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07/03/2023, 23:33 Periodização do treinamento
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03738/index.html# 1/34
Periodização do treinamento
Prof. Juliano Spineti dos Santos
Descrição
A periodização do treinamento desportivo, a otimização e sistematização do planejamento do treinamento
físico em longo, médio e curto prazo, considerando os objetivos esportivos, especificidades e princípios
científicos do treinamento.
Propósito
Elaborar, planejar e periodizar um plano de treinamento desportivo é uma estratégia básica e essencial para
que o profissional de educação física por meio da prescrição de exercícios, com a manipulação das
variáveis metodológicas de forma temporal, alcance os objetivos dos seus atletas no momento planejado,
sem risco à saúde física e mental.
Objetivos
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Módulo 1
Ciclos de treinamento – periodização
Reconhecer os conceitos básicos relacionados à periodização do treinamento.
Módulo 2
Divisão das fases e períodos da prescrição
Identificar as diferentes fases e períodos da periodização.
Introdução
A periodização de um plano de treinamento desportivo é conhecimento básico e fundamental para quem
busca treinar e preparar atletas, sendo eles de iniciação ou de alto rendimento, pois essa estratégia
permitirá o desenvolvimento da capacidade de planejar o treinamento de acordo com os objetivos
esportivos de um atleta ou equipe, como, por exemplo: chegar à principal competição da temporada no
melhor desempenho físico possível, como em uma olimpíada, ou se manter em alto nível pelo maior tempo
possível, como em um campeonato de pontos corridos.
A periodização também permitirá a melhoria do desempenho físico do atleta ou equipe de maneira segura,
respeitando uma progressão adequada do aumento do volume e intensidade, e, dessa forma, permitindo o
incremento das cargas de treinamento com um risco reduzido de lesões ou problemas na saúde física ou
psicológica, como na síndrome de overtraining (sobretreinamento).
Periodizar o treinamento de um atleta ou equipe é o modo mais adequado de planejar a quantidade e
qualidade dos exercícios físicos administrados ao longo do processo de preparação para os objetivos
esportivos previstos.

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1 - Ciclos de treinamento – periodização
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os conceitos básicos relacionados à
periodização do treinamento.
O que é periodização do treinamento desportivo?
Periodização tradicional ou linear
Periodizar um programa de treinamento desportivo é organizar esse planejamento em fases e ciclos, e para
cada fase e ciclo existem objetivos e características distintas que variam para os diferentes esportes.
Essa metodologia de planejamento do treinamento foi elaborada para que os atletas chegassem aos jogos
olímpicos no ápice do seu desempenho físico. Não faz muito sentido para um atleta atingir sua melhor
forma física, por exemplo, um ano antes da principal prova ao longo dos quatro anos do ciclo olímpico, e, na
olímpiada, não ganhar a tão sonhada medalha por não estar na sua melhor forma física.
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Diante de tantos objetivos em elaborar uma periodização do treinamento, nos
deparamos com um deles, talvez o precursor: controlar os momentos em que o
atleta atinge o seu pico de desempenho físico.
Esse conceito de planejamento de treinamento em longo prazo foi difundido no Leste europeu por
levantadores de pesos e era baseado na variação do volume e intensidade, a fim de promover uma melhor
recuperação e otimizar os ganhos de desempenho físico.
Saiba mais
Um dos principais teóricos da periodização foi o cientista do esporte russo Leo Matveev. Ele estudou a
melhor forma de manipular as variáveis relacionadas à intensidade e ao volume do treinamento ao longo de
um ciclo olímpico e publicou em 1964 (MATVEEV, 1964) conceitos modernos dividindo o ciclo de
treinamento olímpico (preparação ao longo de quatro anos) em fases distintas, cada uma com
características diferentes. Pode-se dizer que os fundamentos e conceitos apresentados por Matveev
permanecem válidos e ainda são amplamente utilizados.
Manipulando o volume e a intensidade do treinamento
Dominar os conceitos de manipulação de volume e intensidade é essencial para aprender a periodizar um
plano de treinamento, pois é a ferramenta chave em uma periodização.
Exemplo
Vamos fazer uma analogia com algo muito simples e cotidiano, como encher baldes de água. Suponha que
você precise encher quatro baldes de água para regar um jardim, mas no dia seguinte o calor aumentou de
forma considerável, e foi necessário encher cinco baldes, e não apenas quatro. Dessa forma, houve um
aumento no volume de água necessário para regar o jardim. Portanto, podemos perceber que volume está
ligado à quantidade: quanto maior for a quantidade de exercícios, tempo de execução, repetições de
movimentos, maior será o volume da sessão de treinamento do atleta. No esporte atual, todas essas
variáveis devem ser monitoradas, com o objetivo de potencializar o desempenho dos atletas.
E como poderíamos conceituar a intensidade?
Suponha que você esteja chegando atrasado ao trabalho porque perdeu muito tempo enchendo os cinco
baldes com água e, para deixar a tarefa mais rápida, comprou uma bomba que faz com que a água saia com
mais pressão, permitindo encher os baldes em menos tempo. Antes eram necessários vinte minutos para
encher os cinco baldes, mas agora, com o acionamento da bomba pressurizadora de água, são necessários
apenas dez minutos. Pode-se dizer que os baldes enchem com mais intensidade, pois coloca-se água
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dentro deles com maior velocidade ou em menor escala de tempo. No treinamento desportivo, o emprego
do conceito de intensidade se faz da mesma maneira: ao pedir para um atleta executar a mesma tarefa com
mais velocidade, aumentaremos a intensidade dessa atividade!
Se o treinador pedir para um judoca fazer dez entradas de queda em vinte
segundos em um dia, e na sessão seguinte estimulá-lo a fazer as mesmas dez
entradas em quinze segundos, haverá um aumento na intensidade do exercício.
Como você já entendeu a manipulação do volume e da intensidade do exercício, poderemos entender por
que a periodização descrita por Matveev ficou conhecida como clássica ou linear. Clássica por ter sido a
primeira descrita na literatura científica e linear porque se baseia no incremento constante da intensidade
com proporcional redução do volume ao longo dos ciclos de treinamento, em uma clara relação com um
princípio do treinamento desportivo, que é a interdependência volume x intensidade.
A periodização pode ser dividida por ciclos de treinamento, veja a sequência do mais amplo para o mais
específico:
Macrociclo
Ciclo longo.
Mesociclo
Ciclo médio.
Microciclo
Ciclo pequeno.
De modo geral, os macrociclos e mesociclos iniciam com volume alto e intensidade baixa e, ao longo do
período do treinamento, o volume é reduzido com o incremento da intensidade. Eles podem conter quatro
fases:
1. preparação geral;
2. fase competitiva;
3. fase de pico de desempenho;
4. fase transitória ou recuperação ativa.
