Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADES INTEGRADAS PADRÃO – GUANAMBI-BA SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS III YURI NUNES SILVA TERCEIRO PERÍODO ATIVIDADE ACADÊMICA TIC´s – ÚLCERAS DE MEMBRO INFERIOR – SEMANA 7 GUANAMBI/BA 2022 PERGUNTA: Quais as diferenças, do ponto de vista clínico, das úlceras de membro inferior de origem ARTERIAL e VENOSA? RESPOSTA: Úlcera é uma chaga na pele ou na mucosa com desintegração gradual e necrose dos tecidos. Pode ser uma descontinuidade circunscrita na superfície de um tecido qualquer, ocasionada pela ruptura das camadas da pele que ocorrem comumente quando há inflamação do tecido subcutâneo das extremidades, estando com frequência associada com o suprimento sanguíneo inadequado ou doenças sistêmicas, como diabetes. Pode englobar duas categorias, úlceras por trauma e úlceras arterio-venosas. Na última categoria as úlceras podem ser: arteriais, venosas, diabéticas e hipertensivas. Dentro desse contexto, podemos diferenciar as úlceras arterial e venosa diante das seguintes características: • Contorno: as bordas das úlceras venosas são caracteristicamente irregulares, ao passo que as arteriais são arredondadas. Nas venosas, bordas são sempre mais elevadas e tortuosas em comparação com as arteriais, que apresentam bordas rasas que podem ficar ao nível do tecido íntegro. • Dor: as úlceras arteriais são comumente muito dolorosas, pois elas aparecem em decorrência do déficit de suprimento sanguíneo local que leva a isquemia e necrose dos tecidos, dando origem a lesão ulcerativa. Por outro lado, úlceras venosas apresentam pouca ou nenhuma dor. Na prática, as úlceras arteriais são de pequena dimensão e não apresentam aspecto agressivo aos olhos, porém podem causar dores intensas. Contudo, as úlceras venosas são de grande dimensão e impressionantes aos olhos, mas causam pouca ou nenhuma dor. • Dimensões: as úlceras arteriais costumam ser menores tanto em largura quanto em comprimento em relação às úlceras venosas. • Profundidade: as úlceras venosas geralmente são superficiais, pois os tecidos profundos não são afetados. Já as úlceras arteriais são profundas devido ao envolvimento de músculos ou tendões. • Pele e Fâneros: a interrupção do fluxo arterial crônico comumente causa a redução dos pelos e pele seca, descamativa e brilhante. Nas úlceras venosas podemos ver a hiperpigmentação, que causa um escurecimento progressivo da pele tornando-a castanha, e deve-se aos depósitos de hemossiderina, produto de degradação das hemácias, extravasadas devido ao aumento da pressão venosa. As úlceras venosas também apresentam edema, geralmente presente na região maleolar devido a hipertensão venosa. O edema arterial (geralmente discreto) não é tão fácil de ser compreendido, porém, ele aparece com certa frequência e pode estar associado à imobilidade do paciente e à posição sentada com membros pendentes que eles adotam para alívio da dor, isso faz com que haja acúmulo de água e eletrólitos e outros elementos em interstício, causando, assim, o edema. • Temperatura: em úlceras arteriais a temperatura da pele adjacente à lesão é fria. Os tecidos isquêmicos costumam apresentar temperatura diminuída, nos casos de obstrução arterial aguda, por exemplo, o esfriamento é em geral encontrado abaixo do local da obstrução sendo esse um indicador importante de discernimento do tecido irrigado do não irrigado. Nas úlceras venosas a temperatura é mais elevada, devido os pacientes com esse quadro possuírem veias permanentemente dilatadas e frequentemente exibem como complicações flebites superficiais que acabam por determinar a inflamação da pele desses locais elevando assim sua temperatura. REFERÊNCIAS: BERSUSA, A. A. S.; LAGES, J. S. Integridade da pele prejudicada: identificando e diferenciando uma úlcera arterial e uma venosa. Ciência, Cuidado e Saúde, v. 3, n. 1, p. 081-092, 22 out. 2008.
Compartilhar