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Maria José De Figueiredo Fabiana Augusta Santiago Beltrão Antonio Alef Pereira de Oliveira Leonardo Augusto Fonseca Pascoal Laíza Soliely Costa Gonçalves Ana Patrícia Almeida Bezerra Isabelly da Silva Ramalho Organizadores VIII ENAG & VIII CITAG 2022 Inovações em ciência e tecnologia de alimentos https://sigaa.ufpb.br/sigaa/public/docente/portal.jsf?siape=1562654 EDITOR-CHEFE Jackson Andson de Medeiros Agron Food Academy CORPO EDITORIAL Carolina Madazio Niro REVISÃO FINAL Maria José De Figueiredo CAPA Jackson Andson de Medeiros Venda proibida Open access Todas as opiniões e textos presentes neste livro são de inteira responsabilidade de seus autores e coautores. doi.org/10.53934/9786585062046 Revisado por pares COMISSÃO AVALIADORA ALEXANDRE LEMOS DE BARROS MOREIRA FILHO ANDERSON FERREIRA VILELA ANTONIO ALEF PEREIRA DE OLIVEIRA AMANDA MARILIA DA SILVA SANTANA CATHERINE TEIXEIRA DE CARVALHO FERNANDO AZEVEDO DE LUCENA FRANCISCO LUCAS CHAVES ALMEIDA GILSANDRO ALVES DA COSTA GILVANEIDE ALVES DE AZEREDO IVANIA SAMARA DOS SANTOS SILVA JÚLIA VITÓRIA BARBOSA DIAS LAESIO PEREIRA MARTINS LAYANE ROSA DA SILVA LEONARDO AUGUSTO FONSECA PASCOAL LUCIANO GOMES BARBOSA JUNIOR LUIZ FERNANDO DA SILVA ARAÚJO MARIA JOSÉ DE FIGUEIREDO MARIA LUÍSA PONTES MACHADO NETA MAX SUEL ALVES DOS SANTOS MICHELA DE LIMA BEZERRA RAUNIRA DA COSTA ARAÚJO ROBSON ROGERIO PESSOA COELHO SOLANGE DE SOUSA WEYSSER FELIPE CÂNDIDO DE SOUZA Apresentação O Livro é composto por trabalhos publicados no VIII Encontro Nacional da Agroindústria (ENAG), VIII Congresso de Inovação e Tecnologia Agroalimentar (CITAG) e III Encontro do Curso Técnico em Agroindústria (ECTA), foram um evento que trouxe discussões da área científica de alimentos voltada ao controle de qualidade na indústria de alimentos, gestão ambiental dos resíduos agroindustriais, produção e/ou tecnologia animal, vegetal e bebidas, biotecnologia e/ou desenvolvimento de novos produtos agroindustriais, gestão da produção/qualidade, higiene e segurança dos alimentos e vigilância e saúde. Dentre as oportunidades oferecidas aos congressistas, destacam-se: a parceria com a EXPOTEC - Exposição Tecnológica e com o ECTA - Encontro do curso Técnico de Agroindústria do Colégio Agrícola Vidal de Negreiros (CAVN) dois eventos realizados no Campus III da UFPB-CCHSA, eventos consolidados na área de popularização e socialização de conhecimentos técnico-científicos, além da interação entre especialistas, instituições de pesquisa, empresários e empreendedores dos mais diversos setores da área da agroindústria e áreas afins. Isto garante que o conhecimento seja compartilhado em todos os aspectos. 1 Sumário Capítulo 01 ...................................................................................................................... 9 ELABORAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE SORVETES ADICIONADOS DE FARINHA DA CASCA DE JABUTICABA (Myrciaria cauliflora) LIOFILIZADA ........................................................................................................... 9 Capítulo 02 .................................................................................................................... 21 ELABORAÇÃO DE COOKIES SEM GLÚTEN E LACTOSE UTILIZANDO FARINHA DE CASTANHA DE CAJU E DIFERENTES TIPOS DE AÇÚCARES .............................................................................................................. 21 Capítulo 03 .................................................................................................................... 33 SECAGEM CONVECTIVA DE FATIAS DE PUPUNHA SUBMETIDAS A DIFERENTES PRÉ-TRATAMENTOS ................................................................. 33 Capítulo 04 .................................................................................................................... 45 APROVEITAMENTO DO RESÍDUO DE GOIABA NA ELABORAÇÃO DE BISCOITOS SEM GLÚTEN ................................................................................... 45 Capítulo 05 .................................................................................................................... 56 ESTUDO PROSPECTIVO: HIDROLISADO PROTEICO ENZIMÁTICO DE OLEAGINOSAS COM POTENCIAL BIOATIVO .............................................. 56 Capítulo 06 .................................................................................................................... 66 PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS (PANCs): CARACTERIZAÇÃO FISÍCO-QUÍMICA, ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS .............................................. 66 Capítulo 07 .................................................................................................................... 74 CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DA FARINHA DO RESÍDUO DE TAMARINDO ............................................... 74 Capítulo 08 .................................................................................................................... 82 ESTABILIDADE OXIDATIVA DE LINGUIÇAS DE TILÁPIA ENRIQUECIDAS COM EPA E DHA MICROENCAPSULADOS E LIOFILIZADOS ....................................................................................................... 82 Capítulo 09 .................................................................................................................... 92 ESTUDO BIBLIOGRÁFICO E LEVANTAMENTO DO POTENCIAL USO DE INSETO NA ALIMENTAÇÃO HUMANA ........................................................... 92 Capítulo 10 .................................................................................................................. 102 DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE COOKIES HIPERPROTEICO À BASE DE SPIRULINA (SPIRULINA PLATENSIS) .. 102 2 Capítulo 11 .................................................................................................................. 109 CINÉTICA DE SECAGEM POR LIOFILIZAÇÃO EM SCOBY DE KOMBUCHA .......................................................................................................... 109 Capítulo 12 .................................................................................................................. 118 ELABORAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE HAMBÚRGUER ADICIONADO DE FARINHA DE CASCA DE UVA (vitis vinifera L.) ...................................... 118 Capítulo 13 .................................................................................................................. 127 EFEITO DO TRATAMENTO TÉRMICO DO LEITE SOBRE O RENDIMENTO E CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE QUEIJO MINAS FRESCAL ................................................................................................. 127 Capítulo 14 .................................................................................................................. 135 ELABORAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DA BEBIDA FERMENTADA VEGETAL DO EXTRATO DE COCO (COCUS NUCIFERAS L.). ............................................ 135 Capítulo 15 .................................................................................................................. 147 ANÁLISE SENSORIAL DE PÃO ELABORADO COM LEITE CAPRINO CONDIMENTADO COM AÇAFRÃO ................................................................ 147 Capítulo 16 .................................................................................................................. 157 DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE CHIPS DE ABACAXI COM HORTELà ................................................................................ 157 Capítulo 17 .................................................................................................................. 164 OS ÓLEOS ESSENCIAIS E SEU POTENCIAL PARA ASSEGURAR A QUALIDADE DE QUEIJOS .................................................................................164 Capítulo 18 .................................................................................................................. 179 INFLUÊNCIA DO TEMPO FERMENTAÇÃO NA VISCOSIDADE DOS SOROS DE LEITE BOVINO E CAPRINO UTILIZANDO Lactiplantibacillus plantarum CNPC001 ............................................................................................... 179 Capítulo 19 .................................................................................................................. 187 AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS DE QUALIDADE NA PRODUÇÃO DE MELADO E RAPADURA ..................................................................................... 187 Capítulo 20 .................................................................................................................. 