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Cada uma dessas fases possui metas distintas e necessita de diferentes níveis de volume e intensidade.
Teoricamente, uma periodização bem planejada pode promover ajustes ótimos no desempenho e no
momento propício.
Carga de treinamento
Como quanti�car a carga de treino?
É muito importante para o profissional de educação física que buscaperiodizar um programa de
treinamento físico compreender os conceitos inerentes à manipulação da carga de treinamento ou carga de
trabalho. Pode-se definir que carga de trabalho é o estresse ou estímulo ao qual o atleta é submetido
durante o processo de treinamento, ou seja, é o produto final do plano de treino. Tudo que foi planejado em
termos de exercícios para um atleta vai gerar estresse físico e mental, e quando planejamos o treinamento
em períodos, também é calculada a quantidade de carga ou estresse que se pretende aplicar ao longo
desse ciclo.
Mas como seria possível planejar a quantidade de carga levando em consideração
que estresse físico é um conceito tão subjetivo?
O primeiro passo é transformar um conceito subjetivo em algo mais objetivo. Nesse caso, a matemática
pode ser nossa aliada nessa tarefa. Anteriormente, falamos que a ferramenta básica para uma periodização
é a manipulação do volume (quantidade) e a intensidade (qualidade) do treinamento. Dessa forma, é
possível concluir que quanto maior for o volume e a intensidade de uma sessão de treinamento, maior o
estresse físico ao qual o atleta será submetido, consequentemente, maior será a carga de treinamento
aplicada. Do mesmo modo, quanto menor for o volume e a intensidade, menor será a carga. Assim,
podemos afirmar que carga de treinamento pode ser definida matematicamente como o produto do volume
do treino pela sua intensidade. Veja a seguir.
carga de treinamento=volume x intensidade
Rotacione a tela. 
Assim, se conseguirmos quantificar o volume do treino de uma sessão e, da mesma forma, entender qual
foi a intensidade aplicada, poderemos quantificar a carga aplicada ao longo do processo de treinamento.
Atualmente, existem diversos métodos para a quantificação da carga de treinamento, e é importante
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compreender que as características da modalidade com que você trabalha ou pretende trabalhar vão
direcioná-lo para os melhores marcadores de volume e intensidade, assim como o melhor método de
quantificação de carga de trabalho a ser utilizado.
Por exemplo, se você é um treinador de um levantador de peso olímpico, a variável distância percorrida,
mesmo sendo uma variável que reflita na quantidade de estresse físico, talvez não seja uma boa opção para
estimar o volume do treinamento em atletas dessa modalidade.
Isso porque, no treino específico do atleta, a quantidade de deslocamentos é reduzida, ele quase não sai do
lugar, a não ser para ir buscar anilhas de diferentes pesos.
Nesse caso específico, as variáveis número de séries, quantidade de movimentos ou repetições de um
exercício podem ser um melhor preditor de volume do treino.
Nesse mesmo exemplo: é possível quantificar quantos arrancos o indivíduo fez ao longo de uma semana ou
microciclo? Usando essa metodologia, pode-se dizer que, quanto maior for a quantidade de arrancos em
uma semana, maior será o volume de treino semanal do levantador de pesos.
volume do treino de força=número de exercícios x número de repetições
Rotacione a tela. 
E a intensidade? Como poderíamos quantificá-la?
Você lembra que no exemplo dos baldes nós iniciamos a elaboração do conceito da intensidade por meio
do problema ou objetivo? Naquele exemplo, o problema e, consequentemente, o objetivo eram encher os
baldes o mais rápido possível para não chegar atrasado ao trabalho. Portanto, pode-se utilizar o mesmo
caminho para definir o melhor preditor de intensidade do treino de um atleta de levantamento de peso
olímpico.
Qual é o principal objetivo desse atleta? Não é levantar a maior quantidade de peso
no exercício arranco?
Sim, com toda certeza. Assim, parte-se do princípio de que a maior intensidade possível é a maior
sobrecarga (peso) que ele consegue levantar em uma repetição, a conhecida repetição máxima (1RM), ao
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passo que os percentuais do peso médio da sessão em relação ao peso máximo podem ser os marcadores
de intensidade do dia do treino.
Suponha que o recorde do atleta em questão no arranco seja 100 quilogramas. Dessa forma, 100
quilogramas será 100% da intensidade do treino, porque é o máximo que ele consegue levantar. Portanto, se
em uma sessão ele treinar com 70 quilos, a intensidade do treino será de 70% em relação à sua máxima.
Onde, 1RM = maior peso atingido em um teste de uma repetição máxima para o exercício
escolhido; peso médio do treino = média aritmética do peso levantado para o exercício
escolhido.
Rotacione a tela. 
Desse modo, você já consegue identificar de forma isolada o volume e a intensidade de um atleta de
levantamento de peso olímpico. Por outro lado, como poderíamos estimar a carga total do treino aplicado?
Suponha que você assumiu o cargo de treinador de um atleta que compete na modalidade “arranco”. No
primeiro microciclo da temporada, buscamos entender o maior peso que ele consegue fazer o “arranco” e
encontramos o peso de 100 quilogramas para uma repetição máxima (1RM), 100kg corresponderá a 100%
da intensidade, claro, até que um novo teste de 1RM seja feito. Então, vamos tentar quantificar a carga de
um dia de treino desse atleta. Supostamente, prescrevemos uma sessão em que ele fará séries com
incremento de carga, veja o exemplo:
Planejamento do treino do dia:
1. 4 séries de 5 repetições com 60kg
2. Depois 3 séries com 3 repetições com 70kg
3. E no fim, 2 séries de duas repetições com 80kg
volume do treino=(4x5)+(3x3)+(2x2)=20+9+4=33 arrancos
Rotacione a tela. 
Rotacione a tela. 
% da intensidade do treino de força  = ( peso médio do   treino 
1RM
) × 100
 peso médio do arranco  =
(20x60) + (9x70) + (4x80)
33
= 65, 1
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Rotacione a tela. 
carga do treino=65,1 x 33=2150kg
Rotacione a tela. 
Observe que, com esse método de controle da carga total de treinamento, você pode manipular o volume do
treino, o peso médio do arranco e a intensidade, tendo total controle do que será realizado pelo atleta ao
longo das semanas. Esse controle de carga também pode ser extrapolado para o treinamento de força
realizado em academias, por exemplo.
Periodização: microciclos e sessão diária
Microciclos e sessão diária – conceitos e objetivos
O termo periodização tem origem na palavra período, que é a divisão de tempo em pequenos segmentos,
que possibilitam um melhor controle da carga de treinamento. Nesse contexto, dentro de uma periodização,
existem três formas da divisão do tempo: ciclos, períodos e fases. Entretanto, no presente tópico, vamos
nos concentrar em descrever e conceituar os tipos de ciclos de treinamento em uma periodização:
macrociclo, mesociclo e microciclos.
