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Feridas

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1 Técnica cirúrgica 
 
Fatores do hospedeiro 
❖ Animais velhos 
❖ Animais desnutridos com concentrações 
proteicas baixas (1,5 – 2 mg/dL) 
❖ Doenças hepáticas – deficiência nos 
fatores de coagulação 
❖ Hiperadrenocorticismo, diabetes melitus 
❖ Tempos cirúrgicos e anestésicos longos 
❖ Gatos tem força da ferida reduzida 
comparada à cães, cicatrização por 
segunda intensão é mais lenta com menor 
tecido de granulação 
Características das feridas 
❖ Periósteo, fáscia, tendão e bainha de 
nervos não suportam tecido de 
granulação 
❖ Materiais estranhos na ferida (sujeira, 
resíduos, fios e implantes) podem causar 
reações inflamatórias intensas, 
dificultando o processo natural 
❖ Agentes infecciosos podem inibir 
antibióticos e leucócitos, e liberar enzimas 
colagenoliticas 
❖ Prejuízos no suprimento de sangue por 
traumas ou ataduras apertadas retardam a 
cicatrização 
Fatores externos 
❖ Corticosteroides inibem as fases da 
cicatrização e aumentam a chance de 
infecção 
❖ Aines suprimem a inflamação – mas tem 
pouco efeito 
❖ Aspirina retarda a coagulação 
❖ Algumas drogas quimioterápicas e 
radioterapia podem inibir a cicatrização 
Filhotes tem reparação tecidual mais rápida 
Feridas Fechadas 
❖ Curativo sem pressão: 
❖ Fluxo sanguíneo 
❖ Oxigenação tecidual 
❖ Estimula granulação 
Controle bacteriano 
Movimentação celular 
Fatores que favorecem a 
cicatrização: 
❖ Vitamina A, Vitamina E e Aloe vera podem 
promover melhora na cicatrização 
❖ Tratamento com campo eletromagnético – 
acelera a fase de contração 
❖ Oxigenioterapia hiperbárica – novos 
capilares 
❖ Ultrassom e fototerapia – encurtam 
inflamação e estimulam reparação 
❖ Ambiente úmido e quente – estimula 
cicatrização 
❖ Feridas criadas com bisturis cicatrizam 
mais rapidamente do que com outros 
objetos cortantes (tesouras, bisturis 
elétricos) 
Suplemento para favorecer: não existe, mas a 
ração pode ajudar. Uma ração boa ajuda na 
cicatrização. Não se suplementa a vitamina A 
e E. 
 
O ideal é úmido e quente. Tem que fazer 
controle microbiano, fazer antibioticoterapia. 
 
❖ Cortes com bisturi cicatrizam mais 
rápido. Bisturi elétrico faz a 
cauterização junto, mas não ajuda na 
cicatrização. 
Todo ambiente úmido ajuda na cicatrização, o 
curativo ajuda em deixar úmido e tampado. 
Torniquete: não é errado, mas é temporário. 
Em caso de unha quebrada, que sangra 
muito, se faz uma bandagem. 
 
Feridas: 
Quebra da continuidade cutânea, 
comprometimento do tecido ou da dunção 
fisiológicas. 
Fatores intrisicos (Infecções, defeitos 
metabólicos, neoplasias) ou extrínsecos 
(traumático) 
❖ Classifica-las e identificar causa e 
origem. 
(na prova pode colocar uma foto de uma 
ferida e pedir para classificar) 
Classificação: 
Abertas: qualquer férida que separe o tecido 
cutâneo. 
❖ Mesmo que seja um corte feito em 
uma cirurgia. Continua sendo uma 
ferida aberta. 
Ferida fechada: lesões por esmagamento e 
contusões. 
FERIDAS ABERTAS 
Etiologia: 
❖ Abrasão – perda de epiderme e derme 
(um ralado, por exemplo) 
Feridas 
Classificaçã o 
 
 
 
 
 
 
 