198 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA GOMA DE MANDIOCA INDUSTRIALIZADA E ARTESANAL ............................................................... 198 Capítulo 21 .................................................................................................................. 206 PRINCIPAIS COPRODUTOS AGROINDUSTRIAIS GERADOS PELO PROCESSAMENTO DE FRUTAS NO CEARÁ E SUAS PRINCIPAIS UTILIZAÇÕES. ..................................................................................................... 206 3 Capítulo 22 .................................................................................................................. 214 CARCATERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE PECTINA DA CASCA DE MARACUJÁ EM PÓ OBTIDA EM DIFERENTES CONDIÇÕES DE SECAGEM PELO MÉTODO FOAM-MAT ........................................................ 214 Capítulo 23 .................................................................................................................. 224 INFLUÊNCIA DO LANÇAMENTO DE DESPEJOS AGROINDUSTRIAIS NO TRATAMENTO DE EFLUENTES EM ESTAÇÕES DO ALTO OESTE POTIGUAR ............................................................................................................. 224 Capítulo 24 .................................................................................................................. 236 REAPROVEITAMENTO DE ÓLEO COMESTÍVEL RESIDUAL E MANTEIGAS PARA FABRICAÇÃO DE SABÃO ARTESANAL .................. 236 Capítulo 25 .................................................................................................................. 244 CULTIVO DE ‘SHIMEJI-PRETO’ EM RESÍDUOS AGRONÔMICOS DISPONÍVEIS NA CIDADE DE AREIA, PB. .................................................... 244 Capítulo 26 .................................................................................................................. 250 ELABORAÇÃO E ACEITAÇÃO SENSORIAL DE PRODUTOS DE CEREAIS ISENTOS DE GLLÚTEN UTILIZANDO RESÍDUO DE GOIABA ................ 250 Capítulo 27 .................................................................................................................. 259 EFEITO DA PASTEURIZAÇÃO E DO TEMPO DE ESTOCAGEM A FRIO SOBRE OS PARAMETROS DE COR DE BLENDS DE NONI COM UMBU 259 Capítulo 28 .................................................................................................................. 267 DESAFIOS DO MANEJO DE CRIA E RECRIA DE BOVINOS LEITEIROS .................................................................................................................................. 267 Capítulo 29 .................................................................................................................. 275 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DA EMULSÃO CÁRNEA ELABORADA A PARTIR DO SURIMI DA CARNE MECANICAMENTE SEPARADA DE RÃ-TOURO (Lithobates catesbeianus) COM UTILIZAÇÃO DE COLÁGENO .................................................................................................... 275 Capítulo 30 .................................................................................................................. 287 RESÍDUOS DA FILETAGEM DE TILÁPIA DO NILO (Oreochromis niloticus L.): UM ESTUDO NO INSTAGRAM .................................................................. 287 Capítulo 31 .................................................................................................................. 298 CINÉTICA DE FERMENTAÇÃO E ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE CERVEJA ADICIONADA DE JAMBOLÃO (Syzygium cumini) COMO ADJUNTO CERVEJEIRO .................................................................................... 298 4 Capítulo 32 .................................................................................................................. 307 ANÁLISE DE DETERMINAÇÃO DA MELHOR ETAPA PARA A INSERÇÃO DE FARINHA DE INSETO NA PRODUÇÃO DE CERVEJA ... 307 Capítulo 33 .................................................................................................................. 314 APLICAÇÃO DO PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL NO ESTUDO DA ESTABILIDADE DOS PARAMETROS DE COR DOS BLENDS DURANTE O SEU ARMAZENAMENTO ................................................................................... 314 Capítulo 34 .................................................................................................................. 323 PARÂMETROS FERMENTATIVOS, ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA E SENSORIAL DE CERVEJA ADICIONADA DE MEL DE ABELHA ............ 323 Capítulo 35 .................................................................................................................. 335 DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE NÉCTARES MISTOS À BASE DE FRUTAS TROPICAIS .................................................................................... 335 Capítulo 36 .................................................................................................................. 348 EXTRAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS POR FLUIDO SUPERCRÍTICO: REVISÃO DE LITERATURA ............................................. 348 Capítulo 37 .................................................................................................................. 362 PERFIL MICROBIOLÓGICO DA FARINHA DE TENÉBRIO GIGANTE (Zophobas morio) E BARATA CINEREA (Nauphoeta cinerea) PARA USO EM ALIMENTOS .......................................................................................................... 362 Capítulo 38 .................................................................................................................. 372 QUEIJO COALHO CONDIMENTADO COM MANJERICÃO E ALHO:ANÁLISE MICROBIOLÓGICA ............................................................ 372 Capítulo 39 .................................................................................................................. 377 A IMPORTÂNCIA DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO DO CAMPUS III DA UFPB NA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DOS ESTUDANTES ....................................................................................................... 377 Capítulo 40 .................................................................................................................. 387 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE MANIPULAÇÃO E COMÉRCIO DE ALIMENTOS EM FEIRA LIVRE ....................................................................... 387 Capítulo 41 .................................................................................................................. 399 AVALIAÇÃO DOS RÓTULOS DE DIFERENTES MARCAS DE MANTEIGA CREMOSA COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE SOLÂNEA – PB ......... 399 Capítulo 42 .................................................................................................................. 407 DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE LICOR ARTESANAL A BASE DE PALMA FORRAGEIRA ......................... 407 5 Capítulo 43 .................................................................................................................. 416 CARACTERIZAÇÃOFÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DE CERVEJA PRODUZIDA USANDO .. TENÉBRIO GIGANTE (Zophobas morio) .................................................................................................................................. 416 Capítulo 44 .................................................................................................................. 429 PRODUÇÃO DE CERVEJA ARTESANAL ESTILO CREAM ALE .............. 429 Capítulo 45 .................................................................................................................. 440 OCORRÊNCIA DE COLIFORMES EM ÁGUA DE COCO (Cocos nucifera L.) COMERCIALIZADA EM CARRINHOS DO TIPO COCO EXPRESS ........... 440 Capítulo 46 .................................................................................................................. 447 EFEITO DE DIFERENTES TEMPERATURAS DE FERMENTAÇÃO NA QUALIDADE DA CACHAÇA.............................................................................. 447 Capítulo 47 .................................................................................................................. 460 CARACTERIZAÇÃO DE FATIAS DE MAMÃO-PASSA PRODUZIDAS PELO MÉTODO OSMO-SOLAR ........................................................................ 460 Capítulo 48 .................................................................................................................. 469 APROVEITAMENTO DE DESCARTES DE BEBIDAS ALCOÓLICAS PARA PRODUÇÃO DE ÁLCOOL HIDRATADO ........................................................ 