As próprias terminologias das palavras sugerem seus objetivos. Macrociclos como ciclos macros (grandes
ou longos), mesociclos como sendo os ciclos médios ou intermediários e microciclos são os pequenos
ciclos de treinamento.
O termo microciclo tem sua origem nos idiomas grego e latim. Em grego, micros significa pequeno e cyclus
faz referência a um fenômeno que se sucede regularmente. De forma prática, um microciclo seria o
planejamento de uma semana de treinamento, um ciclo de treinamento de sete dias, sendo que cada sessão
deve possuir e apresentar objetivos distintos e específicos.
 intensidade  = ( 65, 1
100
) × 100 = 65, 1% de 1RM
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Normalmente, os atletas possuem de um a dois dias de descanso em cada microciclo. Também é
importante compreender que, por exemplo, uma sessão pode ser influenciada pela outra, pois, dentro de um
microciclo, é possível planejarmos uma sessão com altíssima exigência física, com exercícios de alta
intensidadee considerável volume de execução. Dessa forma, já será previsto que o atleta não será capaz
de atingir o mesmo nível físico na sessão subsequente, por estar sob efeito da fadiga tardia acometida pelo
treino do dia anterior, um fenômeno que pode ser denominado como acumulação da carga de treinamento.
Isso ocorre, pois, no dia seguinte ao treinamento muito intenso, o organismo ainda
estará buscando homeostase (equilíbrio), ou seja, ainda estará em processo de
recuperação e os estímulos podem levar até 72 horas ou mais para serem
recuperados, mas isso depende de quanta carga foi aplicada.
Portanto, dentro do planejamento de um microciclo, é necessária a previsão de volume e intensidade de
cada sessão, para prever as sessões que apresentarão maior e menor estresse físico ao atleta e, dessa
forma, proporcionar ao seu beneficiário uma relação adequada de estresse físico e recuperação do seu
organismo.
A estrutura de um microciclo depende do período de treinamento e objetivos específicos para o período
planejado. Assim, podemos classificar os microciclos por meio dos seguintes subtipos:
É provavelmente o mais comum dentro de uma periodização. O objetivo é promover
desenvolvimento físico do atleta, elevar sua capacidade física e técnica. Nesse microciclo, podem
ser planejados dois ou três picos de carga de treinamento, ondulando os dias com maior e menor
estresse físico.
Microciclo de desenvolvimento 
Microciclo de choque 
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É o microciclo que promove mais estresse físico, técnico e mental ao atleta. Fenômenos como
cansaço, irritabilidade e fadiga são comuns ao fim desses microciclos. O objetivo é promover
grandes ajustes neurofisiológicos a partir de um bloco de alta congestão de aplicação de carga
física, fazendo com que o atleta suporte estresse físico e mental acima de seus limiares de treino
normais. Nesse tipo de microciclo, é fundamental um rigoroso monitoramento da assimilação e
tolerância à carga por parte do atleta, pois, se o treinador não perceber que as cargas aplicadas são
superiores às cargas toleradas pelo atleta, este pode sofrer com lesões agudas e estado de
sobretreinamento, o que pode prejudicar grande parte da temporada.
São microciclos com redução geral da carga aplicada com o objetivo de promover recuperação ao
corpo do atleta. O microciclo de recuperação pode ser usado, por exemplo, imediatamente após um
microciclo de choque, e servir para que, com a redução geral da carga de trabalho, o corpo do atleta
tenha o tempo necessário para promover a supercompensação. Também pode ser usado após
períodos competitivos. Nesse microciclo, são sugeridas atividades lúdicas, aeróbias de baixa
intensidade, exercícios de mobilidade e alongamentos, e de recuperação mental.
É nesse microciclo que o treinador deve manipular o volume e a intensidade para que o atleta chegue
à competição na melhor condição física possível. Dessa forma, é preconizado que nas sessões de
véspera às competições sejam reduzidos o volume e a intensidade do treino para que o corpo do
atleta chegue à competição com as reservas de energia necessária e sem nenhum estado de fadiga
física.
É usado para avaliar a evolução física dos atletas por meio de testes, medidas e avaliação física,
como: composição corporal, força, potência, velocidade e resistência. Esse microciclo é comum no
início e no fim da fase preparatória, para observar a evolução física que essa fase proporcionou ao
Microciclos de recuperação 
Microciclo competitivo ou polimento 
Microciclo de controle 
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atleta, assim como serve para entender os pontos fortes e fracos do atleta e servir como base de
informações no momento do planejamento dos exercícios individualizados.
A sessão diária, como já indicativo em seu nome, é um dia de treinamento do atleta. Característica, objetivo,
carga, volume e intensidade da sessão de treinamento estarão diretamente associados ao microciclo.
Exemplo
Em um microciclo de choque, de forma geral, as sessões de treinamento terão uma grande carga de
treinamento. Da mesma forma que, em um microciclo de recuperação, as sessões serão mais leves com
menos intensidade e volume. As sessões em um microciclo de controle terão caráter avaliativo, com menor
preocupação com a adaptação que o dia proporcionará ao atleta, mas sim em entender qual é a condição
física atual dele. Em suma, a sessão de treinamento é a execução do planejamento, por isso, o treinador
deve buscar criar condições necessárias para que a sessão de treinamento atenda aos objetivos do dia.
Alguns pontos devem ser considerados no planejamento de uma sessão de treino. Por exemplo, em um dia
de treino na fase competitiva, o treino precisa ter grande semelhança com a especificidade da modalidade,
preferencialmente nas mesmas condições da competição (reconhecimento de um local desconhecido para
equipe, por exemplo), por outro lado, não é normal que um jogador de basquete passe a maior parte do
treino em um cicloergômetro, já que o gestual é completamente diferente das demandas físicas de um jogo
de basquete.
Periodização: mesociclos
Mesociclos – conceitos e objetivos
Mesociclo é o ciclo de treinamento com duração intermediária, é o conjunto de dois a seis microciclos. De
forma geral, os mesociclos em períodos competitivos são menores, com durações de duas a quatro
semanas, já os mesociclos de períodos preparatórios são maiores, contendo de quatro a seis microciclos
(BOMPA, 1999).
A estruturação de um mesociclo pode variar entre diferentes desportos, e se diferem principalmente entre
desportos coletivos e individuais, visto que geralmente desportos coletivos apresentam pequenos períodos
preparatórios e longos períodos competitivos, ocorrendo o inverso em desportos individuais.
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A estrutura do mesociclo dentro de uma periodização deve estar associada às
fases de treinamento e ao calendário competitivo. Podemos usar as mesmas
definições adotadas nos microciclos aos mesociclos: desenvolvimento, choque,
competitivo e recuperativo.