2 Técnica cirúrgica 
❖ Avulsão – ruptura do tecido e suas 
inserções (desluvamento, como se 
estivesse tirando a pele) 
❖ Incisão – criada por objeto cortante com 
bordas bem regulares (por uma faca, 
mas não vai ser incisão, porquê incisão é 
só com objetivos terapêuticos: 
❖ Laceração – ruptura dos tecidos com 
bordas irregulares (perda de tecido, 
quase que totalmente.) 
❖ Punção ou puntiforme – projétil ou 
objetivo pontiagudo 
 
 Contaminação: informações obtidas no 
histórico e exame físico do paciente. 
❖ Limpa: ferida cirúrgica asséptica 
❖ Limpa-contaminada: Cirúrgicas 
contaminadas ou leve contaminação 
externa 
❖ Contaminada: Moderada infecção – 
contaminação controlada 
❖ Suja e infectada: Alto grau de infecção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Duração da contaminação 
❖ Classe I: Limpas ou com mínima infecção 
bacteriana, de 0 a 6 horas de duração 
❖ Classe II: Moderada infecção bacteriana, 
de 6 a 12 horas de duração -NÃO 
SUTURA. 
❖ Classe III: Importante infecção bacteriana, 
acima de 12 horas de duração – NÃO 
SUTURA. 
 
Causas 
Cirúrgicas 
❖ Incisão: sem perda tecidual e bordos 
justapostos, normalmente suturados 
❖ Excisão: remoção de pele (área de 
retirada de enxerto) 
❖ Punção: procedimentos terapêuticos 
(cateterismo, paracentese, biópsias) 
Traumáticas 
❖ Mecânica: perfuração ou corte (com 
lança, por exemplo) 
❖ Química: agente químico ácido ou 
alcalino que lesiona o tecido (soda 
caustica, ácido sulfúrico) 
❖ Físico: frio, calor ou radiação 
Ulcerativas: escavamento, normalmente 
circunscritas – necrose do tecido 
Ausência do suprimento sanguíneo ao tecido 
ou causa metabólica 
❖ Pressão, estase venosa ou arterial e 
diabéticas 
❖ Se apertar muito o curativo. 
Evolução 
Agudas: Recentes 
Crônicas: Tempo maior de cicatrização que o 
esperado, ou quando não cicatrização 
alguma. 
 
 
Tratamento de feridas em 
pequenos animais 
 
Fases da cicatrização: 
Importante saber para saber como tratar 
cada fase de cicatrização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos no tratamento de 
feridas: 
1. Cobrir temporariamente (reduz 
traumatismo e contaminação) 
 
3 Técnica cirúrgica 
2. Avaliar animal por inteiro -> estabilizar 
paciente 
3. Tricotomia e limpeza da ferida 
4. “Cultivar” ferida 
5. Desbridar tecido morto e remover 
resíduos estranhos 
6. Favorecer cicatrização, estabilizar e 
proteger ferida 
7. Fechamento adequado 
 
 
Classificação: 
❖ Classe: Abertas ou Fechadas 
❖ Etiologia: Abrasão, Avulsão, Incisão, 
Laceração ou Puntiforme 
❖ Contaminação: Limpas, Limpas-
contaminadas, Contaminadas e Suja-
infectadas 
❖ Tempo de contaminação: Classe I, Classe 
II e Classe III 
❖ Causa: Cirúrgicas, traumáticas ou 
ulcerativas 
❖ Evolução: Agudas ou Crônicas 
 
Tratamento de feridas: 
Objetivo: converter feridas abertas em feridas 
limpas que podem ser fechadas 
cirurgicamente 
❖ Trauma -> cobrir o ferimento com atadura 
limpa e seca o quanto antes –> evita 
contaminação e hemorragias 
❖ Estabilizar o paciente antes de qualquer 
procedimento para minimizar o risco 
❖ Quanto antes: retirar as ataduras, 
classificar a ferida e iniciar a esterilização 
 
Período de ouro: primeiras 6 a 8 horas 
Contaminada -> acima de 10ˆ5 
microorganismos/grama de tecido -> 
infectada 
 
