
em Barreirinhas/MA, sendo ajuizada a ação na 
Vara Única de Barreirinhas/MA sob o número 
20202020202.01.09.0005.
1) Você utiliza o processo e o juízo competente já informado 
pela questão. Além disso, observe que, na leitura da questão, 
não existe discussão acerca de incompetência seja absoluta 
ou relativa, mas existe pedido em que cabe a reconvenção. 
Lembre-se que sempre que houver uma ideia de 
ressarcimento, é o caso de reconvenção. Na nossa questão 
inédita, existe essa possibilidade.
2) Pode alegar a preliminar de inépcia da inicial, pela ausência 
dos requisitos essenciais para o pleito de equiparação 
salarial.
3) No mérito, deve alegar que não estão preenchidos pela 
equiparação salarial, nos termos do artigo 461 da CLT, haja 
vista que a modelo tem qualidades profissionais e formação 
superior ao do reclamante, observando-se que: Sendo 
idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao 
mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá 
igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade, 
entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for 
superior a 2 anos (art. 461 da CLT).
4) Deve-se pedir também a concessão de gratuidade judicial 
e a condenação em honorários advocatícios sucumbenciais 
em prol da ré.
5) No mérito deve rebater a ideia de concessão de 
intrajornada, pois o obreiro tinha intervalo, pois havia sala de 
descanso e o obreiro laborava em equipe que se revezavam 
para fazer as pausas de descanso e refeição, inclusive, era 
concedida a alimentação pelo hospital, o que demonstra o 
respeito pela concessão de pausa do trabalhador;
5) Sobre o vale transporte, não era devido pois o obreiro não 
usava transporte público regular e nunca fez requerimento 
administrativo ao empregador, sendo que ele fazia rodízios 
do uso de UBER com seus colegas de plantão;
6) Rui abandonou o serviço, haja vista que simplesmente 
deixou de laborar sem comunicar ao empregador numa 
situação de alto risco e de maior necessidade para o 
combate à pandemia.
7) Cabe o pedido de reconvenção, haja vista que o 
obreiro causou prejuízo ao hospital, na medida em que 
simplesmente nada comunicou e, numa situação de 
pandemia, o hospital teve que contratar por emergência, 
gerando um prejuízo de R$5.000.00
8) Rebater o dano moral, tendo em vista que não se trata de 
comportamento abusivo pelo empregador e que a situação 
de pandemia e exigiu de todos os funcionários o máximo 
esforço coletivo, razão pela qual não se pode imputar ao 
hospital qualquer responsabilidade em razão da carga 
excessiva de trabalho em que todos os profissionais de 
saúde se sujeitaram em razão da pandemia.
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Como poderíamos, em síntese, elaborar a peça processual? Acompanhe um passo a passo:
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Sugere-se, ainda, como dicas:
a) não use palavras ou expressões agressivas por mais grave e “revoltante” a situação fáti-
ca trazida pelo examinador. Mantenha-se numa linha ZEN, embora sua obrigação é pedir tudo.
b) diga o valor da indenização por danos morais
c) analise fato por fato trazido pelo examinador para analisar se existe a afronta a alguma 
legislação
d) sempre fique atento para qual modalidade de ruptura contratual é o caso trazido pelo 
examinador
e) não esqueça de pedira projeção do aviso prévio com o pagamento das verbas
f) no caso de verbas rescisórias ou verbas complementares, peça também os reflexos. 
Muito cuidado com as gorjetas.
g) procure saber e expor de quem é o ônus da prova
O PULO DO GATO
Na questão inédita acima, como tratei de jornada britânica, mencione e revise a seguinte sú-
mula do TST: N. 338 JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA. É ônus do empre-
gador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma 
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do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera pre-
sunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em con-
trário. II -A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento 
normativo, pode ser elidida por prova em contrário. III -Os cartões de ponto que demonstram 
horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus 
da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da 
inicial se dele não se desincumbir.
