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Reclamação trabalhista - hora extra, dano moral, insalubridade e supressão de intervalo

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Reclamação trabalhista - hora extra, dano moral, insalubridade e supressão de intervalo.
Excelentíssimo (a) Senhor (a) Doutor (a) Juiz (a) Federal da ____ Vara do Trabalho da comarca de XXXXX e do Estado do Paraná.
XXXXXXXXXXXXXXXXX, inscrita no CPF sob nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXX, residente e domiciliado na XXXXXX, na Cidade e Comarca de XXXXXXXXXXXXXXXX, representadas por seu advogado XXXXXXXXXXXX, regularmente inscrito na OABXXXXXXXXXXXXXXX, com endereço na nota de rodapé, onde recebem intimações e notificações, vêm, respeitosamente à Presença de Vossa Excelência, propor
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA
em face de XXXXXXXXXXXXXXXXX, pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob o extinto CNPJ sob nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXX, cuja sede se localizava na XXXXXXXXXXXXXXXXX, na Cidade e Comarca de XXXXXXXXXXXXXXXX, pelos fatos e fundamentos jurídicos abaixo aduzidos.
1 – PRELIMINARMENTE:
1.1 – DA GRATUIDADE DE JSUTIÇA:
A Reforma Trabalhista, em seu Art. 790, trouxe expressamente o cabimento do benefício à gratuidade da justiça ao dispor:
"§ 4º - O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo"
Essa norma vai de encontro a nossa Carta Magna que em seu art. 5º, LXXIV, onde expressa que aqueles que comprovarem a insuficiência de recursos terá assistência jurídica integral e gratuita:
“LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;”
Neste sentido dispõe o art. 98 e seguintes do NCPC, bem como dispõe o art. 99, § 4º do mesmo Diploma Legal que:
Art. 99 - § 4º A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.
Segue em anexo a declaração de hipossuficiência do reclamante. Dessa forma requer o benéfico da assistência judiciária gratuita com fulcro nos artigos já expostos.
2 - DO CONTRATO DE TRABALHO – LISTISCONSÓRCIO ATIVO
O Reclamante foi contratado pela primeira Reclamada para exercer a função de motorista de caminhão, trabalhando de XXXXXX até XXXXX, quando foi dispensado sem justa causa, sendo indenizado quanto ao aviso. Ocorre que ao realizar as atividades, fazia distribuição de produtos de ambas as Reclamadas.
3 – DA REMUNERAÇÃO
O Reclamante recebeu como seu último salário-base mensal a quantia de R$ 2.875,47.
4 – DA JORNADA DE TRABALHO
O Reclamante laborava de segunda à sexta, das 06h00 às 20h30; e aos sábados, das 08h00 às 15h00, sem intervalo intrajornada. As Reclamadas não efetuaram corretamente o pagamento devido a título de horas extras, tampouco seus reflexos no que tange às verbas advindas da rescisão contratual. Semanalmente, o empregado laborava o total de 82 horas semanais.
5 – DA SUPRESSÃO DE INTERVALO INTRAJORNADA
Conforme narrado nos fatos, a carga horária da Reclamante era de segunda à sexta, das 06h00 às 20h30; e aos sábados, das 08h00 às 15h00. Contudo, é mister afirmar que a reclamante jamais usufruiu do seu intervalor intrajornada diário (1 a 2hs), pausando suas atividades laborais diariamente por apenas 10 minutos para se alimentar. Ou seja, desde o início do vínculo empregatício – 08/06/2016 a 10/03/2021, de segunda a sábado, foram suprimidos um total de R$ 1.338 horas de intervalo intrajornada.
Nos termos do art. 71 da CLT, em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
Neste sentido, como restará comprovado em sede de instrução processual, faz jus a reclamante à percepção do pagamento dos intervalos intrajornadas suprimidos, equivalente a todo o período em que laborou para o Reclamado, implicando o pagamento total do período correspondente e não apenas aquele suprimido, com acréscimo de no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho, sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração, conforme dispõe a Súmula 437, I e III do TST, cujo valor apurado é de R$ 8.007,93.
6 – DAS HORAS EXTRAS NÃO REMUNERADAS
A carga horária semanal da Reclamante era de 82 horas semanais, ou seja, de forma habitual, este sempre trabalhou além da jornada diária de segunda à sábado (38h30min a título de horas extras semanais).
Nos termos do art. 58, caput da CLT, a duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite, e consoante o art. 7º, XIII, da CF/88, é direito do trabalhador a duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. A Reclamante faz jus a receber as horas extraordinárias laboradas não pagas que excederem da 44ª (quadragéssima quarta) hora semanal ou 8ª hora diária, com a devida atualização legal.
As horas extras devidas ao Reclamante, no percentual a ser apurado, devem ser calculadas partindo-se da somatória de todas as verbas remuneratórias que constituem o rendimento mensal do Reclamante.