469 Capítulo 49 .................................................................................................................. 481 CORANTES ALIMENTÍCIOS EM BISCOITOS RECHEADOS: ANÁLISE QUALITATIVA DA ROTULAGEM ................................................................... 481 Capítulo 50 .................................................................................................................. 492 ELABORAÇÃO DE ÁGUA SABORIZADA À BASE DA FLOR Clitoria ternatea E COM POLPA DE FRUTA .................................................................. 492 Capítulo 51 .................................................................................................................. 500 QUALIDADE DE FRUTOS DA CAJAZEIRA (Spondias mombin L.) PRODUZIDOS NA SERRA DE SANTANA-RN, EM DIFERENTES ESTÁDIOS DE MATURAÇÃO ........................................................................... 500 Capítulo 52 .................................................................................................................. 511 AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE SANDUÍCHES NATURAIS ARTESANAIS E INDUSTRIAIS ......................................................................... 511 Capítulo 53 .................................................................................................................. 518 INFLUÊNCIA DA TÉCNICA DE PLAQUEAMENTO SOBRE AS CONTAGENS DE LACTOBACILLUS BULGARICUS EM IOGURTES ........ 518 Capítulo 54 .................................................................................................................. 526 RECICLAGEM DE FOLHAS DE BANANEIRAS E BAGAÇO DE CANA PARA PRODUÇÃO DE ‘COGUMELO OSTRA ROSA’ EM AREIA, PB ..... 526 6 Capítulo 55 .................................................................................................................. 532 CINÉTICA E MODELAGEM MATEMÁTICA DA SECAGEM DA PASTA DE BETERRABA ......................................................................................................... 532 Capítulo 56 .................................................................................................................. 541 INFLUÊNCIA DO OXIGÊNIO NAS CONTAGENS DE LACTOBACILLUS BULGARICUS EM IOGURTES ........................................................................... 541 Capítulo 57 .................................................................................................................. 548 PROPRIEDADES FÍSICAS E TEOR DE ANTOCIANINAS DO PÓ DE SERIGUELA OBTIDO POR LIOFILIZAÇÃO, SPRAY DRYER E FOAM- MAT DRYING ........................................................................................................ 548 Capítulo 58 .................................................................................................................. 558 UTILIZAÇÃO DE CACTÁCEAS NA ELABORAÇÃO DE BISCOITOS DO TIPO COOKIE ........................................................................................................ 558 Capítulo 59 .................................................................................................................. 566 TEOR DE COLESTEROL TOTAL EM CARNE DE CODORNAS ALIMENTADAS COM DIFERENTES FONTES LIPÍDICAS ........................ 566 Capítulo 60 .................................................................................................................. 575 AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DE FATORES AMBIENTAIS NO CRESCIMENTO DE OVINOS DA RAÇA SANTA INÊS ................................ 575 Capítulo 61 .................................................................................................................. 582 RESPOSTA DO CAPIM-ELEFANTE A DOSES DE NITROGÊNIO EM CONDIÇÕES DE CAMPO ................................................................................... 582 Capítulo 62 .................................................................................................................. 592 ANÁLISE DE POLPAS DE MANGA PRODUZIDAS EM DIFERENTES REGIÕES DO RIO GRANDE DO NORTE ........................................................ 592 Capítulo 63 .................................................................................................................. 599 BISCOITOS AMANTEIGADOS COM SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DA FARINHA DE TRIGO POR SORO DE QUEIJO EM PÓ: UMA REVISÃO . 599 Capítulo 64 .................................................................................................................. 613 CONTROLE DE QUALIDADE DE ALIMENTOS EM UNIDADES DE NUTRIÇÃO HOSPITALAR EM CIDADES PARAIBANAS ........................... 613 Capítulo 65 .................................................................................................................. 625 OTIMIZAÇÃO DA EXTRAÇÃO ASSISTIDA POR ULTRASSOM DE COMPOSTOS FENÓLICOS DO RESÍDUO DA PRODUÇÃO DE VINHO .. 625 Capítulo 66 .................................................................................................................. 637 FRUTAS E SUBPRODUTOS DE FRUTAS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE BEBIDAS FERMENTADAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA ......... 637 7 Capítulo 67 .................................................................................................................. 648 DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE IOGURTE INTEGRAL SABORIZADO COM POLPA DE AMORA PRETA E MIRTILO ................. 648 Capítulo 68 .................................................................................................................. 657 IMOBILIZAÇÃO E APLICAÇÃO DA LIPASE EVERSA TRANSFORM 2.0 NA TRANSESTERIFICAÇÃO DE ÓLEO DE SOJA ........................................ 657 Capítulo 69 .................................................................................................................. 664 EXTRAÇÃO SUPERCRÍTICA PARA OBTENÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS: REVISÃO ...................................................................................... 664 Capítulo 70 .................................................................................................................. 675 DETERMINAÇÃO DO ESTÁGIO DE MATURAÇÃO DE FRUTOS ............ 675 Capítulo 71 .................................................................................................................. 685 AVALIAÇÃO DA ROTULAGEM DE BISCOITOS SALGADOS TRADICIONAIS COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DEACARI – RN .................................................................................................................................. 685 Capítulo 72 .................................................................................................................. 697 PRODUÇÃO DE BISCOITO AMANTEIGADO ENRIQUECIDO COM SPIRULINA PLATENSIS ..................................................................................... 697 Capítulo 73 .................................................................................................................. 706 ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO SENSORIAL DE QUEIJO COALHO TRUFADO COM DOCE DE TAMARINDO ...................................................... 706 Capítulo 74 .................................................................................................................. 716 AVALIÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO HIDROALCÓOLICO DO RESÍDUO DE ACEROLA ...................................... 716 Capítulo 75 .................................................................................................................. 723 COMPOSTOS BIOATIVOS E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE EM GOIABAS ‘PALUMA’ ARMAZENADAS COM O USO DE BIOPOLÍMEROS .................................................................................................................................. 723 Capítulo 76 .................................................................................................................. 734 ESTUDO SOBRE O CHUÑO: MÉTODO PRÉ-HISPÂNICO DE DESIDRATAÇÃO DE BATATAS ....................................................................... 734 Capítulo 77 .................................................................................................................. 745 REVISÃO DE LITERATURA DA MANTEIGA DA TERRA .......................... 745 Capítulo 78 .................................................................................................................. 760 REVISÃO QUEIJO DO REINO PRODUZIDO COM LEITE CAPRINO ..... 760 8 Capítulo 79 .................................................................................................................. 