O PULO DO GATO
Na questão inédita acima, como tratei de jornada britânica, mencione e revise o conceito de 
dano existencial, conforme notícia do TST: em 2020, a Subseção I Especializada em Dissídios 
Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho excluiu da condenação imposta à Tropical 
Transportes Ipiranga Ltda., de Ourinhos (SP), o pagamento de indenização de R$ 15 mil a um 
motorista de caminhão por dano existencial. Por maioria, o colegiado entendeu que o empre-
gado não conseguiu comprovar prejuízo familiar ou social em razão da jornada considerada 
extenuante. Processo n. E-RR-402-61.2014.5.15.0030
5. A reconvenção no processo Do trAbAlho e como reDigir nA peçA práticA
No caso da reconvenção, tem-se sua cobrança, de vez em quando, nos exames da OAB. 
Tal modalidade de defesa é compatível com o processo do trabalho e deve ser feita na mesma 
peça processual. Abre-se um tópico na contestação para tratar da RECONVENÇÃO.
Na resolução do caso concreto, deve-se obedecer às regras do CPC quanto à petição ini-
cial. Na reconvenção existe uma reação ao pedido do reclamante, quando, por exemplo, plei-
teia ressarcimento de algum prejuízo causado pelo trabalhador durante o pacto laboral, seja 
de cunho moral ou material.
Nessa mesma linha de exemplos, pode-se dizer que o reclamado requer dano moral pela 
ofensa à sua reputação em redes sociais pelo trabalhador. Ou, como já foi cobrado em exa-
me da OAB, prejuízo material quando o reclamante soube da sua dispensa sem justa causa, 
quebrando uma porta. Nesses dois casos, o reclamado pode abrir um tópico em sua defesa 
alegando a reconvenção e pedindo o ressarcimento.
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http://aplicacao4.tst.jus.br/consultaProcessual/consultaTstNumUnica.do?consulta=Consultar&conscsjt=&numeroTst=402&digitoTst=61&anoTst=2014&orgaoTst=5&tribunalTst=15&varaTst=0030&submit=Consultar
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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Na reconvenção pode pedir a condenação em honorários advocatícios e custas processu-
ais. Na peça prática, fica o esboço de como deve ser feita a reconvenção:
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O PULO DO GATO
A reconvenção deve ser manejada na mesma petição que veiculada a contestação, nos termos 
do artigo 343 do CPC.
6. A exceção De incompetênciA territoriAl com A reformA trAbAlhistA
Se houver essa situação no processo, faz-se na mesma peça de defesa. Aqui existe a 
desnecessidade de uma peça autônoma. Mas a doutrina entende que é uma faculdade do réu 
usar peça autônoma ou não. O mais prático na sua peça, é que você ofereça desde logo com a 
defesa abrindo um tópico como preliminar.
Veja no modelo abaixo:
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7. Direito mAteriAl: prescrição e DecADênciA pArA revisão e pArA Auxi-
liAr nA resolução De provAs subjetivAs
O conceito de decadência veio do direito civil e tem como sinônimo a caducidade. GODINHO 
(2019;291) conceitua:
A decadência (também chamada caducidade) conceitua-se como a perda da possibilidade de obter 
uma vantagem jurídica e garanti-la judicialmente em face do não exercício oportuno da correspon-
dente faculdade de obtenção.
Com a decadência, observa-se a perda do direito em si, em que a decadência extingue o 
próprio direito. Os objetos da decadência são direitos potestativos, na medida em que facul-
tam ao agente exercer ou não o direito de ação.
Também na decadência, tanto o direito de ação nasce como se extingue a ao mesmo tempo. 
A decadência pode ser legal ou convencional (pelas partes). No caso da decadência legal, aquela 
estabelecida pela lei, o juiz pode decretar de ofício ou mediante provocação das partes ou do MPT. 
Vamos ver o Código Civil tratando sobre a decadência porque se aplica no direito do trabalho:
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impe-
dem, suspendem ou interrompem a prescrição.
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer 
grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
Não há situações que suspendem ou interrompem a prescrição. Em regra, não existe prazo 
decadencial previsto para o exercício dos direitos trabalhistas. Somente algumas hipóteses são 
previstas e cobradas em prova, como por exemplo:
a) o prazo para interposição do inquérito para a apuração da falta grave; b)situação de prazo 
para inquérito de servidor estável;
c)caso de inquérito para abandono de emprego;
d)opção retroativa do FGTS em detrimento da estabilidade decenal (de dez anos);
e)os prazos de PDV (Plano de Demissão Voluntária) previstos nos acordos e convenções cole-
tivas de trabalho.