Ao total obtido, aplica-se o divisor 220 ao valor da hora normal, devendo ser acrescido, às horas extraordinárias, o índice de 50% (cinquenta por cento), conforme dispõe o art. 7º, inciso XVI da Constituição Federal e havendo o excesso de horas extras, além do limite de 220 horas/mês, deve ser acrescido o adicional de 50% (cinquenta por cento).
Desde a admissão até sua demissão, a reclamante cumpriu 8.474 horas extraordinárias, sem nunca ter recebido o salário correspondente, deixando assim, o reclamado pagar o valor total de R$ 50.716,89, referente as horas extraordinárias.
Desta forma, requer o pagamento das horas-extra nunca pagas, como também seu reflexo nas demais verbas rescisórias, em virtude das horas extras serem de natureza habitual, com fulcro na Súmula 376, II do TST, no valor de R$ 50.716,89.
7 – DO DANO MORAL – PERNOITE NO CAMINHÃO
O autor foi submetido a um tratamento desumano, obrigado a pernoitar no caminhão ao longo de todo o extenso contrato de trabalho prestado em favor das Reclamadas, de segunda à sábado.
Em situação de dano moral, a Constituição Federal, em seu Art. 5º, inciso X, é taxativa, afirmando que “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
Observe-se que a indenização por dano moral está apoiada no Texto Constitucional, não restando dúvidas que a pretensão do demandante nada mais é do que exigir o cumprimento do estabelecido na Carta Magna, qual seja, perceber o ressarcimento pelos prejuízos suportados.
No caso em tela, o Reclamante era obrigado a pernoitar dentro da cabine do caminhão, longe dos confortos de sua residência ou local adequado para hospedagem, estando exposto a diversos perigos, uma vez que não havia um local específico e seguro fornecido pelas Empresas para que o Reclamante pudesse descansar.
Tal entendimento veio a ser adotado pelo Magistrado Luiz Fernando Gonçalves, em atuação na 18ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte ( RR-XXXXX-45.2008.5.17.0141), oportunidade esta que deu razão ao trabalhador quanto à ausência de instalações adequadas para pernoite. Em suas palavras, “Constata-se grave omissão da empregadora no que concerne ao fornecimento de hospedagem digna para os trabalhadores, de modo que eram obrigados a dormir no próprio veículo e sem contar com condições de higiene e conforto necessárias” (artigo 186, CC).
Ainda, insta salientar que a indenização de R$ 3.000,00 pelo referido julgador, foi majorado em TRT de Minas Gerais para R$ 5.000,00.
Indubitavelmente, trata-se de caso idêntico ao aqui exposto, razão pela qual seria inadmissível se não recebesse o mesmo tratamento jurisdicional, haja vista que a Lei não pode dar tratamento distintos aos pares.Portanto, requer-se a condenação das empresas Reclamadas no valor de R$ 5.000,00 à título de dano moral por submeter o empregado a tais condições inadequadas de serviço.
8 – DA INSALUBRIDADE
O empregado era constantemente exposto a câmara fria do caminhão, ao passo que, além de motorista, o empregado era obrigado carregar e descarregar as mercadorias que ficavam refrigeradas no caminhão, sob temperaturas de até – 10ºC.
No mesmo norte, o Reclamante faz jus à percepção dos valores correspondentes ao adicional de insalubridade, na ordem de 20% (vinte por cento), em face da sua exposição ao frio de maneira habitual, mesmo que de forma intermitente, durante todo o período em que trabalhou para o Reclamado.
Conforme restou fartamente demonstrado acima, o Reclamante trabalhava durante toda a sua jornada entrando e saindo da câmara fria onde eram armazenadas as mercadorias que as Reclamadas comercializam.
Nesse contexto, os Tribunais do país também já têm pacificado seus entendimentos, senão vejamos:
“ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CÂMARA FRIA. O empregado tem direito ao adicional de insalubridade quando exposto ao frio de maneira habitual, ainda que não integralmente ao longo da jornada.” (TRT-2 XXXXX20185020075 SP, Relator: WILMA GOMES DA SILVA HERNANDES, 11ª Turma - Cadeira 1, Data de Publicação: 18/02/2020)
Assim, requer a condenação do Reclamado também no pagamento do adicional de insalubridade a que fazia jus o Reclamante, durante todo o período trabalho, em grau médio, 20% (vinte por cento), que perfaz a quantia de R$ 11.520,00, equivalente ao contrato de trabalho.
Igualmente, requer a condenação do Reclamado no pagamento dos reflexos sobre o mencionado título, sobre 13º salário (R$ 960,00), aviso prévio (R$ 252,21) e férias + 1/3 (R$ 1.280,00), o que perfaz o total de R$ 2.492,21.
9 – DA MULTA DO ART. 467 DA CLT
Como muito bem sabido, o Reclamado deverá ainda realizar o pagamento, ao Reclamante, quando da realização da primeira audiência, de todas as verbas reconhecidamente incontroversas, sob pena de ser condenado no pagamento de uma multa correspondente a 50% (cinquenta por cento) sobre os valores dos referido títulos, que perfaz a quantia de R$ 38.868,51, conforme prevê o art. 467 da CLT, o que também requer.