771 QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE MATÉRIAS-PRIMAS UTILIZADAS NO LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA DA PANIFICAÇÃO DO CCHSA/UFPB ......................................................................................................... 771 Capítulo 80 .................................................................................................................. 783 ROTULAGEM DE VEGETAIS MINIMAMENTE PROCESSADOS: AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADES À LEGISLAÇÃO VIGENTE ........... 783 Capítulo 81 .................................................................................................................. 795 PROCESSAMENTO DO QUEIJO DE COALHO TRUFADO COM GOIABADA ............................................................................................................ 795 Capítulo 82 .................................................................................................................. 802 HÁBITO DO CONSUMO DE FRUTAS PELOS DOCENTES DO CCHSA/UFPB ......................................................................................................... 802 Capítulo 83 .................................................................................................................. 811 ANÁLISE MICROBIOLÓGICA E AVALIAÇÃO DE PARAMETROS FÍSICO QUÍMICOS DE GELADOS COMESTÍVEIS ..................................................... 811 Capítulo 84 .................................................................................................................. 822 ELABORAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE FILME BIODEGRADÁVEL E ATIVO COM EXTRATO DE BETERRABA (BETA VULGARIS L.) ............. 822 Capítulo 85 .................................................................................................................. 834 AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO E DA ATIVIDADE CITOTOXIPOTENCIAL DO ÓLEO ESSENCIAL DE MARMELEIRO FRENTE A ARTEMIA SALINA ........................................................................... 834 Capítulo 86 .................................................................................................................. 840 PROPRIEDADES MECÂNICAS DE FILMES DE AMIDO DE MILHO E FARINHA DE PALMA ......................................................................................... 840 9 DOI: 10.53934/786585062046-1 Capítulo 01 ELABORAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE SORVETES ADICIONADOS DE FARINHA DA CASCA DE JABUTICABA (Myrciaria cauliflora) LIOFILIZADA Maria Monique Tavares Saraiva *; Virgínia Mirtes de Alcântara Silva Newton Carlos Santos ; Raphael Lucas Jacinto Almeida ; Victor Herbert de Alcântara Ribeiro ; Rerisson do Nascimento Alves ; Fernando Azevedo de Lucena *Autor correspondente (Maria Monique Tavares Saraiva) – Email: moniquetavaresaraiva@gmail.com Resumo: A jabuticaba é uma fruta amplamente distribuída no território brasileiro, durante sua exploração agroindustrial, as cascas costumam serem descartadas, correspondendo cerca de 30% a 43% do fruto, no entanto uma das formas de reaproveitamento desses resíduos é a sua transformação em pó, através do processo de liofilização. O presente estudo tem como objetivo elaborar e caracterizar a farinha da casca de jabuticaba liofilizada e desenvolver formulações de sorvete adicionadas desta farinha, além disso, os sorvetes elaborados também foram caracterizados quanto parâmetros físicos e centesimais. Para isso, foi feito a Elaboração da farinha da casca de jabuticaba, sua caracterização através da composição centesimal, perfil mineral e compostos bioativos; posteriormente foram elaborados os sorvetes, contendo 0%, 10% e 20% de farinha de jabuticabada, os quais foram avaliados a partir dos parâmetros de overrun (%), atividade de água e composição centesimal. Com isso, a farinha apresentou altos teores de compostos fenólicos totais e boa atividade antioxidante. O aumento da concentração de farinha da casca de jabuticaba promoveu redução de umidade, atividade de água e lipídeos dos sorvetes elaborados, além de promoverem aumento do teor de cinzas, proteínas e carboidratos totais. Além disso, o sorvete elaborado atendeu as exigências de produtos mais saudáveis, além de ter agregado valor a um resíduo da agroindústria. Portanto, é considerada uma estratégia viável na elaboração de um novo produto. Palavras–chave: Resíduos agroindustriais, secagem, elaboração de produto Abstract: Jabuticaba is a fruit widely distributed in Brazil, during its agro-industrial exploration, the peel are usually discarded, corresponding about 30% to 43% of the fruit, however one of the ways of reusing these residues is its processing into poder, through the freeze-dried process. The present study aims to elaborate and characterize the flour freeze-dried jabuticaba peel and develop added ice cream formulations of this flour, in addition, the ice creams were also characterized as physical and centesieml parameters. mailto:moniquetavaresaraiva@gmail.com https://orcid.org/0000-0003-1165-6235 https://orcid.org/0000-0001-6493-3203 https://orcid.org/0000-0002-9603-2503 https://orcid.org/0000-0001-7232-2373 https://orcid.org/0000-0002-7869-1126 https://orcid.org/0000-0003-4936844X https://orcid.org/0000-0002-8252-6668 10 For this, the flour was elaborated from the jabuticaba peel, its characterization through the centesimal composition, mineral profile and bioactive compounds; the ice creamwas subsequently prepared, containing 0%, 10% and 20% of jabuticabada flour, which were evaluated based on the parameters of overrun (%), water activity and centesimal composition. With this,the flour presented high levels of total phenolic compounds and good antioxidant activity. The increase in the concentration of flour from the jabuticaba bark promoted moisture reduction, water and lipid activity of the ice creams, besides promoting an increase in the content of ash, proteins and total carbohydrates. In addition, the elaborate ice cream met the requirements of healthier products, besides having added value to a residue of the agroindustry. Therefore, it is considered a viable strategy in the development of a new product. Keywords: Agro-industrial waste, drying, product production INTRODUÇÃO A jabuticaba (Myrciaria cauliflora) é uma fruta da família Myrtaceae, amplamente distribuída no território brasileiro, e apresenta-se sob a forma de uma baga globosa, com até 3 cm de diâmetro, casca avermelhada quase preta, polpa esbranquiçada, mucilaginosa, agridoce, saborosa, comumente com uma única semente (1). Os subprodutos industriais de frutas e vegetais são constituídos principalmente por: cascas, frações de bagaço e sementes, que podem ser uma boa fonte de compostos bioativos, além de conterem na sua composição carboidratos, fibras alimentares, compostos aromatizantes e fitoquímicos. Normalmente as cascas são descartadas, correspondendo cerca de 30% a 43% do fruto, gerando grandes quantidades de resíduos e provocando impacto ambiental devido ao lançamento excessivo no meio ambiente (2). Segundo Almeida et al. (3) uma das formas de reaproveitamento desses resíduos é a sua transformação em pó, através do processo de liofilização. A liofilização é considerada como sendo um dos melhores métodos de secagem, pois possibilita a manutenção das propriedades organolépticas e nutricionais dos alimentos. O método consiste no congelamento do produto seguido pela desidratação, que ocorre através do processo de sublimação, proporcionando a redução do teor de água e consequentemente minimizando a ocorrência da maior parte das reações que provocam a degradação do produto (4). A constante demanda por alimentos mais saudáveis está fazendo com que as indústrias alimentícias busquem diferentes ingredientes para agregar aos alimentos produzidos. As sobremesas lácteas congeladas, como o sorvete, são consumidas mundialmente e por este motivo podem ser acrescidas de ingredientes funcionais, promovendo assim seu enriquecimento nutricional (5). O sorvete é um produto de boa aceitação sensorial, apreciado por pessoas de todas as idades e classes sociais, sendo considerado uma sobremesa muito consumida no Brasil. Apesar de essas características, possui elevada densidade energética, com alto teor de ácidos graxos trans e saturados, o que limita o seu consumo na maioria das dietas prescritas pelos nutricionistas. A qualidade do sorvete depende da qualidade dos 11 ingredientes utilizados e do equilíbrio entre os componentes, incluindo a quantidade de sólidos totais, gorduras, açúcares, estabilizantes, emulsificantes e aromatizantes. Outras características envolvem custo, viscosidade, ponto de congelamento, taxa de aeração, aparência, sabor, textura e valor nutricional (6). Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo elaborar e caracterizar a farinha da casca de jabuticaba liofilizada e desenvolver formulações de sorvete adicionadas desta farinha, além disso, os sorvetes elaborados também foram caracterizados quanto parâmetros físicos e centesimais. MATERIAL E MÉTODOS Elaboração da farinha da casca de jabuticaba Para elaboração da farinha foi utilizado cascas de jabuticaba (Myrciaria cauliflora) as etapas para sua produção podem ser visualizadas na Figura 1. Figura 1. Principais etapas para elaboração da farinha da casca de jabuticaba liofilizada Inicialmente as jabuticabas foram higienizadas, sanitizados (hipoclorito de sódio 200ppm) e lavados em água corrente. Após está etapa foram despolpadas manualmente. As cascas foram submetidas a uma etapa inicial de congelamento em freezer a 48h e temperatura de -18 °C. Após congelamento as cascas foram transferidas para um liofilizador de bancada e submetidas a secagem na temperatura de -50 °C por 48 horas. As cascas secas foram trituradas em liquidificador doméstico por 3 min e o pó obtido foi padronizado, fazendo-se o uso de uma peneira. Caracterização da farinha da casca de jabuticaba Composição centesimal A umidade foi determinada por secagem em estufa a 105 °C até peso constante (7); o teor de cinzas foi determinado por incineração em mufla (7); a proteína total foi quantificada pelo método de Micro-Kjeldahl, que consistiu na determinação do nitrogênio total de acordo com a metodologia descrita por Brasil (7); o teor de lipídeos determinado 12 pelo método modificado de Bligh e Dyer (8); as fibras brutas foram quantificadas por digestão com uma solução ácida pelo método de Silva e Queiroz (2002) (9); e o teor total de carboidratos foi calculado por diferença para obter 100% da composição total (10). Perfil mineral O perfil de mineral foi determinado através das cinzas por meio de Espectrômetro de Fluorescência de Raio X por Energia Dispersiva, modelo EDX-720 (Shimadzu, Kyoto, Japão) com uso de nitrogênio líquido. Compostos bioativos Fenólicos totais Os compostos fenólicos totais foram quantificados pelo método de Folin- Ciocalteau descrito por Waterhouse (11), utilizando o ácido gálico como padrão. A água e o metanol foram utilizados como solventes de extração. Os cálculos realizados para a determinação dos compostos fenólicos foram baseados em uma curva padrão com ácido gálico, e as leituras foram feitas em espectrofotômetro a 765 nm, com resultados expressos em mg/100 g de ácido gálico. Antocianinas totais O método utilizado para leitura das antocianinas totais foi o método do pH único descrito por Francis (1982) (12). O método consiste em fazer uma transferência quantitativa de uma alíquota do extrato concentrado para um recipiente e então essa alíquota é diluída com uma quantidade de solução Etanol – HCl a 1,5 mol. L-1 tendo assim um volume de extrato diluído. Atividade antioxidante A atividade antioxidante do DPPH foi realizada de acordo com a metodologia descrita por Maria do Socorro et al. (13) com adaptações. A atividade antioxidante (ABTS) foi determinada pelo método proposto por Re et al. (14), com modificações feitas por Rufino et al. (15). Elaboração do sorvete Os sorvetes foram elaborados, utilizando farinha da casca de jabuticaba liofilizada, as proporções e ingredientes utilizados estão descritos na Tabela 1. A elaboração do sorvete seguiu os procedimentos descritos por Detoni (16). Tabela 1 – Formulações do sorvete adicionado de farinha da casca de jabuticaba liofilizada. Ingredientes 0% 10% 20% Açúcar cristal 14% 14% 14% Emustab 0,1% 0,1% 0,1% 13 Liga neutra 0,03% 0,03% 0,03% Gordura vegetal 5% 5% 5% Leite integral UHT 100mL 100mL 100mL Xarope de glucose 6% 6% 6% Farinha da casca de jabuticaba 0% 10% 20% Nota: ingredientes adicionados com base em 100 mL de leite integral. Fonte: Adaptado de Detoni (16). Para produzir o sorvete a primeira etapa foi o aquecimento do leite com a gordura vegetal. Os ingredientes secos (açúcar e estabilizante liga neutra) foram misturados à parte e adicionados ao leite após a completa dissolução da gordura. Acrescentou-se a glucose, homogeneizando a mistura. A calda foi pasteurizada até temperatura de 80 ºC por 15 s e resfriada em banho de água e gelo até 30 ºC. Após, adicionou-se o emulsificante Emustab e homogeneizou-se em liquidificador industrial por 5 min. A calda foi colocada em recipiente com tampa e maturada por 12 h em câmarade resfriamento sob temperatura de 10 ºC. A mistura foi colocada em sorveteira para o batimento por aproximadamente 25 min, até o ponto em que o sorvete ficasse consistente o suficiente para não desprender da espátula. O sorvete foi retirado da sorveteira, colocado em recipiente plástico com tampa e levado para congelar em freezer a – 18 ºC até a realização da análise (16). Caracterização dos sorvetes O sorvete controle e os adicionados da farinha da casca de jabuticaba liofilizada, foram caracterizadas quanto aos parâmetros descritos nos itens a seguir. Overrun (%) O overrun foi determinado de acordo com o método descrito por Whelan et al. (17). Volumes iguais (50 mL) de sorvete foram pesados e o overrun foi calculado. Atividade de água Atividade de água (aw) foi determinada usando o dispositivo Decagon® Aqualab CX-2T a 25 °C Composição centesimal Os parâmetros centesimais avaliados foram os mesmos descritos para caracterização da farinha Análise estatística Os dados experimentais foram analisados em triplicata e os resultados submetidos à análise de variância de fator único (ANOVA) de 5% de probabilidade e as respostas qualitativas significativas foram submetidas ao teste de Tukey adotando-se o mesmo nível de 5% de significância. Para o desenvolvimento das análises estatísticas foi utilizado o software Assistat 7.7. RESULTADOS E DISCUSSÃO 14 Na Tabela 2, pode-se observar os valores médios obtidos para a composição centesimal da farinha da casca de jabuticaba obtida por liofilização. Tabela 2 – Composição centesimal da farinha da casca de jabuticaba liofilizada Parâmetros (%) Farinha da casca de jabuticaba Umidade 9,54 ± 0,14 Cinzas 2,96 ± 0,21 Lipídeos 1,75 ± 0,18 Proteínas 5,87 ± 0,56 Fibra bruta 5,02 ± 1,03 Carboidratos 74,86 ± 0,66 A farinha da casca de jabuticaba apresentou 9,54% de umidade. Ferreira et al. (18), encontraram teor de umidade de 12,05% para a farinha de jabuticaba. Oliveira et al. (19) obtiveram 8,24% de umidade para farinha da casca de banana. O teor de cinzas obtido foi de 2,96%. Valor superior ao do presente estudo foi relatado por Leite-Legatti et al., (20) que encontraram 4,23% para casca de jabuticaba seca em estufa de ar forçado e valor inferior ao do presente estudo foi observado por Constantino e Lopes (21) que obtiveram 1,98%. Com relação aos teores de lipídeos e proteínas a farinha da casca de jabuticaba liofilizada apresentou 1,75% e 5,87%, respectivamente. O teor de fibra bruta obtida foi de 5,02%. Almeida et al. (3) obtiveram teor de fibra bruta de 4,50% para cascas secas a 60 °C e 4,93% para cascas liofilizadas. A farinha da casca de jabuticaba liofilizada apresentou como principal macronutriente o carboidrato (74,86%). Na Tabela 3, pode-se observar os valores médios obtidos para o perfil mineral da farinha da casca de jabuticaba, obtida por liofilização. Tabela 3 – Teor médio de minerais da farinha da casca de jabuticaba liofilizada Mineral (mg/100g) Farinha da casca de jabuticaba K 1963,34 ± 0,04 Ca 267,96 ± 0,02 P 184,09± 0,01 S 106,54 ± 0,03 Fe 21,67 ± 0,01 Zn 9,14 ± 0,02 Mn 8,65 ± 0,03 Cu 4,10 ± 0,01 Rb 3,17 ± 0,01 O conteúdo mineral encontrado em maior quantidade foi o K (1963,34 mg/100g), seguido por Ca, P, S, Fe, Zn, Mn, Cu e Rb. Constantino e Lopes (21) ao produzirem farinha da casca de jabuticaba na temperatura de 60 °C, obtiveram os seguintes teores de minerais: potássio (1650mg/100g), cálcio (144 mg/100g), fósforo (93 mg/100g) e enxofre (71 mg/100g). Ascheri et al. (22), ao estudarem a caracterização do bagaço de jabuticaba, encontrando quantidades de potássio equivalente (1273,12 mg/100 g). Na Tabela 4, estão 15 apresentados os resultados obtidos para os compostos fenólicos totais, antocianinas totais e atividade antioxidante da farinha da casca de jabuticaba liofilizada Tabela 4 – Compostos fenólicos totais, antocianinas totais e atividade antioxidante da farinha da casca de jabuticaba liofilizada. Parâmetros Farinha da casca de jabuticaba Compostos fenólicos totais (mgGAE/100g) 992,94 ± 5,12 Antocianinas totais (mg/100g) 102,38 ± 1,01 Atividade antioxidante DPPH (µmol Trolox/g) 213,08 ± 7,44 Atividade antioxidante ABTS+ (µmol Trolox/g) 264,97 ± 10,47 A farinha da casca de jabuticaba apresentou elevado teor de compostos fenólicos totais (992,94 mgGAE/100g) e 102,38 mg/100g de antocianinas totais. Valores inferiores ao do presente