São apenas situações exemplificativas mais cobradas em concurso. Não é exaustivo o rol aci-
ma. A situação do artigo 853 da CLT que diz acerca do inquérito pela apuração da falta grave:
Art. 853 – Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido 
com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, 
dentro de 30 (trinta) dias, contadosda data da suspensão do empregado.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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As hipóteses de decadência podem existir tanto por imperativo legal como podem surgir me-
diante negociação coletiva. Lembra-se do que falamos sobre fontes autônomas e heterônomas. 
Logo, os prazos decadenciais podem surgir por fontes autônomas e heterônomas.
Ainda se destacam as seguintes súmulas do STF e do TST para fins de verificação das hipóte-
ses de decadência, do qual destacam-se:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 403 do STF:É de decadência o prazo de trinta dias para instauração do inquérito 
judicial, a contar da suspensão, por falta grave, de empregado estável.
Súmula 62 do TST: ABANDONO DE EMPREGO. O prazo de decadência do direito do empre-
gador de ajuizar inquérito em face do empregado que incorre em abandono de emprego 
é contado a partir do momento em que o empregado pretendeu seu retorno ao serviço.
Diante disso, os regulamentos e convenções coletivas, bem como os acordos coletivos podem 
prever prazos decadenciais em seus instrumentos.
O PULO DO GATO
A decadência se aplica ao direito do trabalho e podem ser legais (previstas em lei) ou conven-
cionais (negociação coletiva, regulamentos empresariais etc.). Então, a decadência pode sur-
gir de fontes autônomas ou heterônomas. Existem no ordenamento prazos decadenciais. Não 
há previsão de causas suspensivas, impedimentos e interruptivas de prescrição.
A prescrição tem algumas diferenças da decadência. Observa-se que a prescrição é a per-
da da exigibilidade judicial de um direito, com, por exemplo: o direito de ação. Vamos relembrar 
o importante dispositivo da Constituição Federal de 1988 cobrado nas provas: artigo 7, inciso 
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescri-
cional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a 
extinção do contrato de trabalho.
Isso significa que o trabalhador tem o prazo de dois anos para ajuizar a demanda quando 
extingue o contrato de trabalho. E somente pode cobrar os últimos cinco anos, contados do 
ajuizamento da demanda.
São, portanto, dois prazos prescricionais: bienal (2 anos após a extinção do contrato de 
trabalho) e quinquenal (os cinco últimos anos a partir do ajuizamento da ação). O Código Civil 
também trata da matéria do qual transcrevo aqui para você ter uma visão geral:
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos 
prazos a que aludem os arts. 205 e 206.
Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo 
de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos 
do interessado, incompatíveis com a prescrição.
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.
Art. 194. (Revogado pela Lei n. 11.280, de 2006)
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou 
representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.
A prescrição tem causas de IMPEDIMENTO, ou seja, quando nem se inicia a contagem do pra-
zo prescricional. Em casos de menores de 18 anos não corre a prescrição, nem sequer se inicia. 
Isso está expresso na CLT, no artigo 440. Logo, não se inicia a prescrição quando o trabalhador 
for menor de 18 anos. Essa é a mais importante: impedimento é quando nem começa a iniciar a 
prescrição As causas impeditivas previstas no Código Civil são aplicadas ao direito do trabalho:
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I – contra os incapazes de que trata o art. 3º
II – contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
III – contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
I – pendendo condição suspensiva;
II – não estando vencido o prazo;
III – pendendo ação de evicção.
O PULO DO GATO
Não se inicia a prescrição quando o trabalhador for menor de 18 anos. Exemplo: Porfírio tinha 
15 anos quando deixou de trabalhar como empregado doméstico. No entanto, não se inicia a 
prescrição bienal (2 anos) e a quinquenal (5 anos) não começam a contar até ele completar 18 
anos. A partir de 18 anos, começa a contar os 2 anos. Dispõe o artigo 440 da CLT: Contra os 
menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição.