10 - DA MULTA DO ART. 477 DA CLT
Como vê-se através dos fatos narrados linhas ao norte, desrespeitando o prazo estabelecido no art. 477, § 6º, da CLT, o Reclamado não realizou os devidos pagamentos correspondentes às verbas rescisórias a que fazia jus o Reclamante, acima elencadas.
Nesse sentido se impõe a aplicação de uma multa equivalente a um mês de salário revertida em favor do Reclamante, no valor de R$ 2.875,47, conforme consubstancia o § 8º do mesmo artigo da CLT acima citado, pelo que requer desde logo a condenação do Reclamado no seu pagamento.
11 - DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS
Como fartamente sabido por esse Douto Magistrado, o art. 133 da Constituição Federal de 1988, norma cogente, de interesse público, das partes e jurisdicional, tornou o advogado indispensável à administração da justiça.
Em que pese existir, no âmbito da Justiça do Trabalho, o princípio jus postulandi, sabe-se que, caso um Reclamante comece um litígio sem auxílio de um advogado, este poderá ser seriamente prejudicado, em virtude de geralmente não possuir o conhecimento técnico adequado para litigar em juízo.
Além disso, é sabido que o Reclamado, por ser detentor de poder econômico avantajado, certamente estará sempre acompanhado por operadores do direito altamente qualificados, o que, somado ao jus postulandi do empregado, tornaria o trabalhador ainda mais hipossuficiente na busca por seus próprios direitos.
Dessa forma, na busca de uma igualdade material dentro de uma demanda, se faz necessária, sim, a presença do advogado em juízo, acompanhando o Reclamante. Assim, nada mais justo e coerente, portanto, do que o deferimento de honorários advocatícios por força do Princípio da Sucumbência, como prevê o art. 791-A da CLT, em seu grau máximo, cujo valor apurado é de R$ 17.922,15.
10 - DOS PEDIDOS
Em face das razões apresentadas, pede-se a Vossa Excelência sejam julgados procedentes os pleitos apresentados na presente Reclamatória Trabalhista:
9.1. sejam as Reclamadas condenadas a efetuar o pagamento referente aos intervalos intrajornadas suprimidos, totalizando o importe de ......................................R$ 8.007,93;
9.2. sejam as Reclamadas condenadas a efetuar o pagamento das horas extras não remuneradas, totalizando o importe de......................................R$ 50.716,89;
9.3. sejam as Reclamadas condenadas a efetuar o pagamento de indenização por dano moral, totalizando o importe de......................................R$ 5.000,00;
9.4. sejam as Reclamadas condenadas a efetuar o pagamento de adicional por insalubridade, totalizando o importe de......................................R$ 11.520,00;
9.5. sejam as Reclamadas condenadas a efetuar o pagamento dos reflexos advindos do pagamento do adicional por insalubridade, no que tange às férias + 1/3 e os 13º salários, totalizando o importe de......................................R$ 2.492,21;
9.6. sejam as Reclamadas condenadas a efetuar o pagamento da multa do art. 467, da CLT, caso não venha a realizar o pagamento das verbas incontroversas até o limite da primeira audiência a ser designada, totalizando o importe de......................................R$ 38.868,51;
9.7. sejam as Reclamadas condenadas a efetuar o pagamento da multa do art. 477, da CLT, haja vista o decurso do prazo para o pagamento das verbas aqui discutidas a que o Reclamante faz jus, quando do pagamento das verbas rescisórias, totalizando o importe de......................................R$ 2.875,47;
9.8. sejam as Reclamadas condenadas a efetuar o pagamento dos honorários advocatícios sucumbenciais em seu percentual máximo, totalizando o importe de......................................R$ 17.922,15;
10 - DOS REQUERIMENTOS
Requer o Reclamante, portanto, a Vossa Excelência:
- seja determinada a notificação das Reclamadas, no endereço preambularmente declinado, para virem com ele conciliar-se em audiência a ser designada, ou para, querendo, contestar os pleitos apresentados no prazo legal, sob pena de ser decretada a revelia, considerando-se verídicos, como são efetivamente, todos os fatos narrados nesta peça;
- seja determinada a atualização dos valores devidos, com incidência de juros legais e correção monetária;
- sejam concedidos os benefícios da justiça gratuita, nos termos e sob as penas da Lei, tendo em vista não ter condições de arcar com eventuais custas e despesas processuais, sem prejuízo próprio ou de sua família, responsabilizando-se pelas declarações aqui prestadas;
- sejam as Reclamadas condenadas ao pagamento de honorários advocatícios de 15% sobre o valor total resultado da condenação;
Protesta pela produção de todos os meios de prova em direito admitidos, tais como: testemunhais, documentais, periciais e, principalmente, pelo depoimento pessoal do representante das Reclamadas, sob pena de confissão.
Dá-se à causa o valor de R$ 137.403,16 (cento e trinta e sete mil, quatrocentos e três reais e dezesseis centavos).
Termos em que,
Pede deferimento.
XXXXXXXX, 14 de maio de 2022.
(assinado digitalmente)
XXXXXX

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