Dentro de uma fase preparatória, na qual o objetivo é elevar o condicionamento físico geral do atleta,
buscando ajustes neurofisiológicos a partir da aplicação dos princípios científicos de treinamento como
“sobrecarga” e “adaptação”, é recomendada a estruturação de um mesociclo com progressão das cargas de
treinamento e o momento da recuperação física e fisiológica. Por exemplo, posso usar um mesociclo em
uma fase preparatória com quatro microciclos, em uma estrutura de (2:1:1), sendo os dois microciclos
iniciais de “desenvolvimento”, seguidos por um microciclo de “choque” e finalizando com um microciclo
“recuperativo”.
Comentário
Nesse exemplo de estruturação de mesociclo, podemos estabelecer que, no primeiro microciclo de
“desenvolvimento”, iniciaremos com um maior volume de treinamento e menor intensidade; já no segundo
microciclo de “desenvolvimento”, reduziremos proporcionalmente o volume, mas com incremento
proporcional da intensidade; no terceiro microciclo de “choque”, aumentaremos as cargas totais, com o
incremento do volume e intensidade; no último microciclo “recuperativo”, promoveremos a redução total da
carga de treinamento com a diminuição tanto do volume quanto da intensidade.
Vamos exemplificar a estrutura desse mesociclo (2:1:1) planejado para a fase preparatória para um
levantador de peso olímpico. No microciclo de “controle” no teste de força máxima para o arranco, esse
atleta atingiu 100 quilogramas, ou seja, esse peso vai representar 100% da sua intensidade, e foi
estabelecido pela equipe técnica de treinamento que, em um microciclo, o maior volume possível de
repetições do arranco fossecem, ou seja, esse valor será cem por cento do volume semanal. Dentro da
organização do mesociclo, vamos supor que haverá a seguinte distribuição de volume e intensidade:
Microciclo 1 (desenvolvimento)
70% do volume máximo com 50% da intensidade máxima, carga 3500 unidades arbitrárias.
Microciclo 2 (desenvolvimento)
60% do volume máximo com 60% da intensidade máxima, carga 3900 unidades arbitrárias.
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Microciclo 3 (choque)
70% do volume máximo com 70% da intensidade máxima, carga 4900 unidades arbitrárias.
Microciclo 4 (recuperativo)
50% do volume máximo com 50% da intensidade máxima, carga 2500 unidades arbitrárias.
As unidades arbitrárias nesse exemplo representam o produto do volume pela intensidade. Por exemplo, no
microciclo 1, 70 do volume por 50 da intensidade, totalizando 3500 unidades arbitrárias, e assim
sucessivamente pelos 4 microciclos.
Veja a seguir um exemplo de distribuição do volume, intensidade e carga de treinamento em um mesociclo
em fase preparatória.
Exemplo de um mesociclo com a descrição dos microciclos e planejamento da intensidade, volume e carga de treinamento.
Nesse exemplo, inserimos alguns conceitos clássicos da periodização linear, como o início do mesociclo
com maior volume e incremento proporcional da intensidade ao longo dos microciclos, o incremento
abrupto da carga de treinamento no microciclo de choque com o objetivo da promoção de alto estresse
neuromuscular, ultrapassando o limiar de treinamento do atleta. Por fim, a drástica redução da carga, por
meio da diminuição do volume e da intensidade do treinamento, proporcionando tempo para recuperação do
organismo e, assim, promover a “supercompensação” com um possível aumento do desempenho físico do
indivíduo após o fim desse ciclo de treinamento.
Os mesociclos nos períodos pré-competitivos e competitivos são influenciados
diretamente pelos eventos competitivos. É importante levar em consideração
calendário, importância, duração e dinâmica de cada competição. Generalizando,
são ciclos de treinamento em que o objetivo principal não é o desenvolvimento e a
elevação do desempenho físico do atleta. Nesses mesociclos, a preocupação
principal não são as adaptações neurofisiológicas ao treinamento, mas, sim, que o
atleta chegue nas competições com o melhor desempenho possível.
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Haverá conceitos distintos no planejamento de mesociclos para desportos individuais e coletivos. Por
exemplo, os desportos coletivos são caracterizados por um extenso calendário competitivo, muitas vezes
com duração superior a dez meses ao longo de um ano. Nesse caso, os mesociclos competitivos seriam a
maioria dentro de um macrociclo ou temporada? Podemos dizer que sim, pois muitas vezes os jogos
ocorrem mais de uma vez por semana. Então, os atletas passam a maior parte da temporada competindo e
não se preparando para as competições? A resposta também é afirmativa.
Ao mesmo tempo, o desporto coletivo também possui outra característica distinta do desporto individual.
Muitas vezes, as equipes possuem plantéis duas ou até três vezes maiores que o número de atletas que
participam da competição. Por exemplo, um time de futebol inicia uma partida com onze atletas e pode usar
até mais cinco ao longo de um jogo. Mas clubes de futebol têm em média trinta jogadores em seus plantéis.
Um olhar desatento pode levar ao seguinte questionamento: qual a relação disso com a periodização e
construção de mesociclos e microciclos?
Resposta
Na verdade, há total relação, porque os atletas que não estão competindo podem estar, por exemplo,
obviamente, dentro de certas particularidades, dentro de períodos preparatórios. Isso porque eles não
possuem as adaptações provenientes do jogo e precisam melhorar sua capacidade competitiva nos
processos de treinamento. Portanto, os microciclos e mesociclos devem, nesse caso, diferenciar entre os
atletas que estão participando das competições e os que não estão competindo.
Periodização: macrociclo
Macrociclo – aplicação na especi�cidade da modalidade
Por fim, chegamos ao macrociclo, que é a organização anual ou de uma temporada de treinamento. O
macrociclo também possui objetivos além dos esportivos, como, por exemplo, em uma preparação em
longo prazo de um jovem atleta, na qual pode ser previsto priorizar as capacidades físicas que deverão ser
mais desenvolvidas ao longo do ano de treinamento, de acordo com a janela de desenvolvimento físico e
maturacional do adolescente.
Atenção!
O macrociclo é o conjunto de microciclos, organizados dentro dos mesociclos e divididos em fases e
períodos: de preparação, de competição ou de transição. Para a construção do macrociclo, será importante
definir as competições-alvo ao longo da temporada, eleger as competições mais e menos importantes para
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que seja planejado o pico de desempenho nas competições mais relevantes para o atleta. Dessa forma, o
estudo minucioso do calendário competitivo se torna a principal tarefa: entender o intervalo entre as
competições, duração de cada uma, dinâmica ao longo da competição etc.
Adicionalmente, é fundamental adaptar o planejamento do macrociclo às especificidades da modalidade do
atleta, pois existem grandes diferenças entre as diversas modalidades, e nem sempre os conceitos
clássicos da periodização são possíveis de aplicação. Por exemplo, se você treina um atleta ainda em
crescimento em uma modalidade, é possível que não esteja disponível um calendário anual antes do início
da temporada. Portanto, não há possibilidade de previsão de pico de aumento de desempenho, haja vista
que no início da temporada ainda não sabemos quando será a competição mais importante. Nesse caso,
podemos, por exemplo, buscar manter o atleta em ótimo nível de desempenho físico, e sempre que houver
uma competição-alvo, será planejada uma fase pré-competitiva e competitiva.
