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20/03/2012
 
A diferença entre moral e direito (norma ética e norma jurídica). 
A norma moral é uma subjetividade, uma norma ética, uma norma que impõe uma conduta que quando desrespeitada nada acontece.
A norma jurídica pode ser de ordem patrimonial ou pessoal (liberdade). 
“O direito é a norma das ações humanas na vida social estabelecida por uma organização soberana e imposta coativamente a observância de todos.”
Então quer dizer que o direito só faz sentido na existência de uma sociedade. A soberania é a capacidade de se impor em um espaço geográfico, e se apresenta em suas atividades básicas de administrar, legislar e julgar. De uma forma geral, pode-se dividir o direito em objetivo e subjetivo (no campo jurídico):
Subjetivo: também chamado de norma agende, que é a contraposição a facultas agende. O agente tem a possibilidade de agir.
Positivo: direito escrito, a norma jurídica que impõe o comportamento tem a obrigação de agir. 
(sistema da civil Law -> França, que o Brasil adotou) A regra predominante no nosso sistema a norma escrita, mas o direito é mais que a regra escrita. O sistema adotado pelo nosso código civil tem uma parte geral e uma especial que possui livros de especialidade. Ex: livro dos direitos reais, da família, de sucessão etc. 
A lei de introdução ao código civil na realidade é um decreto lei. O que diferencia um decreto lei de uma lei é a origem, mas a força coativa é a mesma. Agora, a portaria não é uma legislação de âmbito geral. O decreto lei era uma medida rápida que se não fosse discutida virava lei, hoje em dia temos a medida provisória que se não se a discussão não tivesse chegado a uma conclusão era recusada e então colocariam outra medida provisória no lugar. 
O vigor da lei é de 45 dias se não especificada a data, para que se tomem conhecimento da lei. Se a lei está em vigor não quer dizer que ela tem eficácia, vigência e eficácia podem não coincidir. 
27/03/2012
Personalidade: intransmissíveis e irrenunciáveis
Inicio, fim e proteção.
Proteção jurídica: a partir do nascimento com vida (de acordo com a jurisprudência, o rompimento do cordão umbilical é a separação), a diferença de nascer com vida ou não são os direitos e deveres. 
A personalidade se extingue quando o indivíduo morre, mas existem direitos objetivos inerentes aos seres humanos, chamados direitos de personalidade que são, por exemplo, os danos da imagem, danos morais (No direito público é imposto, e o privado é algo combinado, mas se não houver essa combinação o judiciário estipula). O avanço tecnológico na área da comunicação igualou muito os direitos humanos, e o principal direito de personalidade que é a privacidade está totalmente vulnerável. O nosso sistema jurídico tende a ser auto-poiético, porque as leis vão se reproduzir sem relação com as pressões da sociedade, diferente da “comum Law” que foi pensado para ter condenações como reparações, e só se pune quando não se há mais nada para discutir, ou seja, não é um sistema para evitar o dano e sim, para reparar o dano. É um sistema que não foi pensado para obrigar pessoas a terem determinados comportamentos, e sim, para puni-las após terem esse tal comportamento. Uma indenização pode ser reparatória ou compensatória (quando não tem valor material, exemplo: uso da imagem) e esse valor é definido com o parâmetro da capacidade econômica do ofensor e a capacidade econômica do ofendido. Dentro dessa mecânica pode-se ter controle sobre os direitos da personalidade.
Proteção:
- Cessar: a busca de ações mandamentais que é o pedido de tutela (direito de pedir proteção – tutela inibitória). 
- Reparar: já foi sofrido o prejuízo, então será pedida uma reparação de danos morais, materiais, estéticos -> imagem física da pessoa, pode se configura em um dano material ou moral. (administrativo – sofre a sanção, civil – apenas indeniza e criminal – é preso).
A função do estado é proteger o cidadão, ele proporciona a liberdade dos indivíduos, mas essa liberdade tem um sentido negativo (limitação daquilo que o estado pode fazer) e positivo (aquilo que o estado pode proporcionar, assistência medica para todos, educação, garantir um mercado que atenda as necessidades básicas, condições de moradia.