Nas causas de interrupção, só pode acontecer uma única vez, na medida em que os prazos 
são “zerados”, razão pela qual o prazo recomeça do zero. Nesse sentido, destaca-se a posição 
de GODINHO (2019;298):
As causas interruptivas atuam sobre o curso prescricional com efeito mais amplo do que o caracte-
rístico da suspensão. A interrupção susta a contagem do prazo prescricional já iniciada, eliminando 
inclusive o prazo prescricional em fluência (respeitada a prescrição já consumada). Ou seja: enquan-
to na suspensão o prazo transcorrido é preservado (retornando-se a contagem sustada após o de-
saparecimento da causa suspensiva), na interrupção verifica-se a eliminação do prazo prescricional 
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em curso, favorecendo mais largamente o titular do direito. É óbvio, como visto, que o prazo elimina-
do pela interrupção será o prazo em curso (isto é, o prazo legalmente fixado e em andamento), não 
se atingindo, pois, a prescrição já consumada (que corresponde ao prazo que já suplantou o lapso 
prescricional fixado).
Sobre as causas de interrupção, dispõe o Código Civil:
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
I – por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover 
no prazo e na forma da lei processual;
II – por protesto, nas condições do inciso antecedente;
III – por protesto cambial;
IV – pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
V – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
VI – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito 
pelo devedor.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou 
do último ato do processo para a interromper.
As causas de suspensão não zeram o prazo que já se iniciou. Por exemplo: existia um pra-
zo de dois anos. O prazo começou em seis meses e houve uma causa suspensiva que durou 
uns 4 meses, por exemplo. Quando acabar a condição suspensiva, os seismeses que já trans-
correram continuam sendo contabilizados.
É diferente dos prazos de interrupção que zeram os prazos de contagem. Então, no caso que 
citei acima, vamos analisar o mesmo exemplo: existia um prazo de dois anos. O prazo começou 
em seis meses e houve uma causa interruptiva que durou uns 4 meses, por exemplo. Quando 
acabar a condição interruptiva, os seis meses que já transcorreram não serão contabilizados.
Além disso, temos uma situação que DESPENCA nas provas tanto de direito do trabalho 
como do processo do trabalho. É o caso da Súmula n. 268 do TST: PRESCRIÇÃO. INTERRUP-
ÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA ARQUIVADA: A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a 
prescrição somente em relação aos pedidos idênticos.
O PULO DO GATO
A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pe-
didos idênticos. Então, temos: CAUSA INTERRUPTIVA SOMENTE EM RELAÇÃO AOS PEDIDOS 
IDÊNTICOS. Isso vale tanto para processos arquivados como não arquivados.
Outra hipótese que despenca nas provas é a seguinte dica: a interrupção da prescrição 
somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em juízo incompe-
tente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em 
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relação aos pedidos idênticos. Veja: a) Apenas pedidos idênticos; b) Juízes competentes ou 
não; c) Causa de interrupção.
Uma das causas de suspensão é o artigo 625-G da CLT que trata da suspensão do prazo no 
caso de submissão de demanda à Comissão de Conciliação Prévia ou Núcleo Intersindical de 
Conciliação Trabalhista. As causas de suspensão da prescrição ocorrem nas seguintes situa-
ções, conforme o Código Civil:
Art. 197. Não corre a prescrição:
I – entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II – entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III – entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela
O PULO DO GATO
Também há uma CAUSA DE SUSPENSÃO muito importante para fins de provas. É o caso de 
Conciliação de Comissão Prévia. Nesse sentido, existe o dispositivo da CLT que trata do tema: 
Art. 625-G. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conci-
liação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de concilia-
ção ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F.
Duas últimas informações relevantes para as suas provas. Existem dois institutos jurídicos 
que você não pode confundir com prescrição: perempção e preclusão. Esses dois últimos ins-
titutos são processuais que veremos nas aulas de Processo do Trabalho, mas acho importante 
que você os conheça agora para não confundir com prescrição e decadência.
Perempção significa a perda da possibilidade de propositura de ação judicial pelo prazo de 
seis meses (peculiaridade trabalhista), quando der início ao processo e ele for arquivado por 
duas vezes, com respeito ao mesmo empregador, nos termos dos artigos 732 e 844 da CLT.