❖ Feridas com 6 a 8 horas - trauma e 
contaminação mínimos: lavagem 
desbridamento e fechamento primário 
❖ Mais cedo tratar -> melhor prognostico 
Feridas com mais de 6 a 8 horas, infectadas e 
gravemente traumáticas e contaminas: 
❖ tratamento como ferida aberta 
(cicatrização por segunda intenção) 
 
Após estabilização e classificação da ferida: 
❖ Assepsia, manuseio suave de tecido e 
hemostasia são essenciais 
❖ Tricotomia ampla dos bordos da ferida – 
protegendo a ferida do contato dos pelos 
– gel ou gaze úmida 
❖ Limpeza da pele com iodo-povidona ou 
gluconato de clorexidina – escovação 
❖ “Álcool – somente na pele intacta” 
 
Remover contaminantes grosseiras e lavagem 
abundante com solução salina 
❖ Limpeza da ferida com solução de 
limpeza que reduzem a contagem 
bacteriana, porém podem danificar o 
tecido 
❖ Evitar esfregar com esponja 
Lavagem com alta pressão por meio de 
agulha 18g 
 
Tratamento de feridas – 
soluções para lavagem 
Lavagem é a retirada mecânica 
Água corrente 
❖ Periferia da lesão quando há 
contaminação grosseira 
 
Solução salina e Ringer lactato 
❖ Indicada em feridas limpas 
❖ Sem ação antimicrobiana 
 
Clorexidina 0,05%: 
❖ Amplo espectro antimicrobiano e 
atividade residual 
❖ Indicada em feridas contaminadas 
 
Iodo-povidona aquosa 0,1% ou 1% 
❖ Amplo espectro antimicrobiano e não 
irritante 
❖ Indicada em feridas contaminadas 
 
Tratamento deFeridas - 
desbridamento 
Desbridamento: remoção de tecido 
desvitalizado e necrosado 
❖ Fica evidente após 48 horas após a lesão 
 
Desbridamento cirúrgico: excisão cirúrgica 
em camadas do tecido necrosado 
❖ Ossos, tendões, nervos e vasos devem 
ser preservados 
❖ Músculos: desbridar até sangrar 
 
4 Técnica cirúrgica 
❖ Tecido adiposo: generosamente excisado 
– abriga bactérias 
❖ Feridas penetrantes: alargar a ferida para 
avaliar a extensão 
Sempre que tem uma ferida penetrante em 
orifício pequeno, como uma ferida feita por 
mordedura, temos que alargar a ferida. 
 
Desbridamento enzimático: 
❖ Pacientes que não podem ser 
anestesiados – se usa agentes 
enzimáticos que degradam o tecido 
necrosado (apenas necrosado) 
❖ Tripsina pancreática, balsamo do peru, 
óleo de rícino, colagenase, entre outros 
Pus é Leucócito morto 
 
Desbridamento com curativo: 
❖ Curativos que secam sobre a ferida 
(seco-seco ou úmido-seco) 
❖ Retiram as camadas superficiais do 
leito da ferida 
❖ Remove tecidos sadios juntamente – 
contraindicado na etapa proliferativa 
Desbridamento biocirúrgico: 
❖ Larvas de mosca-varejeira estéreis – 
liberam enzimas proteolíticas 
 
Tratamento de feridas – 
fechamento de feridas 
Após desbridamento 
❖ Limpa ou limpa contaminada – sutura 
❖ Tecido questionável + exsudato + edema – 
sutura será retardada 
❖ Contaminação e perda de tecido – 
cicatrização por segunda intenção ou 
fechamento secundário 
 
Primeira intenção 
❖ Ferida com características que 
suportam suturas aposicionais e 
reconstruções 
❖ Feridas boas. 
 