estudo foram relatados por Almeida et al. (3), que ao obterem a farinha da casca de jabuticaba por meio de secagem convectiva na temperatura de 50 °C, observaram os seguintes teores 887,33 mgGAE/100g de compostos fenólicos totais e 84,83 mg/100g de antocianinas totais. Essas diferenças podem estar relacionadas principalmente a técnica de secagem empregada. A atividade antioxidante da farinha produzida foi avaliada através de dois métodos diferentes o DPPH e o ABTS+, através da Tabela 4, foi possível observar que o método de captura do radical livre por ABTS+ apresentou maior valor médio 264,97 µmol Trolox/g em comparação ao método DPPH que apresentou 213,08 µmol Trolox/g. Segundo Beltran et al. (23) a atividade antioxidante está relacionada à concentração de compostos bioativos, como o conteúdo de antocianinas, ácido ascórbico e outros compostos fenólicos. Na Figura 2, pode-se visualizar as formulações de sorvetes elaboradas sem adição (0%) e com adição da farinha da casca de jabuticaba liofilizada (10 e 20%). Figura 2 – Sorvetes elaborados sem adição (0%) e com adição da farinha da casca de jabuticaba liofilizada (10 e 20%). É possível visualizar diferenças nas cores dos sorvetes quando se teve aumento da concentração da farinha da casca de jabuticaba liofilizada. No qual, a coloração mais intensa e notório principalmente na formulação com 20% de farinha. As caracterizações dos sorvetes elaboradas sem adição (0%) e com adição da farinha da casca de jabuticaba 16 liofilizada (10 e 20%), são apresentados nas Tabelas a seguir. Na Tabela 5, pode-se observar os resultados obtidos para o overrum dos sorvetes. Tabela 5 – Overrum e atividade de água das formulações de sorvete desenvolvidas sem adição (0%) e com adição da farinha da casca de jabuticaba liofilizada (10 e 20%). Formulação Overrun (%) Atividade de água (aw) 0% 83 ± 0,25a 0,920 ± 0,01a 10% 72 ± 0,64b 0,919 ± 0,02a 20% 69 ± 0,41c 0,915 ± 0,01a Os percentuais de overrum obtidos para as formulações desenvolvidas variando de 69% a 83%, apresentando diferenças estatísticas significativas ao nível de 5% de probabilidade. O maior percentual de overrum foi obtido para a formulação com 0% de farinha das cascas de jabuticaba, no entanto, foi observado que o aumento da concentração da farinha nas formulações promoveu redução deste parâmetro, segundo Lamounier et al. (5) esse comportamento pode estar relacionado a diminuição da água livre disponível nos sorvetes. Na Tabela 6, pode-se observar os resultados obtidos para atividade de água (aw) dos sorvetes elaborados sem adição (0%) e com adição da farinha da casca de jabuticaba liofilizada (10 e 20%). Além disso, houve uma redução não significativa da atividade de água (Tabela 5) dos sorvetes elaborados, sendo esta redução de 0,920 para 0,915. O menor valor de atividade de água foi observado para formulação com 20% de farinha da casca de jabuticaba, corroborando com o resultado obtido para o overrum. Na Tabela 6, pode-se observar os resultados obtidos na análise centesimal dos sorvetes elaborados sem adição (0%) e com adição da farinha da casca de jabuticaba liofilizada (10 e 20%). Tabela 6 – Análise centesimal dos sorvetes elaborados comfarinha da casca de jabuticaba liofilizada. Formulação 0% 10% 20% Umidade (%) 71,34 ± 0,20a 69,26 ± 0,04b 62,15 ± 0,13c Cinzas (%) 0,51 ± 0,01c 0,96 ± 0,06b 1,74 ± 0,02a Lipídeos (%) 10,22 ± 0,29a 8,06 ± 0,13b 6,91 ± 0,15c Proteínas (%) 4,25 ± 0,01c 4,98 ± 0,10b 5,36 ± 0,04a Carboidratos (%) 13,68 ± 0,17c 16,74 ± 0,23b 23,84 ± 0,11a Letras diferentes na mesma linha diferem significativamente pelo teste de Tukey. O teor de umidade das formulações desenvolvidas (Tabela 6) apresentou redução em seus valores de 71,34% para 62,15% quando se teve aumento da concentração da farinha da casca de jabuticaba liofilizada de 0% para 20%, essa redução foi estatisticamente significativa. Valores inferiores ao do presente estudo foram relatados por Oliveira et al. (24) que ao desenvolverem sorvetes adicionados de farinha do albedo de laranja, observaram teor de umidade variando de 58,9 a 60,80%. O aumento da farinha da casca de jabuticaba nas formulações de sorvete aumentou significativamente o teor de cinzas (Tabela 6), no qual, apresentou variação de 0,51% a 1,74%. Valores inferiores ao do presente estudo foram relatados por Morzelle et al. (25) 17 ao desenvolverem sorvetes com frutos do cerrado obtiveram teores de cinzas de 0,42% (sorvete de araticum), 0,49% (sorvete de mangaba), 0,55% (sorvete de pequi) e 0,44% (sorvete de curriola). O lipídeo encontrado nos sorvetes convencionais, garante maior maciez, cremosidade, durabilidade e redução da sensação de frio. No entanto, o teor de lipídeos das formulações desenvolvidas (Tabela 6) apresentou redução quando se teve aumento da concentração de farinha da casca de jabuticaba. Essa redução foi de até 3,31% quando o percentual de farinha variou em até 20%. Estatisticamente essa redução foi significativa quando aplicado o teste de Tukey. Esse mesmo comportamento também foi relatado por Boff et al. (26) que ao desenvolverem sorvete de chocolate utilizando fibra de casca de laranja como substituto de gordura, obtiveram teores de lipídeos variando de 5,29% a 18,53% (controle). Rodrigues et al. (27) obtiveram teor de lipídeos variando de 5,35 a 5,75% para sorvetes elaborados com polpa de açaí e proteína do soro do leite. O teor de proteínas das formulações (Tabela 6) foi significativamente diferente entre si. Apresentou tendência de aumento, variando de 4,25 % a 5,36% quando se teve aumento de até 20% da farinha da casca de jabuticaba. Silva et al. (28) ao elaborarem sorvetes com diferentes concentrações de polpa de acerola e de leite de cabra, obtiveram teores de proteínas variando de 6,12% a 4,88%. Melo et al. (29) obtiveram teor de proteínas variando de 3,34 a 5,80% para sorvetes elaborados com polpa de umbu e mangaba. A formulação com 20% de farinha da casca de jabuticaba apresentou a maior quantidade de carboidratos totais (23,84%) (Tabela 6), o que pode estar associada à composição centesimal dessa formulação, uma vez que ela apresentou menor teor de umidade. Estatisticamente as formulações quando comparadas entre si, foram significativamente diferentes ao nível de 5% de probabilidade. Fernandino et al. (30) ao elaborarem 4 formulações de sorvete com 20% e 30% de polpa de tamarillo amarela e 20 e 30% com polpa de tamarillo roxa, obtiveram teores de carboidratos de 24,75 e 26,33% para os sorvetes com polpa de tamarillo amarela e de 27,44 e 23,55% para os sorvetes com polpa de tamarillo roxa, resultados superiores aos encontrados no presente estudo. CONCLUSÕES A elaboração da farinha da casca de jabuticaba liofilizada é viável para o reaproveitamento de resíduos das agroindústrias e apresentou altos teores de compostos fenólicos totais e boa atividade antioxidante. O aumento da concentração de farinha da casca de jabuticaba promoveu redução de umidade, atividade de água e lipídeos dos sorvetes elaborados, além de promoverem aumento do teor de cinzas, proteínas e carboidratos totais. Além disso, o sorvete elaborado, atendeu as exigências de produtos mais saudáveis, além de ter agregado valor ao um resíduo da agroindústria. REFERÊNCIAS 1. Lemos DM, Rocha APT, Gouveia JPG, Oliveira ENA, Sousa EP, Silva SF. Elaboration and characterization of jabuticaba and acerola prebiotic jelly. Braz. J. of Food Technol. 2019;e2018098. 18 2. Marsiglia WIML, Santiago  M, Alves HG, Almeida RLJ, Santos NC, de Sousa Muniz CE, Almeida MM. Modelagem e simulação do processo de secagem das cascas de jabuticaba (Myrciaria cauliflora). 