Preclusão significa perda de uma faculdade processual. Nesse sentido, podemos ter pre-
clusão pelo tempo (preclusão temporal), preclusão pelo senso lógico e racional (preclusão lógi-
ca) e preclusão pelo cometimento de ato anterior do ato processual (preclusão consumativa).
Ainda sobre o caso impedimentos da prescrição trabalhista, surge a situação da Actio Nata. 
Existe e é aplicável no direito brasileiro. O que é a actio nata? Significa quando nasce o direito de 
acionar o Poder Judiciário e reivindicar o direito. Actio nata é o instante em que ocorreu a lesão.
Significa, sobretudo, o nascimento do direito de acionar. Ou seja, qual fenômeno desenca-
deia o surgimento do direito de exigibilidade. Assim, mesmo que o direito seja anterior, razão 
pela qual a prescrição somente inicia sua contagem na própria data do diploma (norma) que 
instituiu referido direito.
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Um dos exemplos clássicos da actio nata é o disposto na LC 101/2001 e a OJ do TST de 
número 344. Vamos contextualizar junto com a OJ 344. Dispõe a OJ:
JURISPRUDÊNCIA
FGTS. MULTA DE 40%. DIFERENÇAS DECORRENTES DOS EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. 
PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. (mantida) O termo inicial do prazo prescricional para o 
empregado pleitear em juízo diferenças da multa do FGTS, decorrentes dos expurgos 
inflacionários, deu-se com a vigência da Lei Complementar n. 110, em 30.06.01, salvo 
comprovado trânsito em julgado de decisão proferida em ação proposta anteriormente 
na Justiça Federal, que reconheça o direito à atualização do saldo da conta vinculada.
Nessa OJ, tem-se claramente que o TST firmou o início do direito (a actio nata) para fins de 
pleitear a diferença da multa do FGTS decorrente de expurgos inflacionários.
No ano de 2001, a LC 101 passou a existir e fixou o marco para as pessoas pleitearem as 
diferenças dos expurgos inflacionários dos recolhimentos de FGTS e das multas de 40%.
Mesmo que os depósitos tenham ocorrido há mais de dez anos, não estava prescrito, pois 
a LC 101 fixou quando começava a iniciar o prazo prescricional para pedir as diferenças do 
FGTS e da multa dos 40%. Óbvio que quem havia ajuizado demanda antes na Justiça Federal 
comum teria outro início de prazo prescricional.
Esse é um exemplo de actio nata, ou seja, quando a lei fixa quando o direito pode ser exigido. Ela 
firma o início do prazo prescricional. Ficou claro? O assunto não é muito simples, mas é importante.
Nesse ponto, dispõe o artigo 7, inciso XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das 
relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e 
rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. Esses prazos prescri-
cionais previstos na CF/1988 possuem aplicação imediata, nos termos do que está disposto 
na Súmula 308 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
I – Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista 
concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuiza-
mento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato.
II – A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 
(cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescri-
ção bienal quando da promulgação da CF/1988.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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Na CLT, também existe previsão da prescrição no contrato de trabalho:
Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco 
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato 
de trabalho. § 1º O disposto neste artigo não se aplica às açõesque tenham por objeto anotações 
para fins de prova junto à Previdência Social.
§ 2º Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de altera-
ção ou descumprimento do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja 
também assegurado por preceito de lei.
Não incide prazo prescricional quando se trata de pedido declaratório, como, por exemplo, pe-
dido de reconhecimento de vínculo de emprego e efeitos de anotações na CTPS do trabalhador.
O PULO DO GATO
Os prazos prescricionais não se aplicam às ações que tenham por objeto anotações para fins 
de prova junto à Previdência Social, bem como pedidos declaratórios.
A Emenda Constitucional 28/2000 unificou os prazos prescricionais entre os trabalhado-
res urbanos e rurais. Tudo isso em nome do princípio da isonomia que deve nortear o mesmo 
tratamento jurídico.
O artigo 7, caput, da CF/1988 tratou da equiparação entre trabalhadores urbanos e rurais, 
inclusive, quanto ao prazo de prescrição: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (…) XXIX – ação, quanto aos crédi-
tos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalha-
dores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
Os mesmos raciocínios desenvolvidos para a prescrição dos contratos urbanos aplicam-se 
aos rurais. Houve uma unificação dos prazos entre os trabalhadores urbanos e rurais.