Veja o exemplo da construção de um macrociclo para jovens atletas futebolistas, com objetivo do
desenvolvimento das capacidades físicas dentre as janelas de desenvolvimento.
Conceitos em periodização do treinamento
Neste vídeo, a partir do relato de uma experiência pessoal, o especialista reflete sobre a aplicação dos
conceitos apresentados em uma situação prática de planejamento da periodização do treinamento de uma
modalidade individual e de uma modalidade esportiva coletiva.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Periodizar um programa de treinamento é uma forma organizada de sistematizar e planejar a
manipulação de forma temporal das cargas de treinamento com a constante manipulação das variáveis
relacionadas ao volume e à intensidade ao longo de períodos, fases e ciclos de treinamento. Diante
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dessa afirmação, qual é a alternativa que justifica a utilização de uma periodização no planejamento do
treinamento de um atleta?
Parabéns! A alternativa C está correta.
A periodização do treinamento visa utilizar dos princípios científicos do treinamento físico para
proporcionar o melhor desempenho físico e competitivo ao atleta no momento que é necessário ou
pelo tempo necessário, dependendo da modalidade e dos objetivos almejados, mas se apoiando em
conceitos científicos para que sejam atingidos os objetivos da forma mais segura possível à saúde
física e osteomioarticular do atleta.
Questão2
Uma periodização do treinamento é dividida em fases, períodos e ciclos. No que se refere aos ciclos de
treinamento, é possível afirmar que
A
Organizar e planejar o treinamento do atleta, de forma que ele seja vencedor de todas as
competições que participar ao longo de uma temporada.
B
Propor uma sistematização do treinamento que permita que o atleta treine sempre com
a maior intensidade possível, sem qualquer risco de lesões ou problemas de saúde.
C
Periodizar as cargas de treinamento com o objetivo de planejar os momentos de pico de
desempenho, ou se manter em uma condição ótima pelo tempo necessário, com risco
de lesões e problemas de saúde reduzido.
D
Planejar o aumento do volume constante e linear com a redução inversamente
proporcional da intensidade ao longo das fases e ciclos, de forma segura e com
redução do risco de lesões e problemas de saúde física e mental.
E
Atingir os objetivos competitivos e desportivos de uma temporada, manipulando o
volume e a intensidade, mas desconsiderando os riscos de um excesso de treinamento,
haja vista que atletas de alto nível sabem dos riscos de uma preparação física.
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Parabéns! A alternativa C está correta.
O principal conceito da periodização clássica ou linear é proporcionar base de treinamento por meio de
sessões com maiores volumes e menores intensidades, e após a aquisição do lastro de treinamento, é
incrementada a qualidade dos exercícios, por meio do aumento da intensidade. Esse conceito é
aplicado no macrociclo que inicia com maior volume e menor intensidade, e nos mesociclos que
também apresentam a mesma característica.
A
o macrociclo é o ciclo longo, que é o planejamento de uma temporada ou ano de
treinamento. O mesociclo é o ciclo intermediário que corresponde necessariamente a
um mês de treinamento, já o microciclo é uma semana de treinamento.
B
podemos classificar os microciclos como: desenvolvimento, choque, competitivo,
controle e recuperação. O microciclo competitivo, devido ao seu caráter de competição,
é o que apresenta a maior carga de treinamento com aumento do volume e intensidade
do treino.
C
de forma geral, em uma periodização linear ou clássica, os macrociclos e mesociclos
iniciam com maiores volumes e menores intensidades e, ao longo do período do
treinamento, é previsto o aumento da intensidade com redução do volume.
D
os microciclos são o conjunto de sessões diárias de treinamento, e dependendo da
modalidade, existem microciclos de um dia de treinamento.
E
de acordo com o modelo de periodização adotada, é possível termos microciclos
maiores que os mesociclos, assim como mesociclos maiores que o macrociclo.
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2 - Divisão das fases e períodos da prescrição
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as diferentes fases e períodos da
periodização.
Período preparatório
Ao iniciar a construção de um macrociclo de treinamento, o primeiro passo é estudar de forma minuciosa as
demandas físicas da modalidade, os objetivos esportivos do seu atleta ou grupo de atletas e o calendário
competitivo da temporada. Após a análise das competições previstas para a temporada, você já poderá
estabelecer os períodos e fases da sua periodização. Veja a seguir.
Períodos
Consistem na divisão do tempo dedicado à preparação, competição e transição.
Fases
São as subdivisões dos períodos.
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O período preparatório se divide em preparatório geral e específico, já o período competitivo se divide em
pré-competitivo e competitivo.
O período preparatório é muito importante para o desenvolvimento do atleta, pois é
nesse momento que o indivíduo adquirirá base de treino para o restante da
temporada. Um termo usado informalmente no dia a dia do treinamento de alto
rendimento é “dar lastro de treinamento ao atleta”.
É no período preparatório que os exercícios são planejados a fim de proporcionar ao atleta grande
adaptação neurofisiológica à prática esportiva. Durante essa fase, a maior preocupação do treinador e da
comissão técnica deve ser com as adaptações crônicas que os exercícios promoverão ao atleta, pois o
objetivo principal é desenvolver adaptações gerais: físicas, técnicas, táticas e psicológicas, portanto,
observe a importância da participação de toda a comissão técnica em um trabalho de alto nível.
Outra característica importante do período preparatório é que, durante as sessões de treino, são executados
altos volumes de treinamento, com menor foco na intensidade; o atleta executa grandes quantidades de
exercícios, e a meta, muitas vezes, é a lapidação/aperfeiçoamento de um movimento, por meio do método
de execução e correção, com menor preocupação, por exemplo, na velocidade da execução, ou na
densidade do exercício (relação estímulo/recuperação).
Portanto, nesse período, o treinador ainda não se preocupa tanto em preparar o atleta apenas para a prova,
mas em melhorar também sua condição física geral com o objetivo de suportar todo o esforço da
temporada.
Ao longo da preparação, não raro, o atleta experimenta exercícios que fogem das demandas físicas
clássicas da sua modalidade. Obviamente, que a todo momento da periodização, o atleta executará, com
maior volume e frequência, os exercícios específicos do seu esporte, mas ao mesmo tempo, e quando é
possível, elevará outras capacidades biomotoras que também podem ser importantes para o
desenvolvimento físico geral do atleta, mesmo que em algumas situações não possua uma relação direta
com as ações motoras específicas da modalidade.