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Assim, torna-se boa opção o uso da farinha da castanha de caju para a formulação de alimentos sem glúten e lactose, destinados a pessoas com restrições alimentares. O objetivo do trabalho foi o desenvolvimento de duas formulações de cookies que não possuam glúten e lactose utilizando a farinha de castanha de caju e açúcares brancos ou mascavo. Foram elaboradas duas formulações de cookies com farinha de castanha de caju, ovos, amido de milho e essência de baunilha, utilizado açúcar branco para a formulação F1 e açúcar mascavo para a formulação F2. Analisou-se acidez titulável, pH, sólidos solúveis e atividade de água. Também foi realizada análise sensorial e de preferência com 50 julgadores. Diferentes tipos de açúcares não influenciaram significativamente na caracterização físico- química e sensorial. Formulação F1 obteve maiores médias para sólidos solúveis, atividade de água e rendimento pós-cocção. A formulação F2 apresentou médias maiores para acidez titulável e pH. A maioria dos atributos sensoriais avaliados obtiveram notas médias satisfatórias para a F1 e F2, entre “gostei moderadamente” e “gostei muito”. Tanto a formulação F1 quanto a formulação F2 foram bem aceitas pelos julgadores, a formulação com açúcar branco (F1) a mais bem aceita, com 54% de https://orcid.org/0000-0002-2370-8322 https://orcid.org/%200000-0001-6890-0193 https://orcid.org/0000-0002-5660-9865 https://orcid.org/0000-0002-7964-3193 https://orcid.org/0000-0002-0482-2832 22 preferência. Ambas as formulações obtiveram 89% de aceitabilidade e o teste de intenção de compra correspondeu a “compraria ocasionalmente”. Palavras–chave: Restrição alimentar; Açúcar mascavo; Análise sensorial. Abstract: The flour from the cashew nut can be made using broken almonds, and used to make bakery products, such as cookies. Thus, the use of cashew nut flour for the formulation of gluten and lactose-free foods for people with dietary restrictions becomes a good option. The objective of the work was the development of two cookie formulations that do not have gluten and lactose using cashew nut flour and white or brown sugars. Two cookie formulations were prepared with cashew nut flour, eggs, corn starch and vanilla essence, using white sugar for formulation F1 and brown sugar for formulation F2. Titratable acidity, pH, soluble solids and water activity were analyzed. Sensory and preference analysis was also performed with 50 judges. Different types of sugars did not significantly influence the physicochemical and sensory characterization. Formulation F1 had the highest means for soluble solids, water activity and post-cooking yield. Formulation F2 showed higher averages for titratable acidity and pH. Most of the sensory attributes evaluated obtained satisfactory average scores for F1 and F2, between “I liked it moderately” and “I liked it a lot”. Both formulation F1 and formulation F2 were well accepted by the judges, the formulation with white sugar (F1) being the best accepted, with 54% preference. Both formulations obtained 89% of acceptability and the purchase intent test corresponded to “I would buy occasionally”. Keywords: Food restriction; Brown sugar; Sensory analysis. INTRODUÇÃO O biscoito, ou “biscuit” na língua inglesa, que antes era definido como um produto proveniente do pão que passava por um processo de desidratação, com o tempo evoluiu e adquiriu novas nomenclaturas, uma delasé o termo “cookie”, nome de origem holandesa (MIAMOTO, 2008). Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), a indústria de biscoitos aumentou tanto em faturamento quanto em volume de vendas nos últimos anos. Além disso, o cookie ocupa a quarta posição no ranking dos biscoitos mais vendidos no Brasil (ABIMAPI, 2021). O biscoito é um alimento adquirido pelo amassamento e cozimento da massa preparada com farinha e tem como principais componentes a farinha e a água, nas quais podem ser acrescentados outros ingredientes como açúcares, gordura, leite e ovos (COSTA et al., 2014). Para a elaboração padrão de biscoitos, dentre eles o cookie, utiliza- se a farinha de trigo como ingrediente base (BICK; FOGAÇA; STORK, 2014), alimento rico em glúten. Além disso, este produto possui derivados do leite entre os seus ingredientes, que contém a enzima lactase, altamente prejudicial àqueles que são intolerantes a lactose (MANIÇOBA et al., 2019). 23 Devido a necessidade de diversificar o mercado e aproveitar sua capacidade, é que surgem o lançamento de novos produtos e formulações de biscoitos tipo cookie, que possui boa aceitação e é amplamente consumido, com diferentes tipos de ingredientes, tamanhos, formatos e objetivos, sejam eles visando a pauta das restrições alimentares ou a inovação, o que resulta em disputa, em um mercado diverso e recheado de opções (SEBRAE, 2008; BRAGA et al., 2016). Tanto o glúten quanto a lactose estão presentes em uma infinidade de alimentos consumidos pela população brasileira. No entanto, existem pessoas que possuem reações a esses compostos, como a doença celíaca (SCHMIELE et al., 2013) e a intolerância à lactose. Segundo estudos, mais de 50% dos adultos são intolerantes à lactose (MATHIÚS et al., 2016.), enquanto cerca de dois milhões de brasileiros possuem a doença celíaca (QUEIROZ; SIMIONI; UGRINOVICH, 2020). Segundo Chevalier et al. (2018) a presença de alimentos sem esses componentes no mercado ainda é restrita ou de alto custo, o que causa dificuldade para pessoas portadoras de intolerância e alergias alimentares encontrarem produtos que não lhes apresentem riscos de contaminação. Além disso, pessoas que não são celíacas ou intolerantes à lactose estão cada vez mais aderindo à dieta restritiva por questões de benefícios pessoais(FRANCO, 2017).A castanha de caju é um fruto rico em proteínas, lipídios e amido (MELO et al., 1998.), além de possuir fibra e cálcio em sua classificação. A farinha proveniente deste fruto é um subproduto muito consumido justamente devido a sua praticidade e alto valor proteico, sendo utilizada na elaboração de diversos produtos da panificação (MELO et al., 2017).Os açúcares do tipo mascavo e branco possuem diferenças no que diz respeito a coloração e percentual de sacarose em sua formulação, sendo que o mascavo possui menor valor energético em comparação ao branco, além de passar por menos processos no que se refere a produção (RODRIGUES; GALLI; MACHADO, 1998 apud FERNANDES et al., 2013). Em estudo realizado por Nogueira e Pereira (2018), observou-se que 98% das pessoas entrevistadas afirmaram que produtos com glúten são mais caros que os convencionais sem glúten, o que torna clara a necessidade mercadológica de opções alimentares saudáveis e acessíveis. MATERIAL E MÉTODOS Todos os ingredientes utilizados para o preparo dos cookies foram obtidos no comércio de Currais Novos/RN. A obtenção da farinha de castanha foi feita por colheita e moagem da castanha por produtores associados à cooperativa Fruticoop, residentes do Sítio de Dentro, nas mediações do município de Lagoa Nova/RN. A obtenção dos biscoitos, como também todas as análises físico químicas e sensorial foram realizadas nos laboratórios do IFRN campus Currais Novos. OBTENÇÃO DOS COOKIES Para a elaboração dos cookies utilizou-se a metodologia adaptada proposta por Fasolin et al. (2007). Foram elaboradas duas formulações de cookies, uma com açúcar 24 branco da marca Cristal® e outra com açúcar mascavo da marca Germina®, no qual para cada uma delas, em batedeira doméstica, foram processadas nove claras em neve até a massa obter uma boa consistência. Em seguida foi adicionado 338g de açúcar peneirado (branco ou mascavo) junto às claras em neve, homogeneizando com espátula, junto com 42g de amido e 3g de essência de baunilha. Por último, foi adicionado em torno de 500kg de farinha de castanha de caju a mistura, que foi novamente homogeneizada. Em seguida os cookies foram medidos com o auxílio de uma colher de sopa sendo acondicionados em formas antiaderentes untadas com óleo de coco. O cookie foi finalizado adicionando-se uma amêndoa de castanha de caju. Os cookies foram levados ao forno pré aquecido a 180ºC por 25 minutos ou até a observação da consistência adequada. Em seguida os biscoitos foram resfriados à temperatura ambiente, retirados da forma e armazenados em recipientes de plástico, conforme sintetizado na figura 1. Figura 1– Fluxograma de obtenção dos cookies Fonte: Elaborado pelas autoras (2021). Foram desenvolvidas duas formulações do biscoito, das quais F1 refere-se à formulação com açúcar branco e F2 a formulação com a utilização de açúcar mascavo, com quantidades sumarizadas na tabela 1. 25 ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS Os biscoitos foram analisados em duplicata segundo metodologia do Instituto Adolfo Lutz (2008) para a determinação de acidez titulável (AT), pH, sólidos solúveis (SS) e atividade de água (Aw). Todas as análises foram realizadas nos laboratórios de Alimentos e Biotecnologia do IFRN campus Currais Novos. Seguindo em acordo com metodologia do I.A.L. (2008) a amostra passou por uma preparação que consistiu em uma diluição em uma proporção de 1:1 para que a as análises fossem realizadas, 25g de biscoito foram macerados a mão em almofariz com 25g de água destilada até formar uma pasta consistente. A acidez titulável foi realizada a partir de método titulométrico usando hidróxido de sódio 0,1M e o indicador fenolftaleína. Os resultados foram expressos em mmol de H+. A determinação do pH foi feita através de leitura em pHmetro de bancada previamente calibrado com tampão 4 e 7, com imersão do eletrodo diretamente na amostra para realização da leitura. O teor de sólidos solúveis foi determinado utilizando-se refratômetro digital Milwaukee® com resultados expressos em ºBrix (I.A.L., 2008). A amostra foi filtrada em pedaço de algodão para retirada das partículas sólidas e melhor nitidez da leitura. 