Acerca da Prescrição nos Contratos Domésticos, há destaque para a LEI COMPLEMENTAR 
150/2015. A CF/1988 não tratou da prescrição dos domésticos. Analisando o parágrafo único 
do artigo 7 não prevê qualquer menção à prescrição dos empregados domésticos.
A LC 150/2015 definiu domésticos como sendo, nos termos do artigo 1, aquele que presta 
serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pes-
soa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se 
o disposto nesta Lei.
Acerca da prescrição, a LC 150/2015 aduziu: Art. 43. O direito de ação quanto a créditos 
resultantes das relações de trabalho prescreve em 5 (cinco) anos até o limite de 2 (dois) anos 
após a extinção do contrato de trabalho.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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Antes da LC 150, questionava-se qual prazo deveria ser aplicado para fins de prescrição. 
Muitas teorias doutrinárias surgiram, prevalecendo a que equiparava aos trabalhadores urba-
nos, conforme a prescrição bienal e quinquenal.
No que tange à prescrição do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FGTS é um direito 
trabalhista previsto na Lei n. 8.036/1990 (Regulamento do FGTS), em que o empregador preci-
sa fazer recolhimentos mensais em favor do trabalhador numa conta vinculada junto à Caixa 
Econômica Federal. Assemelha-se uma poupança forçada.
Qual o prazo para pleitear os recolhimentos de FGTS? Qual o prazo prescricional? Além dis-
so, aplica-se ao FGTS a regra geral da CF/1988 no que se refere ao prazo bienal e quinquenal 
ou existe um prazo diferenciado? Existia uma posição sumulada no TST no sentido de que a 
prescrição do FGTS era de 30 anos (trintenária). Na verdade, o trabalhador tinha que obedecer 
à prescrição bienal, no entanto, não se limitava aos últimos cinco anos. O trabalhador poderia 
requerer o pagamento dos últimos 30 anos.
Calma! Isso foi até a decisão do STF de 2014 que passo a analisar com você agora. O STF, 
em 13/11/2104, fez um importante julgamento no ARE 709.212-DF, em que declarou incons-
titucional o prazo trintenário do artigo 23, §5 da Lei n. 8.036/1990. Em suma, para o STF é 
inconstitucional manter um prazo de prescrição de 30 anos. Foi um julgamento polêmico.
Para a prova, prevalece a posição do Supremo Tribunal Federal em que a prescrição para 
o FGTS se submete às regras de prescrição bienal e quinquenal. Nesse sentido, fica esperto! 
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL E BIENAL! ACABOU A PRESCRIÇÃO TRINTENÁRIA!
Mas disso, surge uma pergunta: e que tinha ação antes da data do julgamento do STF? 
Perdeu a prescrição trintenária? Ou se aplica imediatamente os últimos 05 anos do STF?
O STF também tratou dessa situação, afirmando que os efeitos seriam “EX NUNC”, ou seja, 
para o futuro, para quem ajuizasse demanda a partir da data do julgamento. Os efeitos da de-
cisão só atingem os processos ajuizados após a data do julgamento (13.11.2014).
Para não ter maiores dúvidas, o TST possui o entendimento para os casos em que a ciência 
da lesão acerca do FGTS ocorreu a partir de 13.11.2014, é de 05 (cinco anos) a prescrição do di-
reito de reclamar contra o não recebimento dos valores do FGTS, observada a prescrição bienal.
Ou seja, o STF e o TST já possuem um ponto pacífico na matéria. Guarde essa data para o 
FGTS: 13/11/2014
O PULO DO GATO
O marco de prescrição do FGTS é a data do julgamento do STF da data de 13.11.2014. Em 
processos antes dessa data, a prescrição do FGTS é trintenária. A partir do julgamento, a pres-
crição é quinquenal. Em todas as situações, usa-se a prescrição bienal.
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No caso de ações meramente declaratórias, como anotação do contrato de trabalho na 
CTPS, não há prescrição. Assim, pode-se a qualquer tempo, fazer pleito em relação ao pedido 
do reconhecimento do vínculo.
O que foi explicado anteriormente se refere somente aos pedidos condenatórios como as par-
celas patrimoniais. Quando se trata de pedido apenas de reconhecimento do vínculo, mas sem 
cobranças de outros direitos, aplica-se esse entendimento, ou seja, de ser pedido imprescritível.