Capacidade: 
De direito: A capacidade de direito todos tem, mas a capacidade jurídica de exercer, apenas aqueles que não possuem as capacidades indicadas no código.
De fato: Uma pessoa capaz de fato é aquela que se encontra na livre administração de sua pessoa e de seus bens.
Comuniência: é quando, por exemplo: a mãe e o filho morrem por um mesmo fato ou em um curto período de tempo de diferença, logo a herança passa para os pais da mãe. Mas quando a mãe morre primeiro e o filho mais tarde, os bens passam primeiramente para o filho e depois para o pai (sendo ele não casado com a mãe).
Ausência: é quando a pessoa desaparece e seus bens ficam sem cuidados, então alguém interessado pede por uma sucessão provisória para que ele possa dirigir esses bens e caso a pessoa não seja encontrada, será considerada morta, morte presumida por conta de sua ausência. Mas a lei mudou, pois dependendo do caso, a morte pode ser presumida antes da ausência. Art. 22 ao 39 -> com um curador ou procurador, 3 anos, sem 1 ano de sucessão provisória. A sucessão definitiva pode ser requerida 10 anos de julgada a sentença da sucessão provisória.
03/04/2012
Emancipação:
Toda pessoa tem capacidade de direito, mas capacidade de fato só aquele que se encontra com plena administração de sua pessoa e seus bens. Entre as incapacidades tem a absoluta e a relativa. A emancipação é antecipar a capacidade de fato. Condições: o jovem ter 16 anos e tiver a concessão dos pais ou por ação judicial. O menor pode ser emancipado por meio de uma (concessão) declaração dos pais ou a sentença do juiz (que não é muito útil dependendo da velocidade do tribunal, pois seria valido se fosse menos de dois anos de processo), quando se trata de tutoria, a emancipação é rápida. Com o casamento também se emancipa (maiores de 16 podem casar). A aquisição de um cargo público implica automaticamente em uma emancipação. (art.5º)
10/04/2012
Domicílio (art. 70 – art. 78)
Moradia: local onde a pessoa esteja habitando, ainda que provisoriamente.
Residência: onde a pessoa está habitando com intenção de permanência (pode ter mais de uma).
Domicílio:
Pessoa natural: local onde a pessoa concentra suas atividades. Local onde ela estabelece sua residência com intenção de permanecer (residência + animus). Pode ter diversos tipos de domicilio (atividades ou residência). A importância de se ter um domicílio é, para o direito civil, ter o local de cumprimento da obrigação.
Pessoa jurídica: Onde foi realizada a atividade ou o estabelecimento principal. Domicilio do estado é a capital, do município é onde estiver a administração, toda pessoa jurídica tem um ato constitutivo, pode determinar que a administração esteja em outro lugar.
Foro de eleição: obrigações em lugares diferentes
- No nosso sistema jurídico, a pessoa pode ter vários domicílios. A importância de se saber o domicilio da pessoa é ter um local para onde se deve direcionar os comunicados oficiais. Para o direito civil, a importância está no cumprimento das obrigações do devedor, que deve ser no domicilio do mesmo. 
O domicilio do incapaz é o domicilio do responsável, o do servidor publico é na repartição onde trabalha, do militar é aonde servir, do marítimo é onde o navio esta matriculado, do preso é na cadeia.