Por exemplo, pode ser interessante que um jogador de vôlei possua uma razoável capacidade aeróbia, além
das suas capacidades inerentes à modalidade, que são a força e potência muscular.
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Re�exão
Atletas que possuem maior capacidade máxima de consumo de volume de oxigênio (VO2 Máx.) podem
também apresentar maior velocidade de recuperar-se entre momentos de uma partida quando houver um
maior estresse metabólico e entre as partidas e as sessões de treinamento. Portanto, mesmo que seja
observada uma baixa utilização das zonas metabólicas mais intensas, próxima à zona máxima de consumo
de oxigênio, esses jogadores podem treinar a capacidade física “resistência”, para melhorar a condição
aeróbia durante o período preparatório, que é o momento adequado, por ainda estar muito distante das
competições, para estimular outras capacidades físicas, que não necessariamente são as demandas físicas
principais da sua modalidade.
Os principais objetivos do período preparatório são:
Adquirir e melhorar o condicionamento físico geral.
Melhorar as capacidades biomotoras para o desporto escolhido.
Cultivar traços psicológicos específicos.
Desenvolver, melhorar ou aperfeiçoar a técnica.
Familiarizar os atletas com as manobras estratégicas básicas nos períodos seguintes.
Ensinar aos atletas a teoria e metodologia do treinamento específicas do desporto escolhido.
Fase preparatória geral
O período preparatório se divide nas seguintes fases: geral e específica. Nesse tópico, vamos nos
concentrar na fase preparatória geral, que é o momento do macrociclo de treinamento no qual a comissão
técnica opta por um maior volume de exercícios gerais.
Na fase preparatória geral, o objetivo principal será elevar a condição física geral do
atleta para proporcionar base física para o treinamento futuro, que deverá ser mais
específico.
Nesse contexto, por exemplo, um treinador de um lutador pode priorizar o incremento da força e potência
geral do seu atleta nos primeiros microciclos (na fase preparatória geral), dedicando um maior tempodas
sessões de treinamento para aumentar o volume de exercícios gerais, sem tanto contexto com a luta. O
atleta pode fazer mais sessões com exercícios de força básica, como: agachamentos, levantamentos terra,
mesa de supino etc. Para o desenvolvimento da potência muscular geral, o atleta pode executar: saltos
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verticais e horizontais, arremessos de bolas de peso etc. Por meio desse trabalho mais generalizado, você
poderá desenvolver capacidades físicas importantes para o lutador, como a força e a potência, mas com um
foco maior em exercícios gerais, sem tanto contexto com o gesto motor da luta.
Talvez, você se pergunte: mas, professor, nessa fase o lutador não treina a luta ou exercícios específicos
para a luta?
Resposta
Claro que sim! Na periodização, é tudo uma questão de ênfase, o lutador pode fazer exercícios de força
como agachamento e treinos de lutas em todas as fases da periodização, mas, na fase preparatória geral, a
ênfase será no desenvolvimento geral da força, enquanto na fase preparatória específica será no
desenvolvimento da força específica para a modalidade.
Fase preparatória especí�ca
A fase preparatória específica é o momento do período preparatório no qual damos maior ênfase para os
exercícios com maior especificidade à modalidade. Passamos agora a dar menos prioridade ao
desenvolvimento geral da condição física, mas, sim, ao desenvolvimento específico e às necessidades
esportivas da modalidade.
Nessa fase, o desenvolvimento tático ganha maior ênfase em relação ao técnico,
assim como a elevação da condição física específica deve ser priorizada quando
comparada à preparação por meio de exercícios gerais. Isso significa que o
treinador planejará exercícios mais relacionados à modalidade nos aspectos:
metabólicos, fisiológicos e biomecânicos.
Por exemplo, em uma luta de judô, que tem duração de cinco minutos, há predominância do metabolismo
anaeróbio lático, com participação do metabolismo aeróbio glicolítico em momentos de menor intensidade
ou nas pausas da luta. Dessa forma, o treinador nessa fase preconizará uma estrutura de treinamento que
faça com que o atleta permaneça boa parte do treino em zonas metabólicas que são exigidas na sua
modalidade. Portanto, nessa fase, dificilmente, você verá um lutador de judô fazendo longas corridas de
baixa intensidade, porque é um exercício que foge das demandas fisiológicas, biomecânicas e metabólicas
da luta.
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Lembre-se de que nessa fase as competições-alvo estão se aproximando e não há tempo a perder com
atividades inespecíficas. Por outro lado, obviamente que o lutador pode fazer esse tipo de estratégia como
forma de recuperação ativa dos treinos mais intensos. Por exemplo, no dia seguinte a um treino com
extrema carga de trabalho, o treinador solicitou uma corrida leve, para baixar a carga e promover uma
sessão recuperativa. Nesse caso, com certeza, a corrida em baixa intensidade não terá objetivo de exercer
um efeito condicionador ao atleta.
Além disso, seguindo um modelo tradicional de periodização, é sugerido que na
fase preparatória específica exista predominância do volume do treino em relação à
intensidade, sendo uma outra característica de fase de treinamento. Devem ser
preconizados grandes volumes de treinamento nos exercícios específicos da
modalidade com objetivo de condicionar o atleta a evoluir técnica, psicológica e
fisicamente dentro das demandas da modalidade.
Alguns microciclos de choque são incorporados nessa fase para ultrapassar os limites físicos e mentais,
fazendo o atleta treinar acima do seu limiar de treinamento e tirando-o de uma zona confortável. Todavia, é
uma fase da periodização que requer grande controle da relação dose-resposta à carga de treino aplicada,
pois grandes volumes de execuções de exercícios específicos podem resultar em um aumento importante
das lesões por sobrecarga. Dessa forma, é muito importante estabelecer os limites de resposta do atleta à
carga de trabalho.
Exemplo
Para estabelecer um limite de dor localizada, usa-se uma escala visual ou escalas de índice de bem-estar,
como a sugerida por McLean et al. (2010), ou seja, sempre que o atleta relatar dor ou cansaço em alta
magnitude, a carga de treino para o dia pode ser reduzida, processo conhecido por regulação da carga de
trabalho (GABBET et al., 2009).
Período competitivo
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O período competitivo é quando o foco deixa de ser o desenvolvimento geral e específico do atleta e passa
a prepará-lo para as competições planejadas. Não é possível estimar durações de fases e períodos, pois são
muito particulares as modalidades. Por exemplo, pense em uma temporada no futebol brasileiro que
começa no meio do mês de janeiro e termina no meio do mês de dezembro e compare com outros esportes
que possuem competições-alvo em anos de olimpíadas.
Os desportos coletivos apresentam maiores períodos competitivos quando
comparados aos desportos individuais, e inversamente ocorre com o período
preparatório, que é maior nos desportos individuais comparados aos coletivos.