Tanto isso é verdade que a súmula 64 do TST foi cancelada. Nesse ponto, a súmula apenas 
dizia que para fins de anotação haveria o prazo prescricional de cinco anos. Porém, o TST can-
celou a súmula, levando ao entendimento de que NÃO HÁ PRESCRIÇÃO NAS ANOTAÇÕES DA 
CTPS DO TRABALHADOR E NEM EM PEDIDOS DECLARATÓRIOS.
No que tange ao termo Inicial de Contagem da Prescrição, você tem que lembrar do que 
falamos da actio nata. Além disso, já foi mencionado o teor do artigo 7 da CF/1988 e o artigo 
11 da CLT. É preciso destacar mais algumas peculiaridades importantes para o concurso.
Primeiro, temos a situação das parcelas mencionadas na sentença normativa. Nesse caso, 
observa-se que a sentença normativa resolve um dissídio coletivo. Essa matéria de sentença 
normativa será estudada quando tratarmos dos direitos coletivos.
Mas perceba que é importante abordá-la em decorrência do assunto da prescrição. O gran-
de questionamento da banca será exatamente como se inicia o prazo de prescrição das obri-
gações firmadas na sentença normativa, feita pelo TRT ou TST em dissídio coletivo, como, por 
exemplo, em greve.
Nos casos de sentença normativa, o prazo da prescrição com relação à ação de cumpri-
mento ou não de decisão normativa começa apenas a partir do trânsito em julgado. Isso está 
expresso na Súmula 350 do TST. Veja comigo:
JURISPRUDÊNCIA
PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. AÇÃO DE CUMPRIMENTO. SENTENÇA NORMATIVA. 
O prazo de prescrição com relação à ação de cumprimento de decisão normativa flui 
apenas da data de seu trânsito em julgado.
Outro assuntomuito cobrado nas provas é qual o início do prazo prescricional no caso de 
complementação de aposentadoria. Vamos explica: alguns empregadores possuem, por nego-
ciação coletiva, auxiliar, financeiramente, seus funcionários, colaboradores mediante plano de 
previdência privada.
Isso acontece muito com funcionários de bancos, Petrobrás etc. No caso, firmou que de-
vem obedecer à prescrição bienal para fins de ajuizamento da demanda e, ainda, da cobrança 
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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restrita aos últimos cinco anos. Diante de tantas demandas judiciais e questionamentos, o TST 
resolveu solucionar o problema, mediante a edição de súmulas 326 e 327 a seguir transcritas:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 326 do TST
COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. PRESCRIÇÃO TOTAL. A pretensão à comple-
mentação de aposentadoria jamais recebida prescreve em 2 (dois) anos contados da 
cessação do contrato de trabalho.
Súmula n. 327 do TST
COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. DIFERENÇAS. PRESCRIÇÃO PARCIAL (nova reda-
ção). A pretensão a diferenças de complementação de aposentadoria sujeita-se à prescrição 
parcial e quinquenal, salvo se o pretenso direito decorrer de verbas não recebidas no curso da 
relação de emprego e já alcançadas pela prescrição, à época da propositura da ação.
A prescrição pode ser parcial ou total. Questão essencial para as provas é conhecer a 
distinção entre prescrição parcial e total. A prescrição parcial ocorre quando existe, ainda, a 
possibilidade de cobrança. Trata-se de prescrição parcial.
No caso da prescrição total, fulmina-se o direito por completo. Estamos tratando de pres-
crições sucessivas.
O TST vem entendendo que, quando se trata de prestações continuadas, sucessivas, se o 
direito que vem sendo pedido é previsto por preceito legal, existe a prescrição quinquenal su-
cessiva. Se o pedido não é de preceito legal, fulmina completamente. Para desenvolver melhor 
esse assunto, vou fazer uma tabela para que você visualize a matéria, após ler os termos da 
Súmula 294 do TST: Súmula n. 294 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
PRESCRIÇÃO. ALTERAÇÃO CONTRATUAL. TRABALHADOR URBANO Tratando-se de ação 
que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração do pactuado, a prescri-
ção é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei.