Segunda intenção 
❖ Aguardar retração e Epitelização 
 
Terceira intenção 
❖ Fechamento de maneira primária 
retardada: antes do tecido de 
granulação 
❖ Fechamento secundário: quando há 
tecido de granulação 
 
Fechamento primário 
❖ Pouca contaminação 
❖ Lesão recente 
❖ Ausência de tensão 
❖ Sutura em planos 
❖ Colocação de dreno se houver espaço 
morto 
 
 
Segunda intenção 
❖ Feridas muito intensas ou contaminas 
❖ Aonde já há contração e inicio de 
Epitelização 
❖ Maior tensão e retração do tecido dos 
bordos 
❖ Cobrir ferida com bandagens e reavaliar 
rotineiramente 
o Granulação exagerado ou pálido e 
liso. Avaliar bordos da ferida 
 
Terceira intenção 
❖ Melhorar tecido primariamente para 
sutura-lo posteriormente 
 
Tratamento de feridas – 
bandagens 
Bandagens 
❖ Proteção da ferida e minimizar risco de 
infecção e hemorragias locais 
❖ Elimina espaço morto 
❖ Imobiliza tecido 
❖ Mantem umidade e mantem aquecido 
❖ Drena secreções 
 
Composta por 3 camadas: contato + 
intermediária + protetora 
Contato 
❖ Aderente: podem ser úmidas ou secas, 
troca deve ser diárias 
• Componente – gaze 
❖ Não aderente: cicatrização úmida, 
preserva o tecido 
• Componente – gaze com 
nitrofurazona ou pomadas 
❖ Fechada: não aderente com pouca 
absorção 
• Curativos secos que trocam a 
cada 7 dias 
Intermediária 
 
5 Técnica cirúrgica 
❖ Proteger a camada de contato 
❖ Reduzir espaço morto, edema e 
restringir o movimento 
❖ Componente: algodão hidrofílico 
 
Externa 
❖ Atadura Crepe ou elástica 
❖ Componente: esparadrapo 
 
Tratamento de feridas – 
antibióticos 
Antibióticos sistêmicos 
❖ Prevenção e controle de infecção no 
tecido 
❖ Feridas com menos de 6 a 8 horas de 
existência podem ser limpas e tratadas 
sem antibióticos 
❖ Outros fatores devem ser considerados 
como grau de contaminação e local da 
ferida 
❖ Se usa em feridas fechadas. 
 
Antibióticos tópicos 
❖ Preferível em feridas abertas 
❖ Combinar com medicações sistêmicas 
em feridas fortemente contaminadas 
❖ Cuidado com efeito citotóxico sobre a 
ferida 
 
Bacitracina e Neomicina combinadas: mais 
eficaz na prevenção ao tratamento de 
infecções 
Sulfadiazina de prata: Gram + e – e fungos, 
estimula epitelização da ferida (queimaduras) 
Nitrofurazona: propriedade hidrofílica. 
Retarda a epitelização da ferida 
Gentamicina: Especialmente eficaz em gram - 
Cefazolina: Especialmente eficaz em gram + 
Mafenida: Eficaz em gram – (pseudômonas e 
Clostridium) – altamente infectadas 
 
Tratamento de feridas – outros 
agentes tópicos 
Antiinflamatórios não esteroidais 
❖ Evitar danos progressivo 
AI esteróidais 
❖ inibem a Epitelização, contração e 
angiogenese 
❖ Indicados para reduzir edema 
Anestésicos tópicos 
❖ reduzem dor (lidocaína e bupivacaína) 
 
Aloe vera: 
❖ ação contra pseudomonas e fungos 
❖ Antiprostaglandina e antitromboxano 
❖ Replicação de fibroblastos 
Açúcar cristal e mel: 
❖ Aumenta desbridamento da ferida e 
melhora edema e inflamação 
❖ Estimula formação de tecido de 
granulação e melhora nutrição da ferida 
❖ Efeito hipertônico 
 
Ketanserina 0,25% 
❖ Estimula fibroblastos 
 
Ácidos graxos essenciais, Hidrocolóides e 
Hidrogéis 
❖ Mantém o meio úmido 
❖ Acelera granulação tecidual, e promove 
angiogênese 
❖ Desbridamento autolitico 
 
Tratamento de feridas – drenos 
 
Drenos 
❖ Redução de espaço morto e de possíveis 
contaminações 
❖ Passivos – penrose 
❖ Ativos – drenos de sucção

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