Outra característica importante desse período de treinamento é o aumento da intensidade com redução do
volume de treinamento. É quando o treinador buscará chegar próximo da maior marca, da melhor técnica e
do máximo desempenho do atleta e, para tal, será necessário apoiar-se no princípio da sobrecarga e fazer
com que o atleta ultrapasse seus limites, havendo incremento de intensidade sempre que for necessário.
Por outro lado, a manipulação do volume e intensidade nesse momento também é muito dependente da
modalidade em questão. Modalidades de resistência (endurance) como uma maratona, corridas acima de
5km e provas de fundo na natação, necessitam da manutenção do volume de treinamento nesse período,
havendo uma estabilização ou pequena redução do volume, mas agora com foco no aumento da
intensidade.
Exemplo
Um corredor fundista que compete a prova dos 10 quilômetros pode, em alguns microciclos do período
competitivo, treinar o volume total de sua prova, que são 10 quilômetros, mas o treinador, nesse momento,
buscará estratégias para que o corredor melhore seu ritmo de corrida, para que chegue às provas ou à prova
principal no melhor ritmo possível. Ao mesmo tempo, atletas de força, velocidade e potência têm maiores
reduções no volume de treino e foco no aumento da intensidade, pois, para essas modalidades, um alto
volume será concorrente ao aumento da intensidade.
Fase pré-competitiva
O período competitivo se divide em duas fases: fase pré-competitiva e fase competitiva. A fase pré-
competitiva antecede as competições e ainda é possível treinar, em alguns microciclos, com boa qualidade
e sem tanta preocupação com uma possível fadiga para a competição. A duração também é muito
dependente da modalidade, mas em muitas modalidades é usado algo entre quatro e oito microciclos,
dentro de um ou dois mesociclos.
Comentário
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No desporto individual, essa fase pré-competitiva é denominada camp pelas equipes de luta em geral. É
feito um planejamento com duração de seis semanas e, nesse momento, é necessário atentar-se para
algumas particularidades da modalidade.
Muitos atletas iniciam a temporada sem um calendário rigoroso com as datas das lutas previstas. Esse fato
gera grande dificuldade em perfazer um planejamento em longo prazo. Uma adaptação adotada por grande
parte das equipes de lutas com lutadores nessa situação é, no início da temporada, fazer um curto período
de preparação geral, por exemplo, um mesociclo com quatro microciclos, e depoispassar para a fase de
preparação específica, até que seja confirmada uma data para a luta. Mediante essa estratégia, há para o
atleta um momento de preparação geral, o momento da preparação específica, até que se inicia a fase pré-
competitiva perto da semana da luta.
Fase competitiva
A fase competitiva compreende o momento em que treinador e atleta estreitam o foco unicamente na
competição prevista. Dessa forma, a meta é chegar à competição na melhor condição competitiva possível.
Portanto, é o momento da preparação em que não há mais tempo para condicionar o corpo, elevar a
condição física, mas, sim, deixá-lo nas melhores condições para buscar o melhor resultado esportivo.
Uma característica marcante nessa fase é a redução geral da carga de trabalho,
com reduções importantes tanto do volume de treino como da intensidade, pois o
foco passa para as estratégias táticas, a preocupação com lesões e fadiga tardia.
Dessa forma, treinos leves e moderados tomam o lugar dos treinos extensivos e
exaustivos.
Essa é uma característica do microciclo de polimento, que é o sugerido para a semana que antecede a
competição. Isso ocorre porque já não há mais tempo para contratempos, pois uma lesão nessa fase pode
atrapalhar todo um ciclo de preparação, por isso, todo cuidado é pouco. Por exemplo, um maratonista não
fará treinos extensivos nas semanas que antecedem a competição, pois reduzirá seus estoques de
glicogênio e proporcionará fadiga tardia que poderá influenciar negativamente seu rendimento no dia da
prova. Um velocista de 100 metros não buscará atingir sua máxima velocidade próximo à prova, porque o
risco de uma lesão é muito grande, já um lutador de MMA não fará combates sem proteção e em máxima
exigência, pois um trauma severo pode eliminar suas chances de vencer a luta na competição prevista.
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Outras estratégias nessa fase ganham mais importância. A parte nutricional do atleta é muito importante
durante todo o ciclo de treinamento, mas pode ser um fator decisivo nos dias que antecedem a competição,
pois é necessário que no dia da prova exista reserva suficiente dos substratos energéticos importantes para
o metabolismo mais presente na prova.
Um fundista, por exemplo, deve ter grande estoque de carboidratos em forma de glicogênio para o dia da
prova. Assim como, no dia da competição, o atleta não pode correr o risco de ter indigestões alimentares,
portanto a escolha dos alimentos é fundamental e deve ser realizada preferencialmente por nutricionista
com especialização em nutrição desportiva.
Outra preocupação se refere aos aspectos psicológicos do atleta. É natural o aumento da ansiedade quando
se chega próximo de provas importantes, ao passo que, nesse momento, torna-se ainda mais importante o
acompanhamento do atleta por um psicólogo do esporte, para que estratégias de redução de ansiedade
sejam estabelecidas e monitoradas. Importante frisar que o acompanhamento psicológico tem muito mais
efeito quando realizado em todo o período de treinamento.
Atenção!
A fase competitiva é a última oportunidade para que treinador e atleta possam corrigir e aperfeiçoar os
pontos mais importantes para o sucesso na competição. Por isso, as demandas-chave para o sucesso em
uma prova devem ser a prioridade nesse momento. Por exemplo, algumas modalidades exigem alto grau de
concentração na competição. Um velocista pode perder a prova se queimar a largada, então, na fase
competitiva, o treino de largada pode ser o maior foco. Um maratonista pode ter ênfase na tática da prova,
estudar seus adversários, planejar os momentos de aumento, redução e manutenção do ritmo da prova.
Período transitório
O período transitório inicia-se após a última competição-alvo da temporada, e tem como objetivo base o
restabelecimento das condições físicas e emocionais do atleta. É normal a manifestação de grande
desgaste do atleta após as competições mais importantes da temporada, e um tempo de inatividade ou
redução de trabalho se faz necessário para que o atleta suporte um novo macrociclo ou temporada.
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Durante o período competitivo, é esperado que o atleta atinja seu máximo desempenho nas competições
mais importantes da temporada. Para isso, é necessária uma grande mobilização de fatores emocionais e
físicos, assim como uma rigorosa conduta diária do atleta, em termos de descanso, alimentação,
treinamento, preparação etc., pois a rotina de um atleta de alto rendimento é extremamente rigorosa: ele só
chegará ao ápice de seu rendimento seguindo uma cartilha muito restrita. Portanto, ao fim desse processo,
muitos atletas estão totalmente exauridos física e mentalmente, e um período com rotinas mais leves se faz
necessário.
No período transitório, a comissão técnica reduz a carga de trabalho e busca uma restauração geral do
corpo do atleta, mas ao mesmo tempo, em muitos casos, não é um período de férias sem qualquer regra.