26 A atividade de água foi determinada por análise direta em equipamento Rotronic® do laboratório de Alimentos da referida instituição. O rendimento pós assamento foi determinado pela relação do peso dos biscoitos antes e depois do assamento e pela escolha aleatória de 10 biscoitos de cada uma das formulações para análise, usando a equação 1. Os biscoitos foram pesados em balança semi-analitica e suas massas foram anotadas antes e após o assamento. % deRendimento= pesodosbiscoitosapósoassamentogpesodosbiscoitosantesdoassa mento(g)*100 Expressão 1 – Expressão matemática para cálculo de rendimento. ANÁLISE SENSORIAL As análises foram realizadas com 50 provadores não treinados entre alunos e servidores do IFRN campus Currais Novos, separados em grupos de quatro pessoas por vez, que avaliaram por meio do teste de aceitação sensorial os atributos: aparência, aroma, sabor, textura e impressão global. Para o teste, foi adotada a escala hedônica estruturada de nove pontos ancorada nos extremos por “desgostei muitíssimo” e “gosteimuitíssimo” (STONE; SIDEL, 2004). Os consumidores também avaliaram a intenção de compra do produto, utilizando-se escala de sete pontos variando de “nunca compraria” a “compraria sempre” (DUTCOSKY, 2011). O Índice de Aceitabilidade (IA), foi determinado adotando-se a fórmula de Teixeira, Meinert e Barbetta (1987), em que o IA com valor igual ou maior que 70% representa boa aceitabilidade do produto, em que: A= nota média obtida para o produto e B= nota máxima da escala, conforme a expressão 2. IA (%) = (A x 100) /B Expressão 2 – Expressão matemática para cálculo de índice de aceitabilidade (IA). As avaliações ocorreram com grupos de 4 julgadores por vez, distanciados uns dos outros, para que não houvesse comunicação e, consequentemente, interferência nos resultados obtidos. ANÁLISE ESTATÍSTICA Os dados foram submetidos a cálculo das médias e desvio-padrão dos resultados obtidos para os atributos. Para isso foi utilizada a planilha eletrônica MS Excel® 2013. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados obtidos para as características físico-químicas dos biscoitos elaborados com farinha de castanha de caju e açúcares branco e mascavo estão representados na tabela 2. 27 Para o parâmetro de acidez titulável, observou-se teor médio de 0,17% para a formulação F1 e 0,25% para a formulação F2. Os valores obtidos no presente trabalho assemelham-se aos valores verificados por Melo et al. (2017), quando avaliaram biscoitos enriquecidos com farinha de castanha de caju e adoçados com açúcar cristal, mascavo e mel, e obtiveram teores médios de acidez titulável de 0,36, 0,42 e 0,23%, respectivamente. De forma que, assim como no presente estudo, a formulação com açúcar mascavo apresentou maior AT que a formulação com açúcar branco. A formulação F1 (açúcar branco) apresentou a menor média de pH e maior acidez, com valor de 6,40, enquanto a F2 (açúcar mascavo) apresentou pH de 6,71. Melo et al. (2017) obtiveram resultados de 6,59, 6,39 e 6,58 de pH para biscoitos adicionados de farinha de castanha de caju com adição de açúcar cristal, mascavo e mel, nessa ordem. De forma que, segundo os autores, para valores de pH acima de 4,5 o alimento é considerado pouco ácido, o que caracteriza as formulações desenvolvidas no presente trabalho como pouco ácidas. A diferença observada entre as formulações pode ser explicada pela variedade da cana-de-açúcar utilizada para a produção do açúcar do tipo mascavo (MUJICA; GUERRA; SOTO, 2008) O teor de sólidos solúveis foi de 74,0ºBrix para a F1 e 69,2ºBrix para a F2. Silva, Pinto e Soares (2018) avaliaram cookies elaborados com farinha de amêndoas de pequi e obtiveram 36,6ºBrix, resultado menor que os obtidos no presente estudo. Andrade (2013) obteve valores de 35,0, 42,0 e 48,7ºBrix para biscoitos enriquecidos com 10, 20 e 30% de farinha de banana verde, respectivamente. Os altos valores de SS apresentados no presente estudo podem ser atribuídos as quantidades predominantes de açúcar e de farinha de castanha de caju utilizadas para a elaboração dos cookies, de forma que o tipo de açúcar também pode ter influenciado no resultado. Quanto ao teor de atividade de água (Aw), a amostra F1 obteve média 0,637, enquanto a F2 apresentou média 0,606. Chevalier et al. (2018) obtiveram média 0,65 para cookies elaborados com mix de farinhas de beterraba, grão de bico e quinoa. 28 Apesar de a legislação brasileira não estabelecer padrões para este parâmetro em biscoitos, o resultado observado não é esperado para o tipo de biscoito elaborado, que deve apresentar Aw entre 0,1 e 0,3, caracterizado como baixa Aw (CHEVALIER et al., 2018). Franco e Landgraf (2008) explicam que 0,60 de Aw é considerado o valor limitante para a proliferação de qualquer microrganismo, de forma que ambos as formulações analisadas neste estudo apresentaram valores maiores que o recomendado, em especial a amostra com açúcar branco. O rendimento médio em percentual da formulação F1 foi de 85,3%, enquanto a formulação F2 obteve média de rendimento 84,4%. Mariani et al. (2015), constataram redução de 1,74, 1,42 e 1,90% para formulações de biscoitos elaborados a partir de farelo de arroz e farinhas de arroz e de soja, respectivamente. Os resultados obtidos não apresentaram grandes diferenças entre si, de forma que os percentuais observados podem ser atribuídos também a quebra de alguns biscoitos durante o ato de desenforme. ANÁLISE ESTATÍSTICA Na tabela 3 estão representados os resultados estatísticos para aceitação sensorial e intenção de compra dos produtos elaborados. Após a análise estatística para as duas formulações de biscoito desenvolvidas, observou-se que existe pequena variação entre os valores médios para os atributos sensoriais analisados, variando de 6 a 8, que correspondem a gostei ligeiramente e gostei muito, respectivamente. A formulação com açúcar branco (F1) apresentou maiores médias para todos os requisitos avaliados, inclusive para a intenção de compra, demonstrando potencial 29 para comercialização. Resultados semelhantes foram obtidos por Melo et al. (2017) ao analisarem biscoitos adicionados de farinha de castanha de caju e açúcares cristal, mascavo e mel. Ferreira, Almeida e Resende (2016) obtiveram, na escala hedônica estruturada de 7 pontos, valores de 5,76 e 5,73 no atributo sabor para biscoitos com farinha mista de arroz e linhaça elaborados com açúcar cristal e mascavo e com açúcar cristal e adoçante stévia, respectivamente. Ferreira et al. (2009) avaliaram amostras de cookies sem glúten com farinha de sorgo e obtiveram valores de avaliação global de 6,8 e 6,9 na escala de 9 pontos para formulações com 58 e 67% de farinha de sorgo, respectivamente. A avaliação global da F1 e F2 para o presente trabalho foram, respectivamente, de 7,94 e 7,7, que corresponde a gostei moderadamente na escala hedônica estruturada de 9 pontos, o que pode ser considerado um resultado satisfatório para ambos as formulações avaliadas. Quanto a intenção de compra, constatou-se que ambas as formulações obtiveram médias satisfatórias, sendo a média de 5,22 para a F1 e 5,06 para a F2, que corresponde a “compraria frequentemente” na escala de atitude e intenção de compra de 7 pontos. CONCLUSÕES Os diferentes tipos de açúcares não influenciaram significativamente na caracterização físico-química e sensorial. A formulação com açúcar branco (F1) obteve maiores médias nos parâmetros de sólidos solúveis, atividade de água e rendimento pós cocção. A formulação com o açúcar mascavo (F2) apresentou médias maiores para acidez titulável e pH. A maioria dos atributos sensoriais avaliados obtiveram notas médias satisfatórias para a F1 e F2, entre “gostei moderadamente” e “gostei muito”. Tanto a formulação F1 quanto a formulação F2 foram bem aceitas pelos julgadores, sendo a formulação com açúcar branco (F1) a mais bem aceita com 54% de preferência. Ambas as formulações obtiveram 89% de aceitabilidade e o teste de intenção de compra demonstrou bons resultados, correspondendo a “compraria ocasionalmente” para ambas as formulações. Dessa forma, sugere-se que a elaboração de biscoitos sem glúten e lactose com farinha de castanha de caju e açúcares branco e mascavo é uma ótima opção para implementação no mercado, possibilitando inovação para pessoas com e sem restrições alimentares REFERÊNCIAS 1- MIAMOTO, J. B. M. Obtenção e caracterização de biscoito tipo cookie elaborado com farinha de inhame (Colocasia esculenta L.). 2008 132 p. Dissertação (Mestrado em Ciência dos Alimentos) – Universidade Federal de Lavras, Lavras-MG. Disponível em: http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/3060. Acesso em: 06 jun. 2021.
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