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Prescrição parcial Prescrição total
Quando a parcela pretendida é um 
preceito legal e se tratando de prestações 
sucessivas decorrentes da alteração do 
pactuado.
Será possível cobrar ainda algumas 
parcelas nas prestações sucessivas.
Preceito legal: proveniente da lei, da 
CF/1988.
Ex.: FGTS, férias, 13º salário, equiparação 
salarial, diferenças do desvio de função, 
salários.
Na prescrição parcial, conta-se o 
vencimento de cada prestação periódica 
do direito protegido por lei.
Quando a parcela pretendida não é 
preceito legal e se tratando de prestações 
sucessivas decorrentes da alteração do 
pactuado.
Não é preceito legal: previstos em 
acordos, regulamento empresarial, 
contrato, atos unilaterais do empregador.
Não se torna possível a cobrança das 
prestações sucessivas.
Ex.: Abonos, gratificações ajustadas, 
prêmios.
No que se refere à negociação coletiva, a jurisprudência mais favorável do TST entende 
que tratam de preceitos legais, conferindo uma abrangência ampla no que se refere à ideia de 
preceito legal.
O PULO DO GATO
Tratando-se de ação que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração do 
pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado 
por preceito de lei.
O PULO DO GATO
Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista 
concerne às pretensões imediatamente anteriores aos cinco anos, contados da data do ajui-
zamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato.
Sobre a prescrição de danos morais, existe previsão expressa no Código Civil acerca do 
prazo de 3 anos, conforme o artigo 206,§3, V do CC.
Em um primeiro momento, foi determinado que se cumprisse esse prazo. Ocorre que o en-
tendimento relativamente recente é que os prazos prescricionais para danos morais, materiais 
e estéticos no ambiente de trabalho é de cinco anos. Isso a partir da Emenda Constitucional n. 
45, datada de 31/12/2004 – A emenda da Reforma do Judiciário.
RESUMO: PRAZO DE CINCO ANOS para as ações de danos morais, materiais e estéticos de-
correntes da relação de emprego, SEGUINDO AS REGRAS DO ARTIGO 7 DA CF/1988 E DA CLT.
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A Reforma Trabalhista de 2017 trouxe a possibilidade da prescrição intercorrente, no curso 
da ação. Nesse sentido, é o artigo Art. 11-A da CLT que dispõe:
Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.
§ 1º A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de cumprir 
determinação judicial no curso da execução.
§ 2º A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer 
grau de jurisdição.
O que é a prescrição intercorrente? É aquela perda da pretensão a direito no curso do pro-
cesso, em razão da inércia do titular dessa pretensão durante determinado prazo. No entanto, 
isso ocorre na fase de execução trabalhista. Isso é mais aprofundado na matéria de processo 
do trabalho, mas é fundamental que você conheça essa possibilidade.
O dispositivo acima ainda permite que o juiz de ofício (sem ser provocado) declare a pres-
crição intercorrente na fase executiva. O efeito prático disso é a diminuição da quantidade de 
processos existentes em que se ganhava “na sentença”, mas não “levava”, haja vista que não 
se encontram bens dos devedores para pagamentos das dívidas trabalhistas.
A Súmula 327 do STF admitia a prescrição intercorrente no processo do trabalho e no direi-
to do trabalho antes mesmo da Reforma Trabalhista de 2017.
8. resolução De Questões DA provA De 2020 (exAme xxi)
001. Carlos trabalha abastecendo veículos em um posto de gasolina. A norma coletiva de sua 
categoria, assim como o regulamento interno da empresa empregadora, preveem que o pa-
gamento realizado por clientes por meio de cheques não é recomendável, mas, se isso for 
inevitável, o funcionário deverá anotar a placa do veículo, o número de telefone e a identidade 
do cliente. Ocorre que, em determinado dia, com o posto lotado, Carlos não procedeu dessa 
forma e abasteceu dois veículos de uma mesma família. Entretanto, o cheque utilizado para 
pagamento não tinha suficiência de fundos, razão pela qual o empregador descontou os valo-
res, de forma parcelada, do salário de Carlos. Carlos ajuizou ação trabalhista pelo rito ordiná-
rio, cobrando os valores descontados. A ação foi julgada

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