Isso porque, atualmente, cada vez mais existe menos tempo para a preparação, principalmente em
modalidades coletivas como o futebol. Isso faz com que o atleta tenha mais responsabilidades em suas
férias (período transitório), pois, se houver um destreino severo, pode não haver tempo hábil para o
recondicionamento antes das primeiras competições.
Saiba mais
Atualmente, diversos fisiologistas em clubes de futebol de elite brasileiros falam com propriedade que
muitos atletas desperdiçam toda uma temporada por um período transitório mal planejado. Muitos atletas
nesse período abusam sem quaisquer restrições da alimentação desregrada e ingestão de bebidas
alcoólicas e não fazem absolutamente nada em termos de treinamento. Dessa forma, no retorno à pré-
temporada (fase preparatória), encontram-se em um estado físico demasiadamente abaixo do esperado e,
em uma fase preparatória muito curta, em que não há tempo suficiente para uma progressão discreta das
cargas de trabalho, estão mais suscetíveis a lesões. Dependendo da gravidade da lesão, esse atleta pode
ser ultrapassado por outro e perder a oportunidade de ser, por exemplo, titular da equipe.
Portanto, recomenda-se que atletas que tenham um período curto de preparação se mantenham ativos
durante as férias, e que estabeleçam algumas regras em sua alimentação. Em um período transitório com
duração de quatro semanas, o atleta pode ficar as duas primeiras semanas sem nenhuma sessão de
treinamento, mas incluir algumas sessões de treino nas terceira e quarta semanas, já preparando o corpo
para a fase preparatória.
Outra preocupação deve ser com o aumento do componente de gordura: o atleta pode estabelecer alguns
dias na semana para uma alimentação mais leve e outros para uma alimentação mais desregrada. Desse
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modo, ele poderá encontrar um equilíbrio, para que possa restabelecer seus níveis de entusiasmo para uma
nova temporada, sem chegar a uma condição física indesejada.
Períodos e fases da periodização
Neste vídeo, o especialista irá explicar e exemplificar as atividades a serem desenvolvidas nas diferentes
fases e períodos da periodização.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Em relação à sequência temporal das fases de treinamento em uma periodização desportiva, indique a
alternativa que obedece à sequência adequada.
A
Fase preparatória específica, fase preparatória geral, fase pré-competitiva, fase
competitiva e fase transitória.
B
Fase preparatória geral, fase preparatória específica, fase pré-competitiva, fase
competitiva e fase transitória.
C
Fase transitória,fase preparatória geral, fase preparatória específica, fase pré-
competitiva e fase competitiva.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
A sequência das fases segue a lógica da preparação geral do atleta (fase preparatória geral), para
depois iniciar a preparação específica (fase preparatória específica), a lapidação para a competição
(fase pré-competitiva), a preocupação com a competição (fase competitiva) e, por fim, a transição para
o próximo macrociclo (fase transitória).
Questão 2
Em quais situações é mais importante uma rotina de treinos e cuidados com a alimentação no período
transitório?
D Fase preparatória geral, fase preparatória específica, fase competitiva, fase pré-
competitiva e fase transitória.
E
Fase preparatória geral, fase preparatória específica, fase transitória, fase pré-
competitiva e fase competitiva.
A
Para atletas que não chegaram às competições mais importantes da temporada, pode
ser interessante já iniciar a preparação geral no período transitório.
B
Para atletas que culturalmente não se permitem ao descanso e lazer, é recomendado
que mantenham uma rotina rígida de treinamento e alimentação no período transitório.
C
Para modalidades que possuem um calendário competitivo mais curto ao longo da
temporada, pode ser interessante ter uma rotina de treinos e alimentação mais rigorosa
no período transitório.
D
Para atletas que participam de mais de uma modalidade, pode ser interessante utilizar o
período transitório para treinamento de outra modalidade.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
O principal objetivo do período transitório é proporcionar um período de descanso e recuperação ao
atleta para restabelecer a condição física para uma nova temporada. Todavia, em algumas modalidades
com o período preparatório curto, é necessária a manutenção do treinamento para evitar o destreino.
Considerações �nais
Periodizar um programa de treinamento desportivo é basicamente organizar o planejamento de treinos em
fases, períodos e ciclos de acordo com o objetivo de cada momento da preparação. O objetivo é
proporcionar ao atleta condições ideais para que ele atinja seus objetivos esportivos, usando como base os
princípios científicos do treinamento desportivo. De forma linear, no início da periodização, é priorizada a
preparação de forma geral e, seguindo para ao longo dos ciclos, a preparação mais específica. Da mesma
forma ocorre com o volume e a intensidade, em que, no início da preparação, existe um maior volume de
treino com menor intensidade e, ao longo, há uma inversão de ênfase entre volume e intensidade.
É muito importante que o treinador, fisiologista ou preparador físico tenham a compreensão que, ao elaborar
uma periodização, esta deve ser totalmente associada à modalidade do atleta, e que em muitos casos não é
recomendada a aplicação de todos os conceitos de uma periodização linear ou tradicional. O estudo
minucioso das demandas físicas, técnicas e táticas do desporto do atleta é fundamental para a elaboração
da periodização, assim como o estudo do calendário competitivo que servirá como base para a estipulação
das fases e período do planejamento.
Por fim, a periodização deve atender às necessidades do atleta e da modalidade. Busque aplicar os
conceitos aqui discutidos, mas dentro das perspectivas do seu atleta e modalidade. Outra palavra-chave
quando falamos de periodização é organização: sem organização, será impossível elaborar uma boa
periodização.
E Para atletas de modalidades que tenham um calendário competitivo extremamente
extenso, que não permita uma fase preparatória prolongada.
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Podcast
Para encerrar, o especialista irá falar sobre os principais aspectos relacionados à periodização do
treinamento.

Referências
BOMPA, T. O. Periodização – Teoria e metodologia do treinamento. São Paulo: Phorte, 2002.
GABBETT, T. J.; JENKINS, D. G.; BERNETHY, B. Game-based training for improving skill and physical fitness
in team sport athletes. International Journal of Sports Science & Coaching, v. 4, n. 2, 273–283, 2009.
GOMES, A. C. Treinamento Desportivo: Estruturação e periodização. São Paulo: Artmed, 2009.
MATVEEV, L. P. Problema da periodização do treinamento desportivo. Fizitiskoi Culture, Moscou, n. 1, 1964.
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07/03/2023, 23:33 Periodização do treinamento
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03738/index.html# 34/34
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Para um grande acréscimo informativo, busque por entrevistas com o professor Antônio Carlos Gomes
sobre periodização e treinamento desportivo. O professor é referência mundial no assunto e possui livros
publicados. Busque também por seus livros!
Assista ao video The Myths of Load Management, de Tim Gabbett, no YouTube.

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