17/04/2012
Pessoa jurídica:
São de direito público externo ou interno e de direito privado. É uma técnica na qual se atribui determinados efeitos da pessoa natural para um grupo organizado de pessoas, exemplo, quando pessoas se reúnem para explorar uma atividade, fazendo uma sociedade, a legislação reconhece a atuação dessas pessoas em conjunto com uma capacidade diferente de cada pessoa individual. Outro exemplo: um indivíduo que nasceu com vida, ou seja, tem personalidade e capacidade (realiza atos jurídicos), esse indivíduo junta-se com outros e queremexplorar uma atividade (montar uma xerox) mas não tem dinheiro suficiente e nem disponibilidade de tempo para ficar o tempo todo no local, então eles juntam o dinheiro e se reúnem para explorar a atividade em conjunto. Então os contratos que eles vão realizar agora tem haver com o estabelecimento e não com eles, vão estar no nome da nova pessoa que “nasceu”, que é diferente das pessoas que a criaram, essa nova pessoa é a jurídica que é reconhecida pelo legislador, pelo Estado e pela sociedade. Então ela é uma pessoa que existe, mas não fisicamente. E essa é a teoria mais aceita para explicar a pessoa jurídica ou, como é chamado em outros países, pessoa moral ou até pessoa coletiva. Na realidade a pessoa jurídica é um arranjo tecnológico para defender os interesses de uma determinada coletividade, então ela só existe se criada pela lei, ou seja, ela nasce do jeito que a lei determinar e quem faz a lei é o Estado, mas ele também é uma pessoa jurídica. Então, eis a questão, se o Estado é uma pessoa jurídica com capacidade para criar leis, então quem criou a lei dizendo que o Estado tinha capacidade para criar leis.
A pessoa jurídica pode ser de direito publico ou de direito privado. As fundações são pessoas jurídicas formadas por reunião de bens, podendo ser publico ou privado, dependendo da origem dos bens.
Direito público: uma das partes tem a predominância de normas impositivas. Exemplo: Estado, município. Então a pessoa jurídica de direito publico é aquela que cuida de interesses públicos e que fazem isso tendo predominância na sua relação com os demais, ou seja, só pode ser criada através de leis específicas, já que as normas são impositivas, nasce através da lei. Pessoas jurídicas que podem ser de direito publico interno: a união, os Estados, o distrito federal, os municípios, as autarquias, associações públicas e as demais entidades de caráter público e criadas por leis. O legislador diz que se criar pessoa jurídica com estrutura de direito privado, esta será regida pela lei particular/privada, o código civil. São pessoas jurídicas de direito publico externo: Conforme o Art. 42 do Código Civil brasileiro de 2002, são pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
São exemplos de pessoas jurídicas de direito público externo as nações estrangeiras, Santa Sé e organismos internacionais (ONU, OEA, União Européia, Mercosul, UNESCO, FAO, etc).
Direito privado: predomínio de normas dispositivas. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a escrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedido de modificação quando necessário com a aprovação do poder executivo, ou seja, nasce através do registro do seu ato constitutivo no órgão apropriado (cartório, código comercial). O registro declarará a denominação, a finalidade, o domicílio (a sede), tempo de duração (se for o caso) e o fundo social. Como ela não existe fisicamente, em seu ato constitutivo tem que se determinar os criadores e administradores, então seu representante atuará por ela.
 Art. 44: são pessoas jurídicas de direito privado as associações (reunião de pessoas para uma determinada finalidade), sociedades (reunião de pessoas para uma determinada finalidade de obter lucro), fundações (pessoas jurídicas formadas por reunião de bens com uma finalidade), organizações religiosas (igreja católica). 
A pessoa jurídica é representada pelo seu administrador. Pessoa jurídica é um arranjo técnico apenas para congregar determinados interesses e o legislador para proteger esses interesses faz uma ficção e assemelha essa pessoa jurídica a pessoa física, porque quem tem capacidade de exercer atos jurídicos é a pessoa física. Então essa comparação feita ara que os atos jurídicos realizados pela pessoa jurídica não se misture com os atos jurídicos realizados pela pessoa privada, ou seja, os atos realizados como sócio não se mistura com os atos realizados pela pessoa jurídica. 
17/04/2012
O momento do positivismo jurídico é quando a ciência deixa o seu lado subjetivo e começa a querer comprovar os fenômenos. Com o positivismo há uma dificuldade que existe até hoje que é a questão de identificar a pessoa jurídica. Teve varias teorias negativistas da existência da pessoa jurídica que não acreditavam que seria correto atribuir personalidade a pessoa jurídica, mas isso não atende aos interesses (necessidades) e ai as correntes positivistas no sentido de acreditar na existência de defender a pessoa jurídica na legislação, criaram três teorias sobre a pessoa jurídica: a primeira é que ela não existe a segunda é que ela tem que existir e a que é válida é a que mistura as duas, pessoa jurídica não existe fisicamente mas sim, tecnicamente (teoria da realidade técnica). A partir dessa corrente vencedora passa a comparar a pessoa jurídica com o ser humano e aparece a questão da capacidade. A pessoa jurídica tem capacidade e por isso só pode ser representada. Procurador realiza o ato em nome do representado enquanto o representante realiza em seu nome, mas no interesse no representado, nenhuma das duas figuras serve para a pessoa jurídica por ela na verdade não tem procurador (pode até ter, na justiça do trabalho exige um procurador junto do advogado). Então a teoria adotada hoje é a teoria dos órgãos e por ela a pessoa jurídica não é representada e sim, é presentada, ou seja, se faz presente. Então não é outra pessoa que está ali, é ela mesma. O administrador (cérebro) e outros membros é um órgão da pessoa jurídica (órgão de direção, de contratação, etc), faz parte da empresa, não é outra pessoa aleatória, é a própria empresa. A pessoa jurídica se equipara a pessoa natural. 
Uma conseqüência disso é por exemplo, se um agente de uma determinada pessoa jurídica ao realiza sua atividade causa dano a um terceiro, se eu entendo que ele é um representante tem que processar a pessoa, mas se entendo que a empresa está presente, deve processar a empresa ou até ele, dizendo que ele agiu de má fé e enganou a empresa. 
Antigamente a teoria era: o Estado ao realizar uma atividade qualquer causa dano ao particular, por exemplo, então a pessoa tinha que saber quem foi o funcionário e provar que ele foi o causador do dano para ser indenizado. O que era muito difícil de acontecer porque na realidade o Estado quando esta dentro de suas atividades normais não esta agindo com culpa, para ser culpado é preciso provar negligência. Com a evolução da teoria dos órgãos, passou a entender que quem tem que indenizar não é o individuo e sim a empresa, no caso é o Estado. Então a constituição diz que quando a responsabilidade é do Estado é uma responsabilidade objetiva. A responsabilidade civil, o dever de responsabilizar sobre os danos causados, tem como elementos: comprovar a existência do dano, comprovar a culpa na atividade, e comprovar o nexo causal (que esta ação culposa causou o dano). Quando responsabilidade é objetiva não é preciso comprovar a culpa, por exemplo, o código do consumidor diz que a responsabilidade do fornecedor é objetiva já que tem que indenizar, já que se aplica a teoria do “risco do negócio”. Mas pode ser comprovado pelo responsável que a ação culposa ocorreu por contra da vítima para se isentar ou diminuir o valor da indenização. Exemplo: o consumidor comprou iogurte e passou mal e processa o fornecedor e então há verificação e confirmação de que estava estragado, mas o consumidor consumiu o produto na estrada e já estava viajando há horas há uma temperatura elevada e por isso passou mal. Então a ação não foi do fornecedor e sim do consumidor que causou o dano.
Então a teoria que explica a natureza da pessoa jurídica é a teoria da realidade técnica e com relação ao funcionamento da pessoa jurídica é a teoria dos órgãos. Uma outra teoria que explica a personalidade jurídica é a teoria das instituições que diz que quando tiver uma reunião de pessoas ligadas entre si por um laço qualquer ou uma finalidade comum eu tenho uma instituição.Então essa teoria não é adotada para explicar a personalidade jurídica mas o que acontece é: a teoria da realidade técnica foi criada por pessoas do direito privado e a das instituições foi criada por publiscistas e se encaixa perfeitamente nas pessoas jurídicas de direito público enquanto a outra na de direito privado, mas as duas explicam os dois casos com alguma deficiência (a das instituições é mais deficiente pois só serve para as de direito público). 
29/05/2012
Bens: objeto dos direitos, na realidade o ordenamento jurídico regula relações jurídicas e de direitos e essas relações recai sobre um objeto que são as coisas, uma termologia para um gênero no qual os bens são uma espécie.
Coisa: é tudo aquilo que é passível de uma ação jurídica, então tudo que se recai numa relação jurídica é uma coisa. 
Bens: é uma coisa passível de ser apropriada. Todas as pessoas são titulares de determinados bens e a reunião de todos os bens que a pessoa é titular é o patrimônio. Então toda pessoa tem um patrimônio e ele é constituído por todos os seus bens.
 Os bens podem ser:
Tangíveis: bens materiais
Intangíveis: bens imateriais, como os direitos autorais, de marca, de imagem. A maioria desses bens não tem valoração econômica, mas existem alguns que têm como o direito de marca. Mas mesmo os que não têm valoração econômica como o direito a liberdade, a vida, a integridade moral, que são bens decorrentes da personalidade e não tem valoração econômica, em alguns momentos eles são valorados porque quando desrespeitados se dá uma compensação através da indenização. 
O código diz no art. 79 sobre os bens considerados em si mesmos, está se referindo a algum tipo e classificação que esta considerando bem isolado, não esta considerando o bem em relação a outros bens. Os bens considerando as relações com outros, podem ser principais ou acessórios, o acessório sempre acompanha o principal e tem a mesma natureza do principal. Voltando para a classificação do código, sobre os:
Bens imóveis: são aqueles que não podem ser removidos sem alterar suas características, sem a sua destruição. São bens imóveis o solo, e tudo quando lhe incorporar natural ou artificialmente, porque o acessório acompanha e tem a mesma natureza do principal, então se for incorporado ao solo tem sua mesma natureza. Por isso uma casa é imóvel, não porque não se pode removê-la. Do mesmo jeito que se os bens colocados numa casa passam a fazer parte dela, também passam a ser imóveis, são acessórios que se incorporam ao imóvel adquirindo a mesma natureza. A mesma coisa a árvore que nasce no solo (incorporação natural). Sobre minas encontradas no solo, a solução foi dizer que o subsolo pertence à união, mas o proprietário do terreno tem direito de ser indenizado pela exploração e quem descobre tem prioridade na exploração. Sobre o céu, pertence ao proprietário até o espaço útil, até onde lhe é permitido construir. O direito de laje é muito utilizado, já que permite o proprietário construir e vender a parte de cima para outro construir também. 
Temos acréscimos por edificações, qualquer edificação (construção) sobre o solo é chamada prédio, mesmo que tenha apenas um andar, e o que nós vulgarmente chamamos de prédio são a verdade de condomínio horizontal, porque tem diversas habitações no mesmo plano. Temos também acréscimos pela força da natureza, ou por plantações, e tudo isso se transforma em imóveis.
Titularidade: Transfere-se a titularidade pela transcrição, que é o ato do registro o cartório de registro de imóveis, então deve-se primeiramente retirar a certidão de ônus reais no cartório para ter todo o histórico do imóvel. Exemplo: o contrato de compra e venda de imóveis, pela lei de registros imobiliários que exige que todo contrato relativo a imóveis deve ser feito por instrumento público, ou seja, o contrato de compra e venda pode ser realizado por instrumento público (realizado em cartório) ou privado (um contrato que as próprias partes redigem). Então pode 
29/05/2012
acontecer de haver a compra e venda por instrumento público, mas não ter sido feita a transcrição no cartório de registro de imóveis, podendo o vendedor pedir o imóvel de volta, pois já vendeu para outro que já registrou. Sem o registro, não há a transcrição, então não há transmissão da propriedade, do domínio. O que resta então é cobrar o dinheiro de volta.
Bens móveis: podem ser removidos sem alteração de suas características. Titularidade: Transfere-se a titularidade pela tradição, que é a entrega do bem. Exemplo: se alguém faz um contrato de contrato de compra e venda de um eletrônico e o corre a tradição (a entrega do aparelho), mas não há o pagamento, não pode o vendedor pegar o bem de volta já que não pertence mais a ele, pois já houve a tradição, então tem que entrar com uma a ação de cobrança do preço e não do bem de volta.
Se moventes: que movem por si mesmo, um cavalo, uma vaca, animais em geral.
Os bens móveis ou imóveis podem gerar frutos ou produtos. Fruto é algo proveniente de uma coisa, e separado do que é proveniente não altera a característica do que o gerou, exemplo, se retirar uma fruta da arvore não irá alterá-la. Já o produto, também é proveniente de algo, mas destacado ele altera as características da origem, exemplo: um mineral colhido da mina., petróleo. Quando digo que o fruto esta colhido, quer dizer que houve a separação e quando digo que ele é percepiendo, quer dizer que ele ainda não foi percebido e que ele está pronto, mas ainda não foi separado de sua origem. Quando digo que o fruto é estante, quer dizer que ele já foi colhido e está armazenado. Os móveis também geram frutos, como por exemplo o dinheiro, que é um móvel que pode gerar juros. Os alugueis vem de um imóvel e são frutos civis.Alguns bens podem ser móveis e adquirir a classificação de imóveis por destinação ou determinação legal, exemplo: ferramentas, equipamentos e aparelhos em uma fazenda fazem parte do imóvel e em sua venda estão incluídos.
O direito real é o direito de propriedade, de domínio de alguma coisa, normalmente se fraciona em alguns poderes: direito de uso e fruição, quer dizer o proprietário pode usar o bem, gozar de seus benefícios e fazer transição de direitos e é oponível contra todos. O direito real pode ser fracionado de uma forma que o proprietário pode entregar o uso para outrem (alugar) e pode entregar o uso, mas fazer um contrato de arrendamento para que ele ou outro colha os frutos (o gozo). É por isso que pode ter a situação de existir um proprietário que tenha a posse legal do imóvel, mas a posse de fato pode estar sendo exercida por outro (alguém que invadiu ou que esta alugando, por exemplo), o proprietário não perdeu os direito, mas não esta exercendo a posse. 
Direito real de propriedade de terceiros pode ser quando o bem é do cobrador: Pode acontecer também do individuo fazer alienação fiduciária, ou seja, o carro é comprado em nome do banco e transfere o direito de uso para a pessoa que pagará as prestações, caso não pagar, o banco vende o carro e se o valor não abater a divida, o banco continua cobrando, esse é um contrato sobre um bem móvel e esse direito de uso é móvel. Também é um direito real quando o bem é do devedor: Há também como usar um bem como garantia de pagamento de um empréstimo, hipotecando um bem imóvel, caso não pagar as prestações, o banco toma o imóvel; caso a garantia for um bem móvel, ele será penhorado, o banco guardará o bem e quando receber o pagamento devolverá o bem penhorado e se não, leiloará o bem.
29/05/2012
Bens fungíveis: são os bens que podem ser substituídos por outros de mesma categoria, qualidade, quantidade. Como uma geladeira, uma calça.
Bens infungíveis: são aqueles que não podem ser substituídos. O que torna um bem infungível é a sua destinação, sua característica própria, individualizado. 
Bens consumíveis: alimentos, materiais descartáveis, que acabam.
Bens duráveis: geladeiras, carros, que duram.
Bens divisíveis: são aqueles que podem ser repartidos sem perder suas características e utilidades.Bens indivisíveis: mesmo eles, podem ser repartidos em frações ideais. Cada um tem 50% de um carro, por exemplo.
Bens singulares: são considerados em sua individualidade. Exemplo: um carro se desmontado as partes perdem suas características.
Bens coletivos: bem considerado em seu todo e todas as partes tem a mesma natureza, como por exemplo, uma biblioteca ou uma floresta, se tirar uma arvore ou um livro essas perdem não perdem a característica inicial.
Bens públicos: são públicos os bens de domínio nacional, pertencente às pessoas jurídicas de direito público interno (fundações, autarquias). Todos os outros são particulares. São bens públicos os de uso comum, como o mar, as praças, estradas, etc. os de uso especial são bens públicos, mas não podem ser usados por todos, como o prédio de uma universidade federal. Normalmente os bens públicos são penhoráveis, só são alienados (vendidos), mas através de autorização de leis, do ministério público isso pode ser mudado. Já os bens dominiais ou dominicais que são aqueles que não são nem de uso comum nem especial, podem ser alienados. Os bens públicos não podem ser ocupados, não